26/06/2013

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HOJE NO

"RECORD"

COP quer objetivos quantificáveis 
para o Rio'2016

O Comité Olímpico de Portugal (COP) quer chamar a si o controlo operacional e estratégico dos apoios públicos ao Programa de Preparação Olímpica (PPO) e defende que para o Rio de Janeiro'2016 sejam definidos objetivos quantificáveis.

Num documento sobre a gestão do PPO, entregue ao secretário de Estado do Desporto e Juventude a 10 de maio e a que Lusa teve acesso, o COP lamenta o atraso na implementação de uma programação a três ciclos olímpicos e alerta para a necessidade de se agir de fórmula célere rumo aos Jogos de 2016. 

"Neste âmbito, tendo por referência a gestão do anterior ciclo olímpico, as orientações programáticas desta Comissão Executiva e um conjunto de documentos de referência produzidos neste âmbito, preconiza-se um modelo a ajustar com a tutela onde claramente se diferencie o controlo financeiro da legalidade, a cargo da Administração Pública Desportiva e demais entidades públicas, do controlo operacional e estratégico dos apoios (controlo e supervisão do processo desportivo) a cargo do COP", lê-se no documento.

O elenco liderado por José Manuel Constantino propõe um modelo do desenvolvimento estratégico do PPO composto por quatro eixos - o Projeto Rio'2016, o Projeto Esperança Olímpicas, o Projeto Apoio Complementar e o Projeto Deteção e Desenvolvimento de Talentos - à semelhança do que já existia no caminho para Londres'2012. Neste sentido, o COP enumera algumas linhas de orientação e "fatores críticos de otimização", nomeadamente a importância do "financiamento contínuo" no quadro dos contratos-programa, "eliminando os hiatos nos períodos de execução contratualizados para cada ciclo olímpico".

O COP defende a "elevação do grau de exigência nos critérios de integração no PPO", especificados para cada modalidade e tendo em consideração as particularidades dos desportos coletivos, e ao mesmo tempo a "definição de objetivos globais do PPO com a tutela a partir de objetivos programáticos quantificáveis, com indicadores de medida e planos de preparação por modalidade, contratualizados pelo COP com cada federação desportiva".

A separação entre a preparação olímpica e a participação olímpica, esta "mais restrita a atletas com elevado potencial de obtenção de resultados relevantes", é outra das orientações do COP, que defende o "reforço dos mecanismos de controlo e avaliação técnica da preparação dos atletas, com monitorização e coordenação de maior proximidade com as federações no terreno".

O COP entende que é necessário "expandir a base de talentos desportivos", identificando e corrigindo os bloqueios com todos os agentes, "assegurar o integral cumprimento dos planos de preparação apresentados pelas federações", desburocratizar a relação entre estas e o Instituto Português do Desporto e Juventude e ainda "potenciar a utilização dos Centros de Alto Rendimento e o envolvimento das instituições de ensino superior em diversas especialidades técnicas da gestão do PPO".

Numa ótica de programação a três ciclos olímpicos, o organismo assume que, mesmo "não estando garantidas as condições" para tal ambição, é "possível criar condições para lançar os pilares de uma programação tricíclica". Para o COP, também tem de haver uma "harmonização do enquadramento fiscal das bolsas de apoio aos treinadores". 

* A ver vamos...

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