Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
26/08/2019
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FONTE: mkc1
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XXXVIII- MEGA MÁQUINAS
1-PIONNERING SPIRIT
O título da rubrica MEGA MÁQUINAS não se conforma apenas com as enormes dimensões de algumas que temos exibido, abrange todas as que têm MEGA INFLUÊNCIA nas nossas vidas.
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As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
FONTE: mkc1
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RAQUEL VARELA
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A Fectrans,
os camionistas e o fim do
pacto social em Portugal
Uma cena magnífica de As Vinhas da Ira, de John
Ford, acontece quando os membros da família Joad, que tinha perdido o
seu pequeno negócio na crise de 1929, partem em busca de trabalho como
assalariados na Califórnia. Com o dinheiro contado para sobreviver na
viagem, abastecem gasolina a meio, num posto, onde as duas crianças da
família pedem um doce ao avô. Este percebe, desconsolado, que não pode
comprar pão e doces: só havia para o pão. Um camionista substitui-se
discretamente ao avô, sem ele ver, e paga os doces, que são entregues às
crianças encantadas. A empregada do posto sorri: “São os camionistas!”
Ford homenageava assim, em 1940, uma das maiores greves de sempre que
reconstruiu o sindicalismo democrático nos EUA, nos anos 30, em plena
Grande Depressão. A greve começa numa secção sindical de Minneapolis e
torna-se numa greve geral, com vitórias duradouras. Alicerçou-se na
época em lideranças revolucionárias, com democracia de base, confronto
com os patrões e solidariedade entre trabalhadores.
Porém, o desfecho podia ter sido outro. Podiam ter sido esmagados,
fortalecendo o sindicalismo corporativo que até aí vigorava. Na Costa
Leste os Estivadores foram dizimados pela complacência com máfias
locais, retratadas em Há Lodo no Cais; na Costa Oeste foram
vitoriosos devido à solidariedade. O historiador canadiano Bryan Palmer
foi estudar a greve de Minneapolis. No seu estudo interessou-se pouco
pelo dia do início da greve, a vitória ou a derrota. Ele queria saber
como foi o processo, e o que ficou para o futuro. Ao contrário do que
tantos sindicalistas pensam, uma greve não se decreta – organiza-se. Não
termina, deixa efeitos para sempre.
Esta greve deixa para o futuro ensinamentos para o todo o movimento sindical português. Desde logo para o SNMMP, o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, formado por trabalhadores
que, percebendo que para impedir a brutal degradação das suas condições
laborais e o aumento efetivo do horário de trabalho diário para as 10
horas com redução salarial tinham de fazer um novo sindicato. Também
aprenderam a não menosprezar a força do Estado, que o Governo não é
imparcial, que têm que construir pontes reais com outros sindicatos. Que
precisam de uma organização interna forte e democrática, que não espere
figuras providenciais– só eles podem ser porta vozes de si próprios.
Em resposta ao meu artigo no PÚBLICO, a Fectrans argumentou
que na famosa cláusula 61, que assinaram com a Antram, não existe
isenção de horário. Mas o próprio Supremo Tribunal de Justiça (Ac. STJ
n.º 10/2016 – publicado no DR) compara especificamente esta cláusula 61,
ex. 74, – a tal que a Antram recusa reverter – a isenção de horário.
Além
disto, o que a Fectrans não diz é que o acordo assinado estipula que
podem ser obrigados a fazer 10 horas por dia (até mais, consoante o
período de referência) que não são remuneradas como trabalho
extraordinário.
A realidade diz que fazem 14, 15 horas, porque os tempos
de cargas e descargas, etc., não são contados pelas empresas como tempo
de trabalho, mas de “disponibilidade”. Veja-se: o camião carrega, sai
de Sines de manhã, chega ao Algarve, descarrega (fica o tacógrafo no
“disponível”, mas não a trabalhar), e quando voltam ou ficam pelo
caminho dormindo no camião ou vão dormir a casa perto dos seus e fazem
na prática 14 ou 15 horas.
A lei equipara, por exemplo, o
motorista de escola – que vai deixar as crianças de manhã e regressa
para casa, isso não conta como tempo de trabalho –, ao de matérias
perigosas, que vai descarregar ácido em Portimão e fica à espera de
carregar e descarregar. Para a Antram isso não é tempo de trabalho, é
“disponibilidade”. É como se um médico entre uma e outra consulta no
Hospital não fosse pago, ficando lá 12 horas para dar 8 horas de
consultas.
Nesta greve ficou a nu que uma parte dos portugueses trabalha de facto horas a fio que não recebe. Houve alguém que disse não. Os motoristas. Querem receber 900 euros de salário por 8 horas de trabalho. E que todo o trabalho realizado para além das 8 horas seja pago como trabalho extraordinário.
Volto às lições da luta. O Governo, o Estado, as Forças Armadas, os media,
as centrais sindicais estiveram contra eles. O Governo aproveitou para
impor um Estado musculado, esvaziando o direito à greve; a Fectrans
aproveitou a greve que não apoiou para, à sua boleia, assinar um acordo e
cantar vitória. No acordo assinado pela Fectrans foram introduzidas em
Agosto as cláusulas que os motoristas já tinham ganho na greve anterior,
em Abril (700 euros de salário base e não trabalhar aos domingos e
feriados).
Os associados da Fectrans perceberam que ou lutam como
sindicato, ou apoiam o Governo: as duas coisas juntas são incompatíveis.
Perante à debandada de um sector inteiro das suas fileiras – os
motoristas de matérias perigosas – a Fectrans respondeu “fazendo de
UGT”: surfando a luta dos outros, sentou-se à mesa a assinar um acordo
com o patronato no mesmo dia em que os grevistas estavam a ser
perseguidos com uma requisição civil, substituídos por militares,
baseada numa lei pré-constitucional de 1974, que levou a cenas
inconcebíveis como motoristas a ser conduzidos pela GNR ao trabalho. Perante o meu artigo aqui no PÚBLICO
afirmando que eles tinham assinado um acordo que prevê aumento do
horário de trabalho e redução salarial, a Fectrans respondeu dizendo que
era mentira, argumentando com a legalidade da cláusula 61 e que, se
trabalham mais, façam queixa à ACT...
A Fectrans não pode
desconhecer a realidade do sector, não pode colocar-se frente aos
trabalhadores e suas reivindicações com a lei na mão, como se fosse o
tribunal, a dizer que não têm razão porque a lei não conta o tempo de
disponibilidade como trabalho. E, sobretudo, não pode ter a posição de
dizer que há ilegalidades, mas que nada pode fazer além de pressionar o
Governo para dar meios à ACT.
Se a questão é a de que são
cometidas ilegalidades, o sindicato tem de arranjar maneiras de forçar
os patrões à legalidade. Se a Fectrans lutou contra o tempo de
disponibilidade e não conseguiu, por que é que não continua a lutar?
Os
outros sindicatos – deste novo sindicalismo independente –
aparentemente fizeram um movimento de solidariedade inédito que não se
via em Portugal desde os anos 80. Juntaram-se contra os serviços mínimos
transformados em máximos, e antes contra os fura-greves em Setúbal,
três requisições civis... Agora serviços mínimos numa low cost, a Ryanair,
que não cumpre com a lei laboral (neste momento até discutem no Governo
se aplicar serviços mínimos a uma “greve” que consiste em cumprir
estritamente o horário de trabalho de oito horas!).
Numa outra cena de As Vinhas da Ira, Ford coloca um
polícia da terra de onde partia a família Joad a explicar-lhes que eles
tinham de ir para um acampamento de trabalho ilegal, sujeitar-se às más
condições de trabalho, porque ele só estava a “cumprir a lei”. Ford
relembrou-nos assim que há dois destinos: o da solidariedade daquele
camionista, e o da sujeição recomendada por aquele polícia. Mas a
escolha, ainda que difícil, é nossa.
É preciso defender o emprego
como direito à vida e também como única forma de estar em pleno de igual
para igual na sociedade. Com exceção de crianças, idosos e pessoas com
problemas de saúde, o trabalho existente deve ser dividido por todos e
ser bem remunerado – só assim há justiça social. Isso implica, claro,
para a esquerda fazer um torcicolo ideológico face ao status quo
em que embarcou: é preciso exigir a redução do horário de trabalho sem
redução salarial, é preciso aumentos salariais que correspondem ao real
custo de vida, e só isso também permitirá a sustentabilidade da
segurança social.
IN "PÚBLICO"
24/08719
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Portugal bem português
IV-Portugal, um retrato social/7
2-UM PAÍS COMO OS OUTROS
Este é um retrato do nosso país. Um retrato da sociedade contemporânea. É
um retrato de grupo: dos portugueses e dos estrangeiros que vivem
connosco. É um retrato de Portugal e dos Portugueses de hoje, que melhor
se compreendem se olharmos para o passado, para os últimos trinta ou
quarenta anos. (...)
Gente diferente: Quem somos, quantos somos e onde vivemos
Os portugueses são hoje muito diferentes do que eram há trinta anos. Vivem e trabalham de outro modo. Mas sentem pertencer ao mesmo país dos nossos avós. É o resultado da história e da memória que cria um património comum. Nascem em melhores condições, mas nascem menos. Vivem mais tempo. Têm famílias mais pequenas. Os idosos vivem cada vez mais sós.
Gente diferente: Quem somos, quantos somos e onde vivemos
Os portugueses são hoje muito diferentes do que eram há trinta anos. Vivem e trabalham de outro modo. Mas sentem pertencer ao mesmo país dos nossos avós. É o resultado da história e da memória que cria um património comum. Nascem em melhores condições, mas nascem menos. Vivem mais tempo. Têm famílias mais pequenas. Os idosos vivem cada vez mais sós.
Um trabalho de investigação excelente de ANTÓNIO BARRETO e uma extraordinária equipa da RTP para a execução desta série.
* Esta é uma compilação de séries pelo nosso país não apenas pelas perspectivas histórica ou social mas pela recolha de vídeos interessantes de várias origens, actividades e sensibilidades, com diferentíssimos temas que reflectem o nosso quotidiano de modo plural.
Desejamos muito que seja do vosso agrado.
FONTE: universalcosmos
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83-CINEMA
FONTE: VideoLand
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83-CINEMA
FORA "D'ORAS"
メ工-丹 匕尺工乃口
sɪɴᴏᴘsᴇ:
ᴏ ᴘᴇʀsᴏɴᴀɢᴇᴍ ᴘʀɪɴᴄɪᴘᴀʟ ᴅᴏ ғɪʟᴍᴇ, sᴇʀɢᴇʏ, ᴀᴄᴀʙᴀ nᴜᴍ ɪɴᴛᴇʀɴᴀᴛᴏ ᴇsᴘᴇᴄɪᴀʟɪᴢᴀᴅᴏ ᴘᴀʀᴀ ᴅᴇғɪᴄɪᴇɴᴛᴇs ᴀᴜᴅɪᴛɪᴠᴏs, ᴏɴᴅᴇ ʜá ᴜᴍᴀ ᴏʀɢᴀɴɪᴢᴀçᴀᴏ ᴄʀɪᴍɪɴᴏsᴀ, ᴀ ᴛʀɪʙᴏ.
ᴇʟᴇ ᴛᴇɴᴛᴀ ᴛᴏᴍᴀʀ sᴇᴜ ʟᴜɢᴀʀ ɴᴀ ʜɪᴇʀᴀʀǫᴜɪᴀ ᴅᴀ ᴇsᴄᴏʟᴀ ᴇ ᴘᴀʀᴛɪᴄɪᴘᴀ ᴅᴇ ᴠáʀɪᴏs ʀᴏᴜʙᴏs.
ǫᴜᴀɴᴅᴏ sᴇʀɢᴇɪ sᴇ ᴀᴘᴀɪxᴏɴᴀ ᴘᴏʀ ᴀɴɴᴀ, ᴜᴍᴀ ᴅᴀs ᴄᴏɴᴄᴜʙɪɴᴀs ᴅᴏs ᴏʙsᴇʀᴠᴀᴅᴏʀᴇs, ᴘʀᴇᴄɪsᴀ de ǫᴜᴇʙʀᴀʀ ᴀs ʟᴇɪs ɴãᴏ ᴇsᴄʀɪᴛᴀs ᴅᴀ ᴛʀɪʙᴏ.
ᴅɪʀᴇcᴛᴏʀ: ᴄᴇɴáʀɪᴏ ᴍɪʀᴏsʟᴀᴠ sʟᴀʙᴏsʜᴘʏᴛsᴋʏ
ᴏᴘᴇʀᴀᴅᴏʀ: ᴠᴀʟᴇɴᴛɪɴ ᴠᴀsᴊᴀɴᴏᴠɪᴄʜ
ᴇʟᴇɴᴄᴏ: ɢʀᴇɢᴏʀʏ ғᴇsᴇɴᴋᴏ, ʏᴀɴᴀ ɴᴏᴠɪᴋᴏᴠᴀ, ʀᴏsᴇ ʙᴀʙɪʏ ᴀʟᴇxᴀɴᴅᴇʀ ᴅᴢʏᴀᴅᴇᴠʏᴄʜ ᴀʟᴇxᴀɴᴅᴇʀ ᴏsᴀᴅᴄʜʏ, ɪᴠᴀɴ ᴛɪsʜᴋᴏ, ᴀʟᴇxᴀɴᴅᴇʀ sɪᴅᴇʟɴɪᴋᴏᴠ ᴀʟᴇxᴀɴᴅᴇʀ ᴘᴀɴɪᴠᴀɴ, ᴋɪʀɪʟʟ ᴋᴏsʜɪᴋ, ᴛᴀᴛɪᴀɴᴀ ʀᴀᴅᴄʜᴇɴᴋᴏ
FONTE: VideoLand
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