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O QUE NÓS


  "ENCONTRAMOS"!




1-O SUBMARINO

A ALMA DO NEGÓCIO



* HÁ INOCÊNCIAS QUE NÃO PERCEBEMOS, ISTO PORQUE SOMOS MUITA BURROS.


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A AMEAÇA

TERRORISTA




CLIQUE EM "Programa OLHOS NOS OLHOS"

Se no dia do programa, 24 de Novembro, não teve oportunidade de ficar mais esclarecido sobre o tema, dispense-se tempo para se esclarecer agora, este programa é extenso mas terrivelmente claro e polémico.
Fique atento às declarações do General Loureiro dos Santos

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HOJE NO
"DIÁRIO  ECONÓMICO"

Juncker avisa que não há euro
 sem espaço Schengen

O aviso, que é também uma convicção, foi feito ontem por Jean-Claude Juncker perante o Parlamento Europeu, em Estrasburgo. “Schengen não é um conceito neutro, mas sim uma das pedras angulares da construção europeia”, disse o presidente da Comissão, depois de frisar que “todos os que acreditam na Europa e nos seus valores têm de tentar reanimar o espírito de Schengen”.
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Desde o Verão que a zona Schengen – que prevê a livre circulação de pessoas entre os 26 Estados signatários – tem estado sob forte pressão dos milhares de pessoas que tentam chegar a território europeu para fugir de conflitos e guerras no Médio Oriente e África. A crise migratória já levou vários países, como a Hungria ou a Dinamarca, a restaurar controlos temporários das fronteiras e o Reino Unido, nas condições que enviou a Bruxelas para renegociar o futuro do país dentro da união, quer incluir travões a todos os imigrantes, incluindo os europeus. De acordo com as estimativas da Comissão Europeia, um milhão de pessoas deve chegar à UE até ao final do ano, aos quais se devem juntar outros três milhões até 2017.

Com este cenário em pano de fundo e os atentados de Paris – em que um passaporte de um refugiado foi associado a um dos suspeitos de terrorismo – o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, afirmou ontem à imprensa alemã que não é possível que a Europa continue a aceitar mais refugiados.

Em referência à iniciativa de Angela Merkel de acolher todos os sírios, Valls - que se prepara para as eleições regionais em Dezembro - disse que embora tenha sido “uma decisão respeitável, não foi França que disse: venham a mim!”. O líder francês põe assim em causa a ideia de Bruxelas de redistribuir 160 mil refugiados por países europeus. Para Paris, a solução passa não pela reintrodução de controlos fronteiriços dentro da Europa, mas sim pelo reforço das fronteiras externas da União. “Fecharmo-nos nas nossas fronteiras não vai resolver o problema” dos refugiados, respondeu a chanceler alemã.

* A União Europeia está a um passo de se desmoronar, não será por obra dos comunistas.

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ALBERTA


FERRETTI

FASHION SHOW
OUTONO/INVERNO
2015/2016





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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

Cascais: lar ilegal com 14 idosos  

Encerramento foi decretado pela Segurança Social. 

 Desde o dia 30 de agosto que o lar ilegal Villa Gerânios, em Birre (Cascais), onde vivem 14 idosos, devia ter sido encerrado por indicação do Instituto da Segurança Social. A proprietária incorre no crime de desobediência, por não acatar a decisão. O processo já está entregue ao Ministério Público. 

É UMA SENHORA PORREIRA, PÁ!
O edital de encerramento, explicou ao Correio da Manhã fonte do instituto, foi afixado no local no final de agosto. Durante o prazo legal para o fecho – 30 dias –, compete à proprietária dar cumprimento à deliberação, "em articulação com os idosos e respetivas famílias". Terminado o prazo, e devido à desobediência, o instituto participou o crime ao Ministério Público. Só uma decisão judicial pode forçar o encerramento do lar. 

A denúncia à Segurança Social partiu de Alfredo Casimiro, proprietário do imóvel que está arrendado a Vitalina Maceta. Confrontada pelo CM, a arrendatária garante que nunca recebeu da Segurança Social um prazo para os idosos saírem do lar. "Já pedi informações sobre o prazo, porque não posso deixar as pessoas na rua e as famílias não os podem tirar daqui de um dia para o outro", explica. 

* Os idosos são em Portugal vítimas frequentes de vigaristas que são pretensamente  gente porreira, pá!

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I-GENOMA HUMANO


4-DESCODIFICANDO A VIDA



* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.


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HOJE NO
"OBSERVADOR"

Direita avalia prós e contras de moção
 de rejeição ao Governo de Costa

É apenas uma questão de “afirmação política”, sem efeitos práticos, mas neste momento tudo conta. 

Numa altura em que a linha argumentativa que percorre toda a direita é a “ilegitimidade política” do Governo de António Costa, o PSD e o CDS ponderam uma moção de rejeição ao programa do novo Executivo, que vai ser apresentado e discutido na Assembleia da República já na próxima terça e quarta-feira. Qualquer moção de rejeição tem chumbo garantido pela maioria de esquerda, mas pelo menos fica registado, para memória futura, que a direita rejeita o atual programa de governação.
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Ao que o Observador apurou, a decisão ainda não está fechada, mas é admitida por alguns deputados e definirá de alguma forma o modo como PSD e CDS vão estar na oposição – chumbando tudo (ou quase) o que venha do Governo socialista partindo do pressuposto de que é um Governo sem legitimidade. “Não seria a primeira vez que apresentávamos uma [moção de rejeição]”, diz fonte da bancada social-democrata.

Se é certo que uma eventual moção de rejeição ao programa de Governo do PS não teria quaisquer efeitos práticos, uma vez que seria rejeitada imediatamente pela maioria de esquerda no Parlamento, a verdade é que sujeitar o programa de governo a votação (e ser aprovado) pode em si mesmo ser visto como uma forma de reforço de credibilidade do novo Executivo. O programa de governo tem obrigatoriamente de ser apresentado no Parlamento, e discutido pelos deputados durante dois dias, mas só tem de ser votado se houver moções de rejeição em cima da mesa. Em todo o caso, fonte da bancada social-democrata afirma que não faz “essa leitura”, ou seja, que sujeitar o programa a votação e vê-lo ser aprovado pela esquerda não será sinal de maior legitimidade do Governo.

Não é habitual o PSD apresentar moções de rejeição ao programa de Governo, mesmo que se trate de governos socialistas de maioria relativa. Mas não seria a primeira vez. Já em 1999, aquando da discussão do programa de Governo de António Guterres (o segundo mandato sem maioria absoluta) o PSD apresentou uma moção de rejeição, assim como o BE, apesar de ambas terem sido, como já se sabia, chumbadas. Muito antes, em 1978, também o PSD avançou com a rejeição do II Governo Constitucional, liderado por Mário Soares, e em 1979, as duas bancadas da direita, do PSD e do CDS, juntaram-se para rejeitar o Governo de Maria de Lurdes Pintasilgo, numa moção conjunta que acabaria mesmo por ser aprovada, mas não pela maioria absoluta dos deputados em efetividade de funções.

Do lado do CDS, a ordem é “um dia de cada vez”. Só a partir de sexta-feira, primeiro dia em que o novo Governo do PS estiver em funções é que os centristas irão preparar a discussão do programa de Governo e, nomeadamente, a apresentação ou não de uma moção de rejeição.

Quando o programa de Governo for discutido esta terça e quarta-feira no Parlamento já os ex-governantes do PSD e CDS, incluindo Passos Coelho, Paulo Portas e Maria Luís Albuquerque, estarão de volta à oposição e ao seu lugar de deputados, devendo participar ativamente no debate.

No passado dia 10 de novembro, quando a esquerda se uniu para derrubar o Governo do PSD/CDS, apresentando cada partido uma moção de rejeição, foi apenas a segunda vez na história que um executivo caiu às mãos da rejeição do Parlamento. A primeira vez aconteceu em 1978, com o Governo de iniciativa presidencial encabeçado por Alfredo Nobre da Costa.

* A acontecer poderá ser uma preocupante  manifestação de "micose neural" patologia que ocorre frequentemente em fantoches.

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JOANA BARRIOS

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Gangues das redes

Muito recentemente, por causa de um estado de Facebook de um amigo que tem muitos amigos e opiniões que geram controvérsia, uma grande comoção assolou a nossa pequena comunidade de amigos em comum. Após muitos insultos e críticas e desamigamentos, o emissor da mensagem controversa emitiu um novo estado que fazia referência ao terramoto que provocara, dizendo de forma resumida que tinha muitos amigos cujas opiniões não partilhava na totalidade ou amigos cujos trabalhos não eram os seus favoritos, etc, e assentava este dicurso na bela ideia de pluralidade, ao que parece o mais tremendo disparate dos nossos tempos.

Dias depois, num evento relacionado com arte, uma grande amiga em comum comentou comigo algumas das ondas de disparate que se sucederam ao dito estado de Facebook. Ondas essas que incluíram telefonemas e dramas sem fim, aliados a desilusões e cismas dignos do séc. XVI.  Ela, uma das mulheres mais maravilhosas que conheço, pareceu-me agastada sobre a estupidez que se abatera naquela que é a nossa pequena comunidade virtual. Onde entre tantas outras coisas, trocamos ideias por amor à felicidade que é pensar um bocadinho mais adiante.

Voltei a pensar nisto da influência das redes sociais em sociedade há coisa de uns dias, quando ouvi António Luvalu de Carvalho falar sobre o caso de Luaty Beirão. Não quis acreditar.

As redes sociais são de facto um perigo. Pervertem a forma como nos relacionamos, para lá da estranheza que provocam aquelas pessoas que são nossas amigas nas redes sociais e não nos cumprimentam na rua, a um ponto que roça o absurdo.

Nas redes sociais somos emissores, daí que a posição em que nos colocamos enquanto sujeitos possa por vezes dar origem a grandes comoções. Ao emitir uma opinião ou simplesmente ao partilhar uma fotografia ou uma música, estamos sempre a entregar ao mundo um bocado daquilo que somos naquele exato instante. Para os nossos amigos, deixamos de ser amigos e passamos a partidos, a ídolos, a fontes oficiais. Somos os editores da nossa autobiografia em fragmentos, e isso tem vindo a parecer-me cada vez mais estranho. 

Porque é cada vez mais recorrente assistir a trocas de galhardetes, a projeções e frustrações sob a forma de comentários agressivos a emissões possivelmente poluentes, no entanto passíveis de ser deixadas para trás. O simples facto de fazer um like numa publicação suscita muitas vezes animosidades em terceiros. E quando sei que metade de uma comunidade está revoltada com uma opinião e contra as pessoas que apoiaram essa opinião, sei necessariamente que essa comunidade tem um problema com os seus ídolos.

Quando ouvi que António Luvalu de Carvalho, referindo-se à detenção, em junho, dos quinze ativistas sob a acusação de planearem um golpe de estado em Angola, teve em conta o acesso a meios de comunicação e a influência dos membros do grupo em redes sociais, soube que a situação em que as redes sociais colocam o indivíduo começa a ser perversa para o eu, bem com para a comunidade.

O que fazemos nas redes sociais não é como o que fazemos em Las Vegas, porque as redes sociais fazem com que todo o nosso rasto esteja arquivado e permanentemente disponível.

Mas será que antes das redes sociais os debates em mesas de café também se constituíam como perigo eminente? Ou a troca de correspondência?

Porque é que as redes sociais nos transformam simultaneamente em ídolos e ajudam a esbater a ideia de ídolo? É por nos colocarmos todos no mesmo patamar e sermos todos susceptíveis perante um like?

IN "SOL"
19/11/15

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HOJE NO
"DIÁRIO  DE NOTÍCIAS"

25 de novembro. 
PSD acusa esquerda de desrespeito
 ao Parlamento

"Infelizmente vivemos tempos em que os valores democráticos e a ética republicana são postos em causa", lamentou Luís Montenegro

O presidente da bancada parlamentar do PSD, Luís Montenegro, acusou esta manhã o PS, PCP e BE de "desrespeito" é "desautorização" ao presidente do Parlamento pelo facto de não estarem presentes na cerimónia, que está a decorrer está manhã na Assembleia da República, de evocação ao 25 de novembro.
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NÃO LHE CHEGA O PARLAMENTO
P'RA SER FEIRANTE
"Infelizmente vivemos tempos em que os valores democráticos e a ética republicana são postos em causa por várias razões. O que aconteceu aqui hoje é um exemplo ", lamentou Luís Montenegro. O dirigente social-democrata recordou que "numa primeira fase o evento teve a anuência de todas as forças partidárias, mas numa segunda fase houve uma desistência, numa atitude de desrespeito e até desautorização em relação ao presidente do Parlamento".

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o vice primeiro-ministro, Paulo Portas, que tinham inicialmente lugar marcado na mesa de honra, acabaram por assistir das bancadas à sessão. Estavam presentes apenas os deputados do PSD e do CDS-PP.

* O senhor Montenegro vê muitos filmes  mas ao contrário. Então as bancadas dos PSD e CDS eliminam do painel de feriados nacionais o 1º de Dezembro - comemorativo da reconquista da Independência Nacional, o 5 de Outubro, -  Implantação da República, que permite agora ao tribuno dizer baboseiras na A.R. e fala do 25 de Novembro com um ardor que nunca lhe ouvimos em discursos sobre o 25 de Abril. Quanta hipócrita lata.


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1-SANFIL
NEGÓCIO DE FAMÍLIAS  



"Negócio de Famílias" é a grande reportagem. Trata-se de uma investigação jornalística que deteta indicios de práticas irregulares, concretizadas por um grupo de saude privado. O grupo SANFIL cresceu, até se tornar no quarto grupo de saude privado em Portugal. Esse crescimento está muito associado ao sistema público que gere as listas de espera, o SIGIC.

Em silêncio, sem eco, a SANFIL, um grupo familiar de Coimbra, conquistou o quarto lugar na lista dos maiores operadores privados na área. O Grupo SANFIL cresceu afirmando-se líder no SIGIC, o sistema que o Estado criou, em 2007, para gerir a lista de espera para cirurgias. Entre 2008 e 2012, a SANFIL foi a entidade que mais facturou com as operações que os hospitais públicos encaminharam para os prestadores privados. Um grupo de funcionários, afastado pela administração, denunciou à SIC um conjunto de práticas que podem constituir comportamentos irregulares, na relação da SANFIL com o Estado e com os doentes.

* INVESTIGAÇÃO "SIC"


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5- S N I P E R S


ATIRADORES DE ELITE




* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.


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HOJE NO
"RECORD"

Sebastian Coe sob suspeita de ter
. influenciado atribuição de Mundiais

O presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), o britânico Sebastian Coe, poderá ter usado a sua influência na atribuição dos Mundiais de atletismo de 2021 à cidade norte-americana de Eugene, noticia esta quarta-feira a BBC.
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O canal televisivo garante ter tido acesso a um e-mail da marca desportiva Nike sugerindo que Coe poderá ter pressionado o seu antecessor na presidência da IAAF, Lamine Diack, a atribuir à cidade do estado do Oregon a organização dos Mundiais.

Segundo a BBC, o e-mail, datado de 30 de janeiro deste ano, foi escrito por Craig Masback, diretor de marketing da Nike, e era dirigido a alguns responsáveis da candidatura de Eugene.

A BBC refere que o e-mail relatava uma conversa entre Masback e Sebastien Coe, que após os Jogos Olímpicos Londres 2012 assumiu o cargo de embaixador da multinacional de equipamentos desportivos.

"Falei com Seb hoje de manhã. Ele disse-me claramente que vai apoiar Eugene para 2021 e que falou com Diack, que lhe respondeu: 'Não vou fazer nada quanto à escolha do local até à reunião de abril [na qual foi atribuída a organização]", refere o e-mail.

Interrogado pela BBC, Sebastian Coe, eleito para a presidência da IAAF em agosto, negou qualquer conflito de interesses, garantindo: "Não fiz lóbi a favor da candidatura de Eugene".

Numa entrevista publicada hoje na página da IAAF na internet, Sebastian Coe, campeão olímpico dos 1.500 metros nos Jogos de Moscovo1980, e Los Angeles1984,reitera a ideia de que não beneficiou a candidatura norte-americana.

"Não fiz lóbi a favor da candidatura de Eugene2021. Depois da sua pequena derrota na corrida à organização dos Mundiais de 2019, encorajei-os a tentarem de novo. A candidatura era muito forte", refere o antigo atleta, que em 2012 presidiu ao Comité Organizador dos Jogos Olímpicos Londres'2012.

Em abril de 2015, a IAAF atribuiu a Eugene a organização dos Mundiais de 2021 -- os primeiros nos Estados Unidos -- depois de a cidade do estado do Oregon, de onde é originária a Nike, ter perdido para Doha a organização dos Mundiais de 2019.

A atribuição da competição foi feita sem recurso ao habitual processo de candidaturas, tendo a IAAF baseado a sua escolha nas garantias dadas pelo governador do Oregon, pelo Comité Olímpico Dos Estados Unidos, bem como o compromisso assumido pela cadeia televisiva NBC para produzir a competição.

* No desporto as suspeições de tráfico de influências ou corrupção fornece notícias diariamente, muito igual à actividade política.


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JAZZLAND


Mari Kvien Brunvoll


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HOJE NO
"JORNAL  DE NOTÍCIAS"
DECO chumba segurança 
de 15 brinquedos

A Associação de Defesa do Consumidor DECO chumbou 15 dos 31 brinquedos submetidos a testes de segurança, numa altura em que, no espaço europeu, os brinquedos causam 52 mil acidentes por ano.

Segundo a investigação da DECO, dos 31 brinquedos enviados para testes de laboratório, 15 mostraram-se perigosos, uns, porque, ao cair ao chão, se partem com facilidade, originando peças pequenas que os mais novos poderão colocar na boca, outros, por terem bordos cortantes.
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 "As costuras de uma boneca rasgaram-se com um puxão, deixando o enchimento acessível. Nas mãos de uma criança, este pode ser retirado com facilidade e colocado na boca, asfixiando-a", alerta a DECO, observando que o preço dos brinquedos não justifica as falhas encontradas.

"Na verdade, há brinquedos caros com falhas, tal como há baratos que são seguros e respeitam as normas", diz o estudo de segurança, que avaliou, entre outros pontos, o torque (comportamento sob torção), tensão, queda, impacto, tração ou presença de pontas aguçadas nos produtos.

As análises revelaram ainda falhas nos rótulos, verificando-se que alguns produtos não têm informações em português e, a outros, faltam avisos de segurança importantes. "É o caso de alguns que indicam não serem adequados para crianças até uma certa idade, mas omitem os riscos associados", precisa a DECO.

A este propósito, a DECO esclarece que, para estarem à venda na União Europeia, os brinquedos têm de ostentar a marcação CE, mas esta apenas indica que o produto cumpre as normas de segurança europeias e não garante a segurança do brinquedo.

Da lista dos 15 brinquedos declarados perigosos pela DECO constam "Tanque Fanny Tank (sem marca)", "Colar de Flores (Tiger)", "Acessórios de Cozinha (Fantastiko)", "Bola mapa mundo (sem marca)", "Jogo de pesca (sem marca)", "Airbus Happy Trip (sem marca)", "Pistolas bolas de sabão com luz (Erjutoys)", "Carros City Racer (sem marca)", "Animais em vinil (Klos corner)", "Veículos de emergência (Fastlane)" e "Malinha (Popota)".

A associação salienta que compete ao consumidor optar por produtos adequados à idade e ao desenvolvimento da criança, alertando que, antes de comprar, se deve ler os avisos e instruções e adquirir o produto tendo em conta a idade da criança a que se destina.

"Antes de comprar, leia os avisos e as instruções. Se estes não existirem nem estiverem em português, procure outro brinquedo. Na loja, passe a mão pelas arestas, pontas e bordos. Se o brinquedo se destinar a um menor de três anos, verifique se existem peças pequenas que saiam com facilidade", aconselha a DECO.

* Não ofereça com afecto, o perigo a uma criança!

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HOJE NO
"JORNAL  DE NEGÓCIOS"

Paulo Neves: 
“Quem tem a liderança sou eu!”

Miguel Almeida afirma que a Nos é o único operador que cresce em todos os segmentos. Mário Vaz que a Vodafone é a única que do ponto de vista orgânico recupera nas receitas do fixo. E Paulo Neves, CEO da Meo, relembra que quem tem a liderança é ele.
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"A Nos é o único operador que cresce em receitas e em todos os segmentos de mercado", disse Miguel Almeida, CEO da operadora, durante o 25.º Congresso de Comunicações da APDC, que decorre esta quarta-feira, 25 de Novembro.

Uma declaração que desencadeou uma cadeia de reacções dos concorrentes.
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Mário Vaz explicou que, em dois anos e meio, a Vodafone Portugal partiu de uma quota residual no fixo para o operador que mais cresce na televisão. "O único operador que, do ponto de vista orgânico, recupera nas receitas".

Além disso, "com todo o respeito pela Nos, a verdade é que a fusão é expectável que resulte em crescimento. São dois activos relativamente fragilizados que se juntam para que daí resulte", comentou o presidente executivo da Vodafone Portugal.

Logo de seguida, Paulo Neves, CEO da dona da Meo, entrou no debate para relembrar: "Quem tem a liderança sou eu!"

De seguida, a palavra passou para o presidente dos CTT, Francisco Lacerda, que em tom de brincadeira comentou: "Vejo que o painel não perdeu energia ao longo dos anos. Eu continuo a ter a posição privilegiada de não ser concorrente".

Já Miguel Almeida rematou: "Em Portugal temos os três operadores bastante satisfeitos, o que é positivo. Temos das mais elevadas taxas de penetração de banda larga e das melhores redes de infra-estruturas".

Durante o debate, Paulo Neves relembrou ainda o recente anúncio da PT Portugal na expansão da rede de fibra óptica a mais de três milhões de casas nos próximos cinco anos.

Quanto à abertura da sua rede a outros operadores, Paulo Neves relembrou que é uma hipótese. "Vamos ter uma oferta comercial para disponibilizar a nossa fibra, como já dissemos. E estamos dispostos a utilizar a fibra que outros façam, em algumas regiões onde não tenhamos fibra", exemplificou.

* Este "bate papo" mais do que parecer uma disputa de concorrentes assemelha-se a uma estratégia de cartelização, atenção ao regulador.

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TANTO PARA  ENOJAR
  COMO SE
INDIGNAR















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HOJE NO
"DESTAK"

Joana Vasconcelos 
"honrada" e "orgulhosa" 
por expor no Museu Thyssen

A artista portuguesa Joana Vasconcelos considerou hoje que é uma "honra" poder estar exposta no Museu Thyssen, em Madrid, um dos mais importantes do Mundo, e que quinta-feira mostra a sua peça "Strangers in The Night". 

"É um momento importante, porque, apesar de já ter feito muitas exposições em Espanha - de ter começado toda a minha carreira aqui, numa galeria espanhola e com um grupo de artistas espanhóis - estar aqui na Thyssen é um orgulho", disse à agência Lusa a artista portuguesa.

A peça "Strangers in The Night", uma instalação em forma de um enorme trono com luzes e faróis de automóveis e táxis, ao som da música de Frank Sinatra, fica exposto no Museu Thyssen, no âmbito da 13.ª Mostra Portuguesa, uma iniciativa da embaixada de Portugal em Madrid.

"Joana Vasconcelos é uma das duas ou três melhores artistas do planeta"
- Agatha Ruiz de la Prada

A designer espanhola Agatha Ruiz de la Prada considerou hoje que a portuguesa Joana Vasconcelos, que quinta-feira expõe pela primeira vez no Museu Thyssen, em Madrid, "é uma das duas ou três melhores artistas mulheres do planeta".

"Considero que Joana Vasconcelos é uma das duas ou três melhores artistas mulheres do planeta, senão mesmo a melhor. Sou super fã", disse a designer espanhola, que hoje esteve na apresentação da obra "Strangers in The Night", da artista portuguesa, no Museu Thyssen de Madrid. 

* É uma honra para o país ela ser portuguesa e ter orgulho nisso.


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DO QUE NOS 

 "ORGULHAMOS"

PORQUE SOU HOMEM




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HOJE NO
"i"
António Costa. 
Vem aí o maior puzzle da vida de Babush

Os puzzles são uma mania do novo líder do PS, o político de carreira que dificilmente poderia ter tido outro percurso. Como foi António Costa até aqui?

Nota: Este texto foi originalmente publicado em Novembro de 2014, depois de António Costa ter chegado à liderança do Partido Socialista. Republicamo-lo hoje que foi indigitado primeiro-ministro.

Babush no dialecto concani (de Goa) é menino em português, mas no vocabulário da família do novo líder do PS quer dizer António, António Costa. O menino tem 53 anos, assume hoje a liderança do PS e já é o candidato do partido a primeiro-ministro, mas ao tio materno continua a “não dar jeito” chamar-lhe António, mesmo quando estão em público.
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A relação entre os dois é tão próxima que adoptaram uma estratégia e ao “camarada-tio” que ouve ao seu sobrinho Jorge Santos responde agora “camarada-sobrinho”. Com conotação política, pois, que a política é o incontornável nome do meio de toda a família, tanto da parte do pai como da mãe de António Costa. Nasceu em Julho de 1961 em Lisboa. Entrou na adolescência em plena infância da democracia. Filho do escritor, publicitário e comunista preso várias vezes pela PIDE Orlando da Costa e de Maria Antónia Palla, jornalista, opositora ao regime, feminista e socialista (afastou-se do partido em 2006). Este contexto podia ter dado num percurso político muito diferente para António Costa? Dificilmente.

“Nasci de esquerda.” A afirmação saiu--lhe numa entrevista publicada em 2009 no “Jornal de Negócios”, mas a verdade é que o novo secretário-geral do PS foi sempre mais moderado que os pais, ou até o tio. “Eu era muito mais radical do que ele e um dia, na casa dos meus pais, tomei uma posição radical de esquerda numa discussão com a minha mãe a seguir ao 25 de Abril. Ele achou que eu tinha faltado ao respeito à avó e cortou relações comigo. Por escrito!” O episódio é contado, entre risos, por Jorge Santos ao i. António teria entre os 15 e os 16 anos quando escreveu uma carta ao tio – que descreveu como “uma figura muito importante” na sua formação – indignado com a atitude. Jorge Santos levou--o a sério e respondeu com igual formalismo, por carta. A zanga passou depressa.

Hoje em dia as fúrias de António Costa são mais audíveis. E não são raras no trabalho. Se o interlocutor não for útil na resolução do problema, o enfado transparece na cara do socialista. Costa é impaciente quando as coisas não correm ao ritmo que quer, grita, enfurece-se muito, e depois passa.

Não é de pedir desculpa depois destes momentos e a paz com o alvo da sua ira reconquista-a de forma indirecta, com um elogio sobre outra coisa qualquer, por exemplo.

Advogado, tropa e professor “Tenacidade, capacidade de trabalho e rigor.” São as três características que Vera Jardim encontra no lado profissional de António Costa. Viu, com Jorge Sampaio, o jovem licenciado tornar-se advogado. Mal saiu da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Costa estagiou no escritório em que os dois socialistas eram sócios do seu “camarada-tio”. Foi no final da década de 80, numa altura em que dava aulas na faculdade (Constitucional). Vera Jardim lembra que a dada altura António ainda acumulou a tropa, já que só cumpriu o serviço militar no final na licenciatura, tinha 27 anos. Depois da recruta, em Tavira, foi colocado na secção de Justiça do quartel-general da região de Lisboa, em São Sebastião. O escritório era próximo, na Duque d’Ávila, e “havia facilidade em deslocar-se”, conta Vera Jardim que lamenta a saída de Costa: “Teria feito uma grande carreira de advogado.”

Como estagiário era pau para toda a obra, apesar de ser o direito público que mais lhe agradava. “No estágio fazia-se de tudo, na altura o trabalho na especialidade não começava tão cedo”, diz Vera  Jardim que recorda o caso que “marcou mais” o agora líder do PS. Vuvu Grace, uma jovem zairense, e a sua filha Benedicte de seis anos chegam a Lisboa para visitarem o marido e pai. Ficam retidas pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras no aeroporto por falta de bilhete de regresso. A defesa de Vuvu foi assumida por Vera Jardim e António Costa, com o Ministério Público a defender o repatriamento.
O PS tratou de trazer para a ribalta mediática o caso que os dois advogados ganharam.

A meio dos anos 90, Jorge Sampaio ainda tentou convencer Costa a manter a actividade profissional no escritório, mas o bichinho da política puxava por ele e António precisava de mais tempo para lhe dedicar. Por essa altura deu-se a escalada política: era deputado na Assembleia da República (entrou em 1991), vereador na Câmara de Loures (eleito em 1993) e membro da direcção do PS (desde 1986). Em 1995 chegou a secretário de Estado, passando da mão de Sampaio para a de António Guterres com quem chegou a ministro, primeiro dos Assuntos Parlamentares e depois da Justiça. Foi eurodeputado por uns meses, eleito em Junho de 2004, e em Março de 2005 foi chamado por Sócrates para ministro da Administração Interna. Saiu em 2007 para Lisboa, até hoje.

O PS Em 1975, com 14 anos, Babush diz aos pais que vai inscrever-se no Partido Socialista. O secretário coordenador da Juventude Socialista era Alberto Arons de Carvalho, um jornalista, tal como Maria Antónia Palla. É a mãe de António que lhe conta a novidade e Arons lembra-se de o ter acompanhado na sua entrada. “Estava lá quando ele chegou” à sede da Jota, em São Pedro de Alcântara, para se inscrever. Entrou cedo na arena política, mas isso não espantou a família.

“Tinha discussões homéricas com o pai”, militante comunista, recorda Jorge Santos. “Sempre com enorme respeito mútuo. Mas não eram discussões de pai para filho, eram de comunista para socialista”, detalha. Durante toda a infância, na casa dos avós maternos, classe média alta, havia um jantar semanal sempre marcado por acesos debates. “Foi criado neste ambiente de confrontação, mas entre pessoas que eram muito unidas”, diz o tio que nunca estranhou o percurso político do “camarada-sobrinho”: “O caldo de cultura dele foi de uma família republicana, oposicionista ao regime.”

No bairro Cresceu em Lisboa, sempre na zona do Bairro Alto, onde vivia com a mãe. Os pais separaram-se logo no seu primeiro ano de vida e António Costa até já admitiu, em entrevista a Anabela Mota Ribeiro, “ter tido a sorte de terem estado separados. Deu-me a oportunidade de ter cada um deles em exclusivo”. O pai, que morreu no início de 2006, Costa descreveu-o como “reservado e afável”. E a mãe? “É a extroversão em pessoa.”

Há uma semana, quando venceu as directas do partido, um dos primeiros abraços foi para Maria Antónia Palla. A cumplicidade cimentou-se sobretudo nos nove anos (entre os quatro e os 13 de António) em que viveram apenas os dois, mas são espíritos bem diferentes. O socialista é reservado e até se descreve como um “tímido” que se “horroriza” em meter conversa com desconhecidos, em campanha por exemplo. Tem dezenas delas no currículo, mesmo na primeira linha, mas mantém este desconforto.

Com a mãe já não debate política há anos. Foi tenso o ano de 2006, em que António era número dois de José Sócrates no governo que acabou com a Caixa dos Jornalistas. Maria Antónia era a presidente e travou uma luta contra o ministro da tutela, Vieira da Silva. Perdeu e saiu da Caixa em 2007, rompendo com o PS. Sem saber manteve-se militante, mas gostava mais de ter votado no filho na condição de simpatizante nas primárias de Setembro. “No fundo, no fundo, votaria sempre no António”, disse em Outubro numa entrevista ao i onde deixou a porta aberta a dar uma nova oportunidade ao PS: “A partir de agora veremos.”

Não foi uma mãe exigente, cobradora de estudos e regras. Os tempos, e também o contexto dos pais de António Costa, eram de uma linha pedagógica de maior liberdade e responsabilidade individual. Maria Antónia era sobretudo a mãe que espicaçava a curiosidade e o espírito crítico do filho, sugerindo livros, música, levando-o a exposições e sobretudo a viagens. Antes do 25 de Abril, aos 12 anos, foram a Milão e, chegados ao hotel ao fim da tarde, deram conta de uma manifestação solidária com Salvador Allende (derrubado por Pinochet) e foram.

Em casa de família ou amigos, Babush cruzou-se sempre com a elite intelectual e cultural da época. Encontrava Sampaio, António Arnaut, Vera Jardim na casa do tio, e através da mãe convivia com Isabel do Carmo, figuras ligada às artes, como José Ernesto Sousa ou Marcelino Vespeira. E também jornalistas, colegas de Maria Antónia, como Rogério Petinga, Alfredo Cunha, Augusto Abelaria.

Depois de sair do Jardim Infantil Luso-suíço, António Costa fez o ciclo preparatório numa secção da escola Francisco Arruda que abriu no Conservatório Nacional, tinha um modelo de ensino avançado para a época. Com o 25 de Abril a secção sai do Conservatório e a sua directora, a pintora Isabel Laginhas, é saneada.

Nas ruas corria a Revolução e na escola correu “a justa luta do Conservatório”, como ficou conhecido na família de António Costa aquele que foi o seu primeiro acto politizado, tinha entre os 12 e os 13 anos. Os alunos ocuparam o Conservatório, houve chuva de pedras, intervenção do COPCON e decidiram chumbar esse ano. Um ano depois, o “Caso República” opôs comunistas e socialistas na redacção do jornal “República”. A esquerda deixou de estar do mesmo lado, na cabeça de António. “Essa ruptura que aconteceu na esquerda portuguesa entrou com muita força na minha vida”, disse na entrevista já citada.

Primeiras revoltas
Não era brilhante, mas nunca foi mau aluno. Era disciplinado e sobretudo autónomo. Vivia protegido num universo que se fazia entre a redacção do “Século Ilustrado”, onde trabalhava a mãe (e onde António Costa chegou a ter uma coluna de crítica de televisão aos 10 anos), a casa dos avós maternos e a casa da mãe onde uma empregada (que ficou com a família 40 anos) apoiava Maria Antónia.

Tudo na mesma zona de Lisboa. Nas deslocações em trabalho que levavam mais tempo, a jornalista deixava António com a sua mãe. Era também na casa dos avós que ficava sempre uma semana no Verão, com as duas primas, na viagem anual que o tio Jorge fazia a Paris. “As minhas filhas gozam. Dizem que o Babush é o filho que eu nunca tive.” Jorge Santos é reformado do Banco de Portugal, onde foi consultor jurídico e acompanhou, ao nível técnico, a adesão de Portugal à CEE e, mais tarde, os trabalhos de adopção da moeda única. Diz, orgulhoso, que é dos poucos que António Costa nunca deixa sem resposta e, por vezes, é chamado até a fazer ponte de informação entre a irmã e o sobrinho.

“O que o tira do sério – e isto acho que herdou de mim  – é que não tem paciência quando uma solução é evidente e tudo emperra para lá chegar.” A avaliação do tio é confirmada pelos que com ele trabalham. Miguel Alves foi adjunto de Costa no Ministério da Administração Interna e, depois, na Câmara de Lisboa. “Percebi que com ele não bastava a primeira resposta, porque ele interpela a partir daí. Um diálogo de trabalho com o António Costa é como um jogo de xadrez, temos de pensar logo na jogada seguinte”, descreve o socialista que é hoje presidente da Câmara de Caminha.

É visto como alguém que se prepara bem para qualquer reunião ou encontro. E apesar das fúrias nas situações mais triviais, “nos momentos de grandes decisões está normalmente calmo”, diz Miguel Alves. Aí torna-se impossível perceber o que lhe vai na cabeça, apesar de, na preparação da decisão, ouvir muita gente. Foi assim no início de 2013, na primeira crise com a liderança de Seguro. Só já quase na hora H é que disse aos mais próximos que avançava contra o líder e já durante um reunião da Comissão Política do PS reponderou e recuou. Sozinho.

Só no primeiro ano do ciclo preparatório é que a mãe o inscreveu na escola, daí em diante fê-lo sempre por si. Também era sozinho que, quando era pequeno, fazia a mala para ir passar os fins- -de-semana a casa do pai. Orlando da Costa foi uma presença constante da vida do filho, sendo visita assídua da casa da ex-mulher onde até passou o seu último Natal. Aos 17 anos levou António pela primeira vez a Goa, com a nova mulher e o outro filho, o jornalista Ricardo Costa. Foram passar o Natal. A origem brâmane (a casta mais alta da Índia) não é assunto de relevo para António, o seu contexto é marcadamente português. Prova disso é que para essa viagem com o pai, a mãe até lhe sugeriu que levasse um livro do prémio Nobel indiano Rabindranath Tagore para se ambientar. António preferiu levar “Os Maias”.

Casou aos 27, saído da casa da mãe. Conheceu a mulher, Fernanda Tadeu, no liceu Passos Manuel, mas só namoraram mais tarde. No tempo da faculdade, Costa era descrito pelos colegas como “romântico e apaixonado/Mas não sabia bem por qual” (ver ao lado). Está casado há 27 anos, tem dois filhos (Pedro e Catarina). Dizem que gosta de roupa, sobretudo sapatos, gosta de jogar ténis, cozinha, visita frequente o mercado de Alvalade para a preparação das empreitadas gastronómicas. Tem uma fixação: puzzles. De milhares de peças. Está a par da novidades nas lojas da especialidade, encomenda o que está para sair. Sempre complicados. O mais complexo de todos vai começá-lo hoje na FIL de Lisboa. 

* Desejamos ao novo primeiro-ministro que faça bem ao país, os seus antecessores Socrates e Passos Coelho puseram os portugueses de rastos.

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