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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
31/12/2015
MARIA MANUEL MOTA
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IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
29/12/15
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O mundo em mudança
Nada na história recente da atribuição
do Nobel fazia prever que se regressasse aos tempos em que se atribuía o
prémio à descoberta de um antibiótico, por exemplo
Na
segunda-feira, 5 de outubro, quando cheguei ao meu gabinete, no
Instituto de Medicina Molecular, já tinha inúmeros pedidos de
entrevista/comentário, dos mais diversos meios de comunicação social.
Motivo? Uma completa surpresa. O mais desejado prémio, o Nobel da
Fisiologia ou Medicina foi para três cientistas que fizeram descobertas
relacionadas com o tratamento de doenças parasitárias. Dividido, metade
para William C. Campbell e Satoshi Omura "pelas suas descobertas sobre
uma nova terapia contra infecções causadas por parasitas nemátodes" e a
outra metade para Tu Youyou "pelas suas descobertas relativas a uma nova
terapia contra a malária".
Incrivelmente, esta escolha deixou-me
espantada; a mim que trabalho com parasitas, nomeadamente aquele que
causa a malária, há mais de 20 anos. Sem dúvida que esta escolha é uma
novidade a vários níveis. Depois de em 2014 o prémio ter sido atribuído a
neurocientistas que descobriram as células do cérebro que nos permitem
orientar no espaço, ou no ano anterior para o sistema de transporte
celular.
A verdade é que nos habituamos a que sejam premiadas
descobertas científicas com extraordinário impacto no nosso
conhecimento; ou seja, descobertas que mudam a nossa forma de
descodificar a vida. No caso do prémio deste ano, premiaram-se soluções
capazes de resolver um problema gravíssimo dos nossos tempos mas que não
são por si descobertas científicas. Estima-se que os chamados parasitas
nemátodes afetem um terço da população mundial, sobretudo na África
subsariana, no Sul da Ásia e nas Américas Central e do Sul. Provocam a
chamada "cegueira dos rios" bem como a elefantíase. A primeira, antes de
levar à perda total da visão, causa uma comichão tão intensa pelo corpo
todo que não é incomum ver pessoas com facas afiadas ou tijolos a
arranhar-se constantemente durante horas, tentando procurar algum
alívio. Já a elefantíase atinge cem milhões de pessoas e causa inchaços
monstruosos e crónicos em diversas partes do corpo. Por outro lado, a
malária causa quase um milhão de mortes todos os anos na grande maioria
em crianças com menos de 5 anos. Os cientistas em questão foram
premiados por revelar fármacos com impacto espantoso nestas doenças
parasitárias, mas não por descobertas que representam um avanço no
conhecimento científico ou na forma como estes parasitas causam doença.
Nada
da história recente da atribuição do Nobel fazia prever que se
regressasse aos tempos em que se atribuía o prémio à descoberta de um
antibiótico, por exemplo. Como em 1939, quando o alemão Gerhard Domagk
foi laureado pela descoberta das propriedades antibacterianas do
prontosil, a primeira das sulfonamidas (o cientista não foi autorizado
pela Alemanha a receber o prémio...).
Esta
foi a minha primeira surpresa, que interpreto como um sinal inequívoco
de mudança: a distinção de uma investigação direcionada ou aplicada. Mas
outros aspectos tornam esta escolha surpreendente. Como o facto de ter
sido premiado algo que tem impacto em populações e sociedades de uma
parte do mundo que muitas vezes consideramos não ser a nossa. Será este
um sinal de que começamos a compreender o mundo global onde vivemos e
que os problemas dos outros são problemas de todos? Espero
verdadeiramente que sim.
Finalmente,
gostaria de chamar a atenção para um aspecto curioso relacionado com a
forma como a terapia para combater a malária foi desenvolvida. Tu Youyou
fazia parte de uma equipa do governo chinês liderado por Mao Tsé-Tung
na década de 60 do século passado, que tinha por objectivo encontrar uma
nova terapia para tratar a malária. Os medicamentos disponíveis contra a
malária começavam a falhar devido a resistências do parasita contra
esses mesmos fármacos. Mao ordenou a um grupo de cientistas que
encontrassem uma solução. Tu Youyou foi a pessoa que realmente deu
início a este projeto na China. A equipa decidiu voltar-se para a
literatura chinesa da química medicinal - que é a química derivada de
plantas, tratamentos com ervas - e identificou centenas de compostos que
mostravam ter capacidade no alívio de febre. De seguida, começou a
testar sistematicamente esses extratos vegetais e dessa forma surgiu a
artemisinina, que é extremamente eficaz no tratamento da malária. A
artemisinina é hoje responsável pela redução de metade do número de
mortes por malária em todo o mundo. Algumas pessoas podem ter visto
neste prémio um sinal de credibilidade e reconhecimento das terapias
alternativas ou tradicionais. Mas é preciso notar que a descoberta só se
tornou credível e válida depois de ter sido testada pelo método
científico.
Podemos perguntar-nos se o mesmo poderá acontecer com outros
produtos. Sim, é possível, mas só se forem devidamente testados.
Também
é curiosa a história da descoberta do medicamento estudado por Campbell
e Omura, a avermectina - um derivado da qual, a ivermectina, permitiu
reduzir drasticamente a incidência da cegueira dos rios e da
elefantíase. Este produto já era amplamente usado em medicina
veterinária e o que os dois cientistas fizeram foi testar a sua
aplicação em humanos. "O tratamento tem tido tanto êxito, que estas
doenças estão à beira da erradicação, o que seria um feito maior da
huma-nidade", disse o Comité Nobel no comunicado de anúncio do prémio.
Apesar
de eu ver em tudo isto um positivo sinal dos tempos, não posso deixar
de ressalvar que continuamos a precisar da investigação chamada básica
ou fundamental (aquela que produz novo conhecimento e que tenta saciar a
nossa curiosidade) de a premiar e distinguir. Porque nunca se sabe de
onde vem a solução para os grandes problemas da humanidade. O que hoje é
tido como investigação fundamental, amanhã poderá ser a cura de uma
doença grave. Só o futuro o dirá e não podemos virar-lhe as costas.
* Cientista, Directora Executiva do Instituto de Medicina Molecular.
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
29/12/15
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Quinhentos milhões de rolhas de cortiça
portuguesa vão saltar das garrafas de champanhe um pouco por todo o
mundo quando soarem esta madrugada as 12 badaladas. Grande parte da
produção do território português tem como destino o mercado externo, e
só as rolhas de champanhe representam 18,5% do total das rolhas
exportadas, o equivalente a 63,4 milhões de euros, de acordo com os
últimos dados da Associação Portuguesa da Cortiça (Apcor), referentes ao
primeiro semestre do ano. “São grandes dias de celebração em que a
cortiça português está sempre presente”, garante ao i, o presidente da
Apcor, João Rui Ferreira.
Das cerca de mil milhões de rolhas de cortiça para champanhe que são anualmente vendidas em todo o mundo, mais de 50% são de fabrico português. O mercado francês lidera o consumo de rolhas de champanhe (32,5 milhões de rolhas, equivalente a 32,5 milhões de euros), em segundo lugar surge a Itália (27,2 milhões de rolhas, equivalente a 27,2 milhões de euros), o que, no entender da entidade, é natural “devido à importância destes mercados nos vinhos espumantes”.
A verdade é que as rolhas que vão sair das garrafas de champanhe nesta madrugada já têm de estar na garrafa há algum tempo. Mas há uma certeza: grande parte são de produção nacional. “Cerca de 70% da distribuição mundial pertence às rolhas de cortiça e só as de champanhe têm uma quota de mercado superior a 95%”, diz.
Mas não é só deste segmento que vive o setor. Portugal é o líder mundial no que diz respeito às exportações de cortiça, com esta indústria nacional a representar 1,8% das exportações nacionais. “Ao comparar o valor das exportações de cortiça com as exportações totais do país, regista-se que o setor acompanhou a subida das exportações de Portugal, que tiveram um aumento de 9% em junho de 2015, face ao período homólogo de 2014”.
Só as exportações de cortiça aumentaram 7,8% em valor face a 2014, totalizando 473,2 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano. No entanto, em relação ao volume exportado, a tendência foi contrária, já que de 2014 para 2015 registou-se uma diminuição de 2,6%, o que significou uma redução de 94,6 milhares de toneladas para 92,1 milhares de toneladas exportados.
A Apcor lembra que este aumento das exportações “dá continuidade à linha de crescimento verificada nos últimos anos. Desde 2010 que temos aumentado as exportações, sendo que em 2014, por exemplo, registamos um aumento de 1,5% em relação ao ano anterior”, salienta. E para o presidente da entidade, João Rui Ferreira, a explicação é simples: “Resulta da estratégia que o setor definiu e colocou em prática”.
As rolhas de cortiça continuam a liderar as exportações portuguesas de cortiça, assumindo o valor de 342,1 milhões de euros exportados no primeiro semestre de 2015 (72,3%), seguido da cortiça como material de construção com 117,8 milhões de euros (24,9%).
As rolhas de cortiça natural continuam a dominar as exportações portuguesas de rolhas de cortiça, ao totalizar 216,4 milhões de euros exportados no primeiro semestre de 2015, o que equivale a 63,3% do total exportado de rolhas de cortiça. A seguir surgem as rolhas de champanhe e o terceiro lugar da tabela é ocupado por outro tipo de rolhas, ao fixar-se nos 62,2 milhões de euros, apresentando um peso de 18,2% em relação ao total exportado.
Dos dez principais países importadores dos produtos portugueses de cortiça, que representam cerca de 82% do total exportado por Portugal, seis pertencem à Europa (55%), sendo os restantes 27% distribuídos pelos EUA, Chile, China e Argentina. Mas os Estados Unidos já são o principal mercado com 20,19% do total exportado, equivalendo a 95,5 milhões de euros, seguido da França com 18,9% e 89,4 milhões de euros.
Para João Rui Ferreira, para manter esta tendência de crescimento é preciso apostar em três eixos: “Contribuir ativamente para o esforço de ter em Portugal montados que possam produzir mais e melhor cortiça, dar continuidade ao esforço industrial para o aumento da fiabilidade dos produtos e, ainda, e com particular relevância, o crescimento do valor acrescentado das exportações, suportado na promoção internacional e no desenvolvimento de soluções inovadoras”.
40 milhões de rolhas por dia O setor conta actualmente com cerca de 600 empresas, que produzem em média 40 milhões de rolhas de cortiça por dia e empregam cerca de 8200 trabalhadores.
Conquistar mercados aos vedantes de plástico continua a ser um dos objetivos da associação. De acordo com o estudo da OpinionWay, em França, 83% dos consumidores de vinho prefere a cortiça, contra 7% para os vedantes de plástico e 3% para as cápsulas de alumínio. O estudo diz que 88% dos inquiridos diz que a cortiça é o vedante que melhor se adapta a um “grand cru” e como o vedante é o que preserva melhor o aroma do vinho (73%) e permite a conservação do mesmo durante mais tempo (71%).
* A cortiça é um material extraordinário
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HOJE NO
"i"
500 milhões de rolhas de cortiça portuguesa vão
saltar esta noite por todo o mundo
As rolhas de champanhe representam 18,5% do total exportado. França, Itália e EUA são os principais mercados
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CORTIÇA |
Das cerca de mil milhões de rolhas de cortiça para champanhe que são anualmente vendidas em todo o mundo, mais de 50% são de fabrico português. O mercado francês lidera o consumo de rolhas de champanhe (32,5 milhões de rolhas, equivalente a 32,5 milhões de euros), em segundo lugar surge a Itália (27,2 milhões de rolhas, equivalente a 27,2 milhões de euros), o que, no entender da entidade, é natural “devido à importância destes mercados nos vinhos espumantes”.
A verdade é que as rolhas que vão sair das garrafas de champanhe nesta madrugada já têm de estar na garrafa há algum tempo. Mas há uma certeza: grande parte são de produção nacional. “Cerca de 70% da distribuição mundial pertence às rolhas de cortiça e só as de champanhe têm uma quota de mercado superior a 95%”, diz.
Mas não é só deste segmento que vive o setor. Portugal é o líder mundial no que diz respeito às exportações de cortiça, com esta indústria nacional a representar 1,8% das exportações nacionais. “Ao comparar o valor das exportações de cortiça com as exportações totais do país, regista-se que o setor acompanhou a subida das exportações de Portugal, que tiveram um aumento de 9% em junho de 2015, face ao período homólogo de 2014”.
Só as exportações de cortiça aumentaram 7,8% em valor face a 2014, totalizando 473,2 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano. No entanto, em relação ao volume exportado, a tendência foi contrária, já que de 2014 para 2015 registou-se uma diminuição de 2,6%, o que significou uma redução de 94,6 milhares de toneladas para 92,1 milhares de toneladas exportados.
A Apcor lembra que este aumento das exportações “dá continuidade à linha de crescimento verificada nos últimos anos. Desde 2010 que temos aumentado as exportações, sendo que em 2014, por exemplo, registamos um aumento de 1,5% em relação ao ano anterior”, salienta. E para o presidente da entidade, João Rui Ferreira, a explicação é simples: “Resulta da estratégia que o setor definiu e colocou em prática”.
As rolhas de cortiça continuam a liderar as exportações portuguesas de cortiça, assumindo o valor de 342,1 milhões de euros exportados no primeiro semestre de 2015 (72,3%), seguido da cortiça como material de construção com 117,8 milhões de euros (24,9%).
As rolhas de cortiça natural continuam a dominar as exportações portuguesas de rolhas de cortiça, ao totalizar 216,4 milhões de euros exportados no primeiro semestre de 2015, o que equivale a 63,3% do total exportado de rolhas de cortiça. A seguir surgem as rolhas de champanhe e o terceiro lugar da tabela é ocupado por outro tipo de rolhas, ao fixar-se nos 62,2 milhões de euros, apresentando um peso de 18,2% em relação ao total exportado.
Dos dez principais países importadores dos produtos portugueses de cortiça, que representam cerca de 82% do total exportado por Portugal, seis pertencem à Europa (55%), sendo os restantes 27% distribuídos pelos EUA, Chile, China e Argentina. Mas os Estados Unidos já são o principal mercado com 20,19% do total exportado, equivalendo a 95,5 milhões de euros, seguido da França com 18,9% e 89,4 milhões de euros.
Para João Rui Ferreira, para manter esta tendência de crescimento é preciso apostar em três eixos: “Contribuir ativamente para o esforço de ter em Portugal montados que possam produzir mais e melhor cortiça, dar continuidade ao esforço industrial para o aumento da fiabilidade dos produtos e, ainda, e com particular relevância, o crescimento do valor acrescentado das exportações, suportado na promoção internacional e no desenvolvimento de soluções inovadoras”.
40 milhões de rolhas por dia O setor conta actualmente com cerca de 600 empresas, que produzem em média 40 milhões de rolhas de cortiça por dia e empregam cerca de 8200 trabalhadores.
Conquistar mercados aos vedantes de plástico continua a ser um dos objetivos da associação. De acordo com o estudo da OpinionWay, em França, 83% dos consumidores de vinho prefere a cortiça, contra 7% para os vedantes de plástico e 3% para as cápsulas de alumínio. O estudo diz que 88% dos inquiridos diz que a cortiça é o vedante que melhor se adapta a um “grand cru” e como o vedante é o que preserva melhor o aroma do vinho (73%) e permite a conservação do mesmo durante mais tempo (71%).
* A cortiça é um material extraordinário
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Cristiano Ronaldo, vencedor do prémio no ano passado, ficou no segundo lugar, com 702 pontos, seguido do brasileiro Neymar, companheiro de Messi no Barcelona, que arrecadou 675 pontos.
A revista britânica elegeu ainda o Barcelona como melhor equipa do ano, seguindo da seleção do Chile, tal como Luis Enrique superou Jorge Sampaoli na eleição para melhor treinador.
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HOJE NO
"A BOLA"
"A BOLA"
World Soccer atribui título
de melhor do ano a Messi
Lionel Messi é o vencedor do título de melhor
jogador do ano para a revista britânica World Soccer, que atribuiu 927
pontos ao avançado argentino do Barcdelona.
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Cristiano Ronaldo, vencedor do prémio no ano passado, ficou no segundo lugar, com 702 pontos, seguido do brasileiro Neymar, companheiro de Messi no Barcelona, que arrecadou 675 pontos.
A revista britânica elegeu ainda o Barcelona como melhor equipa do ano, seguindo da seleção do Chile, tal como Luis Enrique superou Jorge Sampaoli na eleição para melhor treinador.
* Um desempenho de excepção.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Secretário de Estado pede aos
utentes que evitem urgências
Manuel
Delgado admitiu que alguns hospitais estão perto do máximo da capacidade
de resposta. Centros de saúde poderão alargar horários
O
secretário de Estado da Saúde afirmou hoje que alguns hospitais estão
"a atingir os máximos da sua capacidade de resposta" e apelou à
população para evitar o congestionamento das urgências hospitalares.
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Manuel
Delgado falava aos jornalistas no final de uma visita ao centro de
saúde de Sete Rios, em Lisboa, onde falou sobre o Plano de Contingência
para a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT)
e sobre o alargamento previsto dos horários dos centros de saúde na
região.
De acordo com o governante, a
aposta do Ministério da Saúde passa pela abertura dos centros de saúde
por períodos mais alargados. Esta abertura é "flexível" e ocorrerá "em
função da procura das urgências hospitalares".
Segundo
Manuel Delgado, o objetivo do alargamento dos horários nos cuidados de
saúde primários é proporcionar um "apoio mais rápido aos doentes",
dando-lhes "mais comodidade, conforto e rapidez no atendimento".
Os horários dos centros de saúde - que
estarão disponíveis nos sites das respetivas Administrações Regionais de
Saúde (ARS) - poderão alterar-se, no sentido do seu alargamento,
consoante aumente a pressão nas urgências hospitalares, que está neste
momento a ser controlada pela tutela.
Em análise vai estar a procura proporcionada pelo "pico" da gripe, que ainda não foi atingido.
Sobre
a procura associada a esta doença, Manuel Delgado assegurou que "a
solução vai ser devidamente acautelada", existindo ainda "margem para
alargar a capacidade de resposta, não tanto ao nível dos profissionais,
mas ao nível de mais camas para internamento".
Manuel
Delgado deixa um apelo no sentido do utente que se sente doente não ir
para a urgência hospitalar, mas antes telefonar para a linha Saúde 24
(808242424), a partir da qual será "direcionado para o atendimento mais
adequado, como o centro de saúde mais próximo da sua residência".
Sobre
a situação dos hospitais, o governante disse que "as urgências têm as
escalas médicas nos limites e devidamente apetrechadas. Têm uma lotação
em camas suficiente e conseguimos que, através dos planos de
contingência, criassem mais camas adicionais para ocorrer a situações de
internamento".
De acordo com os
respetivos planos de contingência, os hospitais terão a possibilidade de
encaminhar os doentes que os procurem para outras unidades menos
procuradas.
* Se evitarmos constrangimentos nas urgências é melhor para todos os casos realmente urgentes.
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Jogar mais dez anos
Namorada está a adorar a Madeira
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HOJE NO
"RECORD"
Marcos Freitas
«Medalha olímpica é um objetivo»
O sonho comanda a vida. Marcos Freitas, aos 27 anos, espera jogar mais
dez ao mais alto nível e acredita que no Rio de Janeiro poderá tornar-se
no primeiro madeirense a conquistar uma medalha nos Jogos Olímpicos –
2015 está a terminar e ficará na memória deste campeão por tudo o que
conquistou.
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"Foi um grande ano, um dos melhores da minha carreira. Realço a minha
permanência de um ano completo no top mundial, 12 meses sem sair do top
10, o que é mais difícil do que chegar um mês a número 7, mas depois
sair do top 10. Permaneci um ano inteiro, o ranking sai todos os meses.
Tive de jogar bem o ano todo para conseguir esta proeza. Outro grande
feito, foi o 2.º lugar no Europeu que se realizou na Rússia, pois
consegui a primeira medalha ao nível individual. Destaco ainda a vitória
no campeonato francês, que é o segundo mais forte do Mundo", disse o
n.º 8 na lista da ITTF, com um brilho nos olhos. Mas o madeirense também
recorda uma página negra: "O Mundial individual que decorreu na China,
realmente não me correu bem, tinha aspirações em lutar por uma medalha."
Agora,
com 2016 à porta, sonha já com outros voos. "Espero que 2016 seja
melhor. Tenho sempre vindo a evoluir e quando acaba o ano e vejo o fogo
de artifício, penso sempre para mim: será que o próximo ano vai ser
melhor? Acho que é quase impossível, mas tem sido sempre! Por isso já
começo a acreditar que 2016 vai ser melhor. Tenho o sonho dos Jogos
Olímpicos, que estão aí à porta." E revelou depois o seu desejo: "A
qualificação começou por ser um sonho, mas neste momento a medalha é um
objetivo. Vê-se logo a evolução no meu trajeto e não tenho dúvidas de
que quero ser o primeiro atleta madeirense a ganhar uma medalha para a
Região."
Jogar mais dez anos
Marcos
Freitas tomou uma opção: sair da Madeira e ser profissional. E a aposta
foi ganha. "Foi com 18 anos que fui para a Alemanha. Foi a melhor
decisão que tomei na vida. Se não o tivesse feito, não estaria aqui a
falar consigo. Agora quero continuar a trabalhar bem e ganhar mais
coisas para o nosso país", afirmou, demonstrando orgulho na opção que
tomou. E agora, que futuro? "Não vou dizer até onde posso chegar. Vai
depender do meu trabalho, de alguma sorte. Espero evoluir, tenho 27 anos
e quero jogar a este nível mais dez. Espero trazer medalhas para
Portugal", finalizou, sorrindo.
Namorada está a adorar a Madeira
Marcos
Freitas está na sua ilha, acompanhado pela namorada, que ontem, à hora
em que o craque apadrinhou o novo espaço do Marítimo para o ténis de
mesa, estava a descansar em casa. "Estar aqui com estes jovens é um
prazer. Espero motivá-los para que possam chegar tão alto como eu
cheguei", disse Marcos, que trocou umas bolas com o líder dos
verde-rubros, Carlos Pereira. A companheira já tem a Madeira no coração:
"A temperatura é bem melhor que na Áustria. Foi a primeira vez que a
trouxe e está a adorar. A comida, o tempo... Diz que não há outro lugar
assim na Europa!"
* Um atleta de excepção.
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O especialista do jornal "Washington Post" Jason Samenow diz que que a "onda de ar quente que forma uma linha reta em direção ao Polo Norte é algo impressionante".
A Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos afirma que o aquecimento da atmosfera na região do Ártico ocorre em níveis duas vezes mais rápidos do que em qualquer outra parte do mundo.
As temperaturas no Polo Norte devem voltar aos valores habituais já a partir desta sexta-feira.
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Inverno 30 graus mais quente
no Polo Norte
É caso para dizer que "o tempo está louco". As temperaturas no Polo Norte estavam esta quarta-feira perto dos dois graus Celsius, mais altas dos que os habituais 30 negativos que se fazem sentir na região durante esta época.
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As temperaturas no Polo Norte
aproximaram-se dos dois graus por causa da tempestade que passou pelos
Estados Unidos, causando tornados mortais, e estão também relacionadas
com as fortes chuvas que esta semana causaram centenas de inundações no
Reino Unido, segundo dados revelados pela Agência Oceânica e Atmosférica
dos Estados Unidos.
O especialista do jornal "Washington Post" Jason Samenow diz que que a "onda de ar quente que forma uma linha reta em direção ao Polo Norte é algo impressionante".
A Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos afirma que o aquecimento da atmosfera na região do Ártico ocorre em níveis duas vezes mais rápidos do que em qualquer outra parte do mundo.
As temperaturas no Polo Norte devem voltar aos valores habituais já a partir desta sexta-feira.
* Péssima notícia, a quantidade de água doce que se perde é assinalável.
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HOJE NO
"PÚBLICO"
"PÚBLICO"
Concorrência multa Associação Nacional de Farmácias em dez milhões de euros
A Autoridade da Concorrência (AdC) condenou a Associação Nacional de
Farmácias (ANF) ao pagamento de uma coima global de 10,34 milhões de
euros por abuso de posição dominante no sector dos estudos de mercado
sobre dados comerciais das farmácias.
Além da ANF foram condenadas
outras sociedades do grupo: a Farminveste SGPS, a Farminveste –
Investimentos, Participações e Gestão e a consultora HMR – Health Market
Research.
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Segundo informações recolhidas pelo PÚBLICO, a entidade
reguladora presidida por António Ferreira Gomes concluiu que estas
sociedades actuaram de maneira a impedir que outras empresas pudessem
concorrer na produção de estudos de mercado para a indústria
farmacêutica, no qual a associação actua através da HMR. A ANF confirmou
a condenação ao PÚBLICO, assegurando que vai recorrer de uma decisão
que diz carecer de “suporte jurídico”. Assim, o processo deverá dar
entrada no Tribunal da Concorrência, em Santarém.
Para realizar os
estudos destinados a clientes como os laboratórios farmacêuticos, as
consultoras recorrem à Farminveste (da ANF), que é a única fornecedora
em Portugal de dados comerciais (de fora ficam os dados dos clientes) de
uma amostra representativa de farmácias. Trata-se de um sector que
vale, anualmente, mais de 20 milhões de euros por ano, segundo referiu
uma fonte conhecedora do processo.
Pelo que o PÚBLICO apurou, a
decisão condenatória da AdC (que nasceu de uma investigação desencadeada
pelas denúncias de duas entidades) baseia-se no abuso de posição
dominante da Farminveste a partir de 2009, quando criou a sua própria
produtora de estudos (a HMR). A empresa agravou de tal modo os preços de
venda dos dados comerciais das farmácias (fazendo com que mais que
duplicassem entre 2010 e 2013, para valores próximos de 250 euros por
mês, por farmácia) que impediu os concorrentes de obter a margem
necessária para cobrir os custos de produção dos seus estudos, quando
comparados com os preços de venda dos estudos da HMR.
Quando a
maior concorrente da HMR, a IMS Health, quis garantir a compra da
informação comercial directamente com as farmácias, a Farminveste, que é
dona da rede informática das associadas da ANF, impediu o seu acesso
aos dados. O PÚBLICO sabe que a IMS Health e a HMR representam quase 90%
da oferta no sector dos estudos de mercado com base nos dados
comerciais das farmácias (o que vendem, quanto vendem, a existência de
stocks, etc.), que são depois utilizados pelos laboratórios para definir
estratégias relacionadas com marketing, logística e apoio ao cliente.
Quanto menos empresas de estudos existirem no sector, mais limitados na
escolha estarão os laboratórios farmacêuticos na hora de encomendarem as
suas análises de mercado.
“A decisão da Autoridade da
Concorrência, de 22 de Dezembro, tomada na sequência de uma denúncia da
IMS contra a Farminveste/HMR, não tem, em nossa opinião, suporte
jurídico e vai ser contestada perante as autoridades judiciais
competentes”, disse ao PÚBLICO fonte oficial da ANF, associação liderada
por Paulo Cleto Duarte.
A mesma fonte lembrou que na semana
passada o regulador da concorrência espanhol, a Comisión Nacional de los
Mercados y la Competencia (CNMC), “abriu um procedimento de infracção
contra a multinacional americana IMS Health, S.A. (IMS), por indícios
sólidos de que a IMS terá abusado da sua posição dominante no mercado de
informação de vendas de medicamentos à indústria farmacêutica”.
A
ANF frisou que esta prática, “a confirmar-se, constitui uma violação
grave do direito comunitário e do direito espanhol da concorrência”.
Segundo a informação disponibilizada no site da CNMC, o processo de
infracção, que nasceu de uma denúncia, tem agora o prazo de 18 meses
para ficar concluído.
Não é a primeira vez que a AdC condena a
ANF. Em Agosto de 2014 a entidade reguladora aplicou uma coima de quase
119 mil euros ao grupo por falta de notificação da aquisição da
ParaRede/Glintt. Nesse caso tratou-se de uma “proposta de transacção”,
um mecanismo introduzido na Lei da Concorrência que permitiu às
sociedades da ANF confessarem e assumirem responsabilidade pelas
infracções, conseguindo, com isso, a redução do valor da coima. Nestas
situações, os processos não são passíveis de recurso para o Tribunal da
Concorrência, ao contrário do que sucede com a condenação actual.
Esta
trata-se da sexta condenação da AdC por abuso de posição dominante (um
rol em que se incluem a PT – com três condenações – a Zon, a Roche e a
Sport TV) e a quinta maior coima aplicada pelo regulador (retirando esta
posição à multa de 9,29 milhões aplicada à Galp em Fevereiro por
práticas concorrenciais no mercado do gás de botija).
A maior
coima de sempre coube à PT em 2009, quando a empresa foi condenada a
pagar mais de 45 milhões de euros por abuso de posição dominante no
mercado de banda larga. Em simultâneo, a Zon (actual Nos) que ainda
pertencia ao grupo PT à data dos factos (2002/2003) foi condenada a
pagar oito milhões (as empresas recorreram da decisão).
* A Associação Nacional de
Farmácias (ANF) é dos lobies mais poderosos deste país.
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