Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
18/09/2011
Piratas da Somália
Quem são os verdadeiros
Piratas da Somália
Este video trás luz à um assunto que, embora atual, muito pouco se sabe a respeito.
Piratas da Somália? Como é possível no século XXI?
Qual os motivos que levaram e permitiram tal prática? Vejam quem são os verdadeiros piratas.
Clique para ver o filme com o relato em espanhol, mas com legendas em português.
Clique para ver em tela cheia. Demora alguns minutos e fornece informações que você nunca imaginou!!!
Piratas da Somália? Como é possível no século XXI?
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1 –ANÚNCIOS RADICAIS
Com o título "The Unexpected Experience" ("A Experiência Inesperada"), a Microsoft lançou este anúncio, que mostra um homem com sérias dificuldades em relação ao soutien da parceira. Sobretudo por não saber a "password"...
1 - A GRANDE FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL
Documentário produzido pelo canal 4 da TV inglesa que fala sobre a grande mentira criada sobre um aquecimento global causado pelo homem que hoje se tornou quase uma verdade absoluta, incontestada pela mídia e por governos mundo a fora. Uma farsa elaborada para frear o desenvolvimento do terceiro mundo e impor altos impostos sobre o carbono, todo derivado de petróleo ou qualquer outra material divulgado como a principal causa deste "aquecimento global". Entrevistados neste filme, vários cientistas, historiadores e especialistas nesta área da ciência, negam haver qualquer relação entre o CO2 produzido pelo Homem com o aparente aquecimento global, mas o contrário, aparentemente o CO2 é resultado de tal aquecimento e não seu causador. As pesquisas e dados são reveladas e a verdade vem à tona, o aquecimento global causado pelo Homem é apenas uma propaganda mediática para arrecadar fundos para o novo governo mundial que está sendo implantado. Veja e tire suas conclusões.
ESTA SEMANA NO
"SOL"
Na faculdade sem o 12.ª ano
Lei permite que estudantes sem o secundário completo possam inscrever-se em licenciaturas como alunos externos. Para muitos menores de 23 anos, é uma forma de não adiar a entrada na universidade
João Baptista chumbou a Português e Inglês no 12.º ano. Leandro Dias ainda não conseguiu ter positiva a Português para concluir o secundário. Mas ambos estão já no ensino superior. A explicação está numa lei de 2008, que permite a inscrição numa licenciatura, na qualidade de aluno externo, mesmo a quem não tem o 12.º ano completo.
Com 20 anos, João ainda não tem idade para beneficiar do acesso especial para maiores de 23. Por isso, ficou contente quando um amigo lhe explicou que podia ir fazendo créditos do curso de Gestão, mesmo sem ter acabado o 12.º ano. Inscreveu-se no Instituto Superior de Gestão (ISG) a todas as cadeiras do primeiro ano e está a pagar propinas como qualquer outro estudante. Não é o único. «Só da minha turma do secundário conheço seis que estão nesta modalidade», conta.
Para conseguirem ficar com o diploma da licenciatura, vão, porém, ter de ter nota positiva nas disciplinas que ficaram por fazer no 12.º ano.
Estudar à noite ou esperar pelos 23 anos
João Baptista já decidiu que se vai inscrever no horário nocturno de uma escola secundária. «Tenho três anos para conseguir fazer o Português e o Inglês». Depois disso, basta-lhe «pagar a matrícula» e passar ao estatuto de aluno interno, para regularizar a situação.
Outra opção é tentar entrar através das vagas para maiores de 23 anos. Nesse caso, daqui a três anos poderá ser aluno interno sem nunca ter chegado a concluir o secundário.
Um caso de sucesso
Leandro também soube por um amigo que, apesar das más notas no secundário, não precisava de adiar o sonho de tirar Engenharia Informática. Está inscrito no 2.º ano, na Lusófona, e vai tentar fazer o Português à noite, por módulos. «No meu caso nem preciso de fazer o exame, porque as específicas para o meu curso são Matemática ou Economia». Como a nota de Economia é mais alta, será essa a prova de ingresso que vai apresentar quando passar a aluno interno.
Leandro ainda tentou encontrar lugar numa universidade pública, mas depressa desistiu. «Sei que no ISCTE também aceitam alunos externos, mas só tinham duas vagas e era quase impossível. Numa privada é muito mais fácil».
De resto, Leandro Dias garante que no curso que está a tirar conhece quase tantos alunos externos como internos. «Talvez por sermos mais rapazes do que raparigas, o pessoal desleixa-se mais e deixa disciplinas do secundário para trás».
Sem esta possibilidade, talvez nunca chegasse a ir para o ensino superior. «Uma pessoa pensa que só tem uma disciplina para estudar e acaba por não fazer nada e ir arrastando. Assim, consigo avançar no curso». E é um caso de sucesso: só deixou por fazer duas cadeiras do 1.º ano de Engenharia Informática.
Lei pouco conhecida
Apesar de a lei não ser nova, está longe de ser muito conhecida. «Nunca tinha ouvido falar dessas situações, parece-me estranho» – comenta António Vicente, presidente do Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup), que vê neste mecanismo «uma forma de as privadas angariarem mais alunos».
Miguel Copetto, da Associação Portuguesa de Ensino Superior Privado (APESP), contrapõe: «A lei não se aplica apenas às universidades privadas. As públicas também recebem alunos externos». E sublinha a importância de uma legislação que permite aos alunos não perder anos. «Em vez de ficarem à espera e desmotivarem, podem ir fazendo cadeiras e tendo um primeiro contacto com a universidade».
Copetto defende mesmo que «esta lei tem um lado muito positivo para os alunos» e recorda que não é só às privadas que interessa angariar estudantes. «É preciso não esquecer que o financiamento das universidades públicas se faz por número de alunos».
* Não é carne nem peixe, mas bizarro é, e, uma "opertenidade nova" para o insucesso escolar.
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AUREA SAMPAIO
Cidadãos de segunda
Vítimas do mais improvável algoz ou do mais medíocre chefe de serviços, servem apenas para pagar e caladinhos para não incomodar o senhor primeiro-ministro
1.Qual é a coisa qual é ela que permite fugir legalmente ao fisco, garante ajudas do Estado e, ainda por cima, confere o simpático estatuto de benemérito ? Resposta: uma fundação. O senhor Sousa Cintra nunca foi dado a filantropias. Pelo contrário, chegou a ser processado por, durante oito anos, ter negado aumentos salariais e são conhecidas as quezílias que, durante anos, manteve com a população de Vila do Bispo por causa da construção de uma casa e de cortes unilaterais no caminho público de acesso à praia. Ficou famoso por seis anos de presidência do Sporting, pelos seus negócios nas cervejas e nas águas de mesa e diz-se muito poupado. O seu nome voltou agora à ribalta, depois de o Governo ter dado luz verde à sua fundação. Com património avaliado em 20 milhões de euros, a instituição inclui bens como a moradia de Cintra, em Lisboa (1,8 milhões), um prédio urbano (4,2 milhões), sito em Sagres, e uma empresa turística ligada à caça. Segundo os jornais, Cintra vai poupar 20 mil euros/ano de IMI com a inclusão dos dois primeiros imóveis no acervo da fundação. O ministro que aprovou a nova instituição não desmente. O mesmo ministro que faz parte de um Governo que "vendeu", há dias, a ideia de se preparar para moralizar as 800 fundações públicas e de passar a pente fino e reavaliar as privadas existentes. O mesmo Governo que é implacável com o modesto contribuinte, mas que não tem vergonha de continuar a permitir este regabofe de benefícios e favores do Estado a quem pode e nunca deu quaisquer provas de o merecer.
2. Há cerca de 37 mil professores contratados que vão ficar de fora das escolas, depois dos concursos já efetuados para preenchimento das vagas existentes. A semana passada alguns manifestaram-se e um deles deixou um desabafo significativo: "Só se ouve falar em avaliação e em quotas e não em quem fica sem emprego." Eis o exemplo elucidativo da perversidade dos atuais sindicatos. Na sua lista de prioridades estão, em primeiro lugar, os filiados que lhes pagam as quotas, ou seja, os que têm emprego; depois, vêm os outros - justamente, os mais desprotegidos, os que mais precisam. É por estas e por outras que o movimento sindical está em perda, sem prestígio e influência. Incapaz de se reinventar, como fez o capitalismo, acantonou-se na defesa dos trabalhadores do setor público e é daí que vai fazendo de conta, com os mesmos rostos e clichés de há décadas, as mesmas formas de luta, o mesmo tipo de organização. Tal como estão, arriscam-se ainda mais à irrelevância.
3. Aproveitei as férias para ir ao meu Centro de Saúde (CS) saber se já me tinha sido atribuído médico de família. Inscrevi-me há ano e meio e nunca mais ninguém me deu cavaco. Disseram-me que continuava sem médico e que nem devia ter qualquer esperança de algum dia vir a ter um. "Há utentes que esperam há 30 anos", atirou a funcionária, como se o número fosse um troféu e não uma vergonha. Quis saber como podia aceder a um clínico e informaram-me de burocracias sem fim nem garantias de consulta. Percebi que serei um pária no sistema, sem direitos iguais aos de outros "utentes", porque o sistema é incapaz de me atribuir um médico, apesar de eu pagar fielmente os meus impostos para o alimentar e manter, há longos anos. São cada vez mais os cidadãos de segunda, neste país. Vítimas do mais improvável algoz ou do mais medíocre chefe de serviços, servem apenas para pagar e caladinhos para não incomodar o senhor primeiro-ministro.
IN "VISÃO"
15/09/11
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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"
Catalina candidata-se em Oeiras
Ex-Provedora da Santa Casa
vai ser candidata nas autárquicas.
A ex-Provedora da Casa Pia vai candidatar-se a presidente da Assembleia Municipal de Oeiras, nas próximas eleições autárquicas de 2013. Depois de ter apoiado - e retirado o apoio - a Fernando Nobre, quando este ainda era candidato da "sociedade civil" a Belém, Catalina volta à política.
Em nome da "participação da sociedade civil" e do alargamento da democracia participativa para além dos partidos, a ex-Provedora junta-se a Paulo Freitas do Amaral - ex-dirigente do PS e presidente da Junta de Freguesia do Dafundo - para uma candidatura 'cívica'.
Esta semana os futuros candidatos já se submeteram a um escrutíneo da população para avaliar o grau de interesse que a nova candidatura está a suscitar. "Mobilização de todos" e aprofundar "a participação dos cidadãos" é a meta, afirmou Paulo Freitas do Amaral.
* Qualquer cidadão pode candidatar-se desde que cumpra os preceitos legais. A ex-Provedora já demonstrou coragem ao defender o "elo mais fraco" e, seriedade não lhe falta.
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ESTA SEMANA NA
"MÁXIMA"
COMO TRANSFORMAR
MAU SEXO EM BOM SEXO
A médica ginecologista Maria do Céu Santo explica como é possível dar a volta à situação, e viver em pleno uma sexualidade com afecto.
1. Use os cinco sentidos
“ Sempre que começa uma relação invista numa sexualidade com afecto. Não dissocie logo no início as duas coisas. Porque todos nós sabemos que podemos ter só sexo. Se as pessoas se masturbarem também têm prazer, mas o ideal é partilhar a pele, estimular os sentidos – a visão, o tacto, a audição, o olfacto, o paladar – porque é isso que nos aumenta a intensidade do prazer.”
2. Não finja o que não sente
“ O bom sexo é sempre ligado à afectividade, mas também deve ser desenvolvido com técnica. Somos ensinados a seduzir, mas ninguém é ensinado a fazer amor. Aprende-se por tentativa e erro. Por isso, é importante que a pessoa não comece logo a fingir quando começa a relação, o que por vezes pode acontecer. Algumas mulheres dizem que fazem amor por obrigação, mas depois também não conseguem passar a mensagem daquilo que lhes é agradável ou não, e devem fazê-lo.”
3. Diga-lhe o que lhe dá mais prazer
“ É importante não dizer ao parceiro o que lhe desagrada [a forma como ele a estimula, por exemplo], mas o que gosta, orientando-o para aquilo que lhe dá mais prazer. Aqui há tempos a psicóloga Ana Fonseca usou uma expressão perfeita, dizendo que neste caso ‘é quase como coçar as costas’, experimenta-se mais acima, mais abaixo, mais para o lado. Por isso, é muito importante dizer do que se gosta e como se gosta. O problema é que muitas mulheres fingem o orgasmo, o que nalgumas situações resolve alguns problemas momentâneos, mas a longo prazo pode transformar-se num problema, pois passam a fazer amor como penitencia, e vai representar um determinado papel. Umas fazem-no porque acham que o parceiro vai achar que está muito mais apaixonada se for mais rápida a atingir o orgasmo, outras porque estão atrasadas para dormir.”
4. Mesmo que não lhe apeteça, faça
“Ao contrário de uma boa parte dos meus colegas, eu trato a diminuição do desejo das mulheres incentivando-as desta forma: mesmo que não lhe apeteça, faça [amor]. Porque o principal problema nas mulheres é iniciar a actividade sexual – a diminuição ou a ausência de desejo é, em geral, a principal causa, pois muitas explicam que depois até sentem prazer. Mas, por outro lado, é importante fazer amor com tempo e não ao fim do dia quando já nem sequer têm força para puxar o lençol. Se a essa hora não têm energia, então também não é hora para fazer amor. E o prazer também se programa. Não é só quando apetece, porque quando apetece muitas vezes a pessoa não tem capacidade. O desejo assenta na memória, se a memória for boa a pessoa apetece-lhe fazer amor.”
5. Homens, finjam indiferença
“Quanto mais apetece ao homem mais a mulher foge. E quando os homens, em casa fazem festinhas, a mulher pensa que têm como objectivo fazer amor. Mas quando eles fingem que não lhes apetece fazer amor, a elas aumenta-lhes o desejo. Por isso, este conselho é para eles: finjam que não lhes apetece.”
6. Coloque a lingerie na cadeira
“ Se o seu parceiro não manifesta desejo, procure estimulá-lo: compre uma lingerie, mais ou menos sofisticada, como preferir, e coloque-a sobre uma cadeira. A ideia é que ele a veja e você nunca a vista. Ele vai perguntar-se porque é que está aquela roupa ali, quando a relação está quase assexuada. Muitas vezes isto é um estímulo para mudar qualquer coisa. Porque o que se tem de fazer é sair da rotina (uma das grandes responsáveis pelo mau sexo) e fazer uma clivagem na rotina.
Se o homem fingir que não lhe apetece fazer amor, à mulher aumenta o desejo. Se a mulher está invisível e puser qualquer coisa que estimule, que agrade, que saia da rotina, ela torna-se visível.”
7. Sejam criativos
“A criatividade é fundamental. Se pensa todos os dias em confeccionar refeições diferentes, o jantar não é sempre igual, então porque é que fazer amor tem de ser? Cada pessoa deve perceber o seu corpo, e perceber as posições que lhe dão mais prazer, mas estas não têm que ser sempre as mesmas, repetidas no tempo. É claro que como a relação é a dois, tem que se perceber o que é melhor, o que mais agrada a ambos e, daí, a necessidade de falar no assunto, não agredindo, mas aperfeiçoando a técnica com carinho, em que os dois se vão guiando pelos caminhos do prazer. Hoje há várias alternativas para optimizar a sua vida sexual, por isso faça tudo para melhorar porque o orgasmo está lá é só preciso voltar a descobri-lo. Reinvente a relação.”
8. Cuide si
“As pessoas enquanto namoram, arranjam-se da unha do pé até à ponta do cabelo e depois de estarem a viver com os parceiros dormem com a t-shirt que nem serve para ir para a rua. Também neste caso tem que haver criatividade. É importante que continue sempre a cuidar de si, como fazia quando se conheceram e apaixonaram.
Outra das formas de avivar o desejo é voltar a usar a água-de-colónia ou perfume que usava quando se conheceram e começaram a namorar, e oferecer-lhe que ele também usava nessa altura. Mas o ideal, neste caso, é que ambos tenham deixado de usar os respectivos perfumes ainda durante a fase da paixão, pois só assim é que eles se tornam, de facto, simbólicos. É como a música de ambos – ‘a nossa música’, para ter significado não pode ser ouvida constantemente.”
9. Use o poder da fantasia
“A fantasia é fundamental numa relação. A principal razão para a pessoa deixar de ter actividade sexual é não ter fantasia. Há fantasias que não são, de facto, para se pôr em prática, são só de cada um. Mas há outras que não, pois podem ser colocadas em prática desde que não agridam o parceiro. E o que agride hoje não quer dizer que agrida amanhã. O limite é o infinito desde que as duas pessoas concordem, a sexualidade é uma descoberta a dois. O que não se pode fazer é alguma coisa que nos viole. Mas aquilo que viola hoje não quer dizer que viole amanhã. Nós mudamos e ainda bem.”
10. Continue a ter prazer na menopausa
“A sexualidade na menopausa tem muito a ver com a sexualidade que a mulher tinha antes. Há de facto uma mudança a que as pessoas têm que se adaptar: a vagina começa a ficar mais seca devido à baixa hormonal, necessitando de cuidados específicos de hidratação. A cosmética vulvar é composta por um hidratante, por creme e uma máscara, e todas as pessoas podem e devem fazê-la desde que não tenha contra-indicação de estrógeneos. A falta deste tratamento pode levar a que surjam fissuras na vagina o que consequentemente vai levar a que a mulher sinta dores durante a relação sexual, privando-a do prazer que ainda é possível continuar a ter nesta fase da vida.”
11. Dê uma ajuda para chegar ao orgasmo
“O orgasmo não é essencial, e o sexo pode ser bom sem ele, mas o óptimo é chegar lá. É claro que se a pessoa não está disposta, não tem que forçar. Mas se quer atingi-lo e tem dificuldades, pode dar uma ajuda estimulando o clítoris, ou pedindo ao seu companheiro que o faça. A estimulação não tem que ser directa, pode ser indirecta, e hoje em dia há várias técnicas que podem potenciar. O pénis devia ter outra anatomia para estimular o clítoris, mas não tendo há que arranjar soluções.”
* Palmas para tão simples e enorme saber pleno de bom-senso.
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1 - A VIDA DAS ESTRELAS
A maioria dos átomos dos nossos corpos foram feitos no interior das estrelas.
"Somos matéria estelar".
Com animação computadorizada e espantosa arte astronômica, nôs é mostrado como as estrelas nascem, vivem e morrem. Carl Sagan persegue a origem e a natureza dos buracos negros, objetos com uma gravidade de tal ordem que a luz não consegue sair deles.
O "último dia perfeito" da terra é representado daqui a 5 bilhões de anos, após o que o Sol, entrando na fase vermelha gigante, reduzirá a Terra a cinzas carbonizadas.
Testemunhamos a explosão de estrelas distantes que produzem raios cósmicos que provocam mutações nos seres da Terra.
No sentido mais profundo, a origem, evolução e destino da vida do nosso planeta estão relacionados com a evolução do Cosmos.
"Somos matéria estelar".
Com animação computadorizada e espantosa arte astronômica, nôs é mostrado como as estrelas nascem, vivem e morrem. Carl Sagan persegue a origem e a natureza dos buracos negros, objetos com uma gravidade de tal ordem que a luz não consegue sair deles.
O "último dia perfeito" da terra é representado daqui a 5 bilhões de anos, após o que o Sol, entrando na fase vermelha gigante, reduzirá a Terra a cinzas carbonizadas.
Testemunhamos a explosão de estrelas distantes que produzem raios cósmicos que provocam mutações nos seres da Terra.
No sentido mais profundo, a origem, evolução e destino da vida do nosso planeta estão relacionados com a evolução do Cosmos.
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ESTA SEMANA NA
"EXECUTIVE DIGEST"
Foi lançado o Flight Search, o motor de busca de viagens de avião
A Google fez o lançamento do novo serviço, hoje, nos Estados Unidos. É a primeira versão do motor de busca de voos, que pretende disponibilizar as melhores tarifas de voos.
O Flight Search está associado a sites como Orbitz, Kayak ou o TripAdvisor, que disponibilizam a reserva de passagens de avião.
As negociações por parte da Google começaram em Abril, quando as autoridades dos EUA aprovaram a comprar por 700 milhões de dólares (513,25 milhões de euros) da ITA Software. Esta foi a empresa que desenvolveu a ferramenta de localização de voos que é usada pela maioria das companhias e empresas do sector.
O novo motor de busca da Google vai permitir integrar tarifas e rotas aos resultados de uma consulta. Para aceder ao Flight Search, basta aceder a www.google.com/flights link externo.
* Precisa-se urgente um motor de busca para políticos sérios.
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ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA
DE LEUCEMIAS E LINFOMAS
Inscreva-se como sóci@ da APLL por apenas € 5/ano. As verbas que recolhidas através dos novos sócios ou donativos revertem integralmente a favor dos doentes: oferecemos pijamas, uma vez que o tratamento de quimio e radioterapia os leva a transpirar imenso, pelo que têm de trocar de pijama várias vezes ao dia; oferecemos um plafond de 200/250 euros/mês, conforme o caso, para compra de medicamentos em farmácia por doentes carênciados, que permitam complementar o tratamento ambulatório - estes casos são analisados pela assistente social do IPO do Porto e remetidos para a APLL.
Dadores de Sangue
As colheitas de sangue podem salvar vidas. Os doentes sujeitos a tratamentos de quimio, rádio e imunoterapia precisam, muitas vezes, de transfusões de sangue aquando do tratamento.
Dadores de Medula
O registo como dador de medula óssea não traz benefícios directos ao dador. No caso de se encontrar um dador compatível com um doente que precise de transplante, o dador poderá, ou não avançar com o processo de dádiva. Nos dias de hoje, o processo é extremamente simples e indolor, podendo ajudar a salvar uma vida.
Associação Portuguesa
de Leucemias e Linfomas
Clinica Oncohematologia
R. Dr. António Bernardino de Almeida,
4200-072 Porto
Tel. 225 084 000 - ext. 3100 | 93 440 50 12
E-mail: geral@apll.org
Associação Portuguesa Contra a Leucemia
Rua D. Pedro V - nº 128
1250-095 Lisboa
Tel: 213 422 204/05
Fax: 213 422 206
E-mail: apcl@contraleucemia.org |
Web: http://www.contraleucemia.org
CEDACE – Registo Português
de Dadores de Medula Óssea
Centro de Histocompatibilidade do Norte
Pavilhão "Maria Fernanda"
R. Dr. Roberto Frias
4200-467 Porto
Tel: 225 573 470
Fax: 225 501 101
ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"
Mulheres portuguesas ganham
menos 18% que os homens
As mulheres portuguesas ganham em média menos 18% que os homens (181 euros), apesar de a sua participação no mercado de trabalho ter aumentado nos últimos anos.
De acordo com um estudo da CGTP sobre a desigualdade entre homens e mulheres no trabalho, a taxa de actividade feminina é de 56 por cento, menos 11,9 pontos percentuais do que a taxa de actividade masculina, que é de 67,9 por cento.
O estudo, elaborado com base em dados do INE -- Instituto Nacional de Estatística, refere que em Portugal as mulheres representam 47,3 por cento da população activa e 47 por cento do emprego total.
No entanto, a remuneração base média mensal dos homens (1.003,7 euros) era no ano passado superior em 18 por cento à das mulheres (822,7 euros).
Se o referencial for o ganho médio mensal e não apenas o salário base, então a diferença ainda é maior, de 21,6 por cento.
O sector da saúde e do apoio social é aquele onde a diferença salarial é maior (33,5 por cento). Em média os homens ganham 1.202,05 euros e as mulheres 798,91 euros (menos 403,14 euros).
A diferença é menor no sector do comércio. Os homens ganham em média 1.122,03 euros por mês, enquanto as mulheres ganham 910,29 euros, o que corresponde a menos 19 por cento (211,74 euros).
São também as mulheres que representam a maioria dos trabalhadores que auferem o Salário Mínimo Nacional - 12,3 por cento, enquanto para os homens essa percentagem é de 5,9 por cento.
As diferenças salariais repercutem-se depois nas pensões de reforma pois as das mulheres são pouco mais de metade das dos homens.
* Num país de machos espera-se o QUÊ??? Há patronato anti-TSU que inventa golpadas para despedirem empregadas que engravidem.
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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"
Passos Coelho: Buraco da Madeira é "irregularidade grave e sem compreeensão"
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou que o executivo já está a elaborar legislação para que tal não se repita. Mas recusa retirar confiança política a Alberto João Jardim
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou esta sexta feira em Paris que a situação da Madeira configura "uma irregularidade grave", afirmando que o executivo já está a elaborar legislação para que tal não se repita.
"O que se passou desde 2004 é uma irregularidade grave, sem compreensão", afirmou Passos Coelho, em Paris, no final de um encontro com o presidente francês Nicolas Sarkozy.
Em causa está uma nota do Instituto Nacional de Estatística e do Banco de Portugal, que denunciam um 'buraco' nas contas da Madeira, com efeitos no défice em 2008, 2009 e 2010, tendo um impacto em 2008 é de 139,7 milhões de euros (0,08 por cento do PIB), em 2009 de 58,3 milhões de euros (0,03 por cento) e em 2010 915,3 milhões de euros (0,053 por cento).
Eleitorado da Madeira é que decide
O primeiro-ministro remeteu, por outro lado, para o PSD-Madeira e o eleitorado regional o desafio hoje lançado por António José Seguro para que Pedro Passos Coelho retire a confiança política a Alberto João Jardim, devido à situação das contas na Madeira.
"A confiança política é uma questão para o PSD da Madeira e para o eleitorado da Madeira", afirmou Pedro Passos Coelho em Paris, em declarações aos jornalistas, no final de um encontro com o presidente francês Nicolas Sarkozy.
O secretário-geral do PS exigiu hoje ao primeiro-ministro que ponha cobro aos défices encobertos na Madeira e que esclareça se mantém a confiança política em Alberto João Jardim enquanto recandidato a presidente do Governo Regional.
* O desenvolvimento da região da Madeira deve-se a um rendilhado de buracos ínvios que vão desde ajustes directos duvidosos, despesismo, derrapagens bárbara nos orçamentos previstos até a ausência de documentos justificativos de despesa.
O Presidente do Governo Regional é um verdadeiro cacique e o Primeiro-ministro dá-lhe confiança política...
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ESTA SEMANA NA
"VIDA ECONÓMICA"
Produtores durienses que formam os
Douro Boys deixam o aviso
Aumento de IVA no vinho criará "onda de choque"
sobre produtores
Um eventual aumento da taxa do IVA, refletido diretamente ou não, sobre o setor nacional dos vinhos, terá um efeito de choque brutal, com repercussão em várias atividades. Este foi o principal alerta deixado pelo conjunto de cinco produtores durienses que formam os chamados Douro Boys: Niepoort, Quinta do Crasto, Quinta do Vallado, Quinta do Vale Meão e Quinte do Vale D. Maria.
Para Dirk Nieeport, o aumento da taxa do IVA terá um efeito de "forte pressão sobre os produtores", uma vez que toda a cadeia de valor tenderá a rechaçar este custo acrescido sobre a base da fileira.
Em conferência de imprensa que teve lugar antes da apresentação dos novos vinhos, os cinco produtores revelaram a sua opinião sobre o setor. Nesse sentido, Tomás Roquette, da Quinta do Crasto, apelou a uma revisão da taxa de IRC para as empresas exportadoras. Mais do que isso, João Álvares Ribeiro, da Quinta do Vallado, lamentou à VE as taxas de exportação sobre os vinhos portugueses para mercados determinantes, como Brasil ou China, mostrando a importância da sua revisão para que os vinhos lusos possam ser mais competitivos.
Segundo Cristiano Vanzeller, da Quinta do Vale de D. Maria, no seu conjunto, os Douro Boys tiveram em 2009 vendas de "sete milhões de euros em exportações" de vinhos DOC Douro, passando de 200 mil garrafas vendidas ao exterior em 2002 para 1,45 milhões em 2009. Isto apesar de o preço médio por garrafa vendida ter decrescido de 6,42 euros em 2002 para 4,68 euros em 2009.
Já no que se refere ao mercado interno, o preço médio por garrafa produzida pelos Douro Boys ronda os 6,91 euros, 2,2 vezes mais que a média da região. Face à conjuntura, estes produtores optaram por não fazer reposicionamento de preços, tendo vários até subido os preços.
Por seu lado, João Álvares Ribeiro destacou "as dificuldades de financiamento" que as empresas do setor sentem particularmente, pois entre a produção e a comercialização dos vinhos distam dois anos, o que obriga à manutenção de stocks elevados. Assim, "as dificuldades de tesouraria" e os custos inerentes à "internacionalização" são os aspetos mais relevantes. Porém, aquele responsável destacou pela positiva a decisão de estender por um ano os créditos concedidos ao abrigo do programa PME Investe, que se revelou "um novo financiamento" às empresas.
Parceria informal mas segura
Nascida como associação informal de produtores de vinho há cerca de 10 anos, ligados entre si por laços familiares e de amizade, os Douro Boys viram na demarcação DOC Douro, em 1986, uma oportunidade para reforçar a produção de vinhos de mesa numa região que era sobretudo conhecida pelo vinho do Porto.
Nesse sentido, a criação de uma entidade capaz de projetar a notoriedade e visibilidade dos vinhos destes cinco produtores e, ao mesmo tempo, de toda a região, permitiu alavancar uma estratégia comercial em que os produtores são, simultaneamente, parceiros, mas também concorrentes entre si. Tomás Roquette frisou que "nunca houve concertação comercial entre nós". O sucesso do modelo, que resultou numa forte visibilidade da região, fez até com que "importadores com quem trabalhamos já vão agora ao Douro, à procura de outras coisas", disse Dirk Niepoort.
O impacto que estes produtores têm na região vai mais além. Segundo João Álvares Ribeiro, da Quinta do Vallado, "empregamos entre todos cerca de 100 pessoas e pagamos as uvas que compramos a cerca de três vezes mais o preço médio". Tarefa mais difícil quanto, refere Tomás Roquette, "os custos de produção no Douro são três vezes superiores aos do Alentejo", uma vez que se trata de "viticultura de montanha".
Vinho e enoturismo
Aqueles produtores pedem ainda "gestores menos administrativos e mais criativos e comerciais" à frente dos organismos públicos do setor. A Marca Portugal tem "um longo percurso pela frente", onde falta "uma estratégia mais concertada" e "melhor comunicação". Nesse sentido, Tomás Roquette disse que "os Douro Boys são um exemplo do que se poderia fazer" para melhorar a estratégia de promoção dos vinhos portugueses.
João Álvares Ribeiro destacou o enoturismo como uma fonte de promoção nacional e, sobretudo, dos seus vinhos. "Para além dos fatores tradicionais, como o sol, a praia e outros, o enoturismo, a gastronomia e outros associados fazem com que os visitantes vão eles próprios comunicar nos seus países de origem".
No que toca à região, Dirk Nieeport estima que o futuro do Douro passa por uma estratégia de "sinergia" entre os vinhos produzidos, tendo "o vinho do Porto como base" e "DOC Douro paralelamente". A esta pode juntar-se a produção de azeite, em complementaridade e dirigida para a excelência que queremos transmitir", afirmou Cristiano Vanzeller.
* O I.V.A. é um imposto cego e por isso afecta mais os cidadãos com menor rendimento. No entanto nenhum sector da economia pode estar isento ao aumento do imposto conforme tem sido anunciado na comunicação social. A designação de "Douro Boys" cria desconfiança. Indica uma elite de produtores que se sentem intocáveis ou estão próximos das cúpulas partidárias?
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LIÇÃO DE INGLÊS
The difference between COMPLETE & FINISH
People say there is no difference between
COMPLETE & FINISH
COMPLETE & FINISH
But there is !
When you marry the right one, you are COMPLETE
And when you marry the wrong one, you are FINISHED
And when the "right one" catches you with the "wrong one",
you are
COMPLETELY FINISHED
And that is your English lesson for the day
.
ESTA SEMANA NO
"i"
Algumas empresas municipais
"são sedes partidárias disfarçadas"
O ex-vice-presidente da Câmara do Porto, Paulo Morais, disse sexta-feira à noite em Leça do Balio, Matosinhos, que "algumas empresas municipais são sedes partidárias disfarçadas".
Num debate sobre o tema "Políticas autárquicas em tempo de crise", promovido pela Junta de Freguesia local, o agora professor universitário disse haver uma "grande promiscuidade entre as máquinas partidárias e os poderes autárquicos" e as empresas municipais.
Paulo Morais disse que "a maioria" desse tipo de empresa "não tem atividade", não sendo mais do que "um departamento municipal a fingir de empresa".
Essas empresas deviam fechar “por uma questão de higiene democrática” e só as que têm “viabilidade económica”, porque conseguem gerar “receitas próprias”, deviam manter-se em atividade.
A referida promiscuidade que, na sua ótica, pode ser observada naquelas empresas é um dos “maiores problemas do poder autárquico, a par da “organização” e da “falta de transparência” deste.
O professor universitário e vice-presidente da organização não governamental Transparência Internacional em Portugal (TIP) sustentou que a organização municipal peca por se basear num “modelo uniforme” presente em todas as autarquias, sejam elas grandes, pequenas ou médias.
Paulo Morais disse que isso “é mau”, porque “devia haver diferentes modelos para tratar aquilo que é desigual”.
A falta de transparência é outro dos calcanhares de Aquiles do poder municipal português, segundo considerou, propondo um modelo em que um cidadão tenha acesso a “mais conhecimento” sobre o que fazem os autarcas eleitos e como gastam o dinheiro dos respetivos orçamentos.
A propósito, Paulo Morais disse que as autarquias “custam mil euros” a cada português.
No debate participou também o presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro, que defendeu “um Estado diferente, com regiões administrativas”, porque desse modo, no seu entender, consegue-se “ eficácia e celeridade nas respostas aos problemas” dos cidadãos e “uma melhor gestão dos recursos públicos”.
O autarca socialista defendeu que “há um maior controlo da despesa se houver uma grande proximidade” entre o poder e a população.
“Um modelo muito distanciado da realidade torna-se ineficiente”, reforçou José Luís Carneiro, convicto de que “um modelo mais próximo é um poder mais escrutinado” – e isso pode ser alcançado com a regionalização, segundo concluiu.
As empresas municipais e as parcerias público-privadas, que atualmente estão sob fogo de praticamente rodos os quadrantes políticos pelos seus custos financeiros, são “uma subtração ao controlo democrático”.
Ao contrário, José Luís Carneiro considera que, “apesar de tudo, as autarquias são das entidades mais fiscalizadas” entre nós.
Numa breve referência ao buraco nas contas da Madeira, o autarca fez uma pergunta: “Quantas despesas não estão registadas?” em alguns municípios.
“Era bom que fosse este o único buraco” financeiro, completou.
* O que o ex-autarca denuncia só quem andava distraído é que não percebia. As empresas municipais são os lugares ideais para forjar empregos aos militantes dos partidos. Dissemos empregos, não trabalho.
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INDICA UMA COMPILAÇÃO DE UMA PUBLICAÇÃO ESPECIALIZADA EM ASSUNTOS AFRICANOS
Divisões no regime elevam grau
de riscos de instabilidade
A actual situação política em Moçambique apresenta dois factores, referenciados do antecedente, mas agora considerados “em acentuação” – razão pela qual assessments de origem diversa associam aos mesmos mais elevado potencial de instabilidade:
A saber:
– Divisões internas e/ou tensões na FRELIMO e seu regime, incluindo instituições - chave no plano da defesa e segurança (Forças Armadas, Polícia, SISE).
– Mal-estar e descontentamentos na população, em especial nas cidades, alimentados por causas sociais e políticas.
As divisões no regime constituem, em larga escala, prolongamentos no tempo de conturbações registadas no período da “sucessão” do anterior Presidente da República, Joaquim Chissano, pelo actual, Armando Guebuza. O facto é interpretado como demonstrativo de que Guebuza ainda não conseguiu impor-se nos planos político e institucional.
Adversários de Guebuza consideram “resultados negativos” da sua governação evidências comummente notadas na situação em Moçambique, tais como as desigualdades sociais e elevada taxa de pobreza na população; corrupção e promiscuidade entre o exercício de cargos públicos e negócios privados; desprestígio externo do país.
A contestação interna a Guebuza congrega predominantemente uma ala conotada com Chissano, descrita como “chissanista”; figuras individuais como Graça Machel, Marcelino dos Santos e Jorge Rebelo; e sectores ainda influentes como o dos veteranos ou “antigos combatentes” da FRELIMO.
2 . Nos seus esforços para se impor, Guebuza e a ala em que se apoia fazem uso de procedimentos considerados contraproducentes, por não terem em conta influências intactas de Chissano no regime, bem como a maior popularidade de que o mesmo e personalidades a ele ligadas gozam na sociedade em geral.
Entre os referidos procedimentos é especialmente apontado o favorecimento de indivíduos da confiança de Guebuza, ou com ele conotados, para o preenchimento de cargos públicos e/ou oportunidades de promoção económica e social – assim destinados a constituir uma vasta base do poder.
Um ex-MNE da época de Joaquim Chissano, Leonardo Simão, é referido num telegrama da embaixada dos EUA no Maputo, divulgado pela WikiLeaks, como tendo dito ao então encarregado de negócios, Todd Chapman, numa conversa em casa deste, que o poder organizado por Armando Guebuza denota carácter “mafioso e corrupto”.
Todd Chapman, ao qual era usualmente reconhecida uma visão crítica do actual regime da FRELIMO, comentou o episódio com considerações tais como a de que tão contundentes críticas da parte de um dirigente histórico da FRELIMO à actual liderança, eram sinal da existência de cavados descontentamentos internos.
O forcing com que em termos de nomeações de quadros do partido, escolhidos conforme a sua lealdade, Guebuza tentou melhorar a relação interna de forças entre a sua ala e a de Chissano, conduziu a efeitos nefastos em instituições críticas como as Forças Armadas, Polícia e no próprio SISE (serviços secretos).
3 . Joaquim Chissano é notoriamente mais popular que Armando Guebuza. Na primeira vaga de protestos populares ocorrida no país, 2008, foi ovacionado pelos manifestantes – que, ao contrário, desdenharam de Armando Guebuza e suas políticas. Chissano beneficia de atributos como mais simpatia natural, comedimento político e integridade moral.
A superior reputação de Chissano e de figuras com ele identificadas no regime e na sociedade, esta considerada em geral, é a razão de ser de parte das dificuldades com que Guebuza lida para reforçar o seu poder; reverte geralmente a crédito de Chissano o que não é bem sucedido a Armando Guebuza.
O prestígio externo de Joaquim Chissano converteu-se igualmente num factor condicionador da afirmação de Guebuza, constrangendo o mais do que seria sua vontade a coexistir com a ala “chissanista”. A sua aquiescência a nomeações como a de Tomaz Salomão, SG/ SADC, foi ditada pela conveniência de não afrontar Chissano.
Guebuza tem sido também prejudicado pela ideia generalizada de que “está metido” nos negócios, ele próprio, familiares seus e homens de negócio a ele ligados, tirando partido de poder e influências do cargo que exerce. É corrente que os seus apoios estão confinados ao grupo de “endinheirados do regime”.
4. Em coincidência temporal com a liderança de Guebuza e porventura no interesse estrito do reforço/consolidação do seu poder, a FRELIMO retomou métodos de organização postos de lado ou esvaziados no seguimento da liberalização política a que o fim do sistema de partido único deu lugar.
Esses métodos têm, em geral, vindo a ser restaurados, conforme nota um relatório do MARP-Mecanismo Africano de Revisão de Pares. A separação entre o Estado e a FRELIMO é mais ténue agora; a filiação partidária é determinante no preenchimento de lugares; as oportunidades em termos de negócios dependem de ligações à FRELIMO.
Por exemplo, voltou a haver permissão para organizar células do partido nos locais de trabalho, em especial em organismos do Estado, do mesmo modo que as contribuições (quotas) partidárias podem de novo ser descontadas directamente nas folhas de salários e encaminhadas para o destino canais oficiais.
O principal ónus da linha de endurecimento da FRELIMO recai largamente em Armando Guebuza e na sua ala; o fenómeno é instintivamente associado no senso comum a interesses estritos de controlo do poder pelo actual PR – o que também contribuiu para aproximar sociedade da ala “chissanista”, esta considerada mais aberta.
As manifestações populares de protesto de 2008 (depois em 2010) foram as primeiras registadas em toda a África; a ousadia nelas referenciada foi considerada própria de uma sociedade, que apesar de incipientemente organizada, ganhara consciência cívica e política (incompatível com a actual rigidez política).
5 . O líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, faz amiúde advertências públicas no que toca a preparações para regressar à guerra. As ameaças, desvalorizadas pela sua sistemática inconsequência prática, têm ultimamente sido objecto de interpretações que lhe conferem importância noutro aspecto.
O intento de Dhlakama, de acordo com tais interpretações, não é propriamente o de levar por diante a sua ameaça, mas apenas agitar a gravidade nela implícita como forma de chamar a atenção da comunidade internacional e a levá-la a pressionar a FRELIMO a reconsiderar condutas adoptadas desde o início do mandato de Guebuza.
A comunidade internacional, em especial a agrupada no G-19, cujos apoios anuais ao orçamento são vitais para o equilíbrio das contas públicas, tem não só capacidade para pressionar o regime, como o faz frequentemente e com resultados positivos, em aspectos como o combate à corrupção, aperfeiçoamento das leis, etc.
Em privado, mas também em público, Afonso Dhlakama queixa-se de que o regime limitou drasticamente o seu diálogo com a RENAMO desde a retirada de Joaquim Chissano. Ilustra a afirmação com a revelação de que nunca teve uma audiência privada com Armando Guebuza, ao contrário da assiduidade com que contactava com Joaquim Chissano.
O diálogo entre Chissano e Dhlakama era decorrência do AGP, com cujo bom êxito ambos estavam comprometidos. Presentemente, a direcção da FRELIMO e o Governo alegam que o AGP chegou ao seu termo, nada mais havendo a negociar/tratar entre os dois partidos.
As ameaças de Dhlakama parecem induzidas por convicções próprias de que a FRELIMO se fechou ou radicalizou a sua linha política (diz que a “herança socialista” é a que novamente mais predomina na governação de Moçambique), como forma de “abafar” a oposição, o que vê como um perigo para a estabilidade.
Em conversas com diplomatas e personalidades internacionais, Dhlakama queixasse especialmente de “discriminações” verificadas nas desmobilizações, estipuladas pelo AGP, de efectivos das antigas FAM e da Renamo; acresce que também os oficiais oriundos das RENAMO integrados nas FA, são tratados com desigualdade de critérios.
6 . Nos últimos três anos têm ocorrido nas FA mudanças consideradas ditadas pela conveniência de reforçar a ala de Guebuza, mas que de facto romperam com anteriores equilíbrios vitais à sua coesão, em especial uma certa paridade entre oficiais oriundos do N e os do S – estes agora mais numerosos e influentes na hierarquia.
As clivagens étnicas e regionais que marcam cada vez mais a luta política são consideradas uma “evidência perigosa”. O discurso de Dhlakama explora actualmente a tónica de uma alegada marginalização das tribos do Norte e Centro pelas dos Sul, estas formalmente mais conotadas com a FRELIMO.
No quadro da presente situação política, os referidos assessments consideram o surgimento de retóricas e práticas de inspiração tribal ou regional como factor propiciador de melindres e rivalidades susceptíveis de desagregar a sociedade e ameaçar a estabilidade interna.
In África Monitor Intelligence
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