enviado por ANTÓNIO CUNHA
Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
31/05/2009
C E L T A S S Í M I O S
MISSIVA A JOSÉ SOCRATES
MISSIVA A JOSÉ SOCRATES
Pias, 07 de Janeiro de 2009
Antes de tudo o mais, não o vou tratar nem por Excelência e muito menos por Primeiro-Ministro, mas acredite, que para ser coerente comigo mesmo, como tenho sido sempre ao longo da minha vida, desde que tomei consciência das minhas responsabilidades como cidadão desde país, guardo grandes, mas grandes reservas, quanto ao facto de ser excelente, e quanto ao cargo que ocupa, não o acho nada dignificado.
Quer saber porque lhe estou a escrever estas linhas? Pois bem eu digo-lhe. Para mal dos meus pecados, ainda bebé fui vítima de Poliomielite (vulgarmente conhecida como Paralisia Infantil), quanto a isto por muita que fosse a minha vontade para ter força de melhorar, pouco podia fazer, e na década dos anos sessenta, que foi quando nasci, juntamente com a dificuldade financeira dos meus pais, pois eram e sempre foram pobres, tendo apenas como riqueza a sua força de braços para trabalhar, anteviam-me uma infância de grande sofrimento, como se uma criança fosse culpada do que o destino lhe reservou.
Sabe, é que neste Alentejo, que alguém chamou de profundo, nem sempre havia trabalho, quanto mais dinheiro para se fazer um tratamento na capital. Mas, já tinha quase três anos, quando com muito esforço dos meus progenitores e ajuda de alguns dos seus amigos, fui conduzido ao hospital D. Estefânia, onde durante alguns dias levei choques eléctricos, e a partir daí lá comecei a gatinhar.
Cresci, frequentei a escola, tornei-me homem e cidadão deste país, arranjei emprego, não na freguesia donde sou natural – Pias – mas sim na sede do concelho – Serpa. Para isso desde o dia 04 de Janeiro de 1984, de segunda a sexta-feira tenho de me deslocar para o meu local de trabalho. Sou funcionário da Câmara Municipal de Serpa. Umas vezes deslocava-me de autocarro, outras vezes, amigos meus levavam-me nos seus carros, pois era muito mais fácil para mim, assim não tinha de subir aqueles degraus tão altos para entrar e sair do autocarro.
Foi assim durante muitos anos e, trabalhando e descontando todos os dias, tornei-me num cidadão de pleno direito deste país que é o meu. País onde tenho obrigações, mas também infelizmente julgo ter alguns direitos. Quando na década de noventa economizei alguns tostões, e para não depender de ninguém, tirei a carta de condução. O código fi-lo como qualquer pessoa, mas o exame de condução tive de o fazer num carro emprestado por um amigo, pois para o efeito o exame tinha de ser realizado num carro adaptado ao meu grau de deficiência. Para poder adquirir um carro novo, tive de ir a uma Junta Médica – BEJA –, Junta essa, que me atribuiu um grau de deficiência de setenta por cento (70%). Pois foi com esse Atestado Médico de Incapacidade, emitido em 29/11/89, que consegui contrair um empréstimo bancário, comprei carro e usufrui da isenção do pagamento do Imposto Automóvel (IA) e do IVA, pois o carro tinha e tem de ser importado, e o negócio tem de ser autorizado pelo Director Geral das Alfândegas. Para nós deficientes, a compra de um carro não é um artigo de luxo, é sim a nossa força locomotora, as nossas pernas, o que nos torna independentes, o que nos dá força para vencermos todos os obstáculos e nos garante a certeza de chegarmos mais além.
Ah! Esquecia-me de lhe dizer que com muito, mas muito esforço mesmo, o meu falecido pai lá aprendeu a fazer o nome, conseguindo assim emigrar para a Alemanha, e um dia antes de partir lá me deixou no Hospital Infantil São João de Deus em Montemor-o-Novo, onde tenho sido submetido a intervenções cirúrgicas, onde vou fazer tratamento, buscar calçado, canadianas e aparelhos desde os meus dez anos de idade. Tenho quarenta e sete anos, por isso há trinta e sete que frequento aquele estabelecimento hospitalar. É cíclico que mesmo mantendo uma mente sempre jovem, com o passar dos anos todos envelheçamos, e para quem sofre de todas estas sequelas, mais isso se nota no nosso corpo físico.
Mentir-lhe-ia se lhe dissesse que sou uma pessoa que leva uma vida calma, antes pelo contrário, sou uma pessoa activa e tudo faço para contribuir para o desenvolvimento social e sócio cultural da minha comunidade e do meu País. Nos últimos quatro anos as minhas condições físicas têm-se agravado, assim sendo de 2004/2008, tenho ido todos estes anos ao Hospital São João de Deus em Montemor-o-Novo, em regime de internato, fazer tratamento durante seis semanas, que é aquilo que ainda me garante alguma qualidade de vida. Como os anos não perdoam e as dificuldades vão sendo maiores, e após doze anos de ter adquirido a actual viatura, é manifestamente necessária a compra de uma outra.
Em Outubro de 2007 requeri uma Junta Médica, a qual só se veio a verificar em Fevereiro do ano transacto. Esta Junta Médica – BEJA –, era liderada pela mesma médica que em 29/11/89 assinou o primeiro Atestado Médico de Incapacidade, de seu nome Maria Felicidade Oliveira Ortega, médica de clínica geral, que ao abrigo da nova legislação me atribuiu apenas cinquenta e cinco por cento (55 %) de grau de deficiência, naquela que foi a mais rápida visita que fiz a um médico, não me lembro se tive tempo de me sentar. Não querendo acreditar no que tinha visto e ouvido, tão só porque toda a situação me pareceu surrealista, não recorri e quis submeter-me outra vez à mesma Junta Médica – BEJA –, e assim aconteceu, dia 12 de Novembro de 2008, 15.30h, lá estava a dita cuja, desta vez com um ar bem mais arrogante, mais senhora de quem tem a faca e o queijo na mão, como se na testa trouxesse a inscrição – eu quero, posso e mando. Enfim… Perguntou-me então aquela Figura de Idiota Útil, qual a razão ali da minha presença, e se tinha documentos de médicos especialistas que comprovassem a minha deficiência (claro que tinha, um relatório de um ortopedista e da minha médica fisiatra, - como se eu conseguisse esconder o que me acompanha desde os dezoito meses), e o que é que eu tinha a dizer em meu benefício; ao que respondi que não concordava com o grau de deficiência que anteriormente me tinha sido atribuído; ao que a mesma retorquiu, que se eu não concordava que tivesse recorrido para a Junta Nacional. Disse-me ainda que me seria enviada para casa, à semelhança da anterior, o resultado daquela Junta Médica do dia 12 de Novembro de 2008.
Levantei-me e disse-lhes, aos três presentes naquela sala, que não estava disposto a perder uma tarde do meu trabalho, para a ouvir proferir alarvidades daquela forma irónica, e que Eu não tinha qualquer prazer em ser portador da minha deficiência, que por aqueles critérios de avaliação, certamente não tardaria muito tempo, eu seria uma pessoa completamente curada, isto é, com o decorrer dos anos toda a deficiência desapareceria, e realcei que não fui, não sou e não me quero tornar um fardo para a sociedade, ao que Ela com um sorriso nos lábios me respondeu ipsis verbis: "se não concorda vá-se queixar aos senhores da Assembleia da República que são eles que fazem as leis".
Acredite senhor engenheiro, que no meu mais modesto entender e salvo a minha ignorância, sempre acreditei, e tenho amigos médicos que mo comprovam no seu dia-a-dia, que o médico também Ele deve ser Humano, pois não é uma norma ao abrigo da Ética Deontológica, mas sim uma sensibilidade que nasce connosco, mas não, o que ali pude comprovar in loco, é que a meta a atingir era o maior número de restrições possíveis. A minha suspeita confirmou-se. Alguns dias depois, cá tinha a cartinha, com o famigerado resultado daquela tarde de perda de trabalho.
Sim senhor!!! Sim senhor!!! Tinham-me atribuído cinquenta e seis, ponto três por cento (56.3%)!! Em relação à outra Junta Médica de Fevereiro do mesmo ano, apenas piorei um ponto três por cento (1.3%). É inacreditável este País onde vivemos, e que você (diz) governa, bastavam apenas três ponto sete por cento (3.7%) para chegar aos sessenta por cento (60%), e assim toda ou quase toda a minha vida ficava resolvida, porque como já deve ter reparado a minha doença é permanente, o seu estado só tem tendência para se agravar. Com os sessenta por cento (60%), já podia contrair um empréstimo bancário e assim comprar outra viatura mais económica e mais ecológica.
Senhor engenheiro, não seja prepotente e arrogante, porque aqueles a quem mandou elaborar esta lei, não saem dos seus gabinetes, não conhecem a realidade no terreno, não fazem um estudo prévio, não ouvem as Associações de Deficientes, e, talvez se tenham apenas regulado por algumas tabelas fornecidas pelas companhias de seguros, porque com esta lei o estado em Imposto Automóvel e IVA, só nos retira cerca de seis mil e quinhentos euros (6.500 €). O que é isso para o estado? Certamente uma gota de água no oceano. Em mil trabalhadores deficientes, talvez apenas cerca de cinco, conseguirão trocar de carro de cinco em cinco anos, que é o prazo permitido por lei para que possamos comprar outro veículo nestas condições, (se a lei, os seus fazedores e os seus executantes não nos colocarem à margem. Parece-me que somos um bando de proscritos que cometeram um série de crimes)! Mesmo assim duvido que assim seja! O número deve ser inferior! Ora diga-me lá! O que são estes trinta e dois mil e quinhentos euros (32.500 €), de cinco em cinco anos, se confirmarmos esta minha linha de raciocínio é claro, ao pé dos mil milhões com os quais você quer alavancar a Economia, dos milhões para a Banca, dos milhões para o novo Aeroporto, dos milhões para o TGV e dos milhões dos Paraísos Fiscais?
Com todos os anúncios que faz, que mais não passam de Mentiras, de Show Off, de operações de cosmética, do lançar de poeira para os olhos dos portugueses, quando enche a boca de milhões e mais milhões, o senhor só está a gozar com todos nós, Deficientes deste país que tanto amamos, mas que o senhor tão mal governa, sim, porque a seguir a estes anúncios lemos nos jornais diários que os ministros e o seu chefe trocam de viaturas oficiais. Em boa linguagem alentejana. PORRA!!! PORRA!!! ISTO É DE MAIS!!!
Efectivamente o seu conceito de justiça social, deixa mesmo muito a desejar, pois somos nós com a mísera quantia atrás referida que conduzimos o país à ruína e á recessão económica, quando aquilo que mais queremos é contribuir para o seu desenvolvimento, com os nossos descontos, os impostos que pagamos, etc. etc., enfim… e o que dizer daqueles que nunca deram o seu trabalho e que não pagaram impostos e recebem o que não merecem? Garanto-lhe uma coisa! Estou mesmo muito à vontade para escrever tudo isto, aliás na minha consciência nada me pesa, pois não votei em si nem em ninguém, votei em branco. Não! Não é um voto nulo, é um voto de insatisfação. Antes que você venha fazer um discurso de retórica, (como são todos os seus discursos, retórica mais retórica), sobre as pessoas que se afastam da política, quero dizer-lhe que o meu voto em branco é, e será sempre um voto válido e de descontentamento.
Permita-me que lhe diga mais outra coisa. Concordo quando tenta implementar alguma justiça em todo o processo, mas não seria justo da minha parte faltar à verdade, se não reconhecesse que possivelmente houve muita gente que ao longo dos anos, se aproveitou das possíveis lacunas da lei, para usufruírem de tudo o que a mesma lhe permitia e com isso fazerem negócio, (mas que culpa tenho eu disso?), mas, com certeza que concordará comigo que agora estão a pagar os Justos pelos Pecadores. Agora, quem verdadeiramente precisa, tem de se confrontar com a injustiça de uma lei que só, mas só nos penaliza. Isto tudo graças a um Governo que se diz mais social, mas que suprime os direitos de quem verdadeiramente precisa, quando o nosso investimento será sempre por um prazo de pelo menos de dez a quinze anos. Resta-nos lidar com a indiferença de quem nos (Des) Governa!!!
Obrigado senhor engenheiro!!!
Não vou partilhar estas linhas consigo, primeiro porque o senhor nem sequer quer saber se nós existimos, e se somos cidadãos activos deste país, mas uma coisa lhe garanto, vou partilha-lha com todos os meus amigos e vou pedir-lhes que a difundam através dos seus E-mails.
Apesar de beirão permitir-me-á que termine estas linhas com duas quadras de um poeta popular algarvio, que certamente você conhece, António Aleixo:
O rato mete o focinho
Sem pensar que faz asneira
Depois ou larga o toucinho
Ou fica na ratoeira.
Fazem a mesma figura
Homens que vestem bons fatos
Quando lhes cheira a gordura
Caem também como os ratos.
Atenciosamente,
Romão Rosalina Janeiro
11 - S E N S I B I L I D A D E S
MANUELA MOURA GUEDES - é ver a informação em Portugal. Se não fosse tão subserviente, o primeiro-ministro poderia fazer aquele número inacreditável, dirigindo-se ao país para criticar um jornal da forma como o fez? Há bons jornalistas, que se estão nas tintas para as subserviências. Mas a maioria não presta mesmo, é uma porcaria. «expresso»
MARIA JOSÉ MORGADO - porque é que nunca ninguém deu atenção à protecção penal do interesse público na legislação sobre o ordenamento do território? Não temos uma previsão penal que criminalize as condutas censuráveis e as irregularidades que se praticam no urbanismo. Urbanismo é um buraco negro da Democracia. «DN»
AGUIAR BRANCO - exige-se que o Secretário Geral do PS e Primeiro-Ministro diga publicamente que se revê nesta forma indigna de fazer política do candidato Vital Moreira. o doutor Vital Moreira quis imputar responsabilidades ao PSD, a actuais e ex-dirigentes, mas sem dizer quais. (vice-presidente do PSD).«JN»
MANUELA FERREIRA LEITE - Obrigatório?....mas eu agora de cada vez que vou para um lado tenho a certeza de que algém sabe onde é que eu estou? Então eu já tenho medo de ouvir o telemovel com medo de estar a ser escutada, agora ainda vou ter medo de saír de casa com medo de ser seguida?( a propósito dos chips a instalar nos automóveis).«correio da manhã»
ANA GOMES - não nos vamos esquecer da privatização das OGMA por tuta e meia - uma emoresa que é um alfobre de tecnologia aeronáutica com uma mão de obra qualificada e valorizada a nível europeu. Não nos vamos esquecer do negócio ruinoso dos submarinos, ainda envolto em fumos de corrupção, que não estão esclarecidos. (deputada europeia PS sobre Paulo Portas enquanto Ministro da Defesa). «público»
12 A N O S - AVE MARIA
30/05/2009
1 - J U R Á S S I C O
enviado por MARTINS
L O I R A
GNR- A senhora vai com pressa???
Loura - Ah, não se pode ir depressa??
GNR - Não. Posso ver a sua carta de condução?
Loura - Que carta??
GNR - Deve estar na sua carteira,explica o policia.
A Loura leva alguns minutos e finalmente encontra-a.
GNR- Os documentos do carro, por favor.
Loura - O carro tem documentos?
GNR - Normalmente estão no porta-luvas
Ela abre o porta luvas, encontra os documentos e entrega-os ao guarda.
GNR - Eu volto num minuto. O agente afasta-se um pouco e vai até ao carro e
liga para a central.
GNR - T'ou sargento? Uma loura aqui, burra como tudo, estava conduzir a mais
de 160 Km/h
Sargento - Uma loura maravilhosa num BMW vermelho??
GNR - Essa mesmo.
Sargento - És um sortudo. Vai até lá, devolve os documentos dela e tira o
pau para fora.
GNR - Como??????????
Sargento - Vai por mim, faz o que eu te digo e não te vais arrepender!!!!!
O agente volta ao carro, devolve os documentos abre a braguilha e tira o pau
para fora.
A loura olha e exclama: - Oh não!! Outro teste do balão!!
enviado por C. DIOGO
H E L E N A M A T O S
No início, ninguém dá nada por eles. Mas, pouco a pouco, vão conseguindo afirmar o seu espaço. Não se lhes conhece nada de significativo, mas começa a dizer-se deles que são porreiros. Geralmente estes tipos porreiros interessam-se por assuntos também eles porreiros e que dão notícias porreiras. Note-se que, na política, os tipos porreiros muito frequentemente não têm qualquer opinião sobre as matérias em causa mas porreiramente percebem o que está a dar e por aí vão com vista à consolidação da sua imagem como os mais porreiros entre os porreiros.
Ser considerado porreiro é uma espécie de plebiscito de popularidade. Por isso não há coisa mais perigosa que um tipo porreiro com poder. E Portugal tem o azar de ter neste momento como primeiro-ministro um tipo porreiro. Ou seja, alguém que não vê diferença institucional entre si mesmo e o cargo que ocupa. Alguém que não percebe que a defesa da sua honra não pode ser feita à custa do desprestígio das instituições do Estado e do próprio partido que lidera.
O PS é neste momento um partido cujas melhores cabeças tentam explicar ao povo português por palavras politicamente correctas e polidas o que Avelino Ferreira Torres assume com boçalidade: quem não é condenado está inocente e quem acusa conspira. Nesta forma de estar não há diferença entre responsabilidade política e responsabilidade criminal. Logo, se os processos forem arquivados, o assunto é dado por encerrado. Isto é o porreirismo em todo o seu esplendor.
Acontece, porém, que o porreirismo de Sócrates, pela natureza do cargo que ocupa, criou um problema moral ao país. Fomos porreiros e fizemos de conta que a sua licenciatura era tipo porreira, exames por fax, notas ao domingo. Enfim tudo "profes" porreiros. A seguir, fomos ainda mais porreiros e rimos por existir gente com tão mau gosto para querer umas casas daquelas como se o que estivesse em causa fosse o padrão dos azulejos e não o funcionamento daquele esquema de licenciamento. E depois fomos porreiríssimos quando pensámos que só um gajo nada porreiro é que estranha as movimentações profissionais de todos aqueles gajos porreiros que trataram do licenciamento do aterro sanitário da Cova da Beira e do Freeport. E como ficámos com cara de genuínos porreiros quando percebemos que o procurador Lopes da Mota representava Portugal no Eurojust, uma agência europeia de cooperação judicial? É preciso um procurador ter uma sorte porreira para acabar em tal instância após ter sido investigado pela PGR por ter fornecido informações a Fátima Felgueiras.
Pouco a pouco, o porreirismo tornou-se a nossa ideologia. Só quem não é porreiro é que não vê que os tempos agora são assim: o primeiro- -ministro faz pantomina a vender computadores numa cimeira ibero-americana? Porreiro. Teve graça não teve? Vendeu ou não vendeu? Mais graça do que isso e mais porreiro ainda foi o processo de escolha da empresa que faz o computador Magalhães. É tão porreiro que ninguém o percebeu mas a vantagem do porreirismo é que é um estado de espírito: és cá dos nossos, logo, és porreiro.
E foi assim que, de porreirismo em porreirismo, caímos neste atoleiro cheio de gajos porreiros. O primeiro-ministro faz comunicações ao país para dizer que é vítima de uma campanha negra não se percebe se organizada pelo ministério público, pela polícia inglesa e pela comunicação social cujos directores e patrões não são porreiros. Os investigadores do ministério público dizem-se pressionados. O procurador-geral da República, as procuradoras Cândida Almeida e Maria José Morgado falam com displicência como se só por falta de discernimento alguém pudesse pensar que a investigação não está no melhor dos mundos..Toda esta gente é paga com o nosso dinheiro. Não lhes pedimos que façam muito. Nem sequer lhes pedimos que façam bem.. Mas acho que temos o direito de lhes exigir que se portem com o mínimo de dignidade.
Um titular de cargos políticos ou públicos pode ter cometido actos menos transparentes. Pode ser incompetente. Pode até ser ignorante e parcial. De tudo isto já tivemos. Aquilo para que não estávamos preparados era para esta espécie de falta de escala. Como se esta gente não conseguisse perceber que o país é muito mais importante que o seu egozinho. Infelizmente para nós, os gajos porreiros nunca despegam.
Jornalista
COMUNICADO NUMA EMPRESA BRASILEIRA
De: Presidente
Para: Diretor
Na próxima segunda-feira, aproximadamente as 20:00 horas, o cometa Halley passará por aqui. Trata-se de um evento que ocorre somente a cada 76 anos. Assim, peço que os funcionários sejam reunidos no pátio da fábrica, todos usando capacetes de segurança, para que eu possa explicar o fenômeno a eles. Se estiver chovendo, não poderemos ver o raro espetáculo a olho nú, e todos deverão se dirigir ao refeitório onde será exibido um filme documentário sobre o cometa Halley. ____________________________________________________________
De: Diretor
Para: Gerente
Por ordem do Presidente, na sexta-feira as 20:00 horas, o cometa Halley vai aparecer sobre a fábrica. Se chover, os funcionários deverão ser reunidos, todos com capacete de segurança, e encaminhados ao refeitório, onde o raro fenômeno aparecerá, o que acontece a cada 76 anos a olho nú. ____________________________________________________________
De: Gerente
Para: Chefe de Produção
A convite do nosso querido Diretor, o cientista Halley de 76 anos, vai aparecer nú no refeitório da fabrica, usando capacete, pois vai ser apresentado um filme sobre o problema da chuva na segurança. O diretor levará a demonstração para o pátio da fábrica. _______________________________________________________
De: Chefe de Produção
Para: Supervisor de Turnos
Na sexta-feira as 20:00 horas, o Diretor, pela primeira vez em 76 anos, vai aparecer nú no refeitório da fabrica, para filmar o Halley, o cientista famoso e sua equipe. Todo mundo deverá estar de capacete, pois vai ser apresentado um show sobre a segurança na chuva. O Diretor levara a banda para o pátio da fábrica. ____________________________________________________________
De: Supervisor de Turnos
Para: Funcionarios
Todo mundo nú, sem exceção, deve estar no pátio da fábrica, na próxima sexta-feira, as 20:00 horas, pois o manda-chuva (Presidente) e o Sr. Haley, guitarrista famoso, estarão para mostrar o raro filme "Dançando na Chuva". Todo mundo no refeitório de capacete, o show sera lá, o que ocorre a cada 76 anos. ____________________________________________________________
Aviso para todos:
Na sexta-feira, o chefe da diretoria vai fazer 76 anos e liberou geral para a festa as 20:00h no refeitório. Vão estar lá, pagos pelo manda-chuva,"Bill Halley e seus Cometas". Todo mundo nú e de capacete, pois a banda muito louca
vai tocar e o rock vai rolar louco mesmo com chuva.
29/05/2009
LOBO ANTUNES
Sátira aos HOMENS quando estão com gripe...
Pachos na testa, terço na mão,
ADULTOS - E M A I L D O C H E F E !!!
Um belo dia, um trabalhador recebe um email de seu chefe, no qual estava escrito: PORRA. No dia seguinte, o funcionário respondeu ao email: FODA-SE. Regressando ao escritório, foi imediatamente chamado pelo chefe, que lhe disse: - Você não tinha o direito de me responder daquela maneira! Não sabe que estamos em contenção de despesas? O meu email era simplificado e o significado de PORRA é: 'Por Obséquio Remeter o Relatório Atrasado'. O funcionário argumentou: - Sei de tudo isso e foi exactamente dentro desse espírito que lhe respondi FODA-SE, que significa: 'Foi Ontem Despachado Amanhã Será Entregue'. |
enviado por GUILHERMINA
JOÃO MIGUEL TAVARES
Freeport XVIII: o meu primo é um mestre de 'kung fu'
por João Miguel Tavares
Caro leitor: eu percebo que você ande enjoado. Eu próprio, semana após semana, sento-me em frente do computador para escrever mais um texto para esta página e a mão está sempre a fugir-me para Alcochete. Mas será que a culpa é minha? Por amor de Deus: depois daquele tio, agora sai-nos um primo vestido de Bruce Lee, a treinar artes marciais no templo de Shaolin e a chamar pelo nome de Wu Guo, "o guerreiro profundo"? Sobre o que é que querem que eu escreva, se nem a família Adams é tão divertida? É a mesma coisa que um paleontólogo tropeçar num osso de dinossauro e virem criticá-lo por começar a escavar.
Desde que o site do DN mudou e os leitores passaram a poder escrever comentários aos textos dos colunistas, sou frequentemente instado a confessar o que me move contra José Sócrates e qual é a minha "agenda". Meus caros amigos: eu não tenho agenda, eu não tenho partido e a minha única ambição política é conseguir governar a minha biblioteca. Acreditem ou não, ainda há seis meses estava convencidíssimo de que iria votar no engenheiro Sócrates nas próximas legislativas, sobretudo perante a tragédia que foram os primeiros meses de Manuela Ferreira Leite. Mas subitamente entrámos na twilight zone política e judicial no que ao Freeport diz respeito. E não há como virar a cara.
Só esta semana, tivemos: 1) O senhor procurador-geral a interpor um processo disciplinar devido a pressões que ele próprio garantira não existirem. 2) Ilustres juristas a defender que conversas privadas não são pressões mas delações (as pressões costumam ser feitas em conversas públicas, como toda a gente sabe). 3) Um jovem herói de Shaolin - que até hoje nunca foi escutado pela justiça portuguesa - a desmentir o seu primo quanto ao seu conhecimento de Charles Smith. E podia continuar. Lamento muito, mas o caso Freeport transformou-se numa tragicomédia acional, que põe ao léu uma República grotesca, sem princípios, sem carácter e completamente disfuncional. Sobre o que hei-de eu escrever, se a vergonha já se estende desde aqui até à China?
enviado por ANTÓNIO CUNHA
28/05/2009
P R O F E S S O R E S
MANIFESTAÇÃO NACIONAL EM LISBOA
30. MAIO. 2009 – 15 H., MARQUÊS DE POMBAL
NÓS, PROFESSORES, MANIFESTAMO-NOS…
… PORQUE NESTE FINAL DE ANO LECTIVO E, PRINCIPALMENTE, DE LEGISLATURA, LOGO DE MANDATO DO M.E. E DO GOVERNO, É OBRIGATÓRIO QUE REAFIRMEMOS O REPÚDIO PELAS SUAS PRÁTICAS E POLÍTICAS PARA A EDUCAÇÃO!
… PORQUE NÃO PODEMOS CALAR, MUITO MENOS AGORA, A DENÚNCIA DA PSEUDO-AVALIAÇÃO IMPOSTA, DA DIVISÃO DA CARREIRA, DO ROUBO 2,5 ANOS DE TEMPO DE SERVIÇO, DA ESPÚRIA PROVA DE INGRESSO, DAS INACEITÁVEIS CONDIÇÕES PARA A APOSENTAÇÃO… MEDIDAS IMPOSTAS PELO "ECD DO M.E."!
… PORQUE NÃO ESQUECEMOS A POLÍCIA NA SEDE DO SINDICATO E NAS SALAS DE PROFESSORES EM VÉSPERAS DA MARCHA DA INDIGNAÇÃO, AS "AVERIGUAÇÕES" NA SEQUÊNCIA DE PROTESTOS CONTRA A MINISTRA, O SANEAMENTO DEVIDO A UMA PIADA SOBRE O PRIMEIRO-MINISTRO, AS AMEAÇAS E PRESSÕES QUE SOFREMOS, O DESRESPEITO E DESCONSIDERAÇÃO COM QUE FOMOS TRATADOS!
… PORQUE É TEMPO DE OS PARTIDOS POLÍTICOS, EM CAMPANHA PARA AS EUROPEIAS E A FECHAREM OS SEUS PROGRAMAS PARA AS LEGISLATIVAS, ASSUMIREM COMPROMISSOS PERANTE OS PROFESSORES, A ESCOLA PÚBLICA, A EDUCAÇÃO E A SOCIEDADE!
…PORQUE HÁ PROCESSOS NEGOCIAIS ABERTOS OU A ABRIR EM JUNHO, TAIS COMO, AINDA, A REVISÃO DO ECD, A SUBSTITUÇÃO DO MODELO DE AVALIAÇÃO E O ESTABELECIMENTO DE NORMAS PARA A ELABORAÇÃO DOS HORÁRIOS NO PRÓXIMO ANO LECTIVO;
… PORQUE HÁ RESULTADOS OBTIDOS COM A LUTA (suspensão, para já, da aplicação do regime de vínculos; sem ainda termos derrotado o modelo, alteração significativa, nos dois anos de aplicação, do processo de avaliação de desempenho; manutenção da tutela ministerial dos docentes do ensino básico, frustrando-se a tentativa de transferência para as autarquias…), MAS MUITOS MAIS A OBTER, NO ÂMBITO DE UM ECD QUE SE QUER DIGNIFICANTE, DE UMA GESTÃO ESCOLAR QUE SE QUER DEMOCRÁTICA, DE CONCURSOS QUE SE QUEREM PROMOTORES DA ESTABILIDADE E DO EMPREGO, DE UMA ESCOLA QUE SE QUER INCLUSIVA E DE QUALIDADE…
… PORQUE NESTAS LUTAS TÃO COMPLEXAS E EXIGENTES TODOS/AS SÃO NECESSÁRIOS/AS! NINGUÉM ESTÁ DISPENSADO!
PORQUE TODOS CONTAM, CONTAMOS COM TODOS!
CONTRA FACTOS NÃO HÁ ARGUMENTOS
20 anos de muito exercício mental, jejum, concentração, abstinência e meditação,
como mostra o grande avatar BRAHTIWA THOWBINDO RUHWNANDA.
Em Portugal
1 hora na esplanada das traseiras de uma tasca, bebendo bagaço, relaxando ao ar livre, como demonstrado pelo grande Manel Silva.
AMBOS OS SISTEMAS DE SUPERIOR ELEVAÇÃO ESPIRITUAL ACABAM PRODUZINDO OS MESMOS RESULTADOS!!!
enviado por J COUTO
OFERTA DE EMPREGO
Se és jovem...
... e queres curtir num cabriolet!
Queres andar a muito mais do que 120Km p/hora?
Queres pisar traços contínuos sem ser incomodado e muito menos multado?
Queres andar de carro de braço pendurado e sem cinto de segurança?
Vem realizar o teu sonho! Junta-te a nós!
O PAÍS EM DEBATE
VITOR FEYTOR PINTO - ....cada um está contente com o que tem e depois há aqueles que acabam por ser jogados fora na sociedade. E de facto é terrível termos 2 milhões e cem mil pessoas a viverem abaixo do nível da pobreza e termos quinhentos mil desempregados.
JOÃO LOBO ANTUNES - é preciso uma outra atitude moral no modo como estes cargos(políticos), estão a ser desempenhados, no sentido de que as pessoas sejam capazes de olhar.... e para mim é extraordinário que não haja de um lado e de outro, até nas soluções técnicas que são propostas a possibilidade de harmonizar posições divergentes.
LABORINHO LÚCIO - Churchil dizia " há duas coisas muito boas na política a primeira é ganhar e a segunda é perder", hoje ningém quer a segunda e em política não querer perder é perder a convicção.
HENRIQUE GRANADEIRO - quando alguém se aproxima dum país para estabelecer uma relação comercial, um negócio ou um investimento, há três coisas que são importantes: conhecer a língua...conhecer a lei e conhecer como é que se reslovem os conflitos, ora bem qualquer investidor potencial que se aproxime de Portugal para nos ajudar com o investimento, é altamente desencorajado pela situação da Justiça.
3 - O R G A S M O
FERNADO ALVIM - não ter um orgasmo é no sentido mais consumista ir ao Pingo Doce e não encontrar o produto de que necessitamos porque se encontra esgotado, quando sabíamos que era ali, naquela prateleira que estava e que era tão fácil tê-lo. É arreliante e muitas vezes encarado com maus modos.É muitissimo aborrecido. O orgasmo deve ser encarado como uma dose para os dois. Não tem sentido, degustá-lo sózinho.( radialista, director da revista "365" e da Speaky.tv). «expresso».
MÍSIA - a única coisa que posso dizer do orgasmo é: AAAhhh...OOOhhhhh..........Mhmmmmm..........sim,sim!(fadista). «expresso»
MARIA GAMBINA -Fernando Pessoa escreveu " amor foge a dicionários e a regulamentos vários". Eu troco a palavra Amor por Orgasmo e faço minhas as palavras dele. (estilista). «expresso».
ANA BRANDÃO - o Sr. Orgasmo! Esse bicho papão que eu gosto que todas as noites/dias/fins de tarde/ ao acordar apareça sem avisar... Ele que me dá arrepios da ponta do dedo grande do pe até ao último cabelo. Com ele tenho a sensação que mergulho de olhos fechados num jacuzzi quente. (actriz). «expresso»
FILANTROPO HONÓRIO - orgasmo é a arte de bem servir e regatear. (pensionista)
27/05/2009
AVALIAÇÃO - NOVAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
QUESTÃO PROPOSTA:
6 + 7 =
RESULTADO APRESENTADO PELO ALUNO:
6 + 7 = 18
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DO PROFESSOR
ANÁLISE
A grafia do número 6 está absolutamente correcta;
O mesmo se pode concluir quanto ao número 7;
O sinal operacional + indica-nos, correctamente, que se trata de uma adição;
Quanto ao resultado, verifica-se que o primeiro algarismo (1), está correctamente escrito e corresponde de facto ao primeiro algarismo da soma pedida.
O segundo algarismo pode muito bem ser entendido como um três escrito simetricamente – repare-se na simetria, considerando-se um eixo vertical!
Assim, o aluno enriqueceu o exercício recorrendo a outros conhecimentos. A sua intenção era, portanto, boa.
AVALIAÇÃO:
Do conjunto de considerações tecidas nesta análise, podemos concluir que:
A atitude do aluno foi positiva: ele tentou!
Os procedimentos estão correctamente encadeados: os elementos estão dispostos pela ordem precisa.
Nos conceitos, só se enganou (?) num dos seis elementos que formam o exercício, o que é perfeitamente negligenciável.
Na verdade, o aluno acrescentou uma mais-valia ao exercício ao trazer para a proposta de resolução outros conceitos estudados – as simetrias – realçando as conexões matemáticas que sempre qualquer exercício...
Em consequência, podemos atribuir-lhe um "EXCELENTE" e afirmar que o aluno "PROGRIDE ADEQUADAMENTE".
.
3 - R E G I S T O S
ABSTENÇÃO - a 7 de Junho, data das eleiçoões para o Parlamento Europeu, prevê-se um nível de abstenção em Portugal na ordem dos 68,1%. «correio da manhã»
NR A Peida acha que é por os portugueses gostarem e confiarem tanto nos políticos do seu País.
PROCURADORIA ESPANHOLA - a Procuradoria Anti-corrupção de Espanha, quer que o Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Nguema, seja investigado por desvio de dinheiro e compra de bens imobiliários com fundos ilegais em Espanha. «público»
KARADZIC - este antigo líder dos Sérvios na Bósnia, que está a ser julgado pelo Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia por crimes de guerra e genocídio, apresentou uma moção de 140 páginas com a qual pretende demonstrar a existência de um acordo de imunidade. O antigo governante alega que o diplomata americano Holbrooke, promotor dos acordos de Dayton que puseram fim à guerra da Bósnia em 1995, lhe ofereceu a imunidade em troca do afastamento de qualquer cargo público. «público»
RED BULL COLA - autoridades de vários estados alemães retiraram esta bebida do circuito comercial por revelar em análises de controlo vestígios de cocaína. «DN»
26/05/2009
OS ANIMAIS ENSINAM
enviada por FATOTAS
MIGUEL SOUSA TAVARES
(a história do BCP).
Em Portugal, como tudo vai acabar sem responsáveis e sem responsabilidades, convém recordar os principais momentos deste "case study", para que ao menos a falta de vergonha não passe impune.
1. Até ao 25 de Abril, o negócio bancário em Portugal obedecia a regras simples:
Os bancos tinham um só dono ou uma só família como dono e sustentavam os demais negócios do respectivo grupo.
Com o 25 de Abril e a nacionalização sumária de toda a banca, entrámos num período 'revolucionário' em que "a banca ao serviço do povo" se traduzia, aos olhos do povo, por uns camaradas mal vestidos e mal encarados que nos atendiam aos balcões como se nos estivessem a fazer um grande favor. Jardim Gonçalves veio revolucionar isso, com a criação do BCP e, mais tarde, da Nova Rede, onde as pessoas passaram a ser tratadas como clientes e recebidas por profissionais do ofício..
Mas, mais: ele conseguiu criar um banco através de um MBO informal que, na prática, assentava na ideia de valorizar a competência sobre o capital.
O BCP reuniu uma série de accionistas fundadores, mas quem de facto mandava eram os administradores - que não tinham capital, mas tinham "know-how".
Todos os fundadores aceitaram o contrato proposto pelo "engenheiro" - à excepção de Américo Amorim, que tratou de sair, com grandes lucros, assim que achou que os gestores não respeitavam o estatuto a que se achava com direito (e dinheiro).
E, de cada vez que crescia, era necessário um aumento de capital.
E, em cada aumento de capital, era necessário evitar que algum accionista individual ganhasse tanta dimensão que pudesse passar a interferir na gestão do banco.
Para tal, o BCP começou a fazer coisas pouco recomendáveis: aos pequenos depositantes, que lhe tinham confiado as suas poupanças para gestão, o BCP tratava de lhes comprar, obviamente sem os consultar, acções do próprio banco nos aumentos de capital, deixando-os depois desamparados nas perdas da bolsa;
Aos grandes depositantes e amigos dos gestores, abria-lhes créditos de milhões em "off-shores" para comprarem acções do banco, cobrindo-lhes, em caso de necessidade, os prejuízos do investimento.
Desta forma exemplar, o banco financiou o seu crescimento com o pêlo do próprio cão, aliás, com o dinheiro dos depositantes - e subtraiu ao Estado uma fortuna em lucros não declarados para impostos. Ano após ano, também o próprio BCP declarava lucros astronómicos, pelos quais pagava menos de impostos do que os porteiros do banco pagavam de IRS em percentagem. E, enquanto isso, aqueles que lhe tinham confiado as suas pequenas ou médias poupanças viam-nas sistematicamente estagnadas ou até diminuídas e, de seis em seis meses, recebiam uma carta-circular do engenheiro a explicar que os mercados estavam muito mal.
3. Depois, e seguindo a velha profecia marxista, o BCP quis crescer ainda mais e engolir o BPI. Não conseguiu, mas, no processo, o engenheiro trucidou o sucessor que ele próprio havia escolhido, mostrando que a tímida "renovação" anunciada não passava de uma farsa.
Descobriu-se ainda uma outra coisa extraordinária e que se diria impossível: que o BCP e o BPI tinham participações cruzadas, ao ponto de hoje o BPI deter 8% do capital do BCP e, como maior accionista individual, ter-se tornado determinante no processo de escolha da nova Administração... do concorrente! Como se fosse a coisa mais natural do mundo, o presidente do BPI dá uma conferência de imprensa a explicar quem deve integrar a nova administração do banco que o quis opar e com o qual é suposto concorrer no mercado, todos os dias...
4. Instalada entretanto a guerra interna, entra em cena o notável comendador Berardo, ele é só o homem que mais riqueza acumula e menos produz no país (protegido pelo 1º Ministro (a Sócretina), que lhe deu um museu do Estado para armazenar a colecção de arte privada. Mas, verdade se diga, as brasas espalhadas por Berardo tiveram o mérito de revelar segredos ocultos e inconfessáveis daquela casa.
E assim ficámos a saber que o filho do engenheiro fora financiado em milhões para um negócio de vão de escada, e perdoado em milhões quando o negócio inevitavelmente foi por água abaixo.
E que havia também amigos do engenheiro e da administração, gente que se prestara ao esquema das "off-shores", que igualmente viam os seus créditos malparados serem perdoados e esquecidos por acto de favor pessoal.
5. E foi quando, lá do fundo do sono dos justos onde dormia tranquilo, acorda inesperadamente o governador do Banco de Portugal e resolve dizer que já bastava: aquela gente não podia continuar a dirigir o banco, sob pena de acontecer alguma coisa de mais grave - como, por exemplo, a própria falência, a prazo.
6. Reúnem-se, então, as seguintes personalidades de eleição: o comendador Berardo, o presidente de uma empresa pública com participação no BCP e ele próprio ex-ministro de um governo PSD e da confiança pessoal de Sócrates, mais, ao que consta, alguém em representação do doutor "honoris causa" Stanley Ho - a quem tantos socialistas tanto devem e vice-versa. E, entre todos, congeminam um "take over" sobre a administração do BCP, com o "agréement" do dr. Fernando Ulrich, do BPI..
E olhando para o panorama perturbante a que se tinha chegado, a juntar ao súbito despertar do dr. Vítor Constâncio, acharam todos avisado entregar o BCP ao PS.
Para que não restassem dúvidas das suas boas intenções, até concordaram em que a Vice-presidência fosse entregue ao sr. Armando Vara (que também usa 'dr.') - fabuloso expoente político e bancário ue o país inteiro conhece e respeita.
7. E eis como um banco, que era tão independente, que fazia tremer os governos, desagua nos braços cândidos de um partido político - e logo o do Governo. E eis como um banco, que era tão cristão, tão "opus dei", tão boas famílias, acaba na esfera dessa curiosa seita do avental, a que chamam maçonaria.
8. E, revelada a trama em todo o seu esplendor, que faz o líder da oposição?
Pede em troca, para o seu partido, a Caixa Geral de Depósitos, o banco público.
Pede e vai receber, porque há 'matérias de regime' que mesmo um governo que tenha maioria absoluta no parlamento não se atreve a pôr em causa. Um governo inteligente, em Portugal, sabe que nunca pode abocanhar o bolo todo. Sob pena de os escândalos começarem a rolar na praça pública, não pode haver durante muito tempo um pequeno exército de desempregados da Grande Família do Bloco Central.
Se alguém me tivesse contado esta história, eu não teria acreditado..
Mas vemos, ouvimos e lemos. E foi tal e qual.
Miguel Sousa Tavares
QUE MIÚDA
enviado por ADNARIM
NEM IDADE NEM CURRICULUM
O Primeiro-ministro José Sócrates num momento de fervor político dirigindo-se a Francisco Louçã disse:'O senhor não tem idade nem curriculum ...'.Cronologia:
Louçã, nasceu em 12 de Novembro de 1956.Como estudante participou na luta contra a Ditadura e a Guerra no movimento estudantil dos anos setenta, foi preso em Dezembro de 1972 com apenas 16 anos e libertado de Caxias sob caução, aderindo à LCI/PSR em 1972 e em 1999 fundou o Bloco de Esquerda.
Foi eleito deputado em 1999 e reeleito em 2002 e 2005.
É membro das comissões de economia e finanças e antes comissão de liberdades, direitos e garantias. Foi candidato presidencial em 2006.
Actividades académicas:
Frequentou a escola em Lisboa no Liceu Padre António Vieira (prémio Sagres para os melhores alunos do país), o Instituto Superior de Economia (prémio Banco de Portugal para o melhor aluno de economia), onde ainda fez o mestrado (prémio JNICT para o melhor aluno) e onde concluiu o doutoramento em 1996.
Em 1999 fez as provas de agregação (aprovação por unanimidade) e em 2004 venceu o concurso para Professor Associado, ainda por unanimidade do júri. É professor no ISEG (Universidade Técnica de Lisboa), onde tem continuado a dar aulas e onde preside a um dos centros de investigação científica (Unidade de Estudos sobre a Complexidade na Economia).
Recebeu em 1999 o prémio da History of Economics Association para o melhor artigo publicado em revista científica internacional. É membro da American Association of Economists e de outras associações internacionais, tendo tido posições de direcção em algumas; membro do conselho editorial de revistas científicas em Inglaterra, Brasil e Portugal; 'referee' para algumas das principais revistas científicas internacionais (American Economic Review, Economic Journal, Journal of Economic Literature, Cambridge Journal of Economics, Metroeconomica, History of Political Economy, Journal of Evolutionary Economics, etc.).
Foi professor visitante na Universidade de Utrecht e apresentou conferências nos EUA, Inglaterra, França, Itália, Grécia, Brasil, Venezuela, Noruega, Alemanha, Suíça, Polónia, Holanda, Dinamarca, Espanha.
Publicou artigos em revistas internacionais de referência em economia e física teórica e é um dos economistas portugueses com mais livros e artigos publicados (traduções em inglês, francês, alemão, italiano, russo, turco, espanhol, japonês).
Em 2005, foi convidado pelo Banco Mundial para participar com quatro outros economistas, incluindo um Prémio Nobel, numa conferência científica em Pequim, foi desconvidado por pressão directa do governo chinês alegando razões políticas.
Terminou em Agosto um livro sobre 'The Years of High Econometrics' que será publicado brevemente nos EUA e em Inglaterra.
Obras publicadas:Ensaios políticos
Ensaio para uma Revolução (1984, Edição CM)
Herança Tricolor (1989, Edição Cotovia)
A Maldição de Midas – A Cultura do Capitalismo Tardio (1994, Edição Cotovia)
A Guerra Infinita, com Jorge Costa (Edições Afrontamento, 2003)
A Globalização Armada – As Aventuras de George W. Bush na Babilónia, com Jorge Costa (Edições Afrontamento, 2004)
Ensaio Geral – Passado e Futuro do 25 de Abril, co-editor com Fernando Rosas (Edições D. Quixote, 2004)
Livros de Economia
Turbulence in Economics (edição Edward Elgar, Inglaterra e EUA, 1997), traduzido como Turbulência na Economia (edição Afrontamento, 1997)
The Foundations of Long Wave Theory, com Jan Reinjders, da Universidade de Utrecht (edição Elgar, 1999), dois volumes
Perspectives on Complexity in Economics, editor, 1999 (Lisboa: UECE-ISEG)
Is Economics an Evolutionary Science?, com Mark Perlman, Universidade de Pittsburgh (edição Elgar, 2000)
Coisas da Mecânica Misteriosa (Afrontamento, 1999)
Introdução à Macroeconomia, com João Ferreira do Amaral, G. Caetano, S. Santos, Mº C. Ferreira, E. Fontainha (Escolar Editora, 2002)
As Time Goes By, com Chris Freeman (2001 e 2002, Oxford University Press, Inglaterra e EUA); já traduzido para português (Ciclos e Crises no Capitalismo Global - Das revoluções industriais à revolução da informação, edições Afrontamento, 2004) e chinês (Edições Universitárias de Pequim, 2005)
* Fonte Wikipédia
Não tivemos acesso a um curriculum fidedigno do sr engº Sócrates
Quanto à idade devem ter diferença de meses...
enviado por CARLOS SANTOS
25/05/2009
ZECA AFONSO
NUNO ROGEIRO EM 2009-05-15
Claro que o PGR, que é uma pessoa íntegra e avisada, agiu na legalidade. E agiu, depois de uma reunião do Conselho Superior do Ministério Público, essa bizarra instituição político-judicial, que, putativamente, guarda os guardas.
Não só agiu na legalidade, como se mostrou sempre interessado e motivado para ir até ao fim em todo o processo.
Mas vai-se até ao fim com o processo?
That is the question.
Quando o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (cujo patrão é o Estado) alertou o país, a opinião pública, os jornalistas e o PR, para pressões graves sobre os profissionais que investigavam o caso Freeport, a parte responsável da nação gelou.
O que o digníssimo magistrado parecia querer dizer era que alguém com poder (a não ser assim, não existiria "pressão") tentou interferir no processo, e não via forma de resolver o assunto pelas vias normais.
Do que se passou a seguir, com muita água a correr debaixo da ponte, ficámos a saber que as alegadas pressões não foram, afinal, directamente exercidas por um superior hierárquico, ou por um membro do Executivo, mas por um magistrado.
Mas ficámos a saber, também, que o mesmo magistrado terá invocado, uma ou várias vezes, pessoas com poder, ou superiores, ou membros do Governo.
O que nos conduz a outra linha de observações.
Um dia, um sobrinho de José Sócrates, alegadamente, invocou o nome do tio em vão. Por correio electrónico.
A Comunicação Social encheu-se de relatos segundo os quais, noutro dia, o tio de José Sócrates invocou o nome do sobrinho em vão.
O engenheiro Smith parece ter invocado, várias vezes, o nome de Sócrates em vão.
Em vários casos de noticiadas diligências, pressões, autos e inquéritos, desencadeadas por diversas autoridades e autoridadezinhas, zelosos funcionários do Estado, invocaram o nome do primeiro-ministro em vão. Uma vez, se bem se lembram, foi por causa de uma anedota de salão.
O procurador Lopes da Mota, dizem os jornais (que sabem tudo o que está em segredo de justiça), terá invocado o nome do ministro da Justiça e de Sócrates, também em vão.
Em vão tenta o primeiro-ministro (diz ele) evitar que o invoquem em vão.
Mas porquê, afinal, tanta invocação?
O politólogo (ou politicólogo, como será mais correcto em Português) Robert Dahl falava um dia da "regra das reacções antecipadas". Passamos a explicar.
Se A tem influência sobre B (ou poder, isto é, influência assistida de coacção), pode acontecer que B aja, em vários momentos, sem nada lhe ser solicitado por A, mas apenas por antecipar, prever, ou tentar adivinhar o que A deseja.
Será isto? Ou isto, mais telepatia?
Por fim: deve o procurador-geral adjunto Lopes da Mota suspender o seu mandato no Eurojust (se, estatutariamente, isso for possível)?
Parece que sim, até para poder mais serenamente, e com tempo, preparar a defesa, no sério processo disciplinar que lhe é movido.
Mas por que é que o candidato europeu do PS há-de ter uma opinião sobre o assunto, e fazer disso motivo de campanha?
Claro que a mulher de César precisa de parecer honesta.
Mas Vital não é a mulher de César.