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"EXPRESSO"
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Jardim sai em janeiro e pode
vir para a AR
O líder do PSD-M promete deixar a presidência do governo regional em janeiro e admite assumir lugar no Parlamento.
Se cumprir o que escreveu aos seis candidatos à
liderança dos sociais-democratas madeirenses, Alberto João Jardim tem
apenas mais 37 dias como presidente do governo regional. A 12 de
janeiro, um dia após a tomada de posse da nova Comissão Política do PSD,
apresentará a demissão ao representante da República.
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Aos seus mais próximos conselheiros, Jardim
chegou a admitir ocupar o lugar de deputado na Assembleia da República.
"É uma possibilidade muito provável", confirmou ao Expresso um dirigente
do PSD-Madeira. Sobretudo numa altura em que a direção nacional do PSD
moveu um processo disciplinar aos deputados da Madeira em Lisboa por
terem votado contra o Orçamento do Estado, "é quase certo que ele queira
vir algum tempo ao Parlamento para dizer umas coisas", afirma a mesma
fonte.
Antes disso, falta ver o desfecho de umas
eleições internas (no PSD-Madeira) sobre as quais paira a sombra de uma
eventual impugnação. Jardim aumentou o suspense quando, na última
reunião do Conselho Regional, fez aprovar uma resolução sobre o que deve
fazer o partido em caso de impugnação das diretas marcadas para 19 de
dezembro. A resolução dá poderes à mesa do Conselho Regional para adiar o
congresso, depois de ouvido o Conselho de Jurisdição.
Quando se soube - a medida não foi incluída
nas conclusões - levantou-se um coro de críticas, sobretudo entre os
candidatos fora da influência do presidente. Uma impugnação ao processo
eleitoral seria, no entender da candidatura de Miguel Albuquerque, o fim
do PSD-Madeira, e o candidato prefere analisar o caso como mais uma
cortina de fumo das muitas que Jardim tem lançado.
"Fico estupefacto com
a participação de Jardim nesta reta final da sua liderança partidária",
confessa Miguel Sousa, um dos seis candidatos a líder. E Sérgio
Marques, também candidato fora da esfera de Jardim, repete: "O PSD está
refém de uma oligarquia".
Os candidatos mais próximos do presidente -
João Cunha e Silva e Manuel António Correia - desvalorizaram a
resolução. A questão, no entanto, é saber se há fundamentos para
impugnar as eleições. Os cadernos eleitorais estão aprovados, as listas
também, e o Conselho de Jurisdição irá garantir a presença de um
delegado de cada candidatura nas 54 mesas de voto. A ideia é prevenir
uma "golpada" nas urnas.
* Se Jardim vier para a AR PSD e CDS que se cuidem, poderemos ver um Coelho submisso, sem largar muito pêlo, para não perder a liderança.
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