03/01/2017

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HOJE NO 
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
447 pessoas morreram na estrada em 2016

Em 2016, o número de mortos em acidentes caiu 5% face a 2015, mas os acidentes com vítimas aumentaram.

 Em 2016, 447 pessoas morreram em acidentes rodoviários. Os números oficiais foram apresentados durante a tarde desta terça-feira e, segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), representam uma diminuição de 5% face a 2015, ano em que se registaram 473 mortes.
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Os feridos graves e ligeiros também diminuíram no ano passado - 10% e 1%, respetivamente -, mas os acidentes com vítimas subiram e passaram de 30.604 em 2015 para 31.953 em 2016.

Os números foram revelados numa sessão que serviu para apresentar os resultados das operações de Natal e de Ano Novo. Este ano houve menos acidentes e menos mortos e feridos do que no ano passado. No entanto, aumentaram infrações como o uso do telemóvel ao volante, que subiu de 1026 casos para 1.320 (mais 0,9%).

O balanço da "Operação Festas Seguras 2016", com dados até ao fim do dia da última segunda-feira, contou com o secretário de Estado da Administração Interna. Jorge Gomes salientou a diminuição de acidentes e de vítimas e a "redução muito grande" do número de pessoas a conduzir sob efeito do álcool, que "é significativa" e "uma mudança de comportamentos dos cidadãos".

Telemóveis explicam aumento de acidentes
Já o presidente da ANSR, Jorge Jacob, lembrou que há uma tendência de diminuição de sinistralidade, com cada vez menos mortos, feridos graves e leves, mas paralelamente há um aumento do número de acidentes, não só em Portugal como no resto da Europa.


"Penso que a causa que o explica (na Europa) é a mesma que cá, o uso do telemóvel e aparelhos que não deviam ser utilizados durante a condução", disse o responsável, salientando que os novos veículos já vêm equipados com aparelhos que "desviam a atenção do condutor".

Jorge Jacob acrescentou que "haver mais acidentes e menos mortos significa que (os acidentes) acontecem nas cidades, a velocidades mais baixas". A solução, defendeu, passa por mais fiscalização e mais campanhas.

Nessa quadra festiva, entre 20 de dezembro e 2 de janeiro, foram registados 19 mortos (20 em 2015/16 e 22 em 2014/15), 57 feridos graves (78 e 90 nos dois anos anteriores) e 1.339 feridos leves (1.374 e 1.189 em 2015/16 e 2014/15, respetivamente). Aconteceram nestes últimos 12 dias 4.596 acidentes, uma descida em relação a 2015/16, quando foram 4.766.

Comparando o número de mortos no local do acidente desde 1996/97 no mesmo período e até agora verifica-se uma tendência de descida, passando de 85 mortos nesse ano para os 19 de agora, o número mais baixo e que também já tinha sido atingido em 2012/13. O número de feridos graves tem baixado também no mesmo período, passando de 375 para os 57 de agora, o número mais baixo de sempre. Nos feridos ligeiros no local a tendência é de descida mas não tão constante.

Mais consistente é a evolução das vítimas mortais, ainda de acordo com dados, neste caso anuais, da ANSR. Em 2007 registaram-se 854 mortos, contra os 447 (valor provisório) em 2016.

No último natal e ano novo, de 20 de dezembro a 2 de janeiro, houve menos ações da GNR e da PSP (menos 19%) mas mais meios humanos e também mais pessoas fiscalizadas (mais 9%). Fizeram-se mais 17% de testes de álcool (66.150) mas foram detetados menos excessos (menos 18%, o que equivale a 1.255 casos) e menos crimes (571, menos 20% do que no ano passado).

Os excessos de velocidade detetados baixaram também 09% mas o uso de telemóvel na condução subiu 09%, 1.320 casos contra 1.026 em 2015. Os casos de falta de cinto de segurança e a falta de habilitação para conduzir também subiram.

* Mas que importância tem das pessoas que todos os dias circulam nas estradas do país morrerem 37 por mês, os portugueses gostam de ser cowboys sobre rodas.

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