HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Presidente da República nomeia
Sampaio da Nóvoa para a UNESCO
Diplomatas contestaram a escolha do Governo para este posto
O
Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou hoje que
nomeou António Sampaio da Nóvoa como representante permanente de
Portugal junto da UNESCO, em Paris, seguindo a proposta do Conselho de
Ministros, aprovada no início deste mês.
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"Sob proposta do Governo, o Presidente da República nomeou hoje o Prof. Doutor António Sampaio da Nóvoa como Representante Permanente de Portugal junto da UNESCO, em Paris", lê-se numa nota colocada hoje no site da Presidência da República.
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"Sob proposta do Governo, o Presidente da República nomeou hoje o Prof. Doutor António Sampaio da Nóvoa como Representante Permanente de Portugal junto da UNESCO, em Paris", lê-se numa nota colocada hoje no site da Presidência da República.
A 08
de fevereiro, o Conselho de Ministros tinha aprovado a nomeação do
professor e antigo candidato presidencial para a chefia da missão
permanente de Portugal junto da UNESCO, a Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura, depois de os diplomatas terem
contestado esta escolha do Governo.
"Foi
proposta a nomeação de António Manuel Seixas Sampaio da Nóvoa para a
chefia permanente de Portugal junto da Organização para a Educação,
Ciência e Cultura (UNESCO)", informa o comunicado do Conselho de
Ministros de então.
Esta decisão de
escolher o professor e antigo candidato presidencial Sampaio da Nóvoa já
tinha sido contestada pela Associação Sindical dos Diplomatas
Portugueses, que manifestou "completa surpresa e estranheza" perante
esta escolha.
Os diplomatas pediram ao
Governo que reconsiderasse esta escolha, mas o Executivo garantiu então
que o processo seguiria o seu curso.
Contactado
pela Lusa, o presidente da assembleia-geral da associação, o embaixador
Manuel Marcelo Curto considerou então que "para um posto diplomático,
nomeia-se um diplomata".
Já no dia
anterior à aprovação em Conselho de Ministros, o chefe da diplomacia
portuguesa, Augusto Santos Silva, sublinhou que quem escolhe os
embaixadores é o Governo e "não uma classe profissional" e indicou que
Sampaio da Nóvoa, nomeado para representar Portugal na UNESCO, seria o
único "embaixador político".
"A
nomeação de embaixadores que não são diplomatas, na tradição portuguesa,
que é uma boa tradição, é absolutamente excecional. Com a sua nomeação,
o professor Sampaio da Nóvoa será o único chefe de missão que não é
diplomata", afirmou então aos jornalistas Augusto Santos Silva.
O ministro dos Negócios Estrangeiros referiu também que "a tradição portuguesa é também reservar ou apenas indicar os chamados embaixadores políticos para organizações multilaterais como o Conselho da Europa, OCDE ou a UNESCO" e, "quando o têm feito vários governos, os resultados têm sido positivos".
O Governo decidiu
reabrir este posto, encerrado em 2012 pelo anterior executivo, na
sequência da eleição do país para o conselho executivo deste organismo.
Em
declarações à Lusa na primeira semana deste mês, quando foi conhecida a
decisão do Executivo, Augusto Santos Silva sublinhou que a escolha de
Sampaio da Nóvoa se deveu, entre outras razões, ao facto de o ex-reitor
ser uma "autoridade internacionalmente reconhecida" na educação.
Para
o ministro dos Negócio Estrangeiros, o convite do Governo ao professor
António Sampaio da Nóvoa assentou em "três razões essenciais",
nomeadamente a de ser "uma autoridade internacional" na educação, "uma
das áreas fundamentais na missão da UNESCO".
Além
disso, o executivo entende que Sampaio da Nóvoa "combina a sua
experiência como académico e perito nas áreas da educação e da ciência"
com uma experiência "não menos relevante de gestão e direção em
instituições culturais, científicas e académicas", nomeadamente como
reitor, durante vários mandatos, da Universidade de Lisboa.
Santos
Silva também apontou a experiência do professor universitário na
própria organização, para a qual tem trabalhado como perito.
*Uma excelente escolha, tem competência e seriedade.
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