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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Açores são a primeira região do
país certificada como destino
turístico sustentável
Os Açores são a primeira região do país certificada como destino turístico sustentável, distinção atribuída a apenas 13 regiões no mundo e entregue esta sexta-feira com a categoria de “prata” pela certificadora Earthcheck.
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“É com profundo orgulho que hoje podemos dizer
que os Açores são certificados como destino turístico sustentável.
Somos o primeiro e único arquipélago do mundo com esta certificação.
Somos a única região do país com esta certificação. Estamos na linha da
frente”, adiantou a secretária regional da Energia, Ambiente e Turismo
dos Açores, Marta Guerreiro.
A governante
falava na sessão de abertura do congresso anual do Global Sustainable
Tourism Council, que reúne cerca de três centenas de participantes de 42
nacionalidades em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.
O
EarthCheck é um grupo internacional de certificação e consultoria de
'benchmarking' científico em viagens e turismo, com atividade desde
1987.
A certificação respondeu aos
critérios do Global Sustainable Tourism Council [Conselho Global de
Turismo Sustentável], organismo internacional de acreditação para a
certificação de turismo sustentável.
O
processo de certificação dos Açores iniciou-se em 2017, proclamado pelas
Nações Unidas como Ano Internacional do Turismo Sustentável.
“No
final deste processo, reforço: foram dois anos de muito trabalho,
aquele que nos permite hoje fazer parte de um conjunto de 13 regiões do
mundo e de apenas oito países com esta certificação”, frisou a titular
da pasta do Turismo nos Açores.
Questionada
pelos jornalistas à margem do evento sobre as vantagens desta
certificação, Marta Guerreiro salientou que a distinção vai permitir
“não só internamente despertar os agentes do setor para a importância de
posicionarem os seus negócios e as suas áreas dentro destas práticas”,
mas também que os Açores consigam captar “segmentos que valorizam as
preocupações na área da sustentabilidade”.
A
secretária regional destacou, por outro lado, a responsabilidade que a
distinção acarreta, alegando que os Açores têm “a obrigação” de cuidar
do seu património.
“Estamos a juntar nesta
matéria uma oportunidade de crescimento fantástica que temos pela frente
com a nossa responsabilidade de garantirmos que deixamos este
território tão bem ou melhor cuidado quanto o recebemos”, salientou.
A certificação é válida por um ano, mas a tutela pretende não só mantê-la como subir de patamar.
“Este
é o primeiro que é possível alcançar quando se faz a certificação – o
‘silver’ [prata] – mas com a permanência na certificação e com a
evolução dos indicadores que são analisados temos condições para
ambicionar mais. Não é um dado adquirido, exige trabalho de
continuidade”, afirmou Marta Guerreiro.
Numa
primeira fase, após um levantamento exaustivo de dados quantitativos e
qualitativos, como emissões de gases com efeitos estufa, resíduos,
gestão de água, conservação dos ecossistemas e gestão cultural, a região
recebeu o estatuto de bronze.
“Entre
muitos outros parâmetros, fomos considerados o destino de referência com
a mais alta percentagem de área de conservação de 'habitats' e o
destino de referência com a mais alta percentagem de área verde”,
revelou a secretária regional na abertura do congresso.
A
fase seguinte envolveu “a definição de um conjunto de compromissos
sustentáveis” por parte do Governo Regional e de agentes privados, bem
como uma auditoria no local da Earthcheck, com visitas às ilhas de São
Miguel, Terceira e Flores.
Entre janeiro e
setembro de 2019, a atividade turística nos Açores cresceu 17%,
ultrapassando o número de dormidas do ano anterior (2,5 milhões) e o
executivo açoriano estima que até ao final do ano esse número se
aproxime dos 3 milhões.
A secretária
regional sublinhou, no entanto, que a estratégia da região não passa por
um turismo de massas, mas por um crescimento “de forma sustentável e em
pleno respeito pela preservação da natureza e do ambiente”.
* Sempre referimos os Açores como uma região de beleza encantatória que os açorianos têm brio em preservar à parte alguns "assassinatos" que os "instalados" não têm pejo em permitir. A visita às ilhas de bruma é imprescindível.
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