HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
"Crowdfunding" consegue 2,3 milhões
em comida e água para a Somália
Uma
campanha de angariação de fundos conseguiu, num mês, arrecadar cerca de
2,3 milhões de euros, bem como um avião para transportar os donativos
até à Somália. Até agora, entregou mais de 400 toneladas de comida e
dois milhões de litros de água.
Quando a internet se junta, tudo é possível. São mesmo estas as palavras de Jérôme Jarre, fundador da campanha de angariação de fundos com vista alimentar a Somália que arrecadou mais de dois milhões de euros.
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A
equipa "Love Army For Somalia" enviou até agora cerca de 54 toneladas
de comida de bebé e comprou cerca de 362 toneladas de comida localmente,
explicou Jérôme Jarre num vídeo publicado esta quarta-feira.
No vídeo, é possível testemunhar o
contacto do Jérôme Jarre com as populações locais e a sua supresa ao ver
a atitude positiva das pessoas que conheceu. "Encontrámos tanta
humanidade e pessoas que são tão esperançosas... As pessoas diziam
'Obrigada por me dares comida, mas quando voltares, vou dar-te leite de
camelo'... Elas são esperançosas. Estão sempre a dizer 'Quando a seca
acabar', 'Quando voltares'", explicou o jovem.
Em
simultâneo com a campanha de angariação de fundos, a equipa apelou
também no Twitter às companhias aéreas turcas para que ajudassem a
transportar a comida até à Somália através da hashtag
#TurkishAirlinesHelpSomalia. Poucas horas depois, a Turkish Airlines
acedeu ao pedido, disponibilizando um avião de carga com capacidade para
cerca de 54 toneladas.
Além do avião vago, a companhia aérea
turca concordou em continuar a transportar contentores de comida nos
voos comerciais para a Somália até ao fim da crise de fome no país.
Inicialmente,
a campanha pretendia comprar arroz, farinha, açúcar e outros alimentos
não perecíveis em Istambul e depois enviar para o país africano. No
entanto, através do contacto com Organizações Não Governamentais (ONG)
"mais experientes", a equipa concluiu que não seria a melhor solução.
"Poderia afundar os preços dos mercados locais e prejudicar pequenos
comerciantes lá", explicaram numa publicação na sua página da angariação
de fundos. "Importar comida não é a maneira mais inteligente de ajudar
um país. Apoiar a economia local é que é".
A equipa decidiu recorrer a pequenas ONG
para comprar comida diretamente na Somália, o que significou que o avião
da Turkish Airlines permaneceu vago. A campanha aproveitou então essa
oportunidade: enviar comida de bebé para crianças malnutridas. A equipa
conseguiu adquirir comida de emergência para bebé numa empresa em Rhode
Island e enviou mais de 54 toneladas até à Somália.
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A
iniciativa decidiu também alocar metade dos fundos angariados para
comprar água, sendo que, a curto prazo, a solução é comprar água que é
distribuída por camiões. Dois mil litros, o equivalente à água para 100
famílias num dia, custam cerca de 230 euros. A equipa pretende vir a
arranjar soluções a longo prazo.
Na sua
página do "GoFundMe", a equipa explicou que o próximo passo é conseguiu
mandar comida e água para zonas a que nenhuma ONG consegue, neste
momento, chegar, por serem demasiado perigosas, visto serem controladas
pelo grupo terrorista Al-Shabaab. A equipa está a estabelecer parcerias
com iniciativas locais, de modo a explorar este novo objetivo.
A
campanha de "crowdfuding" teve início a 17 de março e contou com o
contributo de mais de 89 mil pessoas. Todo o dinheiro angariado reverte
para comida e água, sendo que o transporte por avião foi disponibilizado
e todos os custos adicionais com estadia da equipa foram suportados
pela própria equipa, a nível individual. A fundação Stiller Foundation,
do ator Ben Stiller, tomou parte, enquanto instituição de caridade que
recebeu e geriu os fundos.
* Ajudar ultra carenciados tem um grande valor e mérito, estamos a lembrar-nos de algumas "cáritas diocesanas" portuguesas que não cumprem o seu papel, também não esquecemos aquelas "ONG's" que fazem peditórios constantes para o próprio bolso, a Sandra Felgueiras explica muito bem.
* Ajudar ultra carenciados tem um grande valor e mérito, estamos a lembrar-nos de algumas "cáritas diocesanas" portuguesas que não cumprem o seu papel, também não esquecemos aquelas "ONG's" que fazem peditórios constantes para o próprio bolso, a Sandra Felgueiras explica muito bem.
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