Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
16/05/2018
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HOJE NO
"A BOLA"
Jogos do Sporting
sob suspeita de corrupção
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FOI CHATO.... |
As
buscas levadas a cabo esta quarta-feira na SAD do Sporting não estão
apenas relacionadas com o alegado esquema de corrupção no campeonato de
andebol da época passada. Em causa estão também jogos da Liga de
futebol.
A BOLA sabe que se tratam dos primeiros encontros do Sporting no campeonato da época que agora findou, nomeadamente os jogos com Aves (a 6 de agosto), V. Guimarães (19 de agosto), Estoril (27 de agosto), Feirense (8 de setembro) e Tondela (16 de setembro).
A BOLA sabe que se tratam dos primeiros encontros do Sporting no campeonato da época que agora findou, nomeadamente os jogos com Aves (a 6 de agosto), V. Guimarães (19 de agosto), Estoril (27 de agosto), Feirense (8 de setembro) e Tondela (16 de setembro).
* Nada que espante, infelizmente.
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Professor de Chaves eleito
o melhor de Portugal
José
Jorge Teixeira, professor de Física e Química na escola secundária Júlio
Martins, em Chaves, foi eleito o melhor professor de Portugal. O
dinheiro do prémio servirá para desenvolver o projeto que criou noutras
escolas do país.
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As suas aulas
"começam sempre com bom humor, pelo porquê das coisas", garantiu esta
tarde após receber os 30 mil euros de prémio do Global Teacher Prize
Portugal, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa. José Jorge Teixeira é
professor há 24 anos e um dos seus principais objetivos é conciliar o
ensino formal e informal para cativar os alunos. Aos docentes, deixou
uma mensagem: a tecnologia e os recursos não são tudo, "temos a nossa
cabeça e a nossa imaginação para do pouco fazermos muito".
Há
12 anos, o docente fundou na Secundária Fernão de Magalhães, o Clube do
Ensino Experimental das Ciências (CEEC): a partir da matéria, os alunos
debatem ideias e criam um novo produto. A experiência é depois revelada
à comunidade escolar. Este ano, por exemplo, os alunos estão a
desenvolver um instrumento que permita a captação de água a partir do
vapor. O objetivo, explicou o professor, é conseguir-se desenvolver
plantas "autónomas", quase sem rega. O dinheiro do prémio, explicou aos
jornalistas, será para replicar o seu projeto noutras escolas do país.
"Trabalhamos
22 horas letivas e inúmeras não letivas. Antes de vir para aqui já dei
aulas de segunda, de terça, de quarta, de quinta? Estou esgotado!",
afirmou José Teixeira, manifestando-se igualmente feliz.
Esta
foi a primeira edição do Global Teacher Prize Portugal. José Teixeira
fica automaticamente candidato ao prémio mundial de 2019. O Global
TEacher Prize vai voltar a realizar-se no próximo ano. O grande objetivo
é desenvolver um movimento inspirador, que promova as boas práticas dos
professores e valorize a profissão docente, explicou o presidente do
júri e impulsionador do concurso, Afonso Reis.
* Duas notícias sobre a inteligência e a criatividade portuguesas no mesmo dia é fantástico.
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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Facebook apagou 583 milhões
.de contas falsas e 21 milhões de
.mensagens de cariz sexual
.de contas falsas e 21 milhões de
.mensagens de cariz sexual
O Facebook anunciou esta quarta-feira que apagou no
primeiro trimestre do ano 583 milhões de contas falsas, enquanto afirma
ter "tomado ação" contra 21 milhões de mensagens que continham nudez ou
eram de cariz sexual.
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É
a primeira vez que o Facebook divulga um relatório sobre "moderação de
conteúdo", em que foram visadas também 2,5 milhões de mensagens com
"discurso de ódio", um aumento de 56 por cento em relação ao último
trimestre de 2017.
Foram
apagadas ainda 3,4 milhões de mensagens com "violência gráfica" e 1,9
milhões de mensagens consideradas como "propaganda terrorista".
Mas
a maior fatia de mensagens apagadas tem a ver com publicidade
indesejada ('spam'), responsável por 837 milhões de mensagens.
O
fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, tinha declarado perante o
Congresso norte-americano que pretende num prazo de dez anos que a rede
social conte com inteligência artificial para apanhar mensagens de ódio.
No entanto, para já, as mensagens classificadas como discurso de ódio foram denunciadas por utilizadores do Facebook.
Zuckerberg
afirmou que até ao fim do ano seriam contratados mais 5.000 moderadores
para juntar aos cerca de 15 mil que já trabalham na deteção e remoção
de "conteúdo ofensivo".
* Bom bom era o "trombabook" fenecer, só serve para alienar.
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LUÍS ROSA
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IN "OBSERVADOR"
14/05/18
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Uma “irritante”
falta de espinha direita
Para um país em que a corrupção é combatida sem tréguas, deixar
que lhe dobrem a espinha não é uma hipótese em cima da mesa. Foi isso
que Angola tentou fazer a Portugal no caso Manuel Vicente.
1. Estava escrito nas estrelas que o caso Manuel Vicente tinha de
acabar como acabou: a transferência para Angola das suspeitas de
corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais imputadas pelo
Ministério Público ao ex-presidente da Sonangol.
Era inevitável
pela pressão diplomática absurda que o novo presidente angolano João
Lourenço exerceu sobre Portugal por causa de um aliado político chamado
Manuel Vicente. Era inevitável pela forma como o Presidente da República
(PR) Marcelo Rebelo de Sousa e o primeiro-ministro (PM) António Costa
não recusaram desde logo tais jogos de pressão — pelo contrário,
aceitaram entrar no jogo de Lourenço. E era inevitável porque a nossa
classe política é incapaz de ter uma relação com Angola que não tenha
como ponto de partida a subordinação total e absoluta dos valores do
Estado de Direito Democrático aos interesses económicos conjunturais de
uma relação com um regime que já foi uma Ditadura e que hoje é uma
espécie de semi-democracia.
Mas não tinha de ser assim.
Começando pelo fim. É lamentável a forma subserviente como Marcelo e Costa felicitaram a decisão judicial poucos minutos depois de a mesma ser conhecida.
Pior: Marcelo, sempre mais exuberante (para o bem e para o mal), não só correu para o telefone para agendar uma conversa com João Lourenço
para o dia seguinte, como aderiu mesmo à classificação de “irritante”
(da autoria do ministro dos Negócios Estrangeiros Santos Silva) para
classificar de forma indireta as suspeitas de que Manuel Vicente,
enquanto presidente da Sonangol, terá pago 760 mil euros a um procurador
da República para arquivar dois inquéritos abertos contra si por
suspeitas de branqueamento de capitais na compra de diversos imóveis.
Em
suma, o PR e o PM não conseguiram esconder o seu alívio por uma decisão
judicial que vai de encontro ao objetivo inicial do poder político:
evitar que a Justiça portuguesa prosseguisse o seu trabalho, com o
Ministério Público a exercer a ação penal que lhe compete e os tribunais
a julgarem as suspeitas que estavam em causa contra Manuel Vicente.
E é lamentável por três razões simples:
- Em Portugal, e ao contrário de Angola, vigora o princípio da separação de poderes. Princípio esse que foi sempre invocado por Marcelo e por Costa para não se pronunciarem sobre o caso Manuel Vicente. É pena que não tenham mantido a sua coerência até ao final — nem que fosse apenas por uma questão formal e de imagem do Estado e até que a Procuradoria-Geral da República confirmasse que não havia possibilidade de recurso;
- Ao comentarem, como comentaram, o tal “irritante”, o Presidente da República e o primeiro-ministro estão a desvalorizar as graves suspeitas de que um cidadão estrangeiro (Manuel Vicente) terá alegadamente corrompido um magistrado português. Na prática, o Chefe de Estado e o líder do poder executivo estão a dizer aos seus concidadãos (e à Justiça) que as suspeitas de corrupção não podem ser encaradas da mesma forma quando estão em causa figuras poderosas estrangeiras.
- Em suma, Marcelo e Costa estão a dizer: a Justiça não é igual para todos.
2. Este posicionamento do poder político ao mais alto nível só
pode agravar o pessimismo com que muitos cidadãos encaram a atitude do
regime português perante a gravidade das imputações da Operação Marquês e
as consequências do caso Manuel Pinho revelado pelo Observador.
É
totalmente contraditório o PS declarar o estado geral de vergonha
perante o caso José Sócrates, a classe política em peso arrasar com o
independente Manuel Pinho por ter recebido cerca de 15 mil euros mensais
de um dos principais grupos empresariais portugueses enquanto foi
ministro da Economia e muitos desses novos indignados ficarem aliviados
por o desembargador Cláudio Ximenes ter entendido que a transferência do caso Manuel Vicente para Luanda é a melhor solução para o arguido.
Estes
dois pesos e duas medidas não fazem sentido — e demonstram igualmente o
nível de oportunismo das elites portuguesas, nomeadamente daqueles que
têm muitos interesses nos negócios com Angola.
Não está em causa
as boas relações (que devem sempre existir) entre Portugal e Angola ou a
proximidade entre os povos e as economias. Está em causa, sim, um
conjunto de valores que Portugal, enquanto Estado-membro da União
Europeia, não pode abandonar. E entre eles está um combate sem tréguas à
corrupção, à fraude fiscal e ao branqueamento de capitais —
particularmente, se estiverem em causa representantes do poder político
como alegados autores de tais ilícitos.
Infelizmente, não foi este o sinal dado pelo Presidente Marcelo, pelo primeiro-ministro António Costa e até pelo líder da oposição Rui Rio.
Para manter boas relações com Estados amigos como Angola, não é preciso
uma tremenda e “irritante” falta de espinha política por parte dos mais
altos dignatários do Estado português. Ou melhor: deixarem que nos
dobrem a espinha não pode ser uma hipótese em cima da mesa.
3. Mas João Lourenço, o homem que prometeu uma “cruzada contra a corrupção”, também não sai nada bem deste filme.
O
novo presidente angolano resolveu dar a mão a um gestor que tinha caído
em desgraça junto de José Eduardo dos Santos. Presidente da Sonangol
entre 1999 e 2012, Vicente modernizou a empresa pública que gere os
recursos petrolíferos do país, foi indigitado sucessor de Eduardo dos
Santos como vice-presidente de Angola em 2012 mas acabou por perder
influência junto do clã Dos Santos. Detentor de muitos segredos sobre a indústria petrolífera angolana, foi com surpresa que se soube
em Portugal que Manuel Vicente terá feito parte da comitiva que João
Lourenço levou em janeiro para Davos para o Fórum Económico Mundial — e
onde António Costa promoveu um encontro com Lourenço.
Tudo seria
normal se João Lourenço tivesse seguido o rumo de José Eduardo dos
Santos — o que não aconteceu. Em nome da tal “cruzada contra a
corrupção”, demitiu os filhos do seu antecessor das posições-chave que
ocupavam na economia angolana, afastou do seu inner circle
generais como Kopelipa e Dino que representam a promiscuidade entre o
Estado e o setor privado e passou a defender mais transparência para a
vida pública angolana.
Este homem, contudo, é o mesmo que utilizou
todos os instrumentos diplomáticos ao seu dispôr para promover o
arquivamento de suspeitas graves de corrupção, fraude fiscal e
branqueamento de capitais imputadas a Manuel Vicente. É que, não
tenhamos dúvidas, as suspeitas contra Vicente vão ser arquivadas em
Angola pouco tempo depois de ‘aterrarem’ em Luanda.
Porquê? Porque
a existência de uma aministia de todos os crimes económicos que são
imputados a Vicente impede que a ação penal seja prosseguida contra o
ex-presidente da Sonangol. E sim, caro leitor, leu bem: o ex-presidente
José Eduardo dos Santos aprovou uma amnistia geral dos crimes de
corrupção, fraude fiscal, branqueamento de capitais e de outro tipos de
crimes com a exceção dos crimes de sangue.
Que credibilidade terá,
a partir do mais do que provável arquivamento do caso Manuel Vicente em
Angola, a “cruzada contra a corrupção” de João Lourenço? Não será esse
um indício forte de que em Angola apenas está em causa a substituição de
uma clique por outra? O futuro dirá.
IN "OBSERVADOR"
14/05/18
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HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
Número de funcionários públicos
cresce 0,8% para 674.379 até março
Os ministérios da Educação, da Saúde e da Administração Interna e o Setor Empresarial do Estado apresentarem o maior contributo para este aumento.
O número de funcionários públicos subiu
0,8% no primeiro trimestre de 2018, face ao mesmo período de 2017 e ao
último trimestre do ano passado, para os 674.379, revelam estatísticas
oficiais divulgadas esta quarta-feira.
Os dados integram a Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP)
referente ao primeiro trimestre deste ano, publicada pela Direção Geral
da Administração e do Emprego Público (DGAEP).
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Em 31 de março, o emprego na administração
pública situava-se em 674.379 postos de trabalho, o que representa um
aumento de 0,8% face ao mesmo período de 2017 (mais 5.138 postos de
trabalho).
Comparando com o último trimestre do ano passado, o emprego na
administração pública aumentou 5.048 postos de trabalho (0,8%),
influenciado pelo crescimento de 0,8% do emprego na administração
central, que ficou com mais 4.069 funcionários.
Segundo os dados de entradas e saídas ao longo do primeiro trimestre
deste ano, registou-se neste período um saldo líquido positivo de 5.048
postos de trabalho, com um total de entradas na administração pública de
17.261 e de 13.192 saídas.
O valor da remuneração base média mensal dos trabalhadores da
administração pública era de 1.465,7 euros em janeiro de 2018,
correspondendo a uma subida de 0,4% face a outubro de 2017 e de 0,6%
comparando janeiro de 2017.
A subida salarial está relacionada com a “entrada e saída de
trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios”, com a atualização
do salário mínimo nacional e com o início do processo faseado de
descongelamento de carreiras, justificou a DGAEP.
Em janeiro deste ano o ganho médio mensal (que inclui suplementos) era
de 1.705,8 euros, indiciando uma subida trimestral de 0,8% e de 1,4% em
termos homólogos.
Desde dezembro de 2011, o emprego público registou uma quebra de 7,3%,
correspondente à redução de 53.406 postos de trabalho, revelou ainda o
documento.
* Um aumento ridículo de pouco mais de 5 mil pessoas quando as necessidades mínimas exigem 50 mil.
* Um aumento ridículo de pouco mais de 5 mil pessoas quando as necessidades mínimas exigem 50 mil.
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* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
INFORMÁTICA DE A A Z
15-O
OSI
Open System Interconnection
Prof. Ranielison Ferreira
* Um conjunto de professores do site AlfaCon Concursos Públicos, do Brasil, decidiu colocar em vídeo uma série de programas explicativos sobre noções base de informática das quais muitas vezes não temos informação conveniente.
Por acharmos a série interessantíssima aqui a apresentamos com o devido respeito aos autores.
* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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HOJE NO
"DESTAK"
"Diamantino"
de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt
.venceu Grande Prémio da Semana
.venceu Grande Prémio da Semana
.da Crítica em Cannes
O filme português "Diamantino", de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt, venceu hoje o Grande Prémio da Semana da Crítica do Festival de Cinema de Cannes, que decorre até sábado naquela cidade do Sul de França.
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O anúncio foi feito hoje em Cannes, numa cerimónia que começou pelas 19:00 locais (18:00 em Lisboa), de acordo com a produtora do filme, num comunicado hoje divulgado. Entretanto, a informação foi também divulgada na conta oficial da Semana da Crítica na rede social Twitter.
* Mais uma vitória da inteligência e da arte portuguesas.
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A decisão foi anunciada na passada segunda-feira à noite,
depois de uma reunião que durou cerca de quatro horas onde estiveram
presentes, além de António Paixão, o presidente da Autoridade Nacional
da Proteção Civil, o tenente-general Mourato Nunes e o ministro Eduardo
Cabrita.
O militar bateu com a porta apontando várias razões para o seu descontentamento, que, de acordo com fontes próximas, passam por decisões de tutela e pela falta de meios aéreos para o combate aos incêndios. Pesou ainda na sua decisão um confronto com Jaime Marta Soares numa reunião que decorreu na tutela na quinta-feira anterior à sua saída.
Segundo o Público, o coronel abandonou a reunião onde estava presente o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, depois de Marta Soares ter pedido ao governante para mandar «calar» e para «aturar» o comandante nacional, que nomeara. O desentendimento entre António Paixão e Marta Soares já é antigo e ficou visível quando o presidente da Liga de Bombeiros disse no Parlamento que o comandante nacional era «vaidoso» e «prepotente». Marta Soares não escondeu que ficou agradado com a demissão defendendo a vários órgãos de comunicação social que o coronel «estava deslocado» e que «não tinha o perfil adequado».
Em comunicado, o MAI apontou «motivos pessoais» para o pedido de exoneração e no mesmo dia anunciou a nomeação do coronel tirocinado Duarte Costa a assumir as funções de comandante nacional.
O caso levou o PSD e o CDS a apresentarem requerimentos para chamar António Paixão ao Parlamento com urgência para que explique os motivos da sua saída. Todos os partidos votaram a favor da ida do coronel à Assembleia e a bancada socialista absteve-se. A audição ainda não está marcada.
Descontentamento com a tutela
A vinda de três peritos espanhóis para darem formação durante três semanas ao elenco de dirigentes da Proteção Civil na gestão de meios e combate aos incêndios, foi uma das razões que gerou o descontentamento com a tutela, sabe o SOL. A decisão terá sido tomada e imposta pela recém-criada Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) e foi mal acolhida pelos comandantes tendo em conta que a própria Proteção Civil tem uma escola onde os profissionais recebem formação.
Segundo o DN, os dirigentes da Proteção Civil encararam a vinda dos peritos espanhóis como um pedido de auxílio com caráter de «emergência» que revela «um atestado de incompetência aos quadros nacionais» e «prepotência» por parte da AGIF.
Já a RTP revelou que outra das razões para a rutura com a tutela passou pela escolha da equipa de comandantes. O Sexta às 9 disse ontem que teve acesso a uma lista de António Paixão com «15 convites» que chegaram a ser feitos para que o coronel formasse «uma equipa que lhe desse confiança para a época de incêndios». Entre os convites estavam «quatro dos comandantes distritais que foram exonerados no ano passado» a dois meses do início da época de incêndios (há 16 meses) por ordem do Executivo. No entanto, a tutela travou a escolha do coronel e Marta Soares assumiu à SIC as divergências na escolha da equipa de comandantes dizendo que queria escolher «30 oficiais de ligação ao comando nacional» enquanto que António Paixão «queria nomear comandantes operacionais».
Falta de meios aéreos
Também a falta de meios aéreos levou à saída de António Paixão. A Proteção Civil devia contar com um dispositivo de 20 meios aéreos desde o dia 1 de maio mas, à data da saída do coronel, só havia três helicópteros aptos para voar.
Só na quinta-feira o Tribunal de Contas (TdC) deu luz verde ao contrato de aluguer de dez helicópteros que desta forma já podem ser utilizados pela Proteção Civil no combate aos incêndios. O dispositivo de meios aéreos passou então a contar com um total de 13 helicópteros ligeiros. De acordo com a nota de imprensa do MAI os dez helicópteros ligeiros vão ficar sediados nos centros aéreos de Vale de Cambra, Fafe, Macedo de Cavaleiros, Castelo Branco, Lousã, Monchique, Guarda, Baltar, Sardoal e Arcos de Valdevez. As restantes três aeronaves ligeiras do Estado vão estar estacionadas em Loulé, Viseu e Vila Real.
Para que o Estado possa contar com os 20 meios aéreos que deveriam estar disponíveis desde 1 de maio, falta ainda o visto do Tribunal de Contas para o contrato de aluguer de quatro aviões anfíbios com a Agro-Montiar. Somam-se ainda os seis Kamov, que o Estado comprou em 2006, e que estão impedidos de voar por avaria ou por falta de certificação da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC).
O aluguer destes dez helicópteros à Heliportugal foram os únicos meios a ficarem adjudicados no concurso internacional lançado pelo Governo, em dezembro de 2017, para o aluguer de 50 meios aéreos, até 2020, por um total de 60 milhões de euros. Todos os outros meios aéreos ficaram sem contratos de aluguer. Por isso, em março, o MAI voltou a lançar um novo concurso no qual foram adjudicados quatro aviões anfíbios. Estes são os contratos conhecidos mas o Governo garante que já «estão adjudicados 42 meios aéreos».
Inspeção à licenciatura
Também a inspeção à sua licenciatura terá gerado mal-estar com o MAI que pediu à Inspeção Geral da Educação (IGEC) que analisasse as 17 equivalências que foram atribuídas ao coronel no curso de Estudos de Segurança da Lusófona.
Segundo as conclusões provisórias da IGEC, as equivalências que lhe conferem o grau de licenciado não estão irregulares mas, ainda assim, o coronel vai ter de devolver o diploma. Isto porque o documento «certifica factos que não correspondem à verdade» tendo em conta que inclui disciplinas que fazem parte do mestrado em Ciência Política, Cidadania e Governação, frequentado por António Paixão, mas que «não integram o plano de estudos da licenciatura em estudos de segurança».
Por isso, tal como avançou o jornal i esta semana, a IGEC exige à Lusófona que recolha o diploma do coronel e que «proceda à correta emissão da certificação do grau de licenciatura», lê-se no relatório onde constam as conclusões provisórias.
A Lusófona tem um prazo entre dez a 20 dias úteis para responder.
* Temos a suspeição que os incêndios deste ano ainda vão gerar mais negócios que 2017. Não é o que desejamos. Quanto ao sr. Marta Soares já se definiu há muito tempo, esteve sempre ao lado do trauliteiro Bruno Carvalho e da única vez que pareceu tomar uma atitude contra verificou-se ser apenas um arremedo.
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HOJE NO
"i"
"i"
Tensão na Proteção Civil
Falta de meios aéreos, travão na escolha da
equipa de comandantes e confronto com o presidente da Liga de Bombeiros
levaram o coronel António Paixão a sair do comando da ANPC.
A pouco mais de um mês do início da época
crítica de incêndios, a semana começou com um estrondo na Proteção
Civil. Cinco meses depois de ocupar o cargo, o ex-comandante nacional
da Proteção Civil, António Paixão, pediu a demissão em colisão com
ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e com o presidente
da Liga de Bombeiros, Jaime Marta Soares. Em menos de ano e meio, é a
quarta mudança no topo da cadeira de comando da Autoridade Nacional da
Proteção Civil (ANPC).
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O militar bateu com a porta apontando várias razões para o seu descontentamento, que, de acordo com fontes próximas, passam por decisões de tutela e pela falta de meios aéreos para o combate aos incêndios. Pesou ainda na sua decisão um confronto com Jaime Marta Soares numa reunião que decorreu na tutela na quinta-feira anterior à sua saída.
Segundo o Público, o coronel abandonou a reunião onde estava presente o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, depois de Marta Soares ter pedido ao governante para mandar «calar» e para «aturar» o comandante nacional, que nomeara. O desentendimento entre António Paixão e Marta Soares já é antigo e ficou visível quando o presidente da Liga de Bombeiros disse no Parlamento que o comandante nacional era «vaidoso» e «prepotente». Marta Soares não escondeu que ficou agradado com a demissão defendendo a vários órgãos de comunicação social que o coronel «estava deslocado» e que «não tinha o perfil adequado».
Em comunicado, o MAI apontou «motivos pessoais» para o pedido de exoneração e no mesmo dia anunciou a nomeação do coronel tirocinado Duarte Costa a assumir as funções de comandante nacional.
O caso levou o PSD e o CDS a apresentarem requerimentos para chamar António Paixão ao Parlamento com urgência para que explique os motivos da sua saída. Todos os partidos votaram a favor da ida do coronel à Assembleia e a bancada socialista absteve-se. A audição ainda não está marcada.
Descontentamento com a tutela
A vinda de três peritos espanhóis para darem formação durante três semanas ao elenco de dirigentes da Proteção Civil na gestão de meios e combate aos incêndios, foi uma das razões que gerou o descontentamento com a tutela, sabe o SOL. A decisão terá sido tomada e imposta pela recém-criada Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) e foi mal acolhida pelos comandantes tendo em conta que a própria Proteção Civil tem uma escola onde os profissionais recebem formação.
Segundo o DN, os dirigentes da Proteção Civil encararam a vinda dos peritos espanhóis como um pedido de auxílio com caráter de «emergência» que revela «um atestado de incompetência aos quadros nacionais» e «prepotência» por parte da AGIF.
Já a RTP revelou que outra das razões para a rutura com a tutela passou pela escolha da equipa de comandantes. O Sexta às 9 disse ontem que teve acesso a uma lista de António Paixão com «15 convites» que chegaram a ser feitos para que o coronel formasse «uma equipa que lhe desse confiança para a época de incêndios». Entre os convites estavam «quatro dos comandantes distritais que foram exonerados no ano passado» a dois meses do início da época de incêndios (há 16 meses) por ordem do Executivo. No entanto, a tutela travou a escolha do coronel e Marta Soares assumiu à SIC as divergências na escolha da equipa de comandantes dizendo que queria escolher «30 oficiais de ligação ao comando nacional» enquanto que António Paixão «queria nomear comandantes operacionais».
Falta de meios aéreos
Também a falta de meios aéreos levou à saída de António Paixão. A Proteção Civil devia contar com um dispositivo de 20 meios aéreos desde o dia 1 de maio mas, à data da saída do coronel, só havia três helicópteros aptos para voar.
Só na quinta-feira o Tribunal de Contas (TdC) deu luz verde ao contrato de aluguer de dez helicópteros que desta forma já podem ser utilizados pela Proteção Civil no combate aos incêndios. O dispositivo de meios aéreos passou então a contar com um total de 13 helicópteros ligeiros. De acordo com a nota de imprensa do MAI os dez helicópteros ligeiros vão ficar sediados nos centros aéreos de Vale de Cambra, Fafe, Macedo de Cavaleiros, Castelo Branco, Lousã, Monchique, Guarda, Baltar, Sardoal e Arcos de Valdevez. As restantes três aeronaves ligeiras do Estado vão estar estacionadas em Loulé, Viseu e Vila Real.
Para que o Estado possa contar com os 20 meios aéreos que deveriam estar disponíveis desde 1 de maio, falta ainda o visto do Tribunal de Contas para o contrato de aluguer de quatro aviões anfíbios com a Agro-Montiar. Somam-se ainda os seis Kamov, que o Estado comprou em 2006, e que estão impedidos de voar por avaria ou por falta de certificação da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC).
O aluguer destes dez helicópteros à Heliportugal foram os únicos meios a ficarem adjudicados no concurso internacional lançado pelo Governo, em dezembro de 2017, para o aluguer de 50 meios aéreos, até 2020, por um total de 60 milhões de euros. Todos os outros meios aéreos ficaram sem contratos de aluguer. Por isso, em março, o MAI voltou a lançar um novo concurso no qual foram adjudicados quatro aviões anfíbios. Estes são os contratos conhecidos mas o Governo garante que já «estão adjudicados 42 meios aéreos».
Inspeção à licenciatura
Também a inspeção à sua licenciatura terá gerado mal-estar com o MAI que pediu à Inspeção Geral da Educação (IGEC) que analisasse as 17 equivalências que foram atribuídas ao coronel no curso de Estudos de Segurança da Lusófona.
Segundo as conclusões provisórias da IGEC, as equivalências que lhe conferem o grau de licenciado não estão irregulares mas, ainda assim, o coronel vai ter de devolver o diploma. Isto porque o documento «certifica factos que não correspondem à verdade» tendo em conta que inclui disciplinas que fazem parte do mestrado em Ciência Política, Cidadania e Governação, frequentado por António Paixão, mas que «não integram o plano de estudos da licenciatura em estudos de segurança».
Por isso, tal como avançou o jornal i esta semana, a IGEC exige à Lusófona que recolha o diploma do coronel e que «proceda à correta emissão da certificação do grau de licenciatura», lê-se no relatório onde constam as conclusões provisórias.
A Lusófona tem um prazo entre dez a 20 dias úteis para responder.
* Temos a suspeição que os incêndios deste ano ainda vão gerar mais negócios que 2017. Não é o que desejamos. Quanto ao sr. Marta Soares já se definiu há muito tempo, esteve sempre ao lado do trauliteiro Bruno Carvalho e da única vez que pareceu tomar uma atitude contra verificou-se ser apenas um arremedo.
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