Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
30/01/2012
.
Contabilista tira fotos a sem-abrigos
IN "SÁBADO"
23/01/12
2-SEM-ABRIGO
Contabilista tira fotos a sem-abrigos
Lee Jeffries começou a retratar sem-abrigos em 2008. Desde essa altura, juntou uma enorme colecção de fotografias, dignas de um fotógrafo profissional. Mas o inglês de 40 anos encara a fotografia como um passatempo – o resto do dia passa-o no escritório de contabilidade onde trabalha.
Os retratos a preto e branco dos sem-abrigo despertaram a atenção dos profissionais da área, que elogiam até a sua técnica.
Tudo começou em 2008, em Londres. Jeffries tentou fotografar uma mulher que dormia na rua, e quando esta se apercebeu, elevou a voz e protestou. Envergonhado, o inglês tinha duas hipóteses, “ou ia embora, ou falava com ela e pedia desculpa”. Optou pela segunda e revolucionou a maneira como tirava fotos.
As imagens são posteriormente retocadas: “Faço-o para destacar os olhos. Eles é que me atraem verdadeiramente e são sempre o ponto de partida para a emoção presente em cada fotografia”.
De Nova Iorque a Roma, passando por Los Angeles e Manchester, Jeffries continua a fotografar sem-abrigos. Mas agora dá-lhes dinheiro para "agradecer".
IN "SÁBADO"
23/01/12
.
Boas ideias precisam-se para Portugal
«O meu movimento» é um dos menus do novo portal do Governo. Passos Coelho apela à participação com 'boas ideias',
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, apelou ontem à participação de todos os cidadãos com 'boas ideias para o país', na plataforma digital do Governo «O meu movimento», lançada no início do ano.
'Estamos a fazer transformações importantes em Portugal e é importante que, durante este período, possamos alargar e aprofundar o debate democrático e isso não se faz sem a participação de todos os cidadãos', afirma o primeiro-ministro num vídeo de um minuto e meio publicado hoje na página de «O meu movimento», na rede social Facebook.
Pedro Passos Coelho explica que 'esta ideia simples permite que aqueles que têm boas ideias para o país as possam lançar na plataforma do Governo e depois discuti-las, nomeadamente com o primeiro-ministro', uma vez que o movimento mais votado terá direito a uma audiência com o primeiro-ministro.
Na plataforma digital do Governo que permite a qualquer cidadão defender uma causa, foram até agora submetidos 285 movimentos, sendo o «Movimento de Sérgio pela Abolição das corridas de Touros', o mais votado, com mais de 3.500 seguidores.
O movimento «Em Defesa da Educação Visual e Tecnológica» é neste momento o segundo mais votado, com 2.196 seguidores.
Entre os cinco mais populares, estão ainda «A escola é para ensinar. A família educa», «Pelas tecnologias de informação e de comunicação» e «A favor da tauromaquia. Eu quero ser toureiro».
'Sinto muito orgulho em ver o entusiasmo que tem vindo a crescer em torno da nova plataforma digital do Governo', afirma o governante, realçando que 'a ideia é aproveitar as novas tecnologias de informação para lançar movimentos sobre o nosso país',
'É importante que todos se possam juntar e fazer crescer o debate político em Portugal', declarou.
«O meu movimento» é um dos menus do novo portal do Governo, disponível desde o início do ano.
* Que tal aproveitar a "boa ideia" do Mestre e V. Exa emigrar Sr Primeiro-ministro?
.
2 - HISTÓRIA DA MATEMÁTICA
A História da Matemática (The story of maths) foi escolhido como Melhor Documentário produzido no ano pela estação BBC, em votação. Apresentado pelo pesquisador e professor da Universidade de Oxford, Marcus du Sautoy, o filme volta à história da matemática da Grécia e de Atenas e explica o quão importante ela ainda é para nós nos dias de hoje.
.
Alemanha confirma que
pretende controlar Grécia
O governo alemão confirmou hoje a existência de propostas para nomear um comissário europeu que controle o orçamento da Grécia.
"Há um país onde a aplicação do programa de ajustamento financeiro está a decorrer com dificuldades, que é a Grécia, e o objetivo é ver o que se deve fazer se essa situação se prolongar durante muito tempo", disse em Berlim o porta-voz do ministério das finanças germânico, Martin Kotthaus.
"Trata-se de exercer um maior controlo e uma maior supervisão orçamental" sobre a aplicação dos programas de ajustamento negociados por Atenas com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI), em troca do empréstimo de 110 mil milhões de euros concedido em 2010, esclareceu o mesmo responsável.
O porta-voz alemão desmentiu, no entanto, que haja quaisquer planos para forçar a Grécia a sair da moeda única, garantindo que enquanto Atenas quiser aplicar os programas de austeridade que assumiu perante os parceiros internacionais "terá todo o apoio possível".
As notícias sobre a eventual nomeação de um comissário europeu para fiscalizar as contas gregas provocou, entretanto, duras reações de protesto por parte do governo de Atenas.
"Quem põe um povo perante um dilema entre a ajuda financeira e a dignidade nacional, ignora as lições históricas fundamentais", advertiu o ministro das finanças helénico, Evangelos Venizelos.
O porta-voz do seu homólogo alemão, Wolfgang Schäuble, além de tentar atenuar o impacto das revelações publicadas no sábado pelo jornal britânico Financial Times, recusou-se também, no 'briefing' que manteve hoje em Berlim, a comentar notícias de que o segundo resgate à Grécia, de 130 mil milhões de euros, terá de ser aumentado para cerca de 145 mil milhões de euros, o que implicaria subir as contribuições dos países da zona euro que participam no mesmo.
"O que está agora em causa é a reestruturação da dívida grega, através das negociações com os credores privados, que devem recomeçar em breve, para baixar o seu volume em relação ao Produto Interno Bruto para 120 por cento, até 2020, e não o aumento da contribuição com dinheiros públicos para o novo resgate", sublinhou o porta-voz do ministro das finanças alemão.
* Na segunda guerra mundial Hitler mandou o exército invadir a Polónia, agora Merkel manda a Comissão invadir a Grécia.
.
Governo atento às máfias
que recrutam em Portugal
Há empresas estrangeiras que continuam a recrutar trabalhadores portugueses de forma ilegal. O Ministério dos Negócios Estrangeiros confirmou ao DN estar atento e preocupado com a situação, que, neste momento, envolve sobretudo empresas holandesas, alemãs e francesas.
Os portugueses são levados sem assinar qualquer contrato e apenas com a promessa de que podem ter um ordenado de mil euros. O contrato é-lhes dado quando chegam, em língua estrangeira e só depois traduzido para português. Os trabalhadores acabam por receber muito menos e pagar muito mais em despesas do que aquilo que estava previsto. Uma representante do consulado português na Holanda visitou, na sexta-feira, uma das empresas de trabalho temporário que estão sob suspeita. Nas últimas duas semanas regressaram 19 portugueses.
* Tudo empresas de países desenvolvidos, amigos e solidários com Portugal,membros da União Europeia. Com amigos destes são desnecessários inimigos!
O que significa o nosso MNE estar atento???
.
DANIEL AMARAL
Filme de terror
Peguemos no PIB de 2008, quando a crise começou, e projectemo-lo para 2012, à luz das projecções mais recentes do Banco de Portugal. Aquele valor vai cair cerca de 6%.
Razões para o descalabro: o colapso da procura interna, consumo e investimento, com este último a cair a pique. É o resultado das violentas políticas de austeridade que nos impuseram, que ainda se mantêm e que ameaçam destruir-nos. Não há memória de uma recessão assim.
Façamos o mesmo com a área laboral. Em 2008, com uma população activa de 5.625 milhares de pessoas, o desemprego atingia 427 mil, 7,6% do total. Mas, de acordo com as referidas projecções, entre 2008 e 2012 serão destruídos mais 365 mil postos de trabalho, que se juntam aos 427 mil anteriores. E, dependendo da evolução da população activa, a taxa de desemprego será sempre superior a 13%. Não há memória de um cenário tão injusto.
Com a dívida pública passa-se algo de semelhante. Fruto de políticas suicidas que já levam mais de uma década, a dívida pública em 2008 era de €123 mil milhões, quase 72% do PIB, quando o nosso limite não poderia exceder os 60%. Mas, quatro anos volvidos, preparamo-nos agora para atingir os 111% do PIB, algo como €188 mil milhões, uma dívida ingerível e para a qual ninguém vislumbra solução. Não há memória de uma asfixia tão brutal.
Com isto chegamos às respostas do actual Governo. Primeiro, foi a Taxa Social Única: falhou. Depois, foi a meia hora de trabalho a mais: também falhou. E, não desejando correr mais riscos, optou então por um daqueles modelos que todos sabíamos infalíveis: cortou nos salários, aumentou os impostos e absorveu e gastou mais uns fundos de pensões. Como é que no futuro vai pagar aos pensionistas é um tema que não lhe interessa discutir.
Resta-nos falar do último acordo de concertação social, que na óptica dos trabalhadores se pode resumir assim: vão trabalhar mais, receber menos, ter menos direitos e ser mais facilmente despedidos. E como isto acontece num fase de grande subutilização da capacidade produtiva, é óbvio que o desemprego só pode disparar em flecha. Mensagem implícita: afinal, nós não temos produção a menos; o que nós temos são trabalhadores a mais.
Que País é este?
A CRISE EM NÚMEROS
Do colapso do produto...(Variação, 2006=100) Ao monstro da dívida (Dívida pública, % PIB)
Fontes: Eurostat, Banco de Portugal.
Entre 2008 e 2012 o PIB vai cair 6%: é a maior recessão de que há memória em Portugal. Na sua origem está o colapso da procura interna, em especial o investimento, que cai a pique. E o desemprego, que já era arrepiante, vai agravar-se ainda mais. A juntar a tudo isto, vamos a caminho de uma dívida pública de 111% do PIB, quase o dobro do limite máximo, e depois encarar a fúria dos mercados a partir de 2013. Apertem os cintos...
IN "DIÁRIO ECONÓMICO"
27/01/12
.
Del Bosque define Portugal
como um dos favoritos
Vicente del Bosque vê Portugal como favorita à conquista do Euro'2012 - que irá ocorrer na Polónia e Ucrânia - a par da seleção espanhola.
"Nós defendemos o título de campeão e queremos revalidá-lo, mas não somos os únicos favoritos. A vice-campeão do Mundo, Holanda, fez uma fase de qualificação memorável e está num grande momento e da Alemanha nem falo. Não podemos também esquecer a Itália, França e inclusivé Portugal. Vai ser um Campeonato da Europa muito renhido e pode suceder o que aconteceu em 1992, com a Dinamarca, ou em 2004, com a Grécia, em que um 'outsider' pode surpreender", afirmou em entrevista ao site noticioso "eldiariofénix.com" esta segunda-feira.
O selecionador espanhol avançou que deverá pôr um ponto final na carreira de treinador após terminar a ligação à Roja.
"Depois da seleção espanhola encerro a minha carreira. Não quero tomar uma decisão definitiva porque não gosto de o fazer, mas sei que estou nos últimos momentos como treinador".
Del Bosque definiu também os jogadores espanhóis como os melhores do Mundo, à frente de Leo Messi e o português Cristiano Ronaldo.
"Nutro um sentimento positivo pelos jogadores espanhóis porque foram eles que nos deram o título de campeões da Europa e do Mundo. Para mim são os melhores. Também é verdade que na liga espanhola temos a sorte de contar com grandes jogadores como o Messi e Cristiano Ronaldo".
* Areia p'rós olhos
.
Megafundo da Noruega interessado
no imobiliário português
O Norges Bank, entidade gestora do maior fundo soberano do mundo - o fundo de pensões da Noruega -, admite investir em força na Alemanha, Reino Unido, França e, "com o passar do tempo", entrar em países como Portugal. Não em dívida pública (vendeu o que tinha em 2011), mas num mercado cada vez mais apetecível: casas, prédios, imobiliário.
Fonte oficial do Norges Bank explica ao Dinheiro Vivo: "Desde 2010, temos um mandato para investir em propriedade imobiliária". Estes investimentos "corresponderão, eventualmente, a 5% do fundo".
O veículo norueguês, para o qual são canalizadas as receitas do petróleo e do gás produzido no país, está avaliado em 442 mil milhões de euros a preços atuais (cerca de 2,5 vezes a economia portuguesa). A parcela de 5% corresponde a 22 mil milhões de euros (o equivalente à despesa anual da Segurança Social portuguesa).
A mesma fonte refere que, numa primeira fase, "os investimentos começarão pelos maiores mercados: França, Alemanha e Reino Unido". Mas a ideia é continuar, sobretudo nos países europeus que ficarem baratos.
Questionado sobre se Portugal está na segunda fase de expansão do fundo imobiliário, o Norges Bank admite que, "com o passar do tempo, outros mercados serão incluídos". Europeus, seguramente, mas fora da Europa também. De acordo com o Norges Bank, as apostas serão centradas no mercado de escritórios e lojas (comercial), embora não descartem interesse na habitação e na indústria.
O sentimento dos investidores
Vontade de entrar no imobiliário nacional não falta aos estrangeiros. Apenas esperam uma oportunidade para se tornarem senhorios. Lisboa, por exemplo, até está relativamente bem classificada na lista das melhores cidades para estabelecer um negócio. Segundo a Cushman & Wakefield, em 2011, ficou a meio da tabela: é a 17.ª num grupo de 36 cidades europeias.
* A Noruega é confiável, menos na comida porque não sabem cozinhar os bons produtos que têm.
.
OS 50 MELHORES DE 2011
(PARA A ROLLING STONE)
25 – BEYONCÉ
4
BEST THING I NEVER HAD
LISTAGEM DE FAIXAS
# | Título | Compositor(es) | Duração |
---|---|---|---|
1. | "1+1" | Beyoncé Knowles, Terius Nash, Christopher Stewart | 04:32 |
2. | "I Care" | Jeff Bhasker | 04:00 |
3. | "I Miss You" | Frank Ocean, Shea Taylor, Beyoncé Knowles | 02:59 |
4. | "Best Thing I Never Had" | Beyoncé Knowles, Babyface, Shea Taylor e S1 & Caleb | 04:14 |
5. | "Party" (com André 3000) | Kanye West, Bhasker, Beyoncé Knowles, André 3000, Dexter Mills, Douglas Davis, Ricky Walters | 04:06 |
6. | "Rather Die Young" | Bhasker, Luke Steele, Beyoncé Knowles | 03:43 |
7. | "Start Over" | S. Taylor, Beyoncé Knowles, Ester Dean | 03:19 |
8. | "Love on Top" | Beyoncé Knowles, Nash, S. Taylor | 04:28 |
9. | "Countdown" | Terius Nash, Shea Taylor, Beyoncé Knowles, Ester Dean, Cainon Lamb, Julie Frost, Michael Bivins, Nathan Morris, Wanya Morris | 03:34 |
10. | "End of Time" | Wesley Pentz | 03:43 |
11. | "I Was Here" | Diane Warren | 04:00 |
12. | "Run the World (Girls)" | Nash, Beyoncé Knowles, Nick van de Wall, Pentz, David Taylor, Adidja Palmer | 03:55 |
Duração total: | 46:33 |
.
Financial Times sugere que UE pondere já um segundo pacote de ajuda a Portugal
Multiplicam-se as vozes que apontam Portugal como necessitando de um segundo pacote de resgate. Depois de na semana passada o consultor Mattehw Lynn ter dito que um incumprimento de Portugal destruirá o euro, e de o instituto alemão Kiel ter referido que a dívida de Portugal é insustentável e que o país poderá ter de impor aos credores privados um perdão de 56% da dívida, agora o “Financial Times” vem reforçar a ideia de que Lisboa pode ter de bater novamente à porta da troika. E que, assim sendo, mais vale ser já. Até porque, conforme a História demonstra, agir por antecipação parece ser o melhor remédio.
Na sua edição de hoje, o jornal britânico chama a atenção para a escalada dos juros implícitos da dívida soberana portuguesa, que estão a atingir máximos desde a entrada de Portugal no euro. Nas maturidades mais curtas, as “yields” sobem diariamente. As obrigações a dois anos atingiram hoje juros de 19%, enquanto nos prazos a três e cinco anos superou os 23% e os 21,5%, respectivamente. Já a dívida pública a 10 anos tem juros implícitos de 16,8%.
O facto de os prazos mais curtos terem juros superiores ao prazo a 10 anos significa que existem mais receios de que a Portugal possa entrar em incumprimento.
E são precisamente esses receios que levam o “Financial Times” a sugerir que os líderes europeus se antecipem e pensem já em avançar um segundo pacote de ajuda financeira externa a Portugal.
Tal como tem vindo a ser referido por muitos comentadores, também o jornal britânico reforça a ideia de que a perspectiva de Portugal regressar aos mercados de financiamento em 2013 parece cada vez mais distante. E esta “ansiedade”, sublinha o “FT”, provém grandemente dos cortes de “rating” de que Portugal tem sido alvo.
Notação financeira no "lixo"
Recorde-se que, no passado dia 13 de Janeiro, a Standard & Poor’s cortou a notação da dívida soberana portuguesa para “junk”. Portugal ficou assim no “lixo” aos olhos das três maiores agências mundiais.
A Standard & Poor’s disse que a decisão de corte da notação da dívida pública portuguesa “reflecte aquilo que considera ser o impacto negativo do agravar dos problemas políticos, financeiros e monetários na Zona Euro sobre o percurso - já de si desafiante - de reajustamento de Portugal, bem como sobre as suas altas vulnerabilidades aos riscos financeiros externos”.
Sublinhe-se que o País tinha sido cortado para “lixo” pela Moody’s a 5 de Julho e pela Fitch no passado dia 24 de Novembro. No dia 19 de Outubro, a agência canadiana DBRS também tinha reduzido o “rating” da dívida de longo prazo de Portugal, colocando-a um nível acima de lixo, com perspectivas “negativas”.
“Mas o maior problema é aquele que tem perseguido continuamente Portugal: os receios de que a ausência de crescimento e a fraca competitividade tornem o encargo da dívida – que ascende a mais de 105% do PIB e continua a subir – insustentável”, salienta o jornal.
E prossegue: “A sua economia registou uma contracção de cerca de 2% em 2011, mas espera-se uma descida de mais de 3% este ano. E as metas orçamentais só foram cumpridas devido à transferência dos fundos de pensões, uma medida isolada [e que não se repetirá]. Se não fosse isso, o défice teria atingido os 7% do PIB”.
O “Financial Times” diz, no entanto, que nem tudo há mau. “Há aspectos positivos”, refere. E quais? “As exportações tiveram um bom desempenho durante grande parte do ano passado. E o novo governo revelou-se estável e eficaz, avançando com reformas desesperadamente necessárias, o que agradou aos seus credores”.
Então, o que fazer? “Esta pode, assim, ser uma oportunidade para os líderes da Zona Euro se anteciparem aos acontecimentos. O actual pacote de resgate de Portugal expira em 2013, pelo que a decisão sobre um eventual reforço deve ser tomada este ano. Por que não agir rapidamente e acabar com quaisquer receios de que poderá estar iminente o envolvimento do sector privado no resgate? Com efeito, a rapidez é a melhor forma de limitar os danos de qualquer incêndio”, remata o “FT”.
E a “casa” está, de facto, a arder. De acordo com o instituto Kiel, os investidores estão muito preocupados a possibilidade de um segundo “bailout”, já que isso poderá reduzir a dívida dos credores privados de Portugal para o estatuto de “júnior”, o que implica maiores perdas se o País precisar de proceder a uma reestruturação da dívida.
A dívida sénior, relembre-se, tem prioridade sobre todos os outros tipos de dívida quando chega a hora do reembolso.
Portugal pediu em Abril do ano passado ajuda financeira à troika – Comissão Europeia, BCE e Fundo Monetário Internacional – que lhe foi concedida e que está a ser atribuída em tranches. Do total de 78 mil milhões de euros deste resgate, 12 mil milhões destinam-se à recapitalização da banca.
Hoje começa mais uma cimeira europeia. Uma reunião entre os líderes dos 27 Estados-membros da UE, de onde pouco se espera. Até porque o tão falado pacto orçamental poderá não ficar pronto já hoje.
* A notícia do Financial Times não é inocente, andam a querer lixar-nos. Hoje começa uma cimeira que custa aos cidadãos 10 milhões de euros.
.
ALMORRÓIDA DESPESISTA
Cada cimeira europeia custa
10 milhões de euros
Merkel e Sarkozy propõem cimeiras mensais, mas só para os países do Euro
Cada cimeira europeia que se realiza em Bruxelas custa cerca de 10 milhões de euros, indicam dados recolhidos pela agência EFE na sequência da proposta franco-alemã de se fazerem cimeiras mensais enquanto durar a crise na zona euro.
O número 10 milhões de euros foi calculado a partir de diferentes verbas que instituições europeias aceitaram dar à agência noticiosa espanhola e inclui os gastos com a organização de um conselho europeu no edifício Justus Lipsius, em Bruxelas, o destacamento policial e de segurança privada, assim como as deslocações e alojamento de cada comitiva dos 27 Estados-membros.
O custo das cimeiras é, portanto, dividido pelo orçamento comunitário (organização e segurança, por exemplo) e pelos Estados-membros (deslocações, alojamento).
Fontes comunitárias indicaram à agência espanhola que se regista em regra um gasto extra de cerca de 500 mil euros em pessoal adicional - as despesas com o pessoal fixo estão incluídas no orçamento da instituição -, comunicações, alimentação, segurança do edifício e segurança dos chefes de Estado e de governo.
O relatório de actividade do Conselho Europeu relativo a 2010, documento que é público, indica que o custo total das seis cimeiras realizadas nesse ano foi de 6,5 milhões de euros, ou seja, cerca de um milhão de euros por cada reunião. Mas, segundo a EFE, essa é apenas uma pequena parte do custo total.
A maior parte dos gastos decorre do dispositivo de segurança mobilizado na capital belga, mais concretamente em volta da sede do Conselho Europeu.
Esse dispositivo inclui o encerramento da estação de metro Schuman, o corte do trânsito e o estabelecimento de um perímetro de segurança em volta do edifício e o acompanhamento das comitivas nacionais por motorizadas da polícia.
À EFE, o centro de crise do Ministério do Interior belga indicou que os últimos números disponíveis datam de 2007, ano em que se realizaram três cimeiras em Bruxelas. Nesse ano, o custo total foi de 25 milhões de euros, ou seja, mais de oito milhões por cada reunião de chefes de Estado e de governo.
Outra verba considerável é a que é gasta por cada delegação, que normalmente inclui o presidente, o primeiro-ministro, secretários de Estado, assistentes, pessoal do protocolo e seguranças. Este número varia de país para país.
Na última cimeira europeia, realizada a 26 de Outubro, a Finlândia levou a Bruxelas uma delegação de 14 pessoas, enquanto a Alemanha levou 31, disseram os porta-vozes das respectivas representações junto da UE à EFE.
O alojamento das delegações também varia, mas a maioria das comitivas fica alojada em hotéis próximos das instituições europeias. O primeiro-ministro espanhol, José Luís Rodríguez Zapatero, e a sua comitiva ficaram sempre, segundo a EFE, num hotel da cadeia Sofitel onde o preço por noite por pessoa é em média de 185 euros.
O custo das deslocações de cada delegação é mais difícil de estabelecer, na medida em que vários dirigentes viajam em aviões oficiais.
Um outro custo elevado é o que é suportado pelos meios de comunicação que enviam jornalistas para cobrir as cimeiras e fazem centenas de directos televisivos, alugando tempo de satélite a um preço médio de 250 euros por 10 minutos.
O serviço de imprensa do Conselho Europeu não confirmou à agência espanhola nenhum dos números relativos ao custo de uma cimeira, mas considerou-os «aproximados», sublinhando que eles dependem do tipo de reunião, duração e número de participantes.
IN "http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/cimeira-conselho-europeu-europa-zona-euro-merkel-sarkozy/1306221-1730.html"
07/12/11
.
Deficiência de vitamina D
afecta mil milhões no mundo
Faltam estudos que, por serem caros, não permitem que se comprove que também por cá são elevados os níveis de deficiência de vitamina D. Um problema que pode ser facilmente evitado. Basta passar mais tempo ao ar livre.
Se o sol brilha lá fora, então não hesite em aproveitá-lo. É que embora a incidência de cancro de pele o tenha transformado no mau da fita, o astro rei é uma das melhores formas de garantir ao organismo os correctos níveis de vitamina D. Isto porque, embora não haja dados que permitam fazer o diagnóstico nacional, estima-se que também por cá os níveis de deficiência nesta vitamina sejam elevados.
No mundo, os dados mais recentes apontam para a existência de mil milhões de pessoas com este tipo de problema, resultado, refere ao Destak Paula Freitas, endocrinologista no Hospital de São João, da vida moderna. «Andamos muito vestidos, usamos os produtos com elevados índices de protecção solar e passamos grande parte da nossa vida confinados em locais sem luz solar directa.»
O tema foi ontem alvo de debate no XIII Congresso de Endocrinologia e serviu para reforçar, acrescenta a especialista, que não é preciso muito para evitar maiores problemas. «Bastam 15 minutos de uma exposição ao sol das mãos e face para fazer a síntese da vitamina D», explica. Uma «receita simples e barata», à qual se podem juntar outros ingredientes, como os alimentos. «O pescado – sardinha, cavala, salmão, leite e os seus derivados, os ovos e alguns cereais são ricos nesta vitamina.» No fundo, o importante «é levar uma vida saudável», confirma a médica.
Deficiência assintomática
Tradicionalmente associada ao raquitismo nas crianças e à osteomalacia e osteoporose nos adultos, a deficiência em vitamina D surge agora relacionada com a génese de outras doenças, como a diabetes, a obesidade e até as maleitas cardiovasculares. «Mas este é ainda um tema muito recente, que continua a ser alvo de investigação», explica a endocrinologista. Para já, o certo é que o problema, que praticamente não apresenta sintomas, a não ser a fadiga ou dor musculares – «que, para uma faixa da população, são mesmo o dia-a-dia» –, pode e deve ser prevenido.
* Faltam muitos D's, vitamina, dignidade, dinheiro....
.
Ajuste directo. Autor da lei já recebeu 7,5 milhões de euros por 157 contratos
Advogado Sérvulo Correia, autor do Código dos Contratos Públicos, vai defender a Parque Escolar
num caso de ajuste directo chumbado pelo TC
num caso de ajuste directo chumbado pelo TC
A mentora do Código dos Contratos Públicos, aprovado em 2008 e que regula os ajustes directos feitos pelo Estado, é também uma das principais beneficiadas: a sociedade de advogados Sérvulo & Associados já recebeu 7,5 milhões de euros, por 157 contratos de ajustes directos. Muitos são contratos para defender entidades públicas com irregularidades detectadas em ajustes directos, como é o caso da Parque Escolar, que tem um contrato com a Mota Engil que o Tribunal de Contas considera ilegal.
O ano em que o Código dos Contratos Públicos (CCP) foi aprovado acabou por ser dos mais fracos para aquele escritório de advogados, que apenas conseguiu 89 mil euros em ajustes directos durante todo o ano de 2008. Mas 2009 foi um ano “gordo” para os cofres da sociedade liderada por Sérvulo Correia, tendo auferido 3,277 milhões de euros. Os valores baixaram nos anos seguintes, mas ainda assim 2010 permitiu encaixar 1,9 milhões de euros e 2011 outros dois milhões de euros. Em 2012, segundo o portal Base, onde são publicados todos os contratos públicos por ajuste directo, a Sérvulo & Associados já conseguiu 80 mil euros em duas adjudicações.
As áreas da educação, águas, obras públicas e comunicação social são as que mais contratam a sociedade de advogados. Parque Escolar (quatro contratos), RTP (sete contratos), Estradas de Portugal (cinco contratos), Instituto dos Registos e do Notariado (sete contratos) e Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação (oito contratos) são os principais clientes.
O contrato mais elevado já obtido por aquele escritório (que não é o único a usufruir dos ajustes directos) foi com o Banco de Portugal (BdP), que pagou 650 mil euros em Fevereiro de 2011 por assessoria jurídica. O fim específico daquela assessoria não é descrito em detalhe, mas o “Diário de Notícias” revelou, em Dezembro, que o serviço se destinava a apoiar o BdP nos processos de contra-ordenação contra a anterior administração do Millennium BCP.
O banco central português é, aliás, um frequente utilizador dos ajustes directos para assessoria jurídica, pois no mesmo ano também contratou a sociedade de advogados do antigo ministro Vasco Vieira de Almeida, pagando-lhe outros 650 mil euros. Ao todo, desde 2009, o Banco de Portugal já gastou dois milhões de euros em serviços jurídicos.
Parque Escolar Um dos mais recentes ajustes directos de que Sérvulo Correia é adjudicatário é deste mês e o adjudicante é a Parque Escolar, no valor de 20 mil euros. A sociedade foi contratada para defender a empresa num caso de ajuste directo chumbado pelo Tribunal de Contras (TC). Em causa está o contrato de obras na Escola Secundária Passos Manuel, em Lisboa, executado pela Mota-Engil. O TC chumbou aquele contrato, no valor de 1,1 milhões de euros, considerando-o “nulo”. Entre várias ilegalidades apontadas está o facto de o ajuste directo ter sido feito já depois da obra estar concluída e também por o contrato não ter sido sujeito à fiscalização prévia do TC.
* É desta sem vergonhice que Paulo Morais fala! Quem redige as leis aproveita-se muito bem das omissões que ela contém para ganhar muito dinheiro.
Em dois anos o Banco de Portugal pagou 2 milhões de euros em assessoria jurídica, não existem advogados competentes nos quadros da instituição???
.
Subscrever:
Mensagens (Atom)