HOJE NO
"RECORD"
COP quer objetivos quantificáveis
para o Rio'2016
O Comité Olímpico de Portugal (COP) quer chamar a si o controlo
operacional e estratégico dos apoios públicos ao Programa de Preparação
Olímpica (PPO) e defende que para o Rio de Janeiro'2016 sejam definidos
objetivos quantificáveis.
Num documento sobre a gestão do
PPO, entregue ao secretário de Estado do Desporto e Juventude a 10 de
maio e a que Lusa teve acesso, o COP lamenta o atraso na implementação
de uma programação a três ciclos olímpicos e alerta para a necessidade
de se agir de fórmula célere rumo aos Jogos de 2016.
"Neste
âmbito, tendo por referência a gestão do anterior ciclo olímpico, as
orientações programáticas desta Comissão Executiva e um conjunto de
documentos de referência produzidos neste âmbito, preconiza-se um modelo
a ajustar com a tutela onde claramente se diferencie o controlo
financeiro da legalidade, a cargo da Administração Pública Desportiva e
demais entidades públicas, do controlo operacional e estratégico dos
apoios (controlo e supervisão do processo desportivo) a cargo do COP",
lê-se no documento.
O elenco liderado por José Manuel
Constantino propõe um modelo do desenvolvimento estratégico do PPO
composto por quatro eixos - o Projeto Rio'2016, o Projeto Esperança
Olímpicas, o Projeto Apoio Complementar e o Projeto Deteção e
Desenvolvimento de Talentos - à semelhança do que já existia no caminho
para Londres'2012. Neste sentido, o COP enumera algumas linhas de
orientação e "fatores críticos de otimização", nomeadamente a
importância do "financiamento contínuo" no quadro dos
contratos-programa, "eliminando os hiatos nos períodos de execução
contratualizados para cada ciclo olímpico".
O COP defende a
"elevação do grau de exigência nos critérios de integração no PPO",
especificados para cada modalidade e tendo em consideração as
particularidades dos desportos coletivos, e ao mesmo tempo a "definição
de objetivos globais do PPO com a tutela a partir de objetivos
programáticos quantificáveis, com indicadores de medida e planos de
preparação por modalidade, contratualizados pelo COP com cada federação
desportiva".
A separação entre a preparação olímpica e a
participação olímpica, esta "mais restrita a atletas com elevado
potencial de obtenção de resultados relevantes", é outra das orientações
do COP, que defende o "reforço dos mecanismos de controlo e avaliação
técnica da preparação dos atletas, com monitorização e coordenação de
maior proximidade com as federações no terreno".
O COP
entende que é necessário "expandir a base de talentos desportivos",
identificando e corrigindo os bloqueios com todos os agentes, "assegurar
o integral cumprimento dos planos de preparação apresentados pelas
federações", desburocratizar a relação entre estas e o Instituto
Português do Desporto e Juventude e ainda "potenciar a utilização dos
Centros de Alto Rendimento e o envolvimento das instituições de ensino
superior em diversas especialidades técnicas da gestão do PPO".
Numa
ótica de programação a três ciclos olímpicos, o organismo assume que,
mesmo "não estando garantidas as condições" para tal ambição, é
"possível criar condições para lançar os pilares de uma programação
tricíclica". Para o COP, também tem de haver uma "harmonização do
enquadramento fiscal das bolsas de apoio aos treinadores".
* A ver vamos...
.
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