11/11/2017

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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3-CLITÓRIS
O PRAZER PROÍBIDO


FONTE: MissX


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12-PIOR É IMPOSSÍVEL


* Alguns dos vídeos desta série são eroticamente brutais, a escolha é sua.

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Puigdemont
declara independência
de quarto em Bruxelas


FONTE: PROGRAMA "Donos Disto Tudo"  RTP/1
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11-PIOR É IMPOSSÍVEL


* Alguns dos vídeos desta série são eroticamente brutais, a escolha é sua.

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DOR TORÁXICA NA
SALA DE EMERGÊNCIA
1 -INTRODUÇÃO



Uma interessante série conduzida por Roberto Bassan, Professor titular de cardiologia na Escola Médica de Pós-graduação, PUC-Rio de Janeiro

* Uma produção "CANAL MÉDICO"

* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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10-PIOR É IMPOSSÍVEL


* Alguns dos vídeos desta série são eroticamente brutais, a escolha é sua.

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INDEPENDÊNCIA DA
CATALUNHA



FONTE: NERDOLOGIA



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9-PIOR É IMPOSSÍVEL


* Alguns dos vídeos desta série são eroticamente brutais, a escolha é sua.
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TIAGO MIGUEL MARQUES

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O comum dos cidadãos seria
capaz de cometer fraude?

Não será a resistência de um cidadão, a cometer atos de fraude, tão frágil quanto respetiva falta de motivação para os cometer?

Existem inúmeros espaços informativos nos meios de comunicação social que são dedicados à divulgação de notícias e de opiniões (de natureza completamente divergente, mas geralmente confundida) e que nos bombardeiam frequentemente com temas relacionados com eventos/ suspeitas de fraude, corrupção, suborno, ou branqueamento de capitais. Como tal, importa refletir sobre o significado destas comunicações para a sociedade e para cada um de nós… Assim:

- Será a fraude uma realidade generalizada, ou serão conteúdos informativos desta natureza uma mera utilização comercial da desgraça alheia, já que é um tema que “vende”?

- À luz das notícias/ opiniões divulgadas, será o comum dos cidadãos capaz de cometer fraude?

Para respondermos à primeira questão podemos olhar para indicadores disponibilizados por instituições de referência para temas relacionados com fraude, tal como:

- Em Portugal, o Observatório de Economia e Gestão de Fraude (OBEGEF) estimou que, em 2014/ 2015, a economia nacional não registada já ascendia a mais de 27% da riqueza produzida anualmente no país (estimativa que revela um crescimento ininterrupto desde 1970). A relevância deste índice para a presente crónica deve-se à próxima relação verificável entre a economia não registada e a fraude fiscal/ das contribuições para a Segurança Social e a atividades ilícitas e à correspondente necessidade de branquear os capitais obtidos ilegalmente;

- De igual modo, a Association of Certified Fraud Examiners (ACFE) referenciou, na publicação Report to the Nations 2016, que foi estimado que internacionalmente as empresas perdem, em média, cerca de 5% das suas receitas para custos associados a eventos de fraude (que incluem, para além do custo dos eventos de fraude em si, custos legais, regulamentares, ou reputacionais, entre outros).

Assim, julgo ser fácil percecionarmos que estas notícias/ opiniões divulgadas não podem ser levemente encaradas como um mero aproveitamento comercial de situações excecionais, pelos meios de comunicação social. De facto, devem ser visualizadas como retratos de uma infeliz realidade, frequente e dimensionada, para a qual não existe ainda um clima de alerta em sociedade.

Logo, e após esta tentativa de desmistificar o mito de que a fraude não é uma realidade relevante para a sociedade, proponho olharmos para a segunda questão e tema da presente crónica, com vista a procurar uma possível justificação para a referida frequência e dimensão da fraude: Será o comum dos cidadãos capaz de cometer fraude?

Como meio de resposta a esta questão, proponho realizarmos algumas reflexões exemplificativas, com base na respeitado modelo do Triângulo da Fraude, da autoria de Donald Cressey, e nos respetivos pilares – pressão, racionalização e oportunidade:

- Talvez o comum dos cidadãos, numa circunstância natural, não esteja disposto a roubar…

Mas, e se este cidadão se encontrar numa situação de sobre-endividamento, ou se não conseguir pagar as prestações do seu crédito habitação, poderá inconscientemente vir a utilizar este fator como motivação/ racional para justificar o roubo de dinheiro/ valores?

Ou, numa situação extrema, se a família deste cidadão estiver a passar fome, poderá este inconscientemente vir a utilizar este dado como motivação/ racional para justificar um roubo de comida?

- Talvez o comum dos cidadãos, numa circunstância natural, não se reveja a obter um livro, um CD, ou um DVD de forma ilícita…

Mas este mesmo cidadão, (talvez) motivado pela “doença” moderna geralmente denominada de “FOMO - Fear of Missing Out” (ou, em tradução livre, o medo de não estar atualizado), poderá vir a racionalizar o ato de realizar downloads ilegais dos mesmos conteúdos, em formato digital, que nunca admitiria obter de forma ilícita em formato físico?

- Talvez o comum dos cidadãos, numa circunstância natural, não admita realizar fraude fiscal…

Mas este mesmo cidadão, em especial quando compra bens de valor elevado, poderá vir a sentir-se motivado a incentivar o respetivo fornecedor a indevidamente não declarar/ liquidar impostos, pela não emissão de uma fatura, com o objetivo de pagar um valor inferior pelos bens que está a comprar? Nesta situação, poderá o cidadão vir a racionalizar esta ação com a ideia de que “já paga demasiados impostos”?

- Talvez o comum dos cidadãos, numa circunstância natural, não realize fraude associada a apólices de seguros…

Mas este cidadão, talvez motivado pela perceção de que paga em demasia pela sua apólice de seguro automóvel, poderá vir a estar disposto a simular uma avaria no automóvel para literalmente aproveitar uma “boleia” da seguradora (onde detém a sua apólice automóvel)?

- Talvez o comum dos cidadãos, numa circunstância natural, nunca estivesse disposto a beneficiar indevidamente de subsídios estatais, criticando mesmo aqueles que o fazem…

Mas, este mesmo cidadão, talvez motivado pelo facto de muitos beneficiarem indevidamente destes subsídios, poderá vir a estar disposto a aproveitar a aparente falta de controlo inerente a estes subsídios, fabricando dados que lhe dariam esse direito?

Talvez muitas destas situações exemplificativas não se apliquem ao comum dos cidadãos mas, provavelmente, pelo menos uma delas já se tenha aplicado a cada um de nós… Logo, deixo a questão: Não será a resistência de um cidadão, a cometer atos de fraude, tão frágil quanto respetiva falta de motivação para os cometer (independentemente do nível de ética que cada um de nós apresenta, numa circunstância natural)? Não seremos todos nós capazes de cometer fraude quando determinadas circunstâncias se verificam?

A necessidade deste tipo de reflexões é tão relevante quanto as informações divulgadas sobre estes temas uma vez que o comum dos cidadãos, pela sua natureza humana, poderá estar disposto a resolver os seus problemas pessoais à custa de outrem. Assim, será esta perceção o elemento em falta para que a sociedade esteja preparada para começar a lidar com (e a combater) esta realidade?

IN "VISÃO"
09/11/17

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1410.UNIÃO



EUROPEIA



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8-PIOR É IMPOSSÍVEL


* Alguns dos vídeos desta série são eroticamente brutais, a escolha é sua.

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O MEDO DA MORTE




FONTE: Razão ConsCiência


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XXI-VIDA SELVAGEM
4- ORCAS
Os Predadores mais Temidos
dos Oceanos


* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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7-PIOR É IMPOSSÍVEL


* Alguns dos vídeos desta série são eroticamente brutais, a escolha é sua.

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RECORDANDO

Elvis Presley

Bridge Over Troubled Water


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ESTA SEMANA NA 
"VISÃO"
Jantar da Web Summit no Panteão teve de ser autorizado por organismo do Estado

O que diz o despacho que abre a porta a eventos sociais em monumentos nacionais e que o atual Governo está a usar para responsabilizar o anterior?

O primeiro-ministro António Costa e o ministro da Cultura Luís Filipe Castro Mendes responsabilizaram este sábado o anterior Governo pela lei que permitiu a realização do jantar final da Web Summit no Panteão Nacional, mas o despacho citado por ambos, aprovado em 2014 pelo Governo de Passos Coelho, é claro quanto a quem cabe aprovar eventos deste tipo.
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No número um do artigo segundo, sobre competências, pode ler-se que “compete à Direção da DGPC [Direção-Geral do Património Cultural] decidir, após parecer dos Serviços Dependentes, da oportunidade e interesse da cedência, bem como das respetivas condições a aplicar”, acrescentando-se, no número dois do mesmo artigo, que “a Direção da DGPC reserva-se o direito de não autorizar o aluguer ou a cedência de espaços”.

Este organismo pertence à administração central do Estado e é responsável pela gestão do património cultural em Portugal continental, sob a esfera do Ministério da Cultura.

No artigo terceiro do referido despacho, que determina os princípios gerais, refere-se ainda que “todas as atividades e eventos a desenvolver terão que respeitar o posicionamento associado ao prestígio histórico e cultural do espaço cedido”, ficando expresso que “serão rejeitados os pedidos que colidam com a dignidade dos Monumentos, Museus e Palácios”. É uma avaliação que deve ser feita para cada proposta, portanto, pertencendo a decisão final à DGPC.

O ex-secretário de Estado da Cultura, Barreto Xavier, que exercia funções no anterior Governo à data da aprovação do despacho (8356/2014, de 24 de junho de 2014), já repudiou, em declarações ao Expresso, a posição de António Costa sobre o assunto, classificando-a de “lamentável e triste”. “A decisão é de 2017 e não de 2014”, sublinhou, fazendo notar que o despacho "não autoriza nem deixa de autorizar a cedência de um determinado espaço”, uma vez que "cabe sempre em cada momento aos decisores aprovarem ou rejeitarem o pedido”.

* António Costa deu um tiraço no pé, o ministro da Cultura é redondo, não tem ponta por onde se lhe pegue!

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1-CRIANÇAS
INVISÍVEIS



Formado por 7 curtas metragens realizados no Brasil, Itália, Inglaterra, Sérvia, Burkina Faso, China e Estados Unidos. O projeto de Crianças Invisíveis foi criado para despertar a atenção para o sofrimento das crianças em situações difíceis por todo o mundo. Todos os diretores trabalharam de graça ao realizar seus curtas para Crianças Invisíveis. Parte da renda do filme foi destinada para a Unicef e para o Programa Mundial contra a Fome


* Nesta nova época de "bloguices" que vai de Setembro a Julho do próximo ano, iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas.

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ESTA SEMANA NA 
"GERINGONÇA"
INE: 
Emprego regressa aos níveis pré-troika, desemprego cai para 8,5%

O número de pessoas empregadas em Portugal voltou a superar a barreira dos 4,8 milhões. É o nível mais elevado pelo menos desde o início de 2011, antes do início do Programa de Assistência Económica e Financeira.
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Nas Estatísticas do Emprego divulgadas hoje, o INE estima a população empregada em 4803 mil pessoas. Comparando com o trimestre anterior existem agora mais 42,6 mil pessoas empregadas, correspondente a um acréscimo de 0,9%. Já na comparação com o mesmo trimestre de 2016 são mais 141,5 mil pessoas empregadas, correspondente a uma variação significativa de 3,0%.

Do lado do desemprego é preciso recuar a 2008 para encontrar um valor mais baixo: a taxa no terceiro trimestre de 2017 foi de 8,5%, menos 2,0 pontos percentuais que no mesmo trimestre de 2016. O número de desempregados permanece elevado: são 444 mil pessoas que entre julho e setembro estavam sem encontrar trabalho. Este número é, ainda assim, bastante inferior ao verificado no 3º trimestre do ano passado (menos 105,5 mil desempregados).

Estes valores são tanto mais interessantes quanto acontecem num contexto de aumento de redução da população inativa e crescimento da população ativa em 41,1 mil face ao período homólogo de 2016.

De assinalar ainda a expressiva redução do subemprego a tempo parcial, isto é, o número de pessoas que trabalha a tempo parcial desejando trabalhar um número superior de horas. Neste trimestre há menos 35 mil pessoas na situação de subemprego a tempo parcial. 

Há hoje 177 mil empregados a tempo parcial a pretender trabalhar mais horas quando no início da legislatura eram 247 mil, uma redução de 70 mil ao longo do período de governação da atual maioria parlamentar.

*  O desemprego baixou mas ainda duvidamos destes números.


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Ferramenta avisa condutores 
que devem descansar



FONTE: TVI24


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HOJE NO 
"RECORD"
Novas regras 
prometem revolução no ténis

A primeira edição do NextGen Finals, um torneio com o qual a ATP replica o formato do Masters mas para tenistas com menos de 21 anos, está a ser aproveitada para testar possíveis alterações às regras do ténis tal e qual as conhecemos agora. E prometem uma autêntica revolução no jogo tal o qual o conhecemos atualmente.
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 A ideia é dar mais velocidade espetacularidade ao jogo, evitando tempos mortos, imitando algumas alterações já aplicadas noutras modalidades, como o voleibol. Os testes prolongam-se até este sábado, dia em que termina o torneio que se está a disputar em Milão e que conta com craques como Alexander Zverev, Dennis Shapovalov ou Borna Coric.

Eis as principais alterações:
- Os encontros são à melhor de cinco sets, mas cada set é ganho pelo primeiro jogador a chegar aos quatro jogos (se estiver 3-3, joga-se tie break).
- Os jogos não têm vantagens. Chegados aos 40-40, vence o jogo o primeiro jogador a fazer ponto.
- O período de aquecimento é de 5 minutos exatos desde que o jogador entre no court até ao primeiro ponto.
- Desaparecem os juízes de linha em court. Todas as bolas fora são julgadas pelo Olho de Falcão.
- Os jogadores podem receber instruções dos treinadores entre sets.
- Deixa de haver repetição de serviço caso a bola toque na rede. Se cair 'dentro', joga-se o ponto normalmente.
- Só é permitido um desconto de tempo para a assistência médica por jogador.
- O tempo entre pontos não pode superar os 25 segundos. E é cornometrado.
- Desaparecem as linhas de pares.
- O público pode movimentar-se livremente nas bancadas laterais.

* As novas regras suscitam algumas dúvidas para já, aguardemos

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NATO "intensifica" preparativos 
para a guerra com a Rússia 



FONTE: DFM NEWS

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HOJE NO
  "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"O corpo das mulheres
 é propriedade pública"

Milhões de mulheres em todo o mundo partilharam a hashtag me too (eu também) desde que foi lançada pela atriz Alyssa Milano no Twitter, há menos de um mês. A ideia é denunciar episódios de assédio e agressão sexual de que foram vítimas, demonstrando o quão global e "normal" é o fenómeno, retirando-o da invisibilidade. "Vamos falar disto até que pare", diz Milano. Adolescentes dos 12 aos 19 aceitaram o repto e contaram aos DN as suas experiências.

"Ó boa, essas pernas, esse rabo, o que eu te fazia. Desde os 12 anos que oiço esse tipo de comentários sobre o meu corpo. Sempre de homens mais velhos, muito mais velhos. Até já fui perseguida por um. E no outro dia houve um homem que me pôs a mão no ombro para me dizer que as calças me ficavam muito bem. Penso muitas vezes que eles devem ter filhas e netas da minha idade, não percebo."
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Joana tem 17, está no 11º ano e vive em Vila Nova de Gaia. Faz o trajeto casa-escola a pé. "Quando ouvi isso pela primeira vez fui falar com a minha mãe. Ela ficou preocupada mas disse para ignorar, não dar importância. Deu a entender que é uma coisa que acontece." Acontece à mãe, aliás. "Ela tem 46 anos e trabalha no meio de homens, faz limpezas numa empresa de transportes. E há homens que comentam o rabo dela, metem-lhe a mão nas pernas. Fez queixa várias vezes mas agora tem uma chefe mulher que é mais compreensiva e que finalmente agiu. Alguns desses homens foram retirados do setor dela e proibidos de se aproximar da minha mãe." Sobre se houve mais consequências para os ditos, Joana não sabe, e se não sabe é porque provavelmente não houve. Tudo isso fá-la concluir que "as mulheres estão muito pouco seguras. Sinto desconforto e muito medo quando estas coisas me acontecem. Tenho medo de sair à rua sozinha, e há coisas que não faço, por exemplo não posso usar uma saia porque se saio de saia sou logo chateada". E como reage quando é assediada? "Fico sem reação, nunca sei o que dizer." Perguntada sobre o que poderá ser feito para obviar a estas situações, reflete: "Haver alguém que abrisse os olhos das pessoas para o facto de isto não ser coisa que se faça a alguém." Abrir os olhos como? Através da lei, por exemplo? "Por acaso acho que já é ilegal e que posso fazer queixa, mas não vai dar em nada. Os homens estão muito retardados no tempo, vivem na época em que a mulher ainda era um objeto, não têm noção de que estão a cometer um crime. Não há direito de me fazerem sentir assim desconfortável na rua. E sucede às minhas colegas também."

Ana, 16 anos, colega de Joana, tem uma teoria sobre o porquê de isto suceder tanto a miúdas tão novas: "Acho que os homens pensam que têm poder sobre as raparigas. Por acharem se calhar que as raparigas mais novas estão desprotegidas, são frágeis, presas fáceis, que não vão reagir da "má forma" - ou seja da forma correta. Que não vão chamar a atenção e dizer: "Conheço-o de algum lado para falar assim comigo?", que será se calhar a forma como uma mulher de 40 anos reagirá. A maioria de nós tem medo e não reage." Mas, pensando bem, Ana não sabe se reagir não é pior. "Porque o que querem é atenção. Se acharem que estão a captar a atenção vão continuar. Apesar de achar que é uma enorme falta de respeito, quando nos acontece o melhor é ignorar. Mas não se deve ignorar o assunto em si. Deve-se chamar a atenção para isto, clarificar os limites. É muito importante falar-se disto e agora que existe a perceção do que é o assédio e do quão mau isso é, podemos dar a nossa opinião. Porque antes era um assunto tabu, não se dava tanta importância."
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O que mudou para agora se falar do assunto e surgir uma catadupa de denúncias a nível mundial Ana não sabe. Mas crê que algumas destas condutas devem ter a atenção das autoridades: "Se calhar em certas circunstâncias deve-se pedir ajuda à polícia. Se for repetido, se o homem seguir a rapariga. E depende das coisas que se dizem, porque há coisas irrelevantes e coisas muito ordinárias. Dar elogios do tipo "és linda" é diferente de "tens um rabo não sei quê"." Além de que tudo isso é, anota, um despropósito e uma falta de respeito que se denuncia logo no tratamento por tu: "Trato os mais velhos na terceira pessoa por uma questão de respeito e eles devem fazer o mesmo comigo. Não é por sermos mulheres que têm de andar a assediar-nos e a mandar piropos." Ana Leonor, da mesma turma e idade, concorda: "Não faz sentido estarem a dirigir-se a mim de uma forma tão violenta sem me conhecerem e dizerem coisas sobre o meu corpo, só me interpretarem pelo meu aspeto físico. Sou uma pessoa como eles. Nem percebo qual poderá ser a lógica. Parece ser uma coisa que fazem para satisfação própria. E acho que parte desse prazer também passa pelo choque e desconforto que causam. Isso agrada-lhes. Porque obviamente sabem que nós ficamos chateadas, com medo, inseguras, perturbadas. Ou se calhar pensam só neles mesmos e na situação que estão a criar, nem devem pensar na interação que estão a fazer que é errada e abusadora." Daí que Ana Leonor ache que dizer "não está correto o que estás a fazer e devias parar, não está certo fazer isso a raparigas tão novas" seria o mais adequado. Gostava de o ter dito a dois rapazes de 20 anos que se meteram com ela e uma amiga na semana passada, mas ficou "sem reação". "Acho que devia ter respondido assim, não a insultar. Seria importante motivá-los a perceber que aquilo é errado. Mas talvez surta mais efeito se forem homens a dizer. Se formos nós eles não dão crédito, não é?" Será? A colega Ana acha que o que podia funcionar era "tratar do assunto como se trata do assunto das drogas e da deep web. Assim como vão às escolas falar das drogas ilícitas, também deviam fazer palestras a este respeito". Mas a maioria dos assediadores são homens muito mais velhos, não é? "É. Mas como os rapazes vão ser adultos e isto passa de pais para filhos, talvez avisando agora sirva para alguma coisa."


"Parece que somos cãezinhos"
"Acho que os rapazes não têm noção daquilo que nós passamos - porque com eles não acontece, é diferente. Quantas histórias é que a gente conhece de um rapaz ir num autocarro e uma senhora mandar-lhe uma boca ou esfregar-se nele? Nenhuma. É a diferença." Alexandra, 15 anos, vive em Lisboa e está no 10º ano. Não anda muito na rua sozinha, garante, porém já teve várias experiências desagradáveis "desde os 13, 14 anos". Mas, relata, "a sério a sério foi só uma, no fim de setembro. Ia no autocarro tranquila, na minha vida, entrou um homem com um aspeto horrível e sentou-se à minha frente. Ficou a olhar para mim de uma forma tal que me senti incomodada e me levantei para me afastar. E aí ele disse, alto, que eu era muita boa e que me comia e mais não sei o quê. E ninguém fez nada. O motorista percebeu, havia ali montes de gente e não disseram uma palavra. Algumas pessoas abanaram a cabeça mas ninguém me ajudou. Saí na paragem a seguir e o homem ainda gozou: "Vais-te embora? Esta juventude agora não é como antigamente"." Alexandra suspira, inconformada. "Já cheguei a estar com a minha mãe na rua e fazerem-lhe isto, e a minha avó passou pelo mesmo. Tem 62 ou 63 anos e fala muito de quando trabalhava em Lisboa e ia na rua e era apalpada e ouvia bocas. E era o tipo de pessoa que espetava um estalo ou mandava uma pedra. Diz-me sempre que não posso admitir, que tenho de reagir. E a minha madrasta diz para lhes mostrar o dedo do meio, mas tenho receio.
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 São coisas que me perturbam, e vejo que todas as minhas amigas passam pelo mesmo. Elas dizem que devemos ignorar e ser superiores." Faz uma pausa, como quem contempla a dimensão do fenómeno, a sua permanência e a impotência que sente. "As mulheres são habituadas a isto: sucede, suspiram e pronto, daqui a bocado parece que está tudo bem. Mas essa atitude mantém o silêncio em relação ao assunto, mantém estes comportamentos numa esfera de normalidade." A normalidade, crê, de "se continuar a ver as mulheres como seres inferiores, frágeis: estes homens fazem estas coisas porque acham que vão criar um sentimento de medo".

Acham e criam: "Sou insegura e fiquei um bocado receosa, tenho evitado andar de autocarro desde então." Custou-lhe particularmente, confessa, constatar que nenhum dos adultos presentes, nem sequer o motorista, veio em seu auxílio. "As pessoas deveriam ser sensibilizadas a intervir e deveria haver uma penalização legal para estes comportamentos. É mau quando estamos sozinhas e nos sentimos sozinhas. Pelo menos as mulheres que estavam ali deveriam ter dito alguma coisa. Parece que ninguém tem noção de que pode estar perante uma ilegalidade. Há uma enorme falta de consciência."

Mas como frisar a possibilidade se estar ante um comportamento ilegal se à partida as vítimas desconsideram a possibilidade de fazer queixa? Por exemplo Sofia Lopes, 18 anos, no 1º ano de Ciência Política e Relações Internacionais na Universidade Nova, sabe que "há pouco tempo passou a lei que criminaliza o piropo [refere-se ao crime de importunação sexual, que desde 2015 inclui "propostas sexuais" - ver texto nestas páginas]". Mas não conhece ninguém que se tenha queixado e ela própria nunca ponderou fazê-lo. "Fiquei muito feliz com a nova lei, mas parece-me um pouco difícil de pôr em prática. Quando isto me começou a acontecer, no 5º ou no 6º ano, quando ia sozinha para a escola, ficava tão em choque que nem via a cara, a matrícula, só pensava em fugir. Agora já reajo, mas a primeira ideia é defender-me, responder. Não me passa pela cabeça anotar a matrícula ou fixar a cara da pessoa ou ir à procura de um polícia. Além de que a maior parte dos casos parecem abordagens inocentes. Eu sei que é assédio, mas como vou dizer à polícia que estava a ir para casa à noite e um carro parou ao meu lado a perguntar se estou bem e se quero boleia ou alguma coisa? Contado assim parece inofensivo." Ri. "Por exemplo, posso falar disto aos meus amigos rapazes vezes sem conta e desconsideram como "coisas da feminista maluca", mas a primeira vez que veem acontecer ficam passados: "Isto é assim? Quantas vezes ouves estas coisas? Vais responder?" Digo-lhes que é o meu dia-a-dia e ficam de boca aberta. Não têm qualquer noção. As pessoas precisam de sentir as coisas na pele para se importarem. Já tinha falado com eles sobre isso e não ligavam - e depois de repente viram e sentiram a tensão e o desconforto, e nem sequer foram bocas chocantes." 
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Porque, reconhece Sofia, "é muito difícil quem nunca passou por isto, quem não passa por isto desde criança perceber o que é. Ser-se sexualizada à partida, antes mesmo de saber o que é a sexualidade, qual a minha sexualidade. E sentir esta noção enraizada de que somos inferiores, como se fôssemos cãezinhos. O tratamento por tu desde logo, a quebrar toda a distância, a mostrar a falta de respeito."

Andar na rua é ser julgada"
Colega de Sofia na mesma faculdade, mas no 2.º ano de Sociologia, Filipa Moreira, de 19 anos, resume o sentimento: "Não me lembro de existir sem ser assediada. E não tenho uma mulher à minha volta que nunca o tenha sido. Parece que faz parte. O facto de eu andar na rua não é andar na rua, é estar a ser julgada e apreciada - se sou bonita se sou feia, etc. Faz-me confusão acharem que têm o direito de dar opinião sem ninguém pedir. Como é possível que alguém invada assim o meu espaço? Até criei uma forma de andar na rua sempre com cara de chateada, é um automatismo para ver se desencorajo abordagens. Ganhei uma postura defensiva e há coisas que não visto ou se vestir ponho qualquer coisa por cima para tapar o rabo."

Calções, por exemplo. "Lembro-me de ter 13 anos, ser verão e estar de calções e uns homens terem gritado. Estava acompanhada da família e ainda me fez mais impressão perceber que acharam aquilo normal. Até houve uma tia que encarou como um elogio. Deixei de usar calções." Mas nem cara de má nem evitar calções resulta. Há duas semanas, conta, estava a sair da estação de Entrecampos e um rapaz de uns 20 e poucos anos veio contra ela. "Fez de propósito. Revirei os olhos e continuei, nem disse nada, ia com os headphones postos. E de repente apanhei um enorme susto porque alguém me agarrou o braço. Gritei "foda-se". Mas não consegui ser mais assertiva, mandá-lo embora. Ele foi atrás de mim a dizer coisas até que desistiu." Não foi a única vez que alguém passou à abordagem física: lembra-se de ser apalpada num festival de música e na final do Euro 2016, no Terreiro do Paço. "Na primeira foram rapazes, na segunda um homem muito mais velho. Das duas vezes bati-lhes. E acho que devia ter batido muito mais. Porque é uma intrusão, uma agressão tal que nem percebo como é possível. E começa logo quando somos crianças: na escola primária os miúdos faziam isso, parecia um jogo. Começamos a internalizar essa "normalidade" muito cedo. Infelizmente a sociedade está criada assim, o corpo das mulheres é propriedade pública."

E qualquer homem, em qualquer lugar, pode arrogar-se essa posse: "Não consigo traçar o perfil de quem faz isto." Por exemplo o de 40 anos que anda no mesmo ginásio que ela: "Falava do meu corpo, fazia comentários porcos, uma vez até falou de uma posição sexual. Fiquei superenojada. Foi preciso um amigo meu ameaçá-lo para ele parar com aquilo, estava ali no meio do ginásio a dizer aquelas coisas e toda a gente a perceber o quão atrapalhada eu estava e ninguém dizia nada."

Será que Filipa tem mais histórias de assédio do que outras raparigas da sua idade ou simplesmente tem mais consciência delas e desculpabiliza menos, normaliza menos, das bocas de rua às vezes em que dá grandes voltas no seu carro para fugir a situações em que outros automobilistas se metem com ela no trânsito? Seja como for, a que considera até hoje a pior sucedeu aos 14. "Essa afetou-me mesmo. A minha mãe é contabilista e fui com ela a um restaurante buscar documentos. Ela ficou na esplanada a falar com o dono e fui lá para dentro sentar-me. Um empregado começou a falar comigo e a dizer que era muito gira. Meteu-me a mão na perna e perguntou se queria ir com ele ao cinema da meia-noite. Disse que não mas deu-me o número dele num papel. Era um homem da idade do meu pai, achei aquilo horrível mas não sabia como reagir por não querer prejudicar a minha mãe. Só lhe contei quando fomos embora, mostrei-lhe o papel com o telefone. Ela foi lá fazer um escândalo." Cinco anos depois, Filipa tomou uma decisão: "Ganhei a noção de que preciso mesmo de ocupar o meu espaço. É preciso comprar a guerra contra o machismo. Não contra os homens, mas contra o machismo. Agora respondo, olho-lhes diretamente para a cara, peço para repetirem o que disseram. E antes quando alguém me agarrava na rua perguntava às minhas amigas se teria o direito de bater - e agora acho que tenho todo o direito."
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O direito de agredir fisicamente quem agride por palavras ou impõe um contacto físico indesejado? Não deveria não ser necessário chegar aí? Não deveria estar antes disso o Direito, com maiúscula? Certo é que, se a lei pune em teoria a importunação sexual, incluindo propostas sexuais e contactos sexuais indesejados, não é assim tão evidente que o faça na prática. Uma pesquisa por "importunação sexual" no Google devolve poucas decisões judiciais, todas da Relação. Numa, um típico caso de assédio no local de trabalho, um Tribunal de Instrução Criminal não pronunciou um homem que sistematicamente se roçava nas nádegas de uma colega quando esta estava a pôr e tirar loiça da máquina (trabalhavam num restaurante) e lhe mexia no corpo apesar de esta protestar e lhe pedir para não o fazer. Para o TIC, não estava preenchido o tipo criminal porque este fala de "constranger" e considerava não ter havido constrangimento, por o equivaler a coação. O MP recorreu e a Relação de Évora, em acórdão de maio de 2012, dos desembargadores Carlos Berguete Coelho e Ana Bacelar Cruz, declarou existirem indícios suficientes de que o crime foi praticado. Casos de assédio verbal já no âmbito da nova formulação - desde 2015 - do crime de importunação sexual não aparecem. Existe um prévio, no qual a Relação de Coimbra, numa decisão de 2016 de que foi relator Jorge França, considerou que dizer em público a uma mulher "comia-te toda, és toda boa, pagavas o que me deves" não atinge "o patamar mínimo de dignidade ético-penal apto a fazer intervir o tipo de crime de injúria [que era o tipo disponível à época dos factos]." O caso fez correr muita tinta, havendo quem considerasse que se provava ser mesmo necessário o novo tipo criminal e quem dissesse que não se estava ainda assim perante uma proposta sexual.

O não se ter acesso a todas as decisões dos tribunais portugueses não ajuda a clarificar o que possa ser entendido como crime em matéria de assédio. Mas se tomarmos como medida um acórdão de janeiro de 2016 do Tribunal da Relação de Coimbra, nada será. Decidiu esta instância, sem lugar a recurso, que a frase "Ó pequenina, eu quero-te foder", dirigida por um homem de 65 anos a uma menina de 10 enquanto fazia "gestos com a língua" não constituiu crime. Para justificar este entendimento, que fora já o do tribunal inferior, os desembargadores Orlando Gonçalves (relator) e Inácio Monteiro consideram que sendo o crime de que o arguido fora acusado pelo MP "o de abuso sexual de menor" (artigo 171.º do Código Penal), no seu número 3, alínea b, e definindo-se este como o comportamento de quem atua "sobre menor de 14 anos, por meio de conversa, escrito, espetáculo ou objeto pornográficos", este deveria ser absolvido. Porquê? Por não ter havido "conversa", ou seja, só o arguido ter falado. Lê-se no acórdão que mesmo admitindo que "a expressão dirigida pelo arguido à menor tem, sem dúvidas, intensidade pesada e baixamente sexual", não se pode considerar que o crime tenha ocorrido porque quando ouviu aquelas palavras a menina fugiu para o pé da mãe: "A expressão não se mostra integrada numa conversa verbal mantida com a ofendida, ou mesmo com terceiro na presença desta (...). A menor não quis estabelecer qualquer comunicação com o arguido; saiu de imediato do local onde o arguido lhe dirigiu aquelas palavras, correndo em direção à mãe a relatar-lhe o sucedido. (...) Cremos que será algo temerário, por exceder a correspondência que um homem médio terá do termo "conversa", fazer uma interpretação extensiva deste substantivo de modo a incluir-se nele o significado de dirigir palavras a outra pessoa, sem que esta, por sua vez, estabeleça qualquer comunicação com o agente emissor."
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Temerário, qualificar como crime dizer a uma criança de 10 anos "quero-te foder". Iara, 13 anos, não sabe disto, mas acha que "infelizmente não é proibido" aquilo que considera ter a sorte de ainda não lhe ter sucedido e que várias colegas lhe relataram: "Passam na rua carrinhas com homens lá dentro e comentam, falam sobre o corpo delas. Algumas têm medo de andar na rua por causa disso." Acha que lhe vai acontecer mais tarde ou mais cedo, numa inevitabilidade que não vê como impedir nem a como reagir. "Não tenho medo, mas é uma espécie de não querer que me aconteça porque deve ser um bocado desagradável. Mas vou de certeza continuar a andar e não dizer nada."

Maria Caldas, um ano mais nova, também lisboeta, tem a convicção contrária. "Acho que se me acontecer terei uma reação extrema. Porque exijo respeito, por amor da santa." E garante: "Se forem rapazes da minha idade ainda posso ter alguma tolerância, falar com eles. E uma coisa são elogios, tipo "és gira", que não são nada de mais. Mas se for "tens as mamas boas", aí é logo ao estalo." E não tens medo? "Se tenho medo? Isso temos todas. Mas isto tem de acabar."

* Muito obrigado a Fernanda Câncio por este importante trabalho.

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PENA DE MORTE

OS MÉTODOS



EXECUTADOS EM 2016



FONTE: AFP Brasil

* PORTUGAL foi  o primeiro país a abolir a pena de morte em todo o mundo em 1852, um orgulho.

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HOJE NO 
"CORREIO DA MANHÃ"
Barcelos 
vai ter espaço de funerais não católicos

Agente funerário investe um milhão de euros em instalações únicas na região.

A partir do verão do próximo ano, Barcelos vai passar a ter um espaço para a realização de funerais não católicos. O projeto é lançado hoje, em Manhente, e prevê, numa segunda fase, a instalação de um crematório.
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O investimento de mais de um milhão de euros é de um agente funerário de Barcelos e pretende colmatar falhas existentes na região. "Temos tido cada vez mais solicitações de pessoas que não têm qualquer religião ou não são católicas e que têm dificuldade em encontrar um espaço onde possam velar dignamente e despedir-se dos seus familiares", explicou ao CM Manuel Vilas Boas, que há muito amadurecia a ideia de criar um centro funerário.

As obras avançam já na próxima semana e vão dotar a região de espaços que só existem a várias dezenas de quilómetros. "Em toda a região Norte, há apenas um espaço do género em Monção e, depois, no Porto", referiu o empresário, sublinhando que a deslocação torna os funerais muito mais onerosos. "Não faz sentido que uma família tenha que pagar centenas de euros em deslocações só porque não deseja um funeral católico", reforçou.

Na primeira fase da obra, que é lançada esta tarde, serão construídas a sala de velório e uma sala refrigerada para preparação e preservação dos cadáveres. Numa segunda fase, que arrancará dentro de um ano, Manuel Vilas Boas prevê instalar um forno crematório, que será único na região. "Temos o espaço e temos o projeto, ficamos apenas dependentes da licença do Ministério do Ambiente que aguardamos há uns meses", lamenta o agente funerário.

* No nosso entender um funeral não católico não carece de espaço próprio, precisa somente que não apareçam padres a apregoar a boa pessoa que era o defunto que nem sequer sabiam da sua existência.
De resto  todo o  comércio é fúnebre.

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HOJE NO 
"O JORNAL  ECONÓMICO"
Ministro critica greves na saúde “num 
país pobre e de gente velha e doente”

Adalberto Campos Fernandes acusou os sindicatos de usarem as greves para interesses pessoais e não pensarem no custos dos que mais precisam desses serviços.

O ministro da Saúde fez duras críticas aos profissionais de saúde e sindicatos do setor, acusando-os de fazerem greves focadas nos interesses sem pensar nos custos que acarretam num país de “gente pobre e doente”. Adalberto Campos Fernandes prometeu, no entanto, querer dialogar com os sindicatos.
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MINISTRO DÉGRADÉ

“Estamos num momento em que a retórica e disputa do pequeno interesse, do pequeno poder, da reivindicação corporativa legítima, embora tão pouco sensata quando se faz da greve um instrumento de banalização”, disse o ministro, em declarações transmitidas pela SIC Notícias.

Adalberto Campos Fernandes criticou o decretar de greves por tempo indeterminado no setor da saúde “e quando se entende que a greve é algo que se pode usar à custa daqueles mais precisam apenas e só porque o nosso interesse pessoal tem de falar mais alto que o preço de país pobre e de gente pobre e de gente doente”.

Os médicos estarão em greve no próximo dia 24 de novembro e os técnicos de diagnóstico e terapêutica estão em paralisação por tempo indeterminado.

* Pena que o sr. ministro não tenha abordado a indigência intelectual de políticos e governantes, tinha matéria profícua  no governo onde  dislata e na oposição. Este governo não está em "estado de graça" nem merece.

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