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447 pessoas morreram na estrada em 2016
Em 2016, o número de mortos em acidentes caiu 5% face a 2015, mas os acidentes com vítimas aumentaram.
Em 2016, 447 pessoas morreram em acidentes rodoviários. Os números oficiais foram apresentados durante a tarde desta terça-feira e, segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), representam uma diminuição de 5% face a 2015, ano em que se registaram 473 mortes.
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Os feridos graves e ligeiros também diminuíram no ano passado - 10% e 1%, respetivamente -, mas os acidentes com vítimas subiram e passaram de 30.604 em 2015 para 31.953 em 2016.
Os números foram revelados numa sessão que
serviu para apresentar os resultados das operações de Natal e de Ano
Novo. Este ano houve menos acidentes e menos mortos e feridos do que no
ano passado. No entanto, aumentaram infrações como o uso do telemóvel ao
volante, que subiu de 1026 casos para 1.320 (mais 0,9%).
O
balanço da "Operação Festas Seguras 2016", com dados até ao fim do dia
da última segunda-feira, contou com o secretário de Estado da
Administração Interna. Jorge Gomes salientou a diminuição de acidentes e
de vítimas e a "redução muito grande" do número de pessoas a conduzir
sob efeito do álcool, que "é significativa" e "uma mudança de
comportamentos dos cidadãos".
Telemóveis explicam aumento de acidentes
Já
o presidente da ANSR, Jorge Jacob, lembrou que há uma tendência de
diminuição de sinistralidade, com cada vez menos mortos, feridos graves e
leves, mas paralelamente há um aumento do número de acidentes, não só
em Portugal como no resto da Europa.
"Penso que a causa que o explica (na
Europa) é a mesma que cá, o uso do telemóvel e aparelhos que não deviam
ser utilizados durante a condução", disse o responsável, salientando que
os novos veículos já vêm equipados com aparelhos que "desviam a atenção
do condutor".
Jorge Jacob acrescentou
que "haver mais acidentes e menos mortos significa que (os acidentes)
acontecem nas cidades, a velocidades mais baixas". A solução, defendeu,
passa por mais fiscalização e mais campanhas.
Nessa
quadra festiva, entre 20 de dezembro e 2 de janeiro, foram registados
19 mortos (20 em 2015/16 e 22 em 2014/15), 57 feridos graves (78 e 90
nos dois anos anteriores) e 1.339 feridos leves (1.374 e 1.189 em
2015/16 e 2014/15, respetivamente). Aconteceram nestes últimos 12 dias
4.596 acidentes, uma descida em relação a 2015/16, quando foram 4.766.
Comparando
o número de mortos no local do acidente desde 1996/97 no mesmo período e
até agora verifica-se uma tendência de descida, passando de 85 mortos
nesse ano para os 19 de agora, o número mais baixo e que também já tinha
sido atingido em 2012/13. O número de feridos graves tem baixado também
no mesmo período, passando de 375 para os 57 de agora, o número mais
baixo de sempre. Nos feridos ligeiros no local a tendência é de descida
mas não tão constante.
Mais consistente
é a evolução das vítimas mortais, ainda de acordo com dados, neste caso
anuais, da ANSR. Em 2007 registaram-se 854 mortos, contra os 447 (valor
provisório) em 2016.
No último natal e
ano novo, de 20 de dezembro a 2 de janeiro, houve menos ações da GNR e
da PSP (menos 19%) mas mais meios humanos e também mais pessoas
fiscalizadas (mais 9%). Fizeram-se mais 17% de testes de álcool (66.150)
mas foram detetados menos excessos (menos 18%, o que equivale a 1.255
casos) e menos crimes (571, menos 20% do que no ano passado).
Os
excessos de velocidade detetados baixaram também 09% mas o uso de
telemóvel na condução subiu 09%, 1.320 casos contra 1.026 em 2015. Os
casos de falta de cinto de segurança e a falta de habilitação para
conduzir também subiram.
* Mas que importância tem das pessoas que todos os dias circulam nas estradas do país morrerem 37 por mês, os portugueses gostam de ser cowboys sobre rodas.
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* Mas que importância tem das pessoas que todos os dias circulam nas estradas do país morrerem 37 por mês, os portugueses gostam de ser cowboys sobre rodas.
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