HOJE NO
"OBSERVADOR"
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O mundo tem 124 mil super-milionários
Cada um vale 44 milhões ou mais
O número de milionários e super-milionários baixou em 2015. Segundo o
relatório do Crédit Suisse sobre a riqueza mundial, existiam cerca de
33,7 milhões de pessoas com um património superior a um milhão de
dólares (900 mil euros). O número caiu em relação aos mais de 36 milhões
milionários registados na edição de 2014, uma evolução que é
justificada pela valorização do dólar, que desvalorizou fortunas fora
dos Estados Unidos.
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O INTERIOR DUM SUPER-MILIONÁRIO |
Ainda assim, este pequeno universo, que
representa menos de 1% da população mundial, controla cerca de 45% da
riqueza mundial. Na estratosfera dos milionários, estão os
super-milionários, que na escala do Crédit Suisse, são indivíduos com
uma riqueza individual superior a 50 milhões de dólares (cerca de 44
milhões de euros). Em 2015, havia 123.800 super-milionários. E nesta
elite, quase 45 mil indivíduos possuíam mais de 100 milhões de
dólares. Também este grupo encolheu por causa de efeitos cambiais.
A valorização do dólar acabou por reforçar a posição dos
milionários americanos, que representam quase metade dos muito ricos,
com mais de 15 milhões de dólares, um padrão que se repete no top dos
multimilionários. A China, apesar dos recentes sobressaltos na bolsa,
viu também o número de milionários aumentar para 1,3 milhões. O Japão
foi o país que perdeu mais membros neste clube, tendo sido ultrapassado
pelo Reino Unido.
Portugal está no clube dos que perderam
Considerando a evolução global da riqueza, Portugal aparece no lote
dos países perdedores onde o património das famílias desvalorizou mais
de 15%, tendo mesmo uma performance pior do que a Grécia. A lista inclui
várias economias europeias, desde a França e Itália, passando por
Espanha, mais especialmente focada nos países mais duramente atingidos
pela crise do euro.
As maiores perdas foram contudo sentidas na
Ucrânia e na Rússia, seguidas pelo Brasil. A riqueza aumentou nos
Estados Unidos, China, Hong-Kong e Arábia Saudita, que não parece ter
sido muito afetada pela desvalorização do petróleo.
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O CONFORTO DOS POBRES |
A última edição dedica ainda um capítulo especial à evolução da riqueza da classe média para concluir que tem crescido a um ritmo inferior à fortuna dos mais ricos.
Esta tendência inverte o trajecto no período pré-crise financeira,
durante o qual a percentagem de riqueza controlada pela classe média se
manteve estável.
Com o alargamento do fosse entre os mais ricos e
os remediados a partir de 2008, registou-se também um agravamento das
desigualdades de rendimento. Esta é uma realidade mais sentida na Europa
do que nos Estados Unidos, as duas regiões que concentram maiores
fatias de rendimento. Já no mundo emergente, os rendimentos da classe
média continuam a crescer. A classe média chinesa ultrapassou aliás a
americana com 109 milhões de pessoas.
A riqueza por pessoa adulta
caiu 6,2% para o valor médio de 52.400 dólares, estando de volta ao
nível registado em 2013. A Suíça continua a ter os cidadãos com maior
fortuna média a nível mundial, cerca de 567 mil dólares (500 mil euros).
* A notícia escabrosa sobre os produtores de pobres.
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