07/03/2017

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"JORNAL DE NOTÍCIAS"

Futebolista condenado a sete meses 
de prisão efetiva por agredir árbitro

Um tribunal de Oeiras condenou um futebolista a prisão efetiva por agressão a um árbitro, anunciou, esta terça-feira, a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol.

"Espero que esta decisão judicial sirva de dissuasão para o futuro. Nunca tinha acontecido uma pena efetiva para um futebolista, apenas a aplicação de multas, penas suspensas ou pequenas indemnizações por agressões a árbitros", disse, esta terça-feira, o presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), Luciano Gonçalves, à Agência Lusa.
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A agressão em causa ocorreu num jogo de seniores de futsal, do campeonato da associação de Lisboa, mas Luciano Gonçalves não quis revelar quais as equipas envolvidas.

Se foi a primeira vez que um futebolista foi condenado a pena efetiva, o mesmo já não se pode dizer em relação a adeptos, como recordou Luciano Gonçalves, aludindo a uma condenação em 2016 de três adeptos que agrediram um árbitro no Porto, num jogo dos campeonatos amadores.

Uma incorreção do presidente da APAF, visto que no jogo em questão, dois adeptos e dois futebolistas do Clube Desportivo de Sobrado foram condenados a penas efetivas de prisão. A sentença foi confirmada pelo Tribunal da Relação do Porto, em junho de 2016. 

"Os árbitros não se sentem seguros e, provavelmente, muitas vezes, a verdade desportiva é posta em causa por causa do clima de intimidação que existe a nível do futebol distrital e regional", referiu Luciano Gonçalves, lembrando que "é muito frequente" não haver policiamento nos jogos.

Até 2012, o policiamento era obrigatório em todos os jogos, mas a partir dessa data, por decisão governamental, deixou de o ser, e apenas alguns jogos são policiados, por solicitação das associações distritais segundo critérios que variam de umas para outras.

Segundo Luciano Gonçalves, a APAF está a tentar junto do Governo que o policiamento volte a ser obrigatório em todos os jogos: "Acreditamos que esta situação vai ser revertida. Basta que haja boa vontade política. Mas, acima de tudo, desejamos que haja uma mudança de mentalidade dos espetadores".

* Não há milagres, para acabar com a violência no desporto precisamos do povo educado e da irradiação de agentes desportivos que incitam ao ódio,  a indústria política precisa desta boçalidade para justificar a sua. A pena só peca por ser curta.

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