Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
07/12/2015
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3-HISTÓRIA DO
(PRÓ)
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As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
E o patologista mais influente do mundo é: o português Sobrinho Simões
O médico e cientista do Porto foi escolhido pelos seus pares em todo o mundo
A
pergunta era esta: "Quem são os profissionais de medicina em
laboratório, ou seja, os patologistas, mais influentes?" A revista
internacional The Pathologist colocou-se a questão e depois decidiu
lançá-la, há cerca de dois meses, aos patologistas do mundo inteiro: o
seu universo de leitores especializados. Recebidas as respostas e feitas
as contas, o resultado é este: o patologista mais influente do mundo é o
português Manuel Sobrinho Simões, professor e investigador da Faculdade
de Medicina da Universidade do Porto, que ali fundou há 26 anos o
instituto de investigação Ipatimup, que ainda dirige, e que abriu
caminhos novos no estudo do cancro.
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Entre
os motivos invocados para a escolha do médico e cientista português, os
inquiridos afirmam que Sobrinho Simões "contribuiu mais do que ninguém
para a visibilidade da patologia na Europa", que "tem apoiado jovens
patologistas oriundos de todo o continente europeu", ou ainda que ele
"representa a combinação perfeita entre a inteligência científica e a
nobreza", enumera a revista.
Mas não
ficam por aqui as razões da escolha. Sobrinho Simões, dizem igualmente
os que nele votaram "é, não apenas um grande cientista, mas também uma
pessoa carismática, generosa, simpática e atenta aos outros", e "as suas
contribuições para o diagnóstico clínico do cancro da tiroide são
excecionais". Hoje, referem os inquiridos, "os patologistas de todo o
mundo seguem, na sua rotina de trabalho, as regras que ele estabeleceu".
Sobrinho Simões, como confessou ao DN,
ficou "felicíssimo". "É uma enorme satisfação, mas fui um pouco apanhado
de surpresa", diz. E sublinha: "Penso que a escolha tem sobretudo a ver
com o facto de nestas últimas décadas termos treinado aqui, no
Ipatimup, muitos jovens patologistas de todo o mundo, e também com o
trabalho que desenvolvi quando fui presidente da Sociedade Europeia de
Patologia entre 1999 e 2001".
Esse
trabalho passou, nomeadamente, pela criação na altura de unidades da
Escola Europeia de Patologia em cidades onde, até aí, elas não existiam,
como Ancara, na Turquia, Moscovo, Craiova, na Roménia, Cracóvia, na
Polónia e ainda numa outra cidade da República Checa. Foi igualmente
durante a sua presidência daquela sociedade europeia que se realizaram
os primeiros congressos intercontinentais da especialidade, o contribuiu
para aproximar os profissionais desta área médica "que em geral tem
muito pouca visibilidade", como admite o cientista português.
Herdeiro
de "uma escola tradicionalmente muito boa de patologia em Portugal",
que ficou marcada por médicos patologistas como Jorge Horta e Cortês
Pimentel em Lisboa, Amândio Tavares e Daniel Serrão no Porto, e Renato
Trincão em Coimbra, o Ipatimup é também um das instituições mundiais
onde os jovens patologistas em fase de aprendizagem podem fazer treino
especializado - é isso que tem acontecido, aliás, nas últimas décadas.
Não é por acaso que muitos dos que votaram no cientista português como o
patologista mais influente do mundo se referem a ele como "um professor
entusiasta, que está sempre pronto a partilhar o seu conhecimento".
Essa
é, afinal, a sua forma de estar. A mesma que o leva também a fazer 300
consultas gratuitas por ano, para casos de cancros difíceis, oriundos de
todo o mundo.
Premiado em Portugal e a
nível internacional - Prémio Pessoa em 2002, Grã-Cruz da Ordem do
Infante D. Henrique, em 2004, comendador da Ordem de Mérito Real da
Noruega, em 2009, entre muitos outros -, Manuel Sobrinho Simões é
natural do Porto, onde se formou em Medicina e se especializou em
patologia, na qual ajudou a desbravar caminhos, nomeadamente no cancro
da tiroide. Hoje, passadas quatro décadas, é a pessoa mais influente do
mundo na sua área de atividade.
* Para a maior parte dos portugueses esta escolha é "tremoços" dada a ignorância e apatia do conhecimento em que vivem, fruto das políticas de educação em vigor no país. Sobrinho Simões foi escolhido por colegas do mesmo ofício, não por qualquer autoridade medalheira que por aí circula.
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HOJE NO
"RECORD"
Nuno Ribeiro vai processar
Bruno de Carvalho
O diretor desportivo da equipa de ciclismo W52, Nuno Ribeiro, anunciou
esta segunda-feira que vai processar o presidente do Sporting, pela
suspeição lançada por Bruno de Carvalho sobre o recurso ao doping.
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"Irei
proceder judicialmente contra o Sr. Dr. Bruno de Carvalho, presidente
do Sporting Clube de Portugal. Esta é a melhor forma de proteger os
nossos atletas. O desporto em Portugal não pode ficar refém de juízos
gratuitos, ofensivos e infundados por parte de dirigentes que colocam em
causa o bom nome, honra e consideração de todos que não lhe prestam
vassalagem", afirmou Nuno Ribeiro em comunicado.
O antigo
corredor afirmou que a equipa, que acabou por assinar um acordo com o FC
Porto, "é exatamente a mesma da semana passada", quando Bruno de
Carvalho se fez fotografar com ele e "anunciou, de forma precipitada,
uma parceria com o Sporting".
"A W52 é uma equipa limpa, como
atestam as centenas de controlos antidoping a que são submetidos os
nossos ciclistas todas as épocas. Quem não deve não teme e, como é
habitual nesta modalidade, em todos os nossos contratos há cláusulas que
protegem as partes e a parceria que estabelecemos com o FC Porto não é
exceção", sublinha o comunicado.
Nuno Ribeiro acrescenta que "os
ciclistas da W52 não podem ser sérios quando se tira uma fotografia e
passados três ou quatro dias batoteiros", afirmando que "Bruno de
Carvalho sabe perfeitamente que não foi pela W52 que o acordo não se
concretizou".
"Pelo nosso lado, ainda hoje não sabemos se foi
pelo Sporting [que falhou o acordo], se pelo intermediário que
dificultou o diálogo entre as partes", frisou, concluindo que voltará ao
assunto em "local próprio".
No domingo, Bruno de Carvalho
assumiu que foi um "erro" negociar a parceria com a W52 para o regresso
do clube 'verde e branco' ao ciclismo e prometeu trabalhar "num projeto
que tenha ambição mas onde a ética e a verdade desportiva sejam uma
constante".
Na véspera, o Sporting tinha anunciado a suspensão do
acordo, alegando que, já depois de anunciado o regresso ao ciclismo,
"teve o clube conhecimento de diversos factos e situações que suscitaram
e suscitam as maiores e mais sustentadas dúvidas sobre procedimentos
relacionados com análise e controlo antidoping por parte dos promotores
do projeto".
A equipa, que em 2016 se vai designar W52-FC
Porto-Porto Canal, venceu as últimas três edições da Volta a Portugal,
com os espanhóis Alejandro Marque (2013) e Gustavo Veloso (2014 e 2015),
as duas primeiras sob o nome OFM-Quinta da Lixa e a deste ano como
W52-Quinta da Lixa.
* Na sua cavalgada quixotesca rumo ao protagonismo, o sr. Bruno Carvalho dá "uma no cravo, duas na ditadura", vale Jesus para mascarar tanta boçalidade.
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* Uma produção da BBC
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3-HISTÓRIA DO RACISMO
Um dos mais completos e chocantes sobre a construção dos conceitos de
racismo, que justificam as maiores atrocidades cometidas contra os
Negros-africanos, e a constante construção de uma ideia de inferioridade
e desumanização, para negar direitos e macular a história.
* Uma produção da BBC
...
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* Que verdadera ciudadana, hombre.
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Vereadora despiu-se para a "Interviú"
Em outubro, Carmen López foi expulsa do
partido espanhol Ciudadanos por exigir o pagamento das viagens entre
Chicago, nos EUA - para onde foi viver - e Espanha. Só assim poderia
participar nas reuniões da autarquia de Castilleja de la Cuesta, perto
de Sevilha. Agora, a vereadora quis explicar-se e, para isso, despiu-se
para a revista "Interviú".
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"Enviei um fax a informar o partido. Eles não podiam dizer que desconheciam que eu me tinha mudado para Chicago", disse a advogada, de 43 anos, à revista,
acrescentado que chegou a propor a utilização de videoconferência para
as reuniões. "Não tinha outra escolha", confessa Carmen López,
justificando que teve de acompanhar o marido, que se mudou para a cidade
norte-americana.
Quando partilhou a capa da publicação nas redes
sociais, a vereadora - que em 1991 foi distinguida como Miss Sevilha -
voltou a falar do assunto: "Espanha tem o direito de saber e de
questionar a verdade", escreveu como legenda da imagem.
* Que verdadera ciudadana, hombre.
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MAFALDA ANJOS
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IN "VISÃO"
04/12/15
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Tão bonzinhos que eles são
Doação à caridade soa bem melhor do que veículo de investimento, é certo. Mas há muito mais por trás da Chan Zuckerberg Initiative. Desde logo, uma maneira de estar na vida
Esta semana, a notícia fez primeiras páginas um pouco por todo o lado.
Mark Zuckerberg e a sua mulher Priscilla Chan anunciaram no Facebook,
onde mais poderia ser, que iam doar 99% das ações da empresa durante as
suas vidas, para se “juntarem a muitos outros que se dedicam a melhorar
este mundo para a próxima geração”. O anúncio da Chan Zuckerberg
Initiative, feito numa afetiva e extensa carta à filha, despertou um
emocionado coro de ovações públicas. Os amigos Melinda e Bill Gates,
Shakira, Sheryl Sandberg, Richard Branson, Martha Stewart, todos
comentaram o post parabenizando o casal e a sua bonita iniciativa. Nos
media, a aclamação foi também generalizada: ah, Zuckerberg, tão novo e
tão generoso! “Voto filantrópico de Mark Zuckerberg estabelece um novo
standard”, escreve a "Bloomberg"; “Mark Zuckerberg e Priscilla Chan vão
dar 99% das ações à caridade”, anuncia o "Wall Street Journal";
“Zuckerberg e Chan vão doar quase todas as suas ações”, diz a "Time".
O
que se esqueceram de dizer foi que esta iniciativa de Zuckerberg tem
também inúmeros benefícios fiscais. Caridade soa maravilhosamente bem,
mas o que Zuckerberg criou, bem vistas as coisas, foi um veículo de
investimento. Desde logo, a forma escolhida não foi despropositada. A
Chan Zuckerberg Initiative é uma LLC, ou seja, uma companhia de
responsabilidade limitada. Ele não criou uma fundação de caridade, com
estatuto não lucrativo (conhecida nos EUA por organização 501 ( c) (3)),
que tem de obedecer a uma série de regras que limitam o campo de ação e
obrigam a doar percentagens específicas do seu património anualmente.
As
LLC permitem fazer muito mais do que meras doações: podem investir em
empresas, fazer parcerias e criar negócios, fazer lobby e investir em
causas políticas. Basicamente, com este veículo pode fazer tudo e mais
alguma coisa com o seu dinheiro. “O Senhor Zuckerberg foi retratado de
forma reluzente, por ter, na essência, transferido dinheiro de um bolso
para outro”, escreveu ontem o analista Jesse Eisinger num texto de
opinião publicado no "New York Times".
E, de um bolso para o outro, há uma pequena enorme diferença: muito
provavelmente, Zuckerberg nunca vai pagar impostos do valor do
património que colocou na LLC. A questão que se coloca, e que numa
segunda leva depois da euforia inicial começou a ser debatida nos
Estados Unidos (já comentada por Zuckerberg num novo post
de hoje), é que um dos homens mais ricos do planeta não vai contribuir
para ajudar a pagar as despesas do seu país. Ninguém duvida das boas
intenções de Zuckerberg e Chan e da vontade real em ajudarem projetos
beneméritos e melhorar a vida das crianças, só se questiona que não se
comprometam, como os outros norte-americanos, em ajudar a suportar o
estado e contribuir para o bem comum. No limite, se todos os
multimilionários optassem por este tipo de veículos, a percentagem de
impostos angariada pelo estado – e que pagam as despesas públicas –,
reduzia-se significativamente. Thomas Piketty, autor de "O capital no
século 21" e que defende um vagamente utópico imposto global sobre a
riqueza, não foi de meias palavras: “tudo isto é uma grande piada”.
Mas
há outro ponto interessante nesta opção do criador do Facebook.
Inerente a esta posição está uma ideia, bem ao estilo de Zuckerberg (já
aqui falei do seu ambicioso plano para conquistar o mundo),
que é mais ou menos isto: “eu faço melhor do que os políticos, e por
isso em vez de lhes dar o meu dinheiro para eles gerirem e aplicarem,
vou fazer eu isso”. Foi esta forma de estar que o fez, aliás, fundar o
império que tem hoje. Na primeira entrevista em que falou da origem do
Facebook, deu uma explicação simples para ter saltado por cima do plano
da Universidade de Harvard para ter uma rede social no campus: "Eu
consigo fazer melhor do que eles".
Ninguém duvida da capacidade
de Zuckerberg em fazer dinheiro, mas é lícito duvidar da sua capacidade
em discernir quais os projetos que são efetivamente merecedores e onde é
que esse dinheiro pode fazer a diferença. O que, na prática, não nos
leva a lado nenhum, porque o dinheiro é dele e pode, de facto, fazer o
que quiser com ele.
Os super-ricos compram adulação geral por
doações que minimizam os seus impostos, nada de novo. A isto chama-se
optimização fiscal, que cada um faz à escala do seu bolso, e o de
Zuckerberg é estupidamente grande. O que pensar de tudo isto? Entre um
multimilionário bonzinho e um capitalista sem vergonha que só quer fugir
aos impostos, algures no meio estará a razão.
IN "VISÃO"
04/12/15
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Taxas moderadoras deverão baixar em
. inícios do próximo ano
O Ministério da Saúde não se quer comprometer com
datas, mas a previsão é de que as taxas moderadoras baixem no início do
próximo ano. Trata-se de uma descida no valor global, anunciada esta
segunda-feira por Adalberto Campos Fernandes.
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O novo ministro da Saúde, Adalberto
Campos Fernandes, anunciou esta segunda-feira, 7 de Dezembro, que está
em curso "uma revisão do modelo de taxas moderadoras em vigor" que prevê
a redução do valor das mesmas para todos os utentes e a sua isenção
para os utentes que sejam referenciados pela Linha Saúde 24.
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Em declarações ao Negócios, fonte do Ministério da Saúde afirma que se está "a fazer de tudo para que a medida entre em vigor no início do ano", não se comprometendo, no entanto, com qualquer data específica.
O Ministério da Saúde clarifica ainda que haverá "uma redução com o valor global das taxas moderadoras", recordando que esta era uma medida prevista no programa socialista. Não obstante, acrescenta que a redução global das taxas "não quer dizer que todas baixem".
A mesma fonte adianta ainda que, para já, "a indicação [da isenção de taxas por utentes referenciados] é para os hospitais", recordado que esta isenção já funcionava quando os utentes eram indicados pelos cuidados de saúde primários, os centros de saúde.
Tratam-se por isso de duas medidas distintas: a redução do valor das taxas moderadoras para todos os utentes e a isenção de taxas moderadoras nos serviços de saúde para quem seja primeiro referenciado pela Linha Saúde 24.
Em declarações aos jornalistas, à margem da sua visita às instalações da Linha de Saúde 24, Adalberto Campos Fernandes justificava:"as taxas não são e nunca foram um mecanismo de receita". "É importante que elas sejam equilibradas, proporcionais às condições de rendimento dos cidadãos, mas não podem ser um elemento que frena - através de uma barreira económica inaceitável - o acesso aos cuidados de saúde", acrescentou.
Sobre uma possível reestruturação, designadamente de recursos humanos, da Linha Saúde 24, que o ministro da Saúde pretende que "passe a ser verdadeiramente o primeiro ponto de contacto entre os cidadãos que precisam de cuidados agudos de saúde e os serviços", o Ministério da Saúde não adianta qualquer informação.
* É bom nenhum ministro comprometer-se com algum assunto sem ter as contas bem feitas. Existem pessoas que não têm cinco euros para ir ao médico de família, assim como há famílias que recebem subsídios para coçar a micose, conhecemos ambos os casos.
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Em declarações ao Negócios, fonte do Ministério da Saúde afirma que se está "a fazer de tudo para que a medida entre em vigor no início do ano", não se comprometendo, no entanto, com qualquer data específica.
O Ministério da Saúde clarifica ainda que haverá "uma redução com o valor global das taxas moderadoras", recordando que esta era uma medida prevista no programa socialista. Não obstante, acrescenta que a redução global das taxas "não quer dizer que todas baixem".
A mesma fonte adianta ainda que, para já, "a indicação [da isenção de taxas por utentes referenciados] é para os hospitais", recordado que esta isenção já funcionava quando os utentes eram indicados pelos cuidados de saúde primários, os centros de saúde.
Tratam-se por isso de duas medidas distintas: a redução do valor das taxas moderadoras para todos os utentes e a isenção de taxas moderadoras nos serviços de saúde para quem seja primeiro referenciado pela Linha Saúde 24.
Em declarações aos jornalistas, à margem da sua visita às instalações da Linha de Saúde 24, Adalberto Campos Fernandes justificava:"as taxas não são e nunca foram um mecanismo de receita". "É importante que elas sejam equilibradas, proporcionais às condições de rendimento dos cidadãos, mas não podem ser um elemento que frena - através de uma barreira económica inaceitável - o acesso aos cuidados de saúde", acrescentou.
Sobre uma possível reestruturação, designadamente de recursos humanos, da Linha Saúde 24, que o ministro da Saúde pretende que "passe a ser verdadeiramente o primeiro ponto de contacto entre os cidadãos que precisam de cuidados agudos de saúde e os serviços", o Ministério da Saúde não adianta qualquer informação.
* É bom nenhum ministro comprometer-se com algum assunto sem ter as contas bem feitas. Existem pessoas que não têm cinco euros para ir ao médico de família, assim como há famílias que recebem subsídios para coçar a micose, conhecemos ambos os casos.
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HOJE NO
"DESTAK"
Quase todo a população de Coimbra tem
. transporte público num raio de mil metros.
Quase 100% da população de Coimbra tem paragem de transportes públicos num raio de mil metros, de acordo com dados do Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável da Comunidade Intermunicipal (CIM) Região de Coimbra.
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"Quando se considera uma distância de 500 metros", a percentagem de população do município de Coimbra com acesso a uma paragem de transportes públicos (rodoviários ou ferroviários) é de 90,1%, igualmente segundo o relatório da CIM sobre o PAMUS, hoje divulgado pela Câmara de Coimbra.
No estudo verifica-se também que "a relação entre viaturas e população residente, em Coimbra, é inferior a 60% (o resultado mais baixo neste caso regista-se [no concelho de] Pampilhosa da Serra, com 52%)", afirma a Câmara de Coimbra, em comunicado.
* Excelente indicador
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Num momento em que são conhecidos os
resultados de 74,25% dos votos, está garantida a nova maioria
venezuelana. Pela voz do Presidente Maduro, o Partido Socialista Unido
da Venezuela (PSUV) reconheceu os “resultados adversos”, embora tenha
falado na vitória da “contrarrevolução” motivada por uma “guerra
económica”. O herdeiro de Hugo Chávez responsabiliza os interesses
económicos, personificando-os no “império norte-americano”, pela crise
financeira que o eleitorado atribui à sua incompetência.
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Ainda assim um discurso mais ameno do que o repetido nos últimos dias de campanha, quando Maduro se mostrava disponível a manter o poder a qualquer preço. A preparação “espiritual, política e militar” que dizia ter antes da ida às urnas dá agora lugar a elogios à “vitória da democracia e da Constituição”, como referência à ausência de casos de violência ou acusações de fraude durante a jornada eleitoral. .
“Foi um dia histórico que merece uma reflexão”, disse o líder nacional da MUD, Jesús Torrealba. O dirigente não deixou de lembrar a “unidade” existentes entre uma oposição que junta fações da esquerda moderada à direita conservadora, dizendo que esse esforço levou a “vencer democraticamente um Governo que não é democrático”. .
Uma suavização presidencial que pode evitar o caos que o país viveu durante os protestos contra Maduro em 2014: 43 pessoas morreram devido à repressão policial que se seguiu. Leopoldo López, o homem que liderou os protestos do ano passado, poderá tornar-se agora um dos primeiros beneficiários da jornada democrática, pois a oposição prometera uma amnistia para todos os presos políticos – López está nessa condição desde Fevereiro de 2014 e condenado a cumprir 13 anos atrás das grades por “incitamento à violência”.
* O PSUV é um partido estalinista, talvez Maduro caia de pôdre.
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HOJE NO
"i"
Venezuela.
Maduro reconhece derrota
As sondagens não erraram e a oposição venezuelana
impôs ontem a primeira derrota eleitoral do socialismo bolivariano de
Hugo Chávez em 17 anos. Com 99 deputados garantidos nos 167 que compõem a
Assembleia Nacional, a Mesa de Unidade Democrática (MUD) ainda sonha
com a maioria de dois terços que permitirá iniciar um processo de
destituição do Presidente Nicólas Maduro. Os 22 deputados ainda por
eleger serão decisivos para o futuro político do país.
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Ainda assim um discurso mais ameno do que o repetido nos últimos dias de campanha, quando Maduro se mostrava disponível a manter o poder a qualquer preço. A preparação “espiritual, política e militar” que dizia ter antes da ida às urnas dá agora lugar a elogios à “vitória da democracia e da Constituição”, como referência à ausência de casos de violência ou acusações de fraude durante a jornada eleitoral. .
“Foi um dia histórico que merece uma reflexão”, disse o líder nacional da MUD, Jesús Torrealba. O dirigente não deixou de lembrar a “unidade” existentes entre uma oposição que junta fações da esquerda moderada à direita conservadora, dizendo que esse esforço levou a “vencer democraticamente um Governo que não é democrático”. .
Uma suavização presidencial que pode evitar o caos que o país viveu durante os protestos contra Maduro em 2014: 43 pessoas morreram devido à repressão policial que se seguiu. Leopoldo López, o homem que liderou os protestos do ano passado, poderá tornar-se agora um dos primeiros beneficiários da jornada democrática, pois a oposição prometera uma amnistia para todos os presos políticos – López está nessa condição desde Fevereiro de 2014 e condenado a cumprir 13 anos atrás das grades por “incitamento à violência”.
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HOJE NO
"A BOLA"
Atletismo
Sara Moreira eleita melhor
atleta europeia em novembro
Sara Moreira foi eleita atleta europeia no mês de
novembro, uma distinção atribuída pela Associação Europeia de Atletismo.
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Depois
de ter recebido o galardão em 2014, a fundista portuguesa foi premiada
pelo brilhante quarto lugar na maratona de Nova Iorque.
Sara Moreira levou a melhor sobre a irlandesa Fionnuala McCormack (meio-fundo), a espanhola Diana Martín (especialista de obstáculos), a holandesa Sifan Hassan (1.500/5.000 metros) e a inglesa Gemma Steel (corta-mato).
Sara Moreira levou a melhor sobre a irlandesa Fionnuala McCormack (meio-fundo), a espanhola Diana Martín (especialista de obstáculos), a holandesa Sifan Hassan (1.500/5.000 metros) e a inglesa Gemma Steel (corta-mato).
* Valente.
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O QUE NÓS
"FESTEJAMOS"!!!
THE PRETTY THINGS calculamos que ainda andam na estrada, em 2013 comemoraram os 50 anos de carreira, é obra.O QUE NÓS
"FESTEJAMOS"!!!
O primeiro número da ONDA POP explica quase tudo, os primórdios, os conceitos, a paginação e artigos publicados demonstram o trabalho destes rapazolas nos idos de 60.
Ontem foi publicado o nº60 da edição impressa destacando no início a artista madeirense CECÍLIA CARDOSO que fez sucesso nos anos 60, se não a conhece pode ouvi-la, se dela se lembra ouça-a também. Por arraatamento GABRIEL CARDOSO, o mano.
Uma extensa notícia de outra banda da Madeira "CONJUNTO JOÃO PAULO" inesquecível.
No concurso "SCHWEPPS" são só facilidades, o cara é agora vinhateiro em Portugal, país por quem ficou apaixonado nos anos 60.
Uma extensa notícia de outra banda da Madeira "CONJUNTO JOÃO PAULO" inesquecível.
No concurso "SCHWEPPS" são só facilidades, o cara é agora vinhateiro em Portugal, país por quem ficou apaixonado nos anos 60.
"BIA", BEATRIZ DA CONCEIÇÃO, língua afiada, feitio arrevezado, um talento maior que o mundo, partiu e deixa saudades.
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ESTHER OFARIM com 74 anos ainda canta e encanta.
GIRA DISCOS de capas bonitas e bem feitas de acordo com a tecnologia da época, quase todas desconhecidas.
Cantem com a "ONDA POP" com o ENGELBERT HUMPERDINK, sacana de nome, THE PEDDLERS e MAMMA CASS.
A "ONDA POP" continua cheia de informação verdadeira, bem elaborada e metódica, sem folclores, mantém a corência da sua génese.Na net e em português tem o condão de informar e trazer ao presente um passado glorioso de música como ninguém faz. Temos o orgulho de dizer que os autores são nossos amigos mas não é por isso que estão na "PEIDA", é pelo valor e inteligência que demonstram.
Neste blogue, na coluna da direita tem um link directo.
OBRIGATÓRIO IR VER!!!
ABJEIAÇOS
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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Nulidade do casamento católico torna-se
. mais fácil a partir de terça-feira
O processo para nulidade do casamento católico torna-se mais
fácil, e tendencialmente gratuito, a partir de terça-feira, segundo uma
informação do Patriarcado, hoje divulgada, em conformidade com os
documentos do papa sobre esta questão, publicados em setembro.
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“A Igreja não reconhece o divórcio ou anulação do casamento,
considerando que um casamento válido é indissolúvel, até à morte de um
dos esposos”, ressalva uma nota à imprensa do Patriarcado de Lisboa,
segundo a qual “o processo para obter a declaração de nulidade do
matrimónio consiste em provar que, por determinados motivos, o
sacramento que foi celebrado é considerado nulo”.
O diário católico do Vaticano L’Osservatore Romano referiu-se as estas novas regras como “uma verdadeira refundação do processo canónico relativo às causas de nulidade matrimonial”, uma vontade expressa do papa Francisco através dos 'motu próprio' ('documentos por sua iniciativa') “Mitis iudex Dominus Iesus” ("Senhor Jesus, manso juiz") e “Mitis et misericors Iesus” ("Jesus, manso e misericordioso").
Segundo estes documentos, Francisco quer um processo mais acessível, célere e simples, tendo-se abolido a necessidade de serem apresentadas duas sentenças de duas instâncias eclesiásticas, como exigido anteriormente, para decretar a nulidade do casamento católico.
Quanto à gratuidade, a diocese lisboeta afirma que “o papa Francisco aponta a gratuidade dos processos, salvaguardando o pagamento do salário dos funcionários judiciais” e cita o pontífice: “Ressalvada a justa e digna remuneração dos operadores dos tribunais, garanta-se a gratuidade do procedimento, porque a Igreja, mostrando-se aos fiéis como mãe generosa em um assunto tão estreitamente ligado à salvação das almas, manifesta o amor gratuito de Cristo, pelo qual fomos salvos”.
No Patriarcado de Lisboa, durante o ano passado, “um terço dos processos foi gratuito e outro terço sofreu redução de custas judiciais”, disse à Lusa fonte diocesana.
Esta reforma segue as recomendações de uma comissão criada no ano passado, por Francisco.
O papa atuou "com gravidade e grande serenidade, e colocou os pobres no centro" da questão, sublinhou o presidente da comissão, monsenhor Pio Vito Pinto, decano do Tribunal da Rota Romana.
Esta reforma exprime uma orientação fundamental do Concílio Vaticano II (1962-65), que atribui um papel central aos bispos, sublinhou.
Na carta, o papa lembra "o enorme número de fiéis" que não pode atualmente pedir a anulação do casamento "devido à distância física e moral" das "estruturas jurídicas" da Igreja.
O Patriarcado de Lisboa realça que as novas normas entram em vigor e no dia da solenidade da Imaculada Conceição, data celebradas quer a Ocidente quer a Oriente, no cinquentenário da conclusão do Concílio Vaticano II e no início do Jubileu extraordinário da Misericórdia.
* A igreja católica está tão boazinha...
O diário católico do Vaticano L’Osservatore Romano referiu-se as estas novas regras como “uma verdadeira refundação do processo canónico relativo às causas de nulidade matrimonial”, uma vontade expressa do papa Francisco através dos 'motu próprio' ('documentos por sua iniciativa') “Mitis iudex Dominus Iesus” ("Senhor Jesus, manso juiz") e “Mitis et misericors Iesus” ("Jesus, manso e misericordioso").
Segundo estes documentos, Francisco quer um processo mais acessível, célere e simples, tendo-se abolido a necessidade de serem apresentadas duas sentenças de duas instâncias eclesiásticas, como exigido anteriormente, para decretar a nulidade do casamento católico.
Quanto à gratuidade, a diocese lisboeta afirma que “o papa Francisco aponta a gratuidade dos processos, salvaguardando o pagamento do salário dos funcionários judiciais” e cita o pontífice: “Ressalvada a justa e digna remuneração dos operadores dos tribunais, garanta-se a gratuidade do procedimento, porque a Igreja, mostrando-se aos fiéis como mãe generosa em um assunto tão estreitamente ligado à salvação das almas, manifesta o amor gratuito de Cristo, pelo qual fomos salvos”.
No Patriarcado de Lisboa, durante o ano passado, “um terço dos processos foi gratuito e outro terço sofreu redução de custas judiciais”, disse à Lusa fonte diocesana.
Esta reforma segue as recomendações de uma comissão criada no ano passado, por Francisco.
O papa atuou "com gravidade e grande serenidade, e colocou os pobres no centro" da questão, sublinhou o presidente da comissão, monsenhor Pio Vito Pinto, decano do Tribunal da Rota Romana.
Esta reforma exprime uma orientação fundamental do Concílio Vaticano II (1962-65), que atribui um papel central aos bispos, sublinhou.
Na carta, o papa lembra "o enorme número de fiéis" que não pode atualmente pedir a anulação do casamento "devido à distância física e moral" das "estruturas jurídicas" da Igreja.
O Patriarcado de Lisboa realça que as novas normas entram em vigor e no dia da solenidade da Imaculada Conceição, data celebradas quer a Ocidente quer a Oriente, no cinquentenário da conclusão do Concílio Vaticano II e no início do Jubileu extraordinário da Misericórdia.
* A igreja católica está tão boazinha...
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Pequim decreta pela primeira vez
alerta vermelho devido à poluição
As autoridades de Pequim decretaram esta segunda-feira, pela primeira
vez na história da cidade, um alerta vermelho devido à poluição, que
está a enevoar toda a região e obrigou ao encerramento de vários
serviços públicos e de escolas.
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Desde a manhã de hoje que metade das viaturas privadas está proibida
de circular na capital da China, enquanto 30% da frota de carros
oficiais permanece nas garagens, tendo sido proibido também o lançamento
de fogo de artifício e a realização de churrascos.
Segundo o Gabinete de Proteção do Ambiente de Pequim, que publicou o
decreto no seu próprio site na internet, a partir de agora, as
construções públicas vão parar, enquanto poucas serão as fábricas
industriais que terão de implementar medidas para limitar o parar a
produção.
* Uma decisão com 30 anos de atraso.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Nuno Gonçalves (1974-2015)
Morreu esta segunda-feira Nuno Gonçalves, teclista dos Expensive Soul.
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A banda confirmou a notícia através de uma mensagem publicada no Facebook. "Amigo, companheiro de uma vida, dos palcos, das viagens, dos convívios, das loucuras, das farras, dos bons e maus momentos, que tanto nos fizeste rir com teu humor refinado, dedicado ao amor que tínhamos em comum", pode ler-se no comunicado publicado na rede social. "Deixaste-nos tão cedo sem sequer te podermos dizer um adeus e o quanto gostamos de ti. Estamos todos em choque.
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Mas a vida é isto, tão justa quanto injusta, tão lenta quanto rápida, tão boa quanto má", acrescenta a banda. O funeral de Nuno Gonçalves realiza-se esta terça-feira, às 10 horas, na Igreja de Vermoim, na Maia, revelou ainda a banda.
* Uma perda brutal.
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Portugueses saem de Angola:
a salvação já não é aqui
No colégio de Sofia metade dos alunos portugueses saiu. As empresas não
têm como pagar os ordenados e até no Facebook se tentam trocar kwanzas
por dólares ou euros. Quem não pode mais, volta.
Sofia Ferreira está em Angola há quase cinco anos. Vive em Viana, a
cerca de 20 quilómetros de Luanda, onde é educadora num colégio que a
própria criou. “Quando abri o colégio a maioria dos alunos eram
portugueses. Hoje, a maioria são angolanos. O nosso ano letivo reabre,
tal como em Portugal, em setembro. Mantivemos muitos dos alunos
portugueses inscritos até aí, mas de setembro até agora muitos deles foram embora.”
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Muitos dos pais destes alunos trabalhavam na construção civil, a maioria
deles em construtoras portuguesas, como a Somage, Mota-Engil, Teixeira
Duarte ou Soares da Costa, garante Sofia. “Mas como as obras
públicas do Estado angolano pararam, as empresas tiveram que dispensar
trabalhadores, outros têm salários em atraso. E vão regressando.”
Mesmo os que continuam empregados também partem. “A maior parte dos
trabalhadores portugueses em Angola e que trabalharam, por exemplo, em
empresas portuguesas e de construção civil, tinham o ordenado depositado
diretamente em Portugal, em euros, e as ajudas de custo, na
alimentação, no alojamento, eram pagas em kwanzas em Angola. Agora é
tudo pago em kwanzas. E por norma a transferências demora uns dois meses
a ser feita. Às vezes mais, dependendo dos bancos. E essa espera não é
compensadora.
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Houve mais mudanças. Muitos dos portugueses que passaram a receber em
kwanzas trocavam-nos por dólares no banco. E viajavam com eles de cada
vez que vinham (ou que tivessem quem viesse) a Portugal. “Sim, era possível viajar com dólares. Até 10 mil por pessoa.
Era necessário ir ao banco, apresentar o bilhete de viagem, e dizer que
se queria comprar dólares para viajar. Antes, por lei, tínhamos direito
a 10 mil dólares por adulto e mais 2 mil e 500 por criança. Mas há mais
de um ano que não viajamos com dólares. Não há nos bancos”, explica
Sofia.
Comprar dólares na rua…
Mas havia. Nos bancos e nas ruas. “Em Angola, quando cá cheguei há
mais de quatro anos, havia tantos dólares quanto kwanzas a circular. Por
exemplo, se eu pagasse em kwanzas uma despesa, podia receber o troco em
dólares.” Agora, só nos kinguilas.
O que são os kinguilas? “Os kinguilas são mulheres. Sobretudo mulheres. Parece que estão na rua a passear mas estão a vender dólares.
São quase como os traficantes de droga. Quem quer, sabe sempre em que
rua encontrá-los. E se pararmos os carros, vão logo a correr perguntar
se queremos dólares. Por norma, o câmbio é mais do dobro do que seria
nos bancos. E há portugueses que precisam mesmo do dinheiro e pagam.
Mais vale pouco que nada.”
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No fundo, 0s kinguilas representam o mercado paralelo de câmbio, mas é
uma atividade aceite no país. “Aquelas pessoas estão na rua, não se
escondem da polícia. É um mercado que é tolerado. Com a escassez
de dólares, as pessoas recorreram ao mercado informal. É como o arroz.
Se há escassez de arroz, as pessoas vão comprá-lo ao mercado informal e
vão pagar o que os vendedores pedirem por ele.” Carlos Rosado
de Carvalho é jornalista económico em Luanda. E recorda que o negócio
dos kinguilas esteve quase a desaparecer, mas regressou com a saída do
dólar de circulação no país. “Quando a taxa de câmbio era boa não havia
kinguilas”, salienta.
O problema é que agora, mesmo na rua, os dólares escasseiam e são muito caros. Se nos bancos 150 kwanzas compravam um dólar, na rua são precisos 270 kwanzas para o mesmo valor.
O segundo problema é que o kwanza é “dinheiro de monopólio”, como
classificou ao Observador um português que trabalha em Luanda. Os
kwanzas só servem para usar em Angola, não se podem tirar de lá e não
valem em mais lado nenhum do mundo. “O que acontece é que as
pessoas que têm toda a sua vida aqui têm poucos problemas, pagam tudo em
kwanzas. Pior é para quem tem despesas para pagar em Portugal, porque
não recebe nem dólares, nem euros“, sublinha. E para quem está
nesta situação, há duas hipóteses: ou espera que os bancos façam o
câmbio, e isso está a demorar entre 90 a 120 dias — enquanto há dólares
para isso — ou troca os kwanzas na rua e basicamente duplica o valor
das suas despesas, uma vez que precisa de duas vezes quase mais kwanzas
para comprar o mesmo valor de dólares, tal como fazia nos bancos.
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E não são apenas os trabalhadores que tentam arranjar dólares a alto preço. Os próprios empresários já recorrem ao mercado paralelo para conseguirem fazer face às despesas que têm.
Porque também eles se vêem entre a espada e a parede, uma vez que
muitos trabalhadores portugueses têm contratos que prevêem que a
maior parte do salário seja transferida diretamente para Portugal.
Então, novamente, das duas uma: ou os donos das empresas esperam pelo
tempo que os bancos demoram a efetuar as transferências (os que ainda as
fazem) — provocando atrasos nos salários que vão dos 90 aos 120 dias — ou tentam trocar os kwanzas no mercado paralelo, e basicamente um trabalhador passa a custar-lhes o dobro.
… ou no facebook
Mas os kinguilas, com a crise do petróleo e a falta de divisas, não
ressurgiram só nas ruas. Surgiram onde não tinham surgido antes: nas
redes sociais. Mais concretamente no Facebook. Há dólares, euros – e tudo se troca, em Lisboa ou Luanda, por kwanzas.
Estão ali, em grupos privados e à distância de uma mensagem, os
negociantes e os que procuram, desesperadamente, quem negoceie consigo. E
negoceiam-se desde centenas a milhares de euros e dólares. Às claras.
80 mil com ordenados em atraso?
Angola foi, por anos a fio e durante a última década, um paraíso para as
empresas portuguesas investirem e para muitos portugueses emigrarem em
troca de salários que nunca iriam conseguir obter em Portugal. Foi uma
tempestade perfeita: a crise em Portugal convidava a sair; o dinheiro
que por cá escasseava, na petroeconomia angolana havia a rodos, e o
Estado angolano, com a economia em expansão, queria gastá-lo, queria
crescer. E crescer envolvia construir tudo o que anos e anos de Guerra
Civil destruíram ou impediram que se construísse.
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As construtoras civis disseram presente, tinham a mão-de-obra
qualificada, tinham os meios e o saber, e avançaram para Angola,
rapidamente e em força. Mas como qualquer petroeconomia, quando a
cotação do petróleo nos mercados cai, tudo se desmorona em seu redor.
Foi o que aconteceu nos últimos longos meses. As obras que deviam ter arrancado, não arrancaram. As que se deviam ter concluído, não se concluíram e arrastam-se ad aeternum, a conta-gotas. Mas o pior são os ordenados que não aparecem nas contas bancárias em Portugal.
O Sindicato da Construção Civil em Portugal fala em mais de
80 mil trabalhadores portugueses, só neste setor, com ordenados em
atraso. O número representa quase 40% de todos os trabalhadores
nacionais da construção civil em Angola. O sindicato culpa a
crise petrolífera. Recorde-se que o barril de crude vale hoje 47 dólares
(44 euros) quando no ano passado, por altura da elaboração do orçamento
do Estado de Angola para 2015, estava a valer 81 dólares.
Albano
Ribeiro, o presidente do Sindicato, garante que “há situações muito,
muito complicadas” nesta altura e fala de “dois a seis meses” de
salários em atraso. Em muitos dos casos, os trabalhadores,
afirma o sindicalista, “nem têm dinheiro para regressar a Portugal de
avião”. E outros há que “se vierem a casa pelo Natal, como vêm quase
sempre, não voltam a Angola de certeza”. Albano Ribeiro terá
sido contactado, segundo diz, por muitos destes trabalhadores, que
pediram ajuda ao Sindicato, mas ainda não se reuniu com as empresas, com
quem já terá solicitado o agendamento de reuniões.
Governo português acha 80 mil demais
Fonte governamental contactada pelo Observador garante que nem
a Embaixada Portuguesa em Angola nem o Ministério dos Negócios
Estrangeiros ou a Secretaria de Estado das Comunidades receberam
qualquer pedido de ajuda. “Mas o Governo tem procurado saber,
através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, se são ou não 80 mil os
portugueses em dificuldades e como é que se chegou a esse número. Esse
número não nos parece ter fundamento”, refere a mesma fonte.
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A primeira responsabilidade, garante, é de quem emprega. “A
primeira responsabilidade, se há ordenados em atraso, é das empresas.
Os trabalhadores se têm um contrato de trabalho, têm que valer-se dele.
É uma questão jurídica. Se tiverem dupla nacionalidade, como há muitos
que têm, é a lei angolana que prevalece. Se são portugueses e as
empresas são portuguesas, é a lei portuguesa. Mas não é uma competência
do Governo. O que podemos é fazer diligências consulares e
diplomáticas. Não temos poderes nas entidades empregadores. Nem nos
trabalhadores.”
O presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do
Imobiliário, Reis Campos, não desmente os números avançados pelo
Sindicato, mas garante que a crise no setor da Construção Civil não é
nova e que terá começado no primeiro trimestre do último ano. “Com
a descida do petróleo as autoridades angolanas disseram logo que isso
ia ter consequências. O que ninguém esperaria é que fossem consequências
tão duradouras.”
Reis Campos fala em “reajustamento”, no
caso das maiores construtoras, e de “regresso” no caso das “milhares”
de pequenas empresas que trabalham no setor. “As empresas que foram para
lá e sofreram logo o impacto da crise do petróleo, voltaram. Essas
decidiram logo voltar. Mas as outras, as que tinham obras em curso que
duram dois ou três anos, não voltaram. O que não há é nenhuma empresa que tenha o mesmo número de pessoas que tinha antes.”
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E os ordenados? Esse é outro problema. É que as empresas deixaram de
pagar em dólares e passaram a pagar ordenados somente em kwanzas. “Tudo
se complicou quando os trabalhadores não tiveram mais como converter os
kwanzas em dólares, quando este foi retirado de circulação nos bancos.
Muitos trabalhadores saem de Angola porque não lhes compensa fazer as
conversões nos mercados informais. Perdem muito, muito dinheiro. E as empresas também não conseguem converter kwanzas em dólares para si mesmas. Não há como pagar aos fornecedores fora de Angola em kwanzas.”
A fonte do governo garante que “há outro problema” e que, esse sim está mais que confirmado. “O de haver empresas portuguesas a operar em Angola que efetivamente não têm sido pagas pelo Estado angolano.
E, havendo essa dívida, elas não têm como pagar aos trabalhadores. Há
empresas nacionais com salários em atraso, como há empresas angolanas
com salários em atraso. E os empregados não conseguem receber nem retirar de lá o dinheiro. Não conseguem.”
Apesar de tudo, Reis Campos não acredita num regresso em massa das
empresas e dos trabalhadores a Portugal. Até porque a razão de estes
terem ido para Angola foi precisamente a crise portuguesa. “Não haverá
uma debandada das empresas. As empresas foram para lá com uma visão de
futuro, uma ótica de longo prazo e a maioria tem aguentado. Esperam que
isto dê uma volta. Nós não nos podemos esquecer que as empresas foram
para lá porque tinham problemas cá. O setor decresceu 43,8% nos últimos
cinco anos. E perdeu 36 mil empresas e 262 mil trabalhadores. O que as
empresas me dizem é que têm uma perspetiva positiva. As empresas
manifestam uma vontade de continuar. Têm confiança neste mercado. Acham
que é uma situação anómala, mas que é transitória. São empresas que estão há muitos anos em Angola.” Mas deixa um aviso: “Se estivermos numa situação destas muito tempo, que é desgastante todos os dias, podemos chegar a uma conclusão diferente.”
Por que deixou de haver dólares em Angola?
Por que deixou de haver dólares em Angola?
“Angola não comprava dinheiro diretamente à Reserva Federal
norte-americana. Os bancos angolanos não têm acesso ao Bank of America. O
que acontecia é que os americanos vendiam notas ao First Rand, um banco
sul-africano, que por ser vez as vendia aos bancos angolanos. E o Bank
of America informou o First Rand que não podia vender mais notas a
Angola. Angola importava cinco mil milhões de dólares anualmente desde
2011. Em 2014 foram quatro mil milhões. Havia mais dólares do que kwanzas em ciruculação. E havia quem se aproveitasse de tantos dólares em circulação para os comprar. Foi por isso que o Bank of America, com receio de ser multado pela Reserva Federal, fechou a torneira. Diz-se que muito do dinheiro que chegava a Angola era intercetado no Médio Oriente. E podia estar a financiar o terrorismo”, explica Carlos Rosado de Carvalho, jornalista de economia em Luanda.
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Esta interrupção no fornecimento de dólares é consequência de uma decisão da Reserva Federal dos Estados Unidos, que suspendeu
a venda de dólares a bancos sediados em Angola por considerar que havia
uma sistemática violação das regras de regulação do sector. Terão sido também detetadas práticas de branqueamento de capitais, envolvendo somas anuais de milhões de dólares.
Carlos Rosado de Carvalho prefere ser optimista e vê aqui uma chance
para “desdolarizar” a economia. “Não havia razão para importar tantos
dólares.” Mas mais do que de dólares, a economia angolana está
dependente de petróleo como de pão para a boca. “O petróleo, quando
estava a 100 dólares o barril, representava entre 70 a 80% das receitas
do Estado. Se cai para metade isso tem que ter consequências
gravíssimas, porque 95 por cento das exportações de Angola advêm do petróleo. Há uma petrodependência.
Mas isso não é uma doença. Se nós temos febre, tem que haver uma causa
para a febre. E a causa da febre é a falta de concorrência na economia
angolana. Não há diversificação.”
O jornalista aponta soluções.
Mas são soluções que demoram décadas, não meses. “A economia de Angola
depende no curto prazo da evolução do preço do petróleo. Se o petróleo não aumentar a economia não avança. No médio-longo prazo é preciso diversificar a economia para outros setores.
As políticas de diversificação que têm sido propostas não têm
resultado. Angola tem tudo: agricultura, agro-indústria, indústria,
minerais como o ferro e não só diamantes, e é tempo de os empresários
escolherem. O desafio de Angola é transformar o potencial em realidade.
Mas enquanto o preço do petróleo não aumentar as coisas não vão
melhorar.”
Carlos vê no regresso dos portugueses, não só da construção civil mas de
todas as áreas, não só um problema do petróleo, mas também da falta de
divisas. “Há pessoas que não têm que regressar. Pessoas que até têm
emprego. Mas estão a ganhar em kwanzas e não têm como transferir o
dinheiro para os países de origem. Os canais bancários não se fazem ou
são muito demorados. Mas têm a sua vida normal cá e podem ir ao mercado
informal comprar dólares. Mas indo ao mercado não lhes compensa estar em
Angola. No mercado informal estão a pagar o dobro do que pagariam no
banco. O kwanza não é uma moeda transferível. Nem para Portugal, nem para Espanha, nem para país nenhum.”
* A notícia explica muito bem como o cacique zé du explora bem os portugueses a par dos angolanos. Nem um ceguinho, exceptuando os empresários portugueses conluiados com o ditador, podia acreditar que daquele país pudesse vir alguma coisa de bom para os trabalhadores portugueses que para lá foram dar o litro, há seis anos que dizemos que Angola não é o "el dorado". Ai aguentam, aguentam!
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