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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
16/08/2014
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Conseguimos o filme em língua espanhola
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V-VOZES CONTRA
3- O CAMINHO PARA
O caminho para a extinção
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V-VOZES CONTRA
A GLOBALIZAÇÃO
3- O CAMINHO PARA
A EXTINÇÃO
A Série Vozes Contra a Globalização combina as filmagens em diferentes
lugares do mundo, com arquivos documentais, crônicas de informativos,
trabalhos cinematográficos de diretores como WinWin Wenders, Avi Lewis,
Pino Solanas, Jorge Drexler, poemas de Mário Benedetti e a atuação de
Loucas de Pedra, de Pernambuco/Brasil.
Outras das vozes da série
são os economistas Jeremy Rifikin (EEUU), ecologistas como o espanhol
Ramon Fernandez Duran, o relator das Nações Unidas para a Fome no Mundo,
Jean Ziegler, o ex-portavoz do Fórum Social de Gênova, Vitório
Agnolletto, o Prêmio Príncipe de Astúrias, de Ciências Sociais, Giovanni
Sartori, o especialista em Química Atmosférica, James Lovelock, o
Analista Social José Vidal Beneyto, entre outros.
O caminho para a extinção
Enquanto
nos preocupamos com as vígaras incidências dos banqueiros portugueses, esta aldeia global suicida-se dia a dia...
NR:
Muito procurámos para tentar obter o visionamento desta série em língua
portuguesa, a voz off está em francês e as legendas em espanhol, foi o
que conseguimos.
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ANA BACALHAU
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Vilar de Mouros
Obviamente que, mesmo resistindo a um mundo cheio de regras, não deixaram de utilizar o que de melhor a civilização tinha para oferecer. Os carros, os rádios, a electricidade, tudo comodidades indispensáveis a um modo de vida que fazia da música um dos seus mais altos estandartes.
A ligação entre uma certa simplicidade de vida, baseada num sentido comunitário forte e a música ligada à corrente deu vida ao conceito de festival de música, feito no Verão e inserido num espaço verde perto de alguma aldeia ou vila. Se Monterey Pop Festival foi o primeiro a apresentar ao mundo alguns dos músicos mais importantes da década, Woodstock foi o mais marcante, ditando as regras do que viria a ser o festival de música em conceito e na prática.
Em Portugal, tentava romper-se com algo mais do que convenções e ditames. A ditadura não permitia as liberdades essenciais ao modo de vida «made in USA», mas, com a morte de Salazar, no início da década de 1970, começaram a perceber-se os primeiros sinais de que já não estaria tão forte.
Foi nesta conjuntura que se organizou o primeiro festival de música no país, mais propriamente, em Vilar de Mouros, no Alto Minho. A segunda edição só viria a ser realizada 11 anos depois, em 1982 e, desde então, o festival mais antigo em Portugal foi organizado de forma intermitente até 2006. Pelo palco passaram alguns dos nomes mais importantes do rock, pop e da música popular portuguesa. Para além da música, uma das mais-valias do festival é a sua localização, junto ao rio Coura, rodeado pelos incontáveis tons de verde que se espalham paisagem fora, apenas cortados pelas tendas dos campistas-festivaleiros.
Desde então, já quase não se consegue contar pelos dedos da mão os festivais de música portugueses que seguem a ideia e o ambiente de Vilar de Mouros. O Festival Sudoeste, o Bons Sons, Paredes de Coura, são alguns dos maiores.
Uma das coisas mais importantes para quem se apresenta em cima de um palco é ter à sua frente um público que esteja atento à música. Por isso, para além das boas condições técnicas é essencial acrescentar um ambiente propício à fruição dos concertos e um público aberto a descobrir novas propostas musicais. É já histórico o ambiente de liberdade e comunhão que se viveu na primeira edição do Festival Vilar de Mouros, pelo que quando se marcou o concerto de Deolinda para a edição de 2014, a possibilidade de podermos participar num pedaço da história da música portuguesa deixou-nos muito felizes.
Passeámos pelo recinto, vimos o palco original (aquele onde tocou Elton John e os U2), que agora é o palco secundário, passámos a ponte romana que dá para o parque de campismo. Só não demos um mergulho no rio, porque o tempo não o permitiu.
Ao cair da noite, terminávamos a nossa prestação e saíamos com um sorriso. O regresso do Woodstock português não esqueceu o ambiente comunitário e acolheu propostas tão diferentes quanto Deolinda, The Legendary Tigerman, Xutos, Tricky e Guano Apes. E como o espírito de partilha se estende a todos os que por lá passam, tivemos o prazer de ter em palco, para tocar uma canção connosco, Paulo Furtado ou The Legendary Tigerman.
Foram momentos bonitos que saudaram o regresso do pai dos festivais de música portugueses.
IN "NOTÍCIAS MAGAZINE"
10/08/14
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Vilar de Mouros
Nos anos 1960, nos Estados Unidos, o choque
geracional entre pais e filhos levou a que os últimos escolhessem uma
vida que em tudo se opunha às expectativas que a geração anterior tinha
para si, gritando bem alto o lema «Paz e Amor» em tempo de guerra no
Vietname.
Obviamente que, mesmo resistindo a um mundo cheio de regras, não deixaram de utilizar o que de melhor a civilização tinha para oferecer. Os carros, os rádios, a electricidade, tudo comodidades indispensáveis a um modo de vida que fazia da música um dos seus mais altos estandartes.
A ligação entre uma certa simplicidade de vida, baseada num sentido comunitário forte e a música ligada à corrente deu vida ao conceito de festival de música, feito no Verão e inserido num espaço verde perto de alguma aldeia ou vila. Se Monterey Pop Festival foi o primeiro a apresentar ao mundo alguns dos músicos mais importantes da década, Woodstock foi o mais marcante, ditando as regras do que viria a ser o festival de música em conceito e na prática.
Em Portugal, tentava romper-se com algo mais do que convenções e ditames. A ditadura não permitia as liberdades essenciais ao modo de vida «made in USA», mas, com a morte de Salazar, no início da década de 1970, começaram a perceber-se os primeiros sinais de que já não estaria tão forte.
Foi nesta conjuntura que se organizou o primeiro festival de música no país, mais propriamente, em Vilar de Mouros, no Alto Minho. A segunda edição só viria a ser realizada 11 anos depois, em 1982 e, desde então, o festival mais antigo em Portugal foi organizado de forma intermitente até 2006. Pelo palco passaram alguns dos nomes mais importantes do rock, pop e da música popular portuguesa. Para além da música, uma das mais-valias do festival é a sua localização, junto ao rio Coura, rodeado pelos incontáveis tons de verde que se espalham paisagem fora, apenas cortados pelas tendas dos campistas-festivaleiros.
Desde então, já quase não se consegue contar pelos dedos da mão os festivais de música portugueses que seguem a ideia e o ambiente de Vilar de Mouros. O Festival Sudoeste, o Bons Sons, Paredes de Coura, são alguns dos maiores.
Uma das coisas mais importantes para quem se apresenta em cima de um palco é ter à sua frente um público que esteja atento à música. Por isso, para além das boas condições técnicas é essencial acrescentar um ambiente propício à fruição dos concertos e um público aberto a descobrir novas propostas musicais. É já histórico o ambiente de liberdade e comunhão que se viveu na primeira edição do Festival Vilar de Mouros, pelo que quando se marcou o concerto de Deolinda para a edição de 2014, a possibilidade de podermos participar num pedaço da história da música portuguesa deixou-nos muito felizes.
Passeámos pelo recinto, vimos o palco original (aquele onde tocou Elton John e os U2), que agora é o palco secundário, passámos a ponte romana que dá para o parque de campismo. Só não demos um mergulho no rio, porque o tempo não o permitiu.
Ao cair da noite, terminávamos a nossa prestação e saíamos com um sorriso. O regresso do Woodstock português não esqueceu o ambiente comunitário e acolheu propostas tão diferentes quanto Deolinda, The Legendary Tigerman, Xutos, Tricky e Guano Apes. E como o espírito de partilha se estende a todos os que por lá passam, tivemos o prazer de ter em palco, para tocar uma canção connosco, Paulo Furtado ou The Legendary Tigerman.
Foram momentos bonitos que saudaram o regresso do pai dos festivais de música portugueses.
IN "NOTÍCIAS MAGAZINE"
10/08/14
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MATHIEU RICARD
254.
Senso d'hoje
Senso d'hoje
MATHIEU RICARD
MONGE BUDISTA
SOBRE A FELICIDADE
SOBRE A FELICIDADE
Um dos maiores desafios da atualidade consiste em conciliar os
imperativos da economia, da procura da felicidade e do respeito pelo
ambiente. A economia e a finança evoluem a um ritmo cada vez mais
rápido; a satisfação de vida mede-se com base num projeto assente numa
carreira, numa família, numa geração; e o ambiente, que
tradicionalmente se media em eras geológicas, está, hoje, devido aos
transtornos ecológicos provocados pelas atividades humanas, em rápida
mudança. Precisamos de um fio de Ariana que nos permita encontrar o
caminho neste labirinto de preocupações graves e complexas. O altruísmo é
o fio que nos pode permitir ligar naturalmente as três escalas de
tempo – curto, médio e longo prazo – harmonizando as suas exigências.
As circunstâncias da vida podem ser muito difíceis, mas é preciso
lembrarmo-nos de que há mil maneiras de viver a adversidade. Quando
somos confrontados com situações que não escolhemos, o modo como vivemos
as coisas pode agravá-las consideravelmente, ou aligeirá-las. A nossa
mente pode ser o nosso melhor amigo ou o nosso pior inimigo. Por muito
influentes que possam ser as condições externas, o mal-estar, tal como o
bem-estar, é essencialmente um estado interior. Devemos assim fazer
todos os possíveis para melhorar as condições exteriores e a qualidade
de vida, para enfrentar as desigualdades salariais e de riqueza que vão
crescendo na maior parte dos países da OCDE e que são particularmente
visíveis em Portugal, mas é importante não colocar todas as nossas
esperanças fora de nós. É que podemos ser muito infelizes quando
aparentemente temos tudo para ser felizes e, ao contrário, sermos
serenos na adversidade.
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