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HOJE NO
"A BOLA"
Ana Peleteiro:
«O público foi vergonhoso, muito triste»
Em
entrevista ao jornal Marca, Ana Peleteiro, atleta do triplo salto
espanhola, falou sobre o machismo de que foi alvo e como o público não a
agradou.
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«O público tem sido vergonhoso, muito triste.
Sinto muito, mas é um campeonato que foi decidido com o presidente
anterior. Além disso, eles não percebiam nada de atletismo. Nós pedíamos
palmas e eles não sabiam o que fazer.»
Além
do público, as críticas estenderam-se à organização e à influência que a
cultura teve e continua a ter no mundo desportivo: «É contraditório que
no desporto as mulheres sejam tão defendidas e, de seguida, organizem
uma competição num país como o Qatar. Eu não estava à vontade. Não é uma
experiência a repetir. Um dia esqueci-me da minha credencial e só
consegui entrar no estádio acompanhada por um polícia, além de ter
ficado quase uma hora até me deixarem ir. Aconteceu o mesmo a um rapaz e
tudo se resolveu mais facilmente, procuraram o nome dele na base de
dados e deixaram-no entrar sem problemas. Naquele país não posso
inspirar ninguém porque as mulheres que me veem não têm a possibilidade,
por razões culturais, de fazer o que eu faço.»
Segundo
conta o El confidencial, o caso de Peleteiro, não é o único. Uma outra
atleta espanhola, Marta Pérez, queixou-se dos mesmos problemas que a
compatriota.
* As mulheres nos países árabes são uma mercadoria de luxo mas mesmo assim valem pouco mais que um camelo ou dromedário, são equipamentos reprodutivos e cada árabe tem direito legal a pelo menos quatro. Competições internacionais naquela península só acontecem porque há quem fique com os bolsos a abarrotar de dólares.
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