Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
21/05/2016
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ATÉ AO PRÓXIMO SÁBADO
FONTE: TV GUARÁ
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IV-SEM VERGONHA
3 - A IDADE DA LOBA
ATÉ AO PRÓXIMO SÁBADO
A NOSSA FICÇÃO
A MÓNICA MOREIRA LIMA, jornalista de profissão
não chegavam as notícias comezinhas do quotidiano, nem que fosse uma
bomba de neutrões.
Pensou, pensou, engendrou equipa tão louca como
ela, baratinou os maiorais da TV GUARÁ e "amadrinhou"o "SEM VERGONHA"
programa despudorado tão ao nosso gosto, cheio de pimenta por todo o
lado, sem qualquer grosseria e divertido.
Ela só pode ser inteligente e boa!
O QUE DIZ A AUTORA
O Sem Vergonha é o programa mais polémico e irreverente da TV
brasileira. Já rendeu vídeos para os quadros Top Five do CQC e Passou na
TV do Agora é Tarde, ambos da BAND. Foi tema de uma matéria de duas
páginas na maior revista de circulação nacional, a VEJA. E culminou com
uma entrevista antológica ao Rafinha Bastos, no Agora é Tarde. Todos os
programas estão disponíveis no blog e no YouTube. Não recomendo sua
exibição para menores de 18 (anos ou cm) para evitar traumas futuros.
Falo de sexo sem pudor, sem frescuras, sem meias palavras, sem
eufemismos e com muito bom humor. Advertimos que o Sem Vergonha pode
provocar ereções involuntárias e uma vontade irreprimível de dar, sem
restrições de orifícios.
FONTE: TV GUARÁ
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* Do melhor humor angolano
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OS TUNEZA
COMPADRE
MALANDRO
* Do melhor humor angolano
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MANUELA HASSE
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1912. Fundação do
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1912. Fundação do
Comité Olímpico Português
Novo livro de Gustavo Pires
Foi lançado, a 10 de Maio do corrente, no Salão
Nobre da Faculdade de Motricidade Humana, um novo trabalho de G. Pires.
Um estudo rigorosamente documentado, baseado em fontes impressas, uma
pesquisa minuciosa que se lê de um folgo tal o interesse que desperta e
uma escrita que conduz o leitor – não por um penoso trabalho académico,
como muitos são – mas por uma investigação que se acompanha como se de
um livro policial se tratasse. A trama gira à volta de duas questões: a
primeira, desde os finais de 1800, quando o mundo europeu começava a
mudar para aquilo que conduziria ao que conhecemos hoje, será possível
encontrar alguma relação, entre os adeptos da ginástica sueca, higiénica
e da educação física, com o fenómeno desporto? Segunda questão, qual
foi, de acordo com os documentos reunidos, a verdadeira data da criação
do Comité Olímpico Português?
Em síntese, teria existido alguma
relação entre os adeptos da ginástica sueca, higiénica e da educação
física e os adeptos do fenómeno desporto – em particular no que respeita
a criação do Comité Olímpico Português? Na sequência da criação do
Comité Olímpico Internacional (COI), que representava a vontade de P. de
Coubertin de usar o desporto como um factor de união das diferentes
nações entre si - o que viria a desencadear a criação dos Comités
Olímpicos Nacionais (CON), em que ano foi de facto criado, oficialmente,
o Comité Olímpico Português? Perante dúvidas e inexatidões, que se
levantaram desde há uns anos, quais as razões para que tal tenha
ocorrido?
Ainda que estas questões possam não interessar a todos
os adeptos do desporto e os mais apaixonados pelo desporto, elas fazem
parte do conhecimento da vida humana e social e, também, de uma cultura
desportiva. E, por outro lado, não deixam de se prender com o arranque
de uma outra realidade marcada pela vontade de transformar a população
portuguesa e, ainda, a atitude generalizada de desinteresse e de apatia
que, no geral, a dominavam. Em contrapartida, o que se propunha?
Através da iniciativa individual e coligada, também, em sociedades e
associações diversas (por exemplo, o Real Ginásio Clube Português, o
Centro Nacional de Esgrima, a Sociedade de Propaganda da Educação
Física, entre tantas outras e as associações recreativas, culturais e
desportivas, os múltiplos clubes e uniões desportivas) actuava-se no
sentido de fomentar uma profunda mudança nacional. E essa transformação
das pessoas e das coisas – o estado de marasmo dominante – segundo
aquilo que se pensava e as propostas que chegavam do estrangeiro,
nomeadamente a Suécia e a Inglaterra, mas também a Alemanha, França,
Suíça, Bélgica, e outros países – essa transformação, acreditava-se, só
seria possível ou através da educação formal, marcada pela disciplina, a
ordem, a submissão a um modelo que se apresentava como o mais avançado e
seguro nos seus efeitos por ser baseado em princípios científicos, tais
como a anatomia, a fisiologia e a mecânica ou, segundo outros, através
do desporto, factor de energia, iniciativa, coragem, determinação e
fortalecimento, um processo animado de paixões múltiplas, marcadamente
social que, através do mais puro divertimento, proporcionava um
espectáculo extraordinário, uma forma poderosa de associação, um exemplo
único de iniciativa e de imaginação, de dinamização de energias, um
poderoso factor de afirmação social.
É por toda esta agitação que a
investigação de G. Pires avança. Na dispersão das referências
informativas, das propagandas em confronto, pela ginástica e a saúde,
pelo desporto e pela vida social e colectiva, pelas sociedades que se
constituíam de cada um dos lados em oposição, pelo meio de todos os
intervenientes (poucos são aqueles que não são mencionados,
participantes a diferentes níveis e em diferentes espaços de
intervenção), a persistência do investigador prossegue a desbravar
caminho no sentido do conhecimento. Do molhe de gente interveniente,
médicos e militares são as figuras destacadas pela sua presença e
intervenção a vários níveis de que a imprensa informa e difunde uma
fecunda quantidade de artigos de opinião de especialistas das matérias
em causa: a educação física, e os seus esforços no sentido da legislação
e integração obrigatória no sistema escolar ainda incipiente em 1920, o
desporto e os seus regulamentos, as suas leis, técnicas, os primeiros
indícios de preocupação com o treino.
Empenhado no presente, e
nas dificuldades que persistem no sentido da compreensão destas
dinâmicas sociais em confronto, o autor conduz-nos por um passado do
qual organiza os dados por forma a permitir que o leitor, simples
interessado, estudioso ou cientista social, siga com vivo interesse os
caminhos e as questões, raciocínio e lógica que se alinham por forma a
clarificarem um tempo e um espaço complexo, denso e tenso. Primeira
questão, as dinâmicas em causa...interessam a alguém? Talvez não.
Talvez interessem apenas a uns quantos curiosos, a alguns apaixonados
pela história, talvez não interessem a mais ninguém. Se for esse o caso,
não é um bom sinal. A desvalorização da história, tal como o seu
branqueamento, a sua instrumentalização, podem ser perigosas. Não só
fará prevalecer o desinteresse, o indiferentismo, como – o que acontece
sempre – alimenta a ignorância. É que as perguntas formuladas - que
lançam o investigador determinado e persistente, como o demonstra ser G.
Pires, às voltas com as questões por resolver durante 16 anos, para os
caminhos da investigação – as perguntas só podem ser formuladas no seio
de um presente onde, precisamente, há coisas que não fazem sentido. Onde
é necessário estar atento, em particular, numa área social onde tanto a
impunidade, quanto o oportunismo, parecem ser um campo sem limites.
No
entanto, se a falta de interesse de uns é grave, o manifesto
desinteresse das instituições académicas pelo esclarecimento de
múltiplas questões que persistem – problemas de fundo ligados a esta
investigação, e a outras, emergem – traduzido na desatenção e na mais
completa ausência de uma genuína atitude culta, resulta na omissão, na
opção por escolhas dispendiosas, com a apresentação absolutamente
inacreditável de dados, diante de uma interpretação e explicação
ausentes. Sejamos claros: a luta de poder, de que trata a investigação
de G.Pires, entre os adeptos da ginástica e os adeptos do desporto –
como, aliás, bem refere o autor – esse jogo de poder persiste. Não
houve, ao longo de todos estes anos, mais de um século, a capacidade, a
maturidade para resolver este impasse que só pode servir pequenos grupos
em prejuízo de todos. Se então se lutava por um lugar, em cada um dos
lados, hoje o confronto desloca-se, não apenas entre a academia e os
campos dos desportos. Ela vive-se no seio da própria academia que,
fechada em si própria, voltada para os seus pequenos interesses e
intrigas, distraída das indicações apresentadas por investigadores
experientes como Alexandre Quintanilha, insistem em barricar-se na
medida, na ‘perspectiva cartesiana’, nas certezas cerradas que não
permitem a dúvida, no colocar(-)se em causa, na abertura ao conhecimento
da vida – entendida para além da sua dimensão natural, biológica,
física. A vida do humano e do social, sem a qual, justamente, os redutos
onde a discriminação e o preconceito dominam, ficam sem explicação –
conveniente. Até quando se manterá este provincianismo? Dezasseis anos
de trabalho, como é o caso deste trabalho, mereciam apoio, atenção,
investimento institucional. Onde ficou a atitude culta de tantos que nos
formaram – a todos? O desporto, a prática dos desportos, ou a sua
ausência e dificuldade de acesso, o interesse e a paixão que desperta, a
sua organização, a integração de meios e de gente de todos os
quadrantes, de todos as regiões do mundo, veja-se a unanimidade
parlamentar em matérias que – subitamente! – são despoletadas e revelam a
unanimidade no espectro político, não suscitará perguntas que só as
áreas sociais e humanas poderão tentar descobrir as razões e propor
explicações? A relação entre tudo isso e o desenvolvimento das ciências
do desporto (como são, em geral, denominadas), terão alguma relação com o
imenso impacto do desporto na vida das sociedades modernas? É que, de
acordo com Alexandre Quintanilha, que nos lembra aquilo que o desporto
nos ensina, cada um de nós não é absolutamente nada sem os outros. Os
outros todos, sem exclusão.
E no campo do desporto, no futebol
em particular, é fundamental manter os princípios de respeito pelo
adversário, pelos adversários a todos os níveis para que dessa forma
esteja, realmente, a valorizar o desporto, a servir a sociedade. Que não
se perca mais tempo com questiúnculas pois servir a sociedade, informar
e formar é uma responsabilidade dos professores, mas é também uma
responsabilidade de todos, imprensa e media incluídos. É preciso
estudar, aprofundadamente - dedicadamente. Do trabalho de G. Pires
ressalta, não só a paixão pelo desporto mas, acima de tudo, e apesar de
tudo, a vontade de servir o desporto e a sociedade. O que, diante das
dificuldades criadas, activa ou passivamente, só pode dar força a todos
para melhorarmos. E, desse modo, afirmar o poder. O nosso, genuíno – que
não precisa de destruir (ou excluir) os outros para sobressair, de se
impôr – pois é evidente.
Tal como no desporto, na academia, a
ciência e o conhecimento, o conhecimento e o saber - não podem viver em
permanente conflito. Chegará o tempo em que todos vamos saber isso. De
outro modo, ninguém avança, ninguém melhora. Ou seja, não melhoramos,
não avançamos – nem no conhecimento ou na ciência (que representa o
caminho para descobrir e compreender aquilo que não se sabe nem se
compreende) nem tão pouco no saber. Sendo o desporto um factor de
civilização, um símbolo da nossa sociedade ocidental, é preciso que
aqueles que animam os desportos e a vida social, aquilo que o permite,
sejam também estudados segundo uma atitude culta. Uma atitude marcada
pela abertura ao mundo, ao desporto, aos desportos, a todas as áreas e
níveis da vida.
A terminar, uma outra nota positiva: a editora,
a edição, o editor. Uma nova editora (Primebook) que acolhe o estudo
do desporto ao qual oferece uma edição atraente, exigente, excelente,
dirigida por um editor, Jaime Cancela de Abreu – a lembrar, quem sabe a
continuar, o trabalho pioneiro do grande editor Rogério Moura,
apaixonado pelo desporto e o único, ao longo de décadas que, contra
quase todos, investia nos estudos do desporto na sua editora Horizonte. O
apoio do Instituto Português do Desporto e Juventude, assinalado na
contracapa só pode ser louvado.
*Professora Agregada da Universidade de Lisboa, Faculdade de Motricidade Humana
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IN " A BOLA"
13/05/16
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O QUE MUDARIA
NO SEU CORPO?
Respondem crianças e adultos
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O líder parlamentar do CDS corrobora: "Temos uma relação excelente, que vem dos últimos quatro anos, que mais parecem oito". E concretiza: "Até estou a dever um almoço ao Luís porque falhei o último. Conversamos muitas vezes, estamos sempre a falar, seja por telefone, seja pessoalmente".
Já não há relações regulares e agendadas religiosamente como acontecia no tempo da coligação, mas encontram-se sempre que necessário.
Entre PSD e CDS não há "surpresas no hemiciclo". Nuno Magalhães concretiza mesmo - face às acusações da esquerda face à falta de unidade dos ex-parceiros de coligação: "Isto não é uma caranguejola".
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
PSD e CDS já não estão numa relação
Ficou a "afinidade"
Oposição
mantém boas relações. Trocam informações privilegiadas, como sentidos de
voto em diplomas e estão em conversa permanente. A coligação acabou, há
desconfiança quanto baste, mas mantém-se cumplicidade
PSD
e CDS já não estão numa relação (leia-se coligação), mas mantêm
"afinidade". Oficialmente, a relação entre os líderes - do partido e
parlamentares - são as melhores. Os deputados e dirigentes encontram-se
com frequência, almoçam juntos e as bancadas até informam previamente o
sentido de voto em diplomas. Não há surpresas de parte a parte no
hemiciclo.
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Em on é impossível
arrancar às duas bancadas algo diferente de "excelente relação", embora
em off as fontes parlamentares falem de "marcação próxima", "passar a
perna" ou "disputa de eleitorado".
Comecemos pela via oficial. O presidente do grupo parlamentar do PSD
fala ao DN num "relacionamento muito tranquilo". Luís Montenegro explica
que "neste contexto não temos uma coligação formalizada, mas existe uma
grande afinidade" entre os partidos aos quais se junta uma "identidade"
naquilo que ambos pretendem para o futuro do país.
Luís
Montenegro considera que PSD e CDS "não são concorrentes naquilo que é o
crescimento eleitoral de cada um. Queremos que cresçam e queremos
crescer."Montenegro revela que se reúne várias vezes com o seu homólogo
do CDS, Nuno Magalhães. "Articulamos algumas coisas", confessa.
O líder parlamentar do CDS corrobora: "Temos uma relação excelente, que vem dos últimos quatro anos, que mais parecem oito". E concretiza: "Até estou a dever um almoço ao Luís porque falhei o último. Conversamos muitas vezes, estamos sempre a falar, seja por telefone, seja pessoalmente".
Já não há relações regulares e agendadas religiosamente como acontecia no tempo da coligação, mas encontram-se sempre que necessário.
O
líder parlamentar do CDS, Nuno Magalhães, garante que o PSD "não é um
adversário" é antes um "parceiro privilegiado". E ambos trocam
informações para se ajudarem. Exemplo? "Há uma preocupação de partilhar
informações úteis. Sabemos sempre quando os partidos votam nos diplomas A
e B de forma diferente, mesmo que sejam do PCP ou do PS".
Entre PSD e CDS não há "surpresas no hemiciclo". Nuno Magalhães concretiza mesmo - face às acusações da esquerda face à falta de unidade dos ex-parceiros de coligação: "Isto não é uma caranguejola".
Os
próprios líderes dos partidos (Passos Coelho e Assunção Cristas) têm
uma ótima relação. "Já no governo eram próximos e estenderam essa
relação", revela fonte próxima da direção do PSD. No CDS, reafirmam: "A
relação é ótima".
Passos e Cristas não
têm reuniões agendadas e regulares, mas sempre que há um assunto há uma
espécie de telefone vermelho entre ambos. Ou seja: têm acesso direto e
encontram-se quando é necessário.
Os
próprios deputados vão confessando que a relação é ótima é boa. Ao DN,
Duarte Marques afirma que da sua "experiência pessoal no parlamento a
relação tem sido impecável". Duarte Marques destaca que são "dois
partidos diferentes com muito em comum, sobretudo na visão de
credibilização do país, mas também com muitas diferenças, por isso são
dois partidos e não um.
Duarte Marques destaca que "há lealdade, diálogo, mas logicamente não podemos estar sempre de acordo, e ainda bem que assim é."
Opinião
diferente têm outros deputados, mas não dão a cara por ela. Um deputado
do PSD disse ao DN que "há a sensação que o CDS nos quer passar a
perna". A mesma fonte entende que os centristas se estão a colocar um
pouco "em bicos de pés", mas sabem que "só terão relevância,
principalmente a nível governativo, ao lado do PSD".
Um
outro deputado social-democrata diz que é saudável uma "marcação
próxima", em que "ambos controlam a perda de eleitorado". Porém, destaca
que os dois nunca serão "fratricidas".
Barrigas do afastamento?
Há
casos em que o afastamento ideológico parece enfatizar-se. Aconteceu
com a legalização das "barrigas de aluguer", diploma em que o PSD deu
liberdade de voto e Pedro Passos Coelho usou-a para votar a favor. No
entanto, o CDS não parece incomodado.
"Não
há problema por eles [PSD, leia-se] ficarem satisfeitos por estarem
mais à esquerda que nós", diz um dirigente centrista, que trata logo de
contrapor: "Nós sempre gostámos e ficámos mais satisfeitos por sermos
mais conservadores que eles nas causas fraturantes."
Aliás,
nas hostes centristas ninguém encara a agenda fraturante como o ponto
em que o caminho da ex-coligação bifurque. Antes disso, recordam, já
tinha sido dado o tiro de partida para a autonomização dos dois
parceiros. A título de exemplo, recordam a forma incisiva com que o CDS
propôs a rejeição do Programa de Estabilidade e do Programa Nacional de
Reforma.
"Péssimo sinal"
De
fora, a paz aparente é vista de outra forma. José Ribeiro e Castro,
ex-presidente do CDS, não perdoa o posicionamento dos dois "dois rostos
da PaF [coligação Portugal à Frente]" nas votações da semana passada. E
se não gostou de ver Passos votar a favor da legalização das "barrigas
de aluguer", menos apreciou ver Paulo Portas ausentar-se do hemiciclo.
"No fundo, aderiram à geringonça. É um péssimo sinal", afirma o antigo
deputado.
Ribeiro e Castro sobe o tom
quando lamenta que "parte do PSD tenha alinhado com a geringonça", mas
aproveita a boleia para se confessar "preocupado" por o CDS "não afirmar
o seu pensamento" e "não exibir o seu lado personalista". Poupando
Assunção Cristas - até considera que o CDS "votou bem" -, atira: "É
importante que sejamos esclarecidos sobre o pensamento do dr Pedro
Passos Coelho e do dr. Paulo Portas. Foram eles que escolheram os
deputados."
Adriano Moreira,
ex-presidente do CDS e atual conselheiro de Estado, é mais cauteloso. E
frisa entender a posição de Passos, apesar de dela discordar. "Não é de
direita ou de esquerda, é de convicções sobre valores. Eu, por exemplo,
há muitas coisas dessas que não aprovo, mas digo honestamente que é pela
minha ignorância. É a sério: eu não sei o mistério da vida", explica,
socorrendo-se do caso paradigmático que é a interrupção voluntária da
gravidez.
Significará isto maior
clivagem entre PSD e CDS? Adriano Moreira não faz futurologia, mas deixa
o alerta: "O imprevisível está sempre à espera de uma oportunidade."
* A ambição desmedida não permite uniões, conivências entre gangsters sim.
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Human Planet
O trailer da série da BBC One
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Fernando Pimenta terminou no sétimo lugar a competição em K1 1.000 metros, Bruno Afonso e Nuno Silva no nono em C2 200 metros, enquanto Francisca Laia venceu a final C em K1 200 metros.
Em C1 200 metros, Hélder Silva qualificou-se para a final A, com o primeiro lugar na meia-final, enquanto Tiago Tavares foi relegado para a final B.
* Temos canoístas de excelência.
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HOJE NO
"RECORD"
Portugal conquista ouro e bronze
em Duisburgo
As portuguesas Beatriz Gomes e Helena Rodrigues venceram este sábado a
prova de K2 200 metros da Taça do Mundo de Duisburgo, enquanto Emanuel
Silva e João Ribeiro conquistaram a medalha de bronze em K2 1.000
metros.
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Beatriz Gomes e Helena Rodrigues venceram a final direta
na distância, que cumpriram em 37,854 segundos, deixando as polacas
Dominika Wlodarczyk e Anna Pulawska no segundo lugar, com o tempo de
38,372.
Em K2 1.000, Emanuel Silva e João Ribeiro não foram além
do terceiro lugar, com o registo de 3.09.060, atrás dos bielorrussos
Vitaliy Bialko e Raman Piatrushenka (3.08,902) e dos sérvios Marko
Tomicevic e Milenko Zoric (3.08,986), primeiro e segundos classificados,
respetivamente.
Fernando Pimenta terminou no sétimo lugar a competição em K1 1.000 metros, Bruno Afonso e Nuno Silva no nono em C2 200 metros, enquanto Francisca Laia venceu a final C em K1 200 metros.
Em C1 200 metros, Hélder Silva qualificou-se para a final A, com o primeiro lugar na meia-final, enquanto Tiago Tavares foi relegado para a final B.
* Temos canoístas de excelência.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
"CORREIO DA MANHÃ"
Batalha diária contra excesso de peso
Problema crónico obriga doentes obesos
. a uma guerra diária.
Todos os dias, milhares de portugueses lutam contra uma doença que é ainda invisível para a sociedade, apesar de se refletir no corpo destes doentes. A obesidade é um problema de saúde crónico e, por isso, sem cura, mas que pode ser controlado. Mesmo assim, o doente obeso convive diariamente com o preconceito de quem acredita que basta ‘fechar a boca’ para não engordar.
Katia Aveiro tem sido um dos nomes mais conhecidos a assumir abertamente a luta que travam contra o excesso de peso. Chegou a pesar 99 quilos, um número pouco saudável para a sua estrutura física. Recentemente, anunciou ter perdido mais de trinta quilos e tem partilhado os progressos e trabalhos nas redes sociais. Mas entre o excesso de peso e a doença da obesidade atravessa-se uma luta de todos os dias, mesmo para quem já conquistou avanços.
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"Um doente ex-obeso é um obeso controlado. A obesidade é uma doença crónica. Existe sempre risco de recuperar o peso. É uma guerra diária e cansativa", explica ao CM Carlos Oliveira, presidente da Associação de Doentes Obesos e Ex-obesos de Portugal (Adexo), que lamenta a falta de compreensão de muitos portugueses para "uma doença real que tem mesmo de ser tratada".
Numa luta constante contra o próprio corpo, com o cérebro a criar a sensação de fome permanente, os doentes obesos enfrentam ainda uma guerra exterior. "A partir de determinada altura, estes doentes desesperam com a necessidade de ter de perder peso por razões de saúde e sociais, não conseguem arranjar emprego, têm de enfrentar uma série de dificuldades", alerta o representante da Adexo. Por isso, estão também mais expostos aos perigos das dietas ‘milagrosas’ e dos produtos que prometem resultados irreais. "No desespero, deitam mão a tudo", considera Carlos Oliveira. Para vencer a guerra, o caminho não deve ser percorrido sozinho. A ajuda médica é essencial, mas quando este processo termina é necessário criar outros mecanismos.
"Tenho alarmes para tudo no telemóvel", conta ao CM Clarisse Santos, enfermeira, de 54 anos. O sistema serve para se recordar de comer de duas em duas horas ou para não falhar a ida ao ginásio. Contra a gula, colou uma fotografia de quando pesava 136 quilos na porta do frigorífico. Agora com 70 quilos e depois de várias cirurgias, não tem dúvidas de que "a luta é travada todos os dias e para toda a vida".
* Troçar dos obesos é desumano!
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ESTA SEMANA NO
"OJE"
Portugueses não entendem
conceitos financeiros básicos
Os portugueses não entendem conceitos financeiros como juros, Euribor e câmbios, revela um estudo da Cetelem sobre literacia financeira.
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Os consumidores podem já ter ouvido falar da maioria dos conceitos
financeiros mas não sabem realmente o que significam. As expressões mais
conhecidas dos portugueses são os juros e a Euribor e, ainda assim, não
chega a metade a percentagem de inquiridos que sabe o que são estes
dois conceitos (49% e 45%, respetivamente).
Conclusões reveladas por um estudo Cetelem sobre a literacia
financeira dos portugueses. Depois dos juros e da Euribor, os termos
financeiros mais conhecidos pelos consumidores são a taxa de câmbio
(35%), a TAEG (32%), a dívida pública (22%), a TAN (21%) e a dívida
externa (20%). Com menos consumidores a saberem o seu significado
surgem, no final da lista, o rating (13%).
* Porque não ensinar literacia financeira através de telenovelas?
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1-Sair da maternidade com cartão do cidadão e médico de família
2-Documentos à mão
3-Escola 360°: a vida escolar dos filhos sempre online
4-IRS automático para trabalhadores dependentes
5-Título Único Ambiental
6-Carta sobre rodas
7-Voto em mobilidade
8-Pagar impostos através de débito direto
9-Documentos sempre válidos
10-Registo criminal online
11-Espaço Cidadão em Paris
12-Espaço óbito
13-Aquicultura + simples
14-Declaração de remunerações para a Segurança Social interativa
15-Licenciamentos turísticos + Simples
16-Balcão Cidadão Móvel
* Notícia do "OBSERVADOR"
19/05/16
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Simplex.
O que vai mudar no seu dia a dia
Bebés a sair do hospital com cartão do cidadão e médico de família, registo criminal online, carta de condução atualizada com um clique ou declaração de IRS automática. São 255 simplificações.
Situações como aquelas, chatas, em que “vamos para o aeroporto de
malas de viagem na mão e chegamos lá vemos que temos o cartão do cidadão
expirado e não podemos viajar, vão deixar de acontecer”. Quem o garante
é a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria
Manuel Leitão Marques, que esta quinta-feira apresentou o programa Simplex+ 2016 com 255 medidas destinadas a cidadãos e empresas para simplificar e modernizar a administração pública.
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Para evitar que situações como estas aconteçam, o Estado vai passar a enviar notificações diretas para os cidadãos, por SMS ou e-mail,
para avisar com antecedência que o cartão do cidadão está prestes a
expirar. A partir daí, e à distância de um clique, pode-se marcar logo a
renovação do documento. Outras das medidas previstas passam pela
possibilidade de votar antecipadamente e em qualquer lugar, ou de tratar
das matrículas escolares dos filhos, aceder à avaliação, faltas e
calendário escolar num só portal online. Assim como tratar da
revalidação da carta de condução sem sair de casa. Simples? A ideia é
essa.
Depois de quatro anos de Simplex em “modo pause”, é o regresso do
Simplex original, de 2006, arquitetado durante o Governo de José
Sócrates, sob a coordenação da mesma Maria Manuel Leitão Marques que
hoje é ministra da tutela. E regressa em “estilo simplex +”.
O objetivo,
disse a ministra e a secretária de Estado Graça Fonseca, é “transformar
os problemas concretos dos cidadãos em soluções” e provar com isso que a
“administração pública não é irreformável”. “É
possível mudar de uma cultura burocrática para uma cultura mais centrada
nos utentes”, disse esta quinta-feira Maria Manuel Leitão Marques na
cerimónia de apresentação do programa no Teatro Thalia, no Palácio das
Laranjeiras, ao lado do primeiro-ministro e do vice-presidente da
Comissão Europeia Frans Timmermans.
Em 255 medidas, que resultaram
de um processo de auscultação no terreno feito ao longo de quatro
meses, conheça aqui aquelas que vão afetar mais o seu dia a dia:
Com o novo programa, será possível pedir o cartão de cidadão e ter médico de família logo no momento de nascimento num balcão único, que estará presente em todas as unidades hospitalares.
Esta medida articula-se com outras quatro iniciativas: notícia de
nascimento digital; boletim de saúde infantil e juvenil online e boletim
de vacinas eletrónico, explica o Governo num documento divulgado.
Com o programa Simplex +, que tem hoje o seu “dia zero” de
implementação, os cidadãos vão passar a poder enviar, receber, armazenar
e gerir os seus documentos numa plataforma online,
simplificando a relação com a administração pública. “Assim, poderá
saber onde guardou os seus documentos, uma vez que estarão sempre
disponíveis, seguros e num só lugar”, lê-se.
A ideia é os pais poderem tratar de toda a vida escolar dos filhos num só local online: fazer as matrículas, renovações e transferências;
atualizar a informação biográfica; tratar das turmas; ver a
assiduidade; avaliação; certificados; assim como notificações sobre
faltas, avaliações, sumários ou calendários.
Quem for trabalhador dependente, isto é, trabalhar por conta de outrém
(categoria A), ou quem for reformado ou aposentado (categoria H), não vai precisar de entregar a declaração de IRS,
porque a informação necessária será enviada diretamente à Autoridade
Tributária. Caso haja alguma informação errada, o contribuinte pode
sempre reclamar e corrigir, explicam.
Com o novo programa do Estado, as empresas vão poder entregar todos
os elementos de uma só vez, online: um só processo, um só título, uma só
taxa. “Todos os 11 regimes jurídicos e respetivos procedimentos são
integrados, georreferenciando as atividades económicas numa única base de dados compatível com a informação cartográfica oficial”, lê-se na brochura divulgada pelo Governo.
A ideia é tratar da emissão e revalidação da carta de condução
(categorias A e B) só com o cartão do cidadão, e sem sair de casa. Isto
porque o atestado médico será enviado diretamente pelo médico ao IMT.
A morada do titular também já não vai constar da carta de condução, por
isso não vai ser preciso atualizações sempre que mudar de casa. A
fotografia e a assinatura são imediatamente transmitidas dentro do
sistema, sem precisar de as repetir. No final, o cidadão recebe um SMS
ou e-mail a avisar que a carta vai chegar à morada que escolheu.
A ideia é facilitar o sistema de votos nas eleições, para ser possível votar antecipadamente e em qualquer lugar.
Os contribuintes vão poder pagar os seus impostos através de débito direto, se quiserem. E haverá ainda uma aplicação para smartphone que permite receber avisos sobre as datas de pagamento.
A ideia é não deixar passar o prazo de validade dos documentos de
identificação, certidões ou carta de condução. Para isso será enviado,
por SMS ou via email, alertas sobre a aproximação da data de validade dos documentos.
Segundo o Governo, passará a ser possível pedir certificados de
registo criminal através de uma plataforma online, permitindo que as entidades públicas e privadas tenham acesso a essa informação durante um período de tempo.
“Será criado um Espaço do Cidadão no Consulado Geral de Portugal em
Paris, nomeadamente com os serviços de: pedido europeu de Seguro de
Doença; acesso à Segurança Social Direta; possibilidade de obter documentos de pagamento de impostos”. O objetivo aqui é simplificar a vida dos imigrantes.
Estarão reunidos, num só lugar, vários serviços necessários após o falecimento de um familiar. Estes serão transversais a entidades públicas e privadas.
Serão simplificados e reduzidos os prazos legais de licenciamento dos
estabelecimentos de aquicultura, reduzindo os custos e potenciando os
benefícios dos operadores.
<As empresas poderão, através do portal da Segurança Social, aceder e
atualizar as informações relativas à declaração de remunerações dos seus
trabalhadores. Nesta plataforma online será possível:
– Consultar as qualificações dos trabalhadores;
– Validar declarações de remunerações;
<– Comunicar com a Segurança Social;
– Aceder a datas importantes para contribuintes e beneficiários;
Será simplificado o licenciamento dos empreendimentos turísticos,
incluindo os localizados fora dos perímetros urbanos de forma a reduzir prazos, procedimentos e documentos, permitindo-se uma mais rápida abertura dos estabelecimentos logo após conclusão da obra.
Nas Beiras e Serra da Estrela, estarão disponíveis 15 unidades móveis de serviços públicos que incluem a prestação de cuidados de saúde aos cidadãos desta região.
* Notícia do "OBSERVADOR"
19/05/16
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HOJE NO
"A BOLA"
"A BOLA"
Hipismo
Luís Sabino favorito à vitória no
96.º Concurso de Saltos de Lisboa
É sobre Luís Sabino, de 50 anos, o `Cristiano
Ronaldo` dos cavaleiros portugueses de saltos de obstáculos, vencedor de
três das quatro últimas edições da prova (entre as quais as de 2014 e
2015) que todos os olhares dos apreciadores desta disciplina do hipismo e
a maioria das esperanças nacionais se concentram quanto a uma vitória
em mais uma edição, a 96.ª, do Concurso Internacional de Saltos Oficial
(CSIO) de Lisboa, que decorrerá na Sociedade Hípica Portuguesa (SHP), no
Campo Grande, da próxima quinta-feira a domingo (26 a 29 do corrente
mês).
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Na prova - que será apresentada oficialmente à imprensa
mas que A BOLA lhe desvenda desde já - desde a primeira mão da Taça das
Nações (sexta-feira, 18 horas, segunda mão às 21.30 horas) estarão 12
equipas, de outros tantos países, de pelo menos três cavaleiros (podem
ser quatro a saltar, mas o pior resultado não conta para a
classificação) e um total de 180 dos mais belos animais que neste
planeta é possível contemplar e pelos quais muitos milionários perdem a
cabeça para lhes chamarem seus, qual obra de arte de ter em casa.
Depois, no domingo, é o Grande Prémio individual. Já se sabe: derrube no obstáculo dá quatro pontos de penalização, há tempo limite e à segunda vez que o cavalo se recusar a passar o óbice pela frente, é desclassificação imediata (tal como se os juízes virem sangue em qualquer parte do animal).
Entrada gratuita
A entrada para os 2500 lugares – e são esperadas dez mil pessoas nas bancadas nos quatro dias, para um evento com ‘prize money’ de 140 mil euros e que colocará árabes, belgas, alemães, brasileiros, norte-americanos e australianos, entre outros, a olhar para Lisboa – é, numa iniciativa da direção da SHP, que «se quer abrir à cidade e a todos, desmistificar que isto é para militares e ou particulares endinheirados apenas», como diz a A BOLA o seu presidente, José Manuel Figueiredo, gratuita. O que se saúda.
«Agradecemos o apoio de sponsors e doações de muitos dos nossos sócios, mas poucos sabem que as aulas de equitação são acessíveis, 30 euros por mês», revelou-nos o presidente de uma SHP centenária (fundada em 1910) e que se orgulha de possuir aquele que é considerado unanimemente por todos os grandes nomes internacionais e entendidos na poda de um Mundo, o hipismo, que apesar de exigir muita capacidade económica quer, em definitivo, furar barreiras e a mentalidade de que seja só para abastados - antes massificar-se e tornar-se, como é na sua essência, transversal a toda a sociedade («conhece alguém que não gostasse de montar, ou de experimentar, pelo menos?») – apontado como «o melhor relvado do Mundo» para saltos espetaculares.
Razões: «É elástico, regular e não escorrega», diz Marina Frutuoso de Melo.
Os famosos sete
António Frutuoso de Melo e a mulher, a já heptacampeã nacional de obstáculos, Marina Soares da Costa Frutuoso de Melo, mas também Duarte Seabra, António Matos Almeida, Mário Wilson Fernandes e João Chuva completam, com Luís Sabino, o hepteto de estrelas mais cintilantes dos saltos sobre obstáculos nacionais em cima de garbosos equídeos que manejam com maestria, tarimba e técnica, mesmo se pesam entre 450 a 600 quilos.
Hipoterapia sucesso contra paralisia cerebral
«A SHP tem um protocolo com a Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa: muitos vem aqui fazer hipoterapia, interagir com os animais. E os resultados, a nível físico, verbal e intelectual, são extraordinários», recordou a A BOLA António Frutuoso de Melo. E não há dinheiro que pague a libertação consciente do ser humano no contacto com animais que, a par dos golfinhos, são aqueles cuja inteligência mais se dá connosco.
Competição em aberto
«Ganhar a prova antes nada significa. É preciso escolher um bom cavalo, estar num momento bom. E um cavalo inteligente. Posso ganhar uma prova e ficar fora dos dez primeiros na seguinte. Qualquer um do top 50 pode ganhar», disse a A BOLA Luís Sabino, cavaleiro de Valada (perto de Muge, Ribatejo), que se ri da comparação com CR7 e desmente que a sensação na barriga quando salta se equipare à montanha russa antes da descida íngreme ou ao mais radical ‘bungee jumping’.
«O que penso quando estou lá em cima? Se está tudo certo, a rezar para o cavalo não tocar e derrubar», afirma quem ainda no dia 15 foi segundo classificado num Grande Prémio em Maribor (Eslovénia), tendo arrecadado um prémio de… 6500 euros.
«Não se anda nisto por dinheiro, gasta-se sempre muito mais. A logística de tudo é complicadíssima: o hipismo é e será sempre a mais cara das modalidades olímpicas. A minha equipa são dez cavalos, temos de trazer sempre três para cada prova. E quando estão bons para saltar, aí entre os 10 e 13 anos, é vendê-los, é a forma de aguentar», afirmou-nos o cavaleiro, que à venda dos equídeos junta um negócio que o seu êxito a voar na montada valoriza na montra das grandes provas: fabrica e vende selas de competir personalizadas, à medida: os preços chegam aos… «3350 euros».
Cuidados extremos
António Frutuoso de Melo dá uma achega, a propósito da boa forma física que é necessária (ir ao ginásio para não sobrecarregar o animal com o peso, mas não é preciso ser peso leve, como nas corridas puras, de velocidade, ou de pequena dimensão).
«O meu desporto além disto? Montar a cavalo [risos]. São 40 a 45 fins-de-semana fora de casa por ano. É preciso gostar muito disto», disse ao nosso jornal o consagrado cavaleiro, que enumera quatro segredos para um bom cavalo (não, se compram a olhar para os dentes): «Agilidade, coragem, força e inteligência».
E fica um segredo: os castrados são melhores para correr e saltar, e isto agora já não pela raça, lusitanos ou árabes: são ou ao «português de desporto», ou «cruzados» (de alemães e belgas»), pela potência que têm, os apropriados para a competição a doer.
Quanto a eventuais descriminações sexistas, a mulher, Marina Frutuoso de Melo confirma que não é por acaso que vários elementos de famílias reais do globo e até multimilionárias herdeiras, como Athina Onassis, sejam vedetas do circuito internacional.
«Nada. Competimos sempre com os homens. E ainda bem. Sempre bem recebidas. Isto dá muito trabalho, agarrar na forquilha. Nós respiramos cavalos, é uma paixão para a vida».
Primeira medalha olímpica (1924) veio a cavalo
Oásis verde no coração de Lisboa, a SHP vai engalanar-se, com legítimo e redobrado orgulho, para receber os mais destemidos cavaleiros e bravas montadas, dando cumprimento a uma tradição que poucos conhecem: a primeira medalha olímpica obtida por Portugal foi obtida pela Seleção na prova de saltos de obstáculos nos Jogos Olímpicos de Paris, em 1924.
Uma equipa capitaneada por Manuel Latinos, que integrou Luís Cardoso de Menezes, José Mouzinho de Albuquerque, Aníbal Borges de Almeida e Hélder de Sousa Martins.
Nome maior do hipismo nacional, o saudoso Manuel Malta da Costa, mas também Pimenta da Gama ou Henrique Calado são os ‘Eusébios’, ‘Figos’ e ídolos do hipismo nacional de sempre, incontornáveis na marca e paixão deixada. Para agosto, no Rio-2016, está já qualificada pelo nosso País a brasileira (naturalizada portuguesa) Luciana Diniz.
Concessão até 2032
O espaço onde os melhores irão saltar, da SHP, não pertence ao clube: é concessão do Estado até 2032. Estiveram prestes a mudar-se para Monsanto na década de 90, mas a instituição de utilidade pública resolveu ficar.
«Qual era o pai que ficava sossegado por os miúdos virem ou irem à noite para Monsanto?», é a resposta/questão de José Manuel Figueiredo, líder de uma direção dinâmica, que, com Miguel Costa Dias, quer «cortar de vez a separação» e acabar com a imagem de clube muito privado, ao género de ‘Clube do Cebolinha, associado durante décadas aos que ali ao lado da Segunda Circular galopavam.
Por isso investiram 200 mil euros no Picadeiro General Duarte Silva (coberto), e também num novo piso para o campo de treinos. «Queremos ser um chamariz, pois somos um espaço verde no coração de Lisboa. Já temos um peso social grande, queremos e gostaríamos que todos viessem ver», diz o timoneiro da SHP.
«É muito melhor saltar com casa cheia», concluem, em uníssono, Luís Sabino, António Frutuoso de Melo e Marina Frutuoso de Melo. «Até as reações do cavalo são diferentes, não é só a nossa motivação que é maior. Apareçam», é o repto que deixam três mosqueteiros ilustres do um hipismo nacional que quer rasgar o anonimato e reserva de outros tempos e afirmar-se como o espetáculo que os portugueses sempre souberam apreciar como tal mas muitos ainda encaram como coisa de ricos.
Estudo confirma potencialidade da indústria
E riqueza só mesmo a espoletada pelo negócio do hipismo: segundo nos revelou António Frutuoso de Melo, um estudo do banco suíço UBS baliza em 3,8 mil milhões de euros o dinheiro que o hipismo já movimenta, em todos os ramos (hotelaria, restauração, merchandising, viagens, turismo, venda de cavalos e assessórios) a nível global.
Vale a pena haver quem se dedique «de manhã à noite, seis dias por semana pelo menos, à segunda-feira descansa-se» a cavalgar a «350 a 400 metros por minuto, é a média» em cima de um cavalo direito a um obstáculo com 1,60 metros de altura, para vencer um ‘Grand Prix’ (nas corridas, sem obstáculos, chegam aos 90 km/hora).
No 96.º CSIO de Lisboa, prova cartaz em Portugal no ranking da Federação Equestre Internacional – que já teve de criar um novo escalão, sub14, tamanha a adesão da juventude -, o prize money total chega aos 140 mil euros, e o GP Audi, no domingo (15 horas), dará 10 mil euros ao vencedor.
Mal dá para pagar o aluguer de uma boxe, comprar um reboque para o animal viajar por estrada (ou no porão de um avião, devidamente climatizados). Mas amadores também terão oportunidade de mostrar dotes em prova à parte.
Mais um evento com as grandes estrelas nacionais e internacionais da modalidade, a colocar Lisboa, candidata a Capital Europeia do Desporto em 2021, sob os holofotes de todo o Mundo e a por Portugal no mapa de um Mundo tudo menos despiciendo e que quer sair do ostracismo mediático para se massificar.
Depois, no domingo, é o Grande Prémio individual. Já se sabe: derrube no obstáculo dá quatro pontos de penalização, há tempo limite e à segunda vez que o cavalo se recusar a passar o óbice pela frente, é desclassificação imediata (tal como se os juízes virem sangue em qualquer parte do animal).
Entrada gratuita
A entrada para os 2500 lugares – e são esperadas dez mil pessoas nas bancadas nos quatro dias, para um evento com ‘prize money’ de 140 mil euros e que colocará árabes, belgas, alemães, brasileiros, norte-americanos e australianos, entre outros, a olhar para Lisboa – é, numa iniciativa da direção da SHP, que «se quer abrir à cidade e a todos, desmistificar que isto é para militares e ou particulares endinheirados apenas», como diz a A BOLA o seu presidente, José Manuel Figueiredo, gratuita. O que se saúda.
«Agradecemos o apoio de sponsors e doações de muitos dos nossos sócios, mas poucos sabem que as aulas de equitação são acessíveis, 30 euros por mês», revelou-nos o presidente de uma SHP centenária (fundada em 1910) e que se orgulha de possuir aquele que é considerado unanimemente por todos os grandes nomes internacionais e entendidos na poda de um Mundo, o hipismo, que apesar de exigir muita capacidade económica quer, em definitivo, furar barreiras e a mentalidade de que seja só para abastados - antes massificar-se e tornar-se, como é na sua essência, transversal a toda a sociedade («conhece alguém que não gostasse de montar, ou de experimentar, pelo menos?») – apontado como «o melhor relvado do Mundo» para saltos espetaculares.
Razões: «É elástico, regular e não escorrega», diz Marina Frutuoso de Melo.
Os famosos sete
António Frutuoso de Melo e a mulher, a já heptacampeã nacional de obstáculos, Marina Soares da Costa Frutuoso de Melo, mas também Duarte Seabra, António Matos Almeida, Mário Wilson Fernandes e João Chuva completam, com Luís Sabino, o hepteto de estrelas mais cintilantes dos saltos sobre obstáculos nacionais em cima de garbosos equídeos que manejam com maestria, tarimba e técnica, mesmo se pesam entre 450 a 600 quilos.
Hipoterapia sucesso contra paralisia cerebral
«A SHP tem um protocolo com a Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa: muitos vem aqui fazer hipoterapia, interagir com os animais. E os resultados, a nível físico, verbal e intelectual, são extraordinários», recordou a A BOLA António Frutuoso de Melo. E não há dinheiro que pague a libertação consciente do ser humano no contacto com animais que, a par dos golfinhos, são aqueles cuja inteligência mais se dá connosco.
Competição em aberto
«Ganhar a prova antes nada significa. É preciso escolher um bom cavalo, estar num momento bom. E um cavalo inteligente. Posso ganhar uma prova e ficar fora dos dez primeiros na seguinte. Qualquer um do top 50 pode ganhar», disse a A BOLA Luís Sabino, cavaleiro de Valada (perto de Muge, Ribatejo), que se ri da comparação com CR7 e desmente que a sensação na barriga quando salta se equipare à montanha russa antes da descida íngreme ou ao mais radical ‘bungee jumping’.
«O que penso quando estou lá em cima? Se está tudo certo, a rezar para o cavalo não tocar e derrubar», afirma quem ainda no dia 15 foi segundo classificado num Grande Prémio em Maribor (Eslovénia), tendo arrecadado um prémio de… 6500 euros.
«Não se anda nisto por dinheiro, gasta-se sempre muito mais. A logística de tudo é complicadíssima: o hipismo é e será sempre a mais cara das modalidades olímpicas. A minha equipa são dez cavalos, temos de trazer sempre três para cada prova. E quando estão bons para saltar, aí entre os 10 e 13 anos, é vendê-los, é a forma de aguentar», afirmou-nos o cavaleiro, que à venda dos equídeos junta um negócio que o seu êxito a voar na montada valoriza na montra das grandes provas: fabrica e vende selas de competir personalizadas, à medida: os preços chegam aos… «3350 euros».
Cuidados extremos
António Frutuoso de Melo dá uma achega, a propósito da boa forma física que é necessária (ir ao ginásio para não sobrecarregar o animal com o peso, mas não é preciso ser peso leve, como nas corridas puras, de velocidade, ou de pequena dimensão).
«O meu desporto além disto? Montar a cavalo [risos]. São 40 a 45 fins-de-semana fora de casa por ano. É preciso gostar muito disto», disse ao nosso jornal o consagrado cavaleiro, que enumera quatro segredos para um bom cavalo (não, se compram a olhar para os dentes): «Agilidade, coragem, força e inteligência».
E fica um segredo: os castrados são melhores para correr e saltar, e isto agora já não pela raça, lusitanos ou árabes: são ou ao «português de desporto», ou «cruzados» (de alemães e belgas»), pela potência que têm, os apropriados para a competição a doer.
Quanto a eventuais descriminações sexistas, a mulher, Marina Frutuoso de Melo confirma que não é por acaso que vários elementos de famílias reais do globo e até multimilionárias herdeiras, como Athina Onassis, sejam vedetas do circuito internacional.
«Nada. Competimos sempre com os homens. E ainda bem. Sempre bem recebidas. Isto dá muito trabalho, agarrar na forquilha. Nós respiramos cavalos, é uma paixão para a vida».
Primeira medalha olímpica (1924) veio a cavalo
Oásis verde no coração de Lisboa, a SHP vai engalanar-se, com legítimo e redobrado orgulho, para receber os mais destemidos cavaleiros e bravas montadas, dando cumprimento a uma tradição que poucos conhecem: a primeira medalha olímpica obtida por Portugal foi obtida pela Seleção na prova de saltos de obstáculos nos Jogos Olímpicos de Paris, em 1924.
Uma equipa capitaneada por Manuel Latinos, que integrou Luís Cardoso de Menezes, José Mouzinho de Albuquerque, Aníbal Borges de Almeida e Hélder de Sousa Martins.
Nome maior do hipismo nacional, o saudoso Manuel Malta da Costa, mas também Pimenta da Gama ou Henrique Calado são os ‘Eusébios’, ‘Figos’ e ídolos do hipismo nacional de sempre, incontornáveis na marca e paixão deixada. Para agosto, no Rio-2016, está já qualificada pelo nosso País a brasileira (naturalizada portuguesa) Luciana Diniz.
Concessão até 2032
O espaço onde os melhores irão saltar, da SHP, não pertence ao clube: é concessão do Estado até 2032. Estiveram prestes a mudar-se para Monsanto na década de 90, mas a instituição de utilidade pública resolveu ficar.
«Qual era o pai que ficava sossegado por os miúdos virem ou irem à noite para Monsanto?», é a resposta/questão de José Manuel Figueiredo, líder de uma direção dinâmica, que, com Miguel Costa Dias, quer «cortar de vez a separação» e acabar com a imagem de clube muito privado, ao género de ‘Clube do Cebolinha, associado durante décadas aos que ali ao lado da Segunda Circular galopavam.
Por isso investiram 200 mil euros no Picadeiro General Duarte Silva (coberto), e também num novo piso para o campo de treinos. «Queremos ser um chamariz, pois somos um espaço verde no coração de Lisboa. Já temos um peso social grande, queremos e gostaríamos que todos viessem ver», diz o timoneiro da SHP.
«É muito melhor saltar com casa cheia», concluem, em uníssono, Luís Sabino, António Frutuoso de Melo e Marina Frutuoso de Melo. «Até as reações do cavalo são diferentes, não é só a nossa motivação que é maior. Apareçam», é o repto que deixam três mosqueteiros ilustres do um hipismo nacional que quer rasgar o anonimato e reserva de outros tempos e afirmar-se como o espetáculo que os portugueses sempre souberam apreciar como tal mas muitos ainda encaram como coisa de ricos.
Estudo confirma potencialidade da indústria
E riqueza só mesmo a espoletada pelo negócio do hipismo: segundo nos revelou António Frutuoso de Melo, um estudo do banco suíço UBS baliza em 3,8 mil milhões de euros o dinheiro que o hipismo já movimenta, em todos os ramos (hotelaria, restauração, merchandising, viagens, turismo, venda de cavalos e assessórios) a nível global.
Vale a pena haver quem se dedique «de manhã à noite, seis dias por semana pelo menos, à segunda-feira descansa-se» a cavalgar a «350 a 400 metros por minuto, é a média» em cima de um cavalo direito a um obstáculo com 1,60 metros de altura, para vencer um ‘Grand Prix’ (nas corridas, sem obstáculos, chegam aos 90 km/hora).
No 96.º CSIO de Lisboa, prova cartaz em Portugal no ranking da Federação Equestre Internacional – que já teve de criar um novo escalão, sub14, tamanha a adesão da juventude -, o prize money total chega aos 140 mil euros, e o GP Audi, no domingo (15 horas), dará 10 mil euros ao vencedor.
Mal dá para pagar o aluguer de uma boxe, comprar um reboque para o animal viajar por estrada (ou no porão de um avião, devidamente climatizados). Mas amadores também terão oportunidade de mostrar dotes em prova à parte.
Mais um evento com as grandes estrelas nacionais e internacionais da modalidade, a colocar Lisboa, candidata a Capital Europeia do Desporto em 2021, sob os holofotes de todo o Mundo e a por Portugal no mapa de um Mundo tudo menos despiciendo e que quer sair do ostracismo mediático para se massificar.
* VAMOS TODOS AO CAMPO GRANDE!
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