HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Sapatos sexy e tecidos
que resistem ao fogo
A indústria do têxtil e calçado apostou no design e
tecnologia para vencer a concorrência da China e da Índia. Hoje as
empresas portuguesas estão a desenvolver tecidos inteligentes que
resistem ao fogo e lavam-se sozinhos e sapatos que são considerados os
mais sexy da UE.
A empresa que abastece a Dior e a Zara Home
A empresa tece roupa de bebé para as colecções
da Dior, Ralph Lauren e Kenzo que vestem muitos filhos de famosos em
todo o mundo. Fundada em 1980 a A.ferreira&filhos (AFF) também
produz as célebres mantas suaves vendida na Zara Home e muitos dos
produtos de têxtil - Lar no exigente catálogo "The White Company".
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Com
4 milhões de "turnover" exportam 97% da sua produção. Reino Unido,
Austrália, japão são os principais mercados. Apenas 6% das vendas seguem
para os EUA, país para onde gostavam de vender mais. "O grande
obstáculo em exportar para o mercado norte-americano "são as tarifas e a
burocracia", diz Noel Ferreira, um dos três irmãos que dirige a fábrica
. "É muito diferente quando há que pagar 15% de tarifas para entrar no
mercado dos EUA", acrescenta. .
Eliminar as tarifas para os produtos
portuguesas, resultaria em "mais vendas o que significaria mais
empregos". As empresas sentem que o mercado norte-americano já reconhece
a qualidade dos produtos "made in Portugal". Por isso "o mercado dos
EUA" agora é a nossa prioridade".
O design dos padrões da roupa de cama é feita por Cláudia
Garrido. Uma designer de moda formada na ESADE que tem também uma
colecção para homem que já desfilou
na London Fashion Week
A indústria mais sexy da UE quer voar para os EUA
A
Fly London é uma das marcas portuguesas que contribuiu para afirmar o
calçado português como "a indústria mais sexy da Europa". Fortunato
Frederico que começou a trabalhar com 12 anos numa fábrica de sapatos em
Guimarães lidera hoje uma marca que gera 55 milhões de euros por ano,
emprega 600 pessoas e exportas 85% da sua produção.
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Este é o resultado
de uma estratégia de aposta na qualidade e não no baixo preço, que se
revelou a opção certa. Porque é impossível competir com a China no
factor preço. Um sapato chinês custa, em média, três euros à saída da
fábrica, e o português 25 euros.
Com cerca de 1100 empresas que exportam 98% da sua produção em
153 países dos cinco continentes, o calçado português quer agora ganhar a
corrida no mercado norte-americano.
Se o acordo de comérico livre foir assinado as exportações de sapatos pode crescer 540% nos anos seguintes.
Fatos que protejam a vida dos bombeiros
Desenvolver
tecidos inteligentes que protejam do fogo e enviem informação sobre os
sinais vitais dos bombeiros que combatem incêndios é o principal
objectivo da parceria entre a Microsoft, o Centro Tecnológico das
Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (Citeve) e o Centro de
Nanotecnologia e Materiais Inteligentes (CeNTI).
O Centi deverá
desenvolver as fibras necessárias para resistir ao fogo e ter sensores
biométricos que detectem as informações sobre o estado do bombeiro. A
Microsoft vai trabalhar no software que processa essa informação,
analisando os dados na nuvem e transmitindo-as para os serviços médicos,
quando os sinais vitais estiverem em risco, explicou Pedro Duarte,
responsável pelas relações institucionais da Microsoft Portugal durante a
cerimónia."Níveis de dióxido de carbono, temperatura do corpo" são
alguns dos indicadores que poderão ser medidos por este tecido
inteligente explica Ana Ribeiro, responsável pelo desenvolvimento de
Negócios do CeNTI.
Tecidos com fibras que se limpam sozinhos quando são expostos ao sol,
tecidos de bancos de automóveis que aquecem e fatos que registem a
temperaturas de 63 graus negativos são algumas das tecnologias que estão
a ser desenvolvidas pelo Cinte e Citeve.
* Inteligência portuguesa!
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