ESTA SEMANA NA
"VISÃO"
Vitorino determinado em cumprir
"tarefas ambiciosas" na liderança da OIM
António Vitorino, eleito hoje diretor-geral da Organização Internacional das Migrações (OIM), prometeu hoje em Genebra fazer cumprir as "tarefas ambiciosas" relacionadas com os fluxos migratórios e num período "particularmente crítico"
"Tenho
elevadas expectativas que nas próximas semanas sejam concluídas as
negociações sobre um acordo global sobre migrações, e existe a urgente
necessidade de cooperação multilateral para gerir os fluxos migratórios,
garantir os direitos fundamentais dos migrantes e estabelecer de forma
sustentável uma estreita relação entre migração e desenvolvimento",
referiu, em conferência de imprensa na sede da OIM, frisando que o mundo
vive "numa situação particularmente crítica face às políticas
migratórias".
"Estas são tarefas ambiciosas e espero ser capaz de as fazer cumprir enquanto diretor-geral da OIM", assinalou.
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No
período de perguntas e respostas, e ao ser questionado por um
jornalista sobre a sua participação no governo de António Guterres, que
"poderá enfraquecer" a sua designação hoje confirmada, Vitorino disse
ser desde há 40 anos um "amigo próximo" do atual secretário-geral da
ONU, e que ambos foram felizes nas respetivas nomeações.
"A nossa amizade nunca foi um problema para nós, nem mesmo quando não concordamos", disse.
Numa
nova resposta, considerou que a Constituição da OIM é "suficientemente
clara" ao enfatizar o respeito total pelos direitos humanos ao longo da
cadeia migratória.
"Não
penso que exista uma ausência de bases legais que implique preocupação
sobre os direitos humanos. A questão dos direitos humanos está na
prática, e é aí que se faz a diferença para os próprios migrantes".
Numa
referência ao financiamento da organização, Vitorino disse esperar que
todos os Estados-membros entendam que a função da OIM é "fundamental
para construir pontes entre países" que possuem diferentes níveis de
desenvolvimento económico.
"Estou confiante que após este período
de eleições, todos os Estados-membros da OIM assumam as suas
responsabilidades, compromissos e obrigações", vaticinou.
No
entanto, ao ser confrontado com as políticas migratórias de Trump,
considerou ser algo "que deve ser perguntado aos eleitores, e não ao que
acabou se ser eleito".
Em paralelo, e numa resposta às
deliberações da União Europeia sobre os desafios migratórios hoje
anunciadas após Conselho Europeu, disse que ainda não teve oportunidade,
mas prometeu ler o documento.
* António Vitorino, que não é das nossas simpatias, tem as melhores características para um desempenho do cargo de excelência.
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