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Era do carvão terminará em 2030,
garante APREN
É possível Portugal atingir "100% de eletricidade renovável na década de 40 deste século", defende Sá da Costa
O presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN),
António Sá da Costa, defendeu na Cimeira do Clima (COP21) em Paris que
em 2030 “de certeza” que não haverá centrais elétricas a carvão em
Portugal.
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António Sá da Costa disse à Lusa, durante a conferência de
apresentação na COP21, do “Compromisso português para o Crescimento
Verde”, que as duas centrais a carvão em Portugal, a de Sines e a do
Pego, “não são eternas” e que, em média, “duram entre 30 a 40 anos”,
apontando inicialmente a “ida para a reforma” das duas centrais para a
década de 2020.
O também vice-presidente da Federação Europeia de Energias Renováveis
sublinhou que Portugal tem “muito bons recursos renováveis” e que “é um
desperdício” não se aproveitar “a matéria-prima que é de borla”,
bastando construir os equipamentos, “ao passo que no carvão ou no gás
natural” gasta-se dinheiro no equipamento e “ao longo da vida das
centrais a comprar combustível”.
“Muitas vezes, diz-se: ‘Ah, mas somos pequeninos, não tem peso’. Se
cada um dos pequeninos fizer o seu papel, ficamos bem na fotografia e o
planeta melhora. Se continuarmos a pensar que o problema não é nosso
então isto continua num processo que vai degenerar para quem vai sofrer
mais com as alterações climáticas”, continuou, alertando que “na Europa,
Portugal será dos mais afetados”.
António Sá da Costa defendeu ainda que é possível Portugal atingir
“100% de eletricidade renovável na década de 40 deste século”, apontando
que “se no ano 2000 a eletricidade tinha cerca de 30 por cento de
renováveis, não é nada do outro mundo passar, em 20 anos, para 60%, nos
dez anos seguintes para 80% e na década seguinte de 80 para 100%”.
O presidente da APREN criticou também “as metas indicativas” que se
estão a esboçar na COP21 porque “quando não existe penalidade por não
cumprir, ninguém cumpre”.
* OXALÁ
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