HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Falido Dolce Vita Coimbra à venda
por 58,6 milhões de euros
O falido centro comercial Dolce Vita Coimbra foi
posto à venda por 58,6 milhões de euros, menos quase 20 milhões do que o
total de créditos reconhecidos no processo de insolvência apresentado
pela espanhola Charmartín, que tem em curso a liquidação judicial de
quase todos os seus activos em Portugal.
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Depois dos Dolce Vita do Porto e de
Vila Real, assim como o Monumental, em Lisboa, chegou a vez do Dolce
Vita Coimbra. Em processo de insolvência, não tendo sido apresentado
plano de recuperação – nem pela proprietária, a espanhola Chamartín, nem
por algum dos credores -, o centro comercial anexo ao Estádio Cidade de
Coimbra seguiu para liquidação.
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Colocado no mercado pelo gestor judicial desta falência, o anúncio da
venda do Dolce Vita Coimbra refere como valor base de alienação 58,6
milhões de euros, montante que fica 19,2 milhões de euros abaixo do
total da dívida reconhecida em sede de processo de insolvência.
Cerca de 77,4 milhões dos 77,8 milhões de euros de créditos
reconhecidos pertencem à LSREF3 Octopus Investments, sociedade que
pertence à "private equity" norte-americana Lone Star, a mesma que
adquiriu recentemente a empresa responsável pelo desenvolvimento do
"resort" de Vilamoura.
Serão admitidas propostas tanto para a compra como para a dação em
cumprimento dos activos. Ora como a avaliação do empreendimento é
inferior aos créditos da LSREF3, que estão garantidos por hipoteca, "a
dação em cumprimento apenas poderá ser realizada a favor de credores
hipotecários de primeiro grau" – ou seja, à sociedade da Lone Star.
Entretanto, o Dolce Vita Porto, situado junto ao Estádio do Dragão,
recebeu uma única proposta de compra – não se conhece o nome da entidade
investidora, mas sabe-se que terá superado o valor mínimo de licitação
de 41,5 milhões de euros, bastante abaixo dos 111 milhões de euros de
dívida. Já o Dolce Vita Douro, localizado em Vila Real, que acumulou uma
dívida de 64,3 milhões de euros e que estava à venda por 43,4 milhões
de euros, não recebeu qualquer proposta de compra, pelo que deverá
voltar em breve novamente ao mercado.
O centro comercial Dolce Vita Monumental, em Lisboa, também vai ser
posto à venda, tendo entrado em processo de insolvência com uma dívida
de 79,1 milhões de euros. Todos estes Dolce Vita têm como credor
hipotecário a LSREF3.
* A história diz-nos que os impérios nunca foram eternos, as megalomanias também não.
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