HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Quinta da Marinha dá ao BPI 88 moradias para pagar dívida de 18 milhões
Miguel Champalimaud, dono da Quinta da Marinha Aldeamentos Turísticos, chegou a um acordo com o seu maior credor, o BPI0.64%,
para pagar uma dívida de 18 milhões de euros. O acordo foi feito na
Justiça e pretende resolver uma dívida que já tinha entrado em crédito
malparado e impedir a falência da empresa de imobiliário. A notícia é
avançada pela Rádio Renascença.
Nos últimos três anos, uma das empresas do ícone imobiliário nacional passou por graves dificuldades financeiras.
.
Esta é uma das nove empresas que fazem parte da holding do império
residencial criado por um dos irmãos Champalimaud, descendentes de
Carlos Montez Champalimaud - a Quinta da Marinha Aldeamentos Turísticos
(QMAT). No início deste ano, a dívida total era superior a 24 milhões de
euros.
Só um acordo após "longas negociações", assinado no final da semana
passada, com o BPI, principal credor da empresa, levou à salvação da
QMAT. Mas neste documento, que resolve as dívidas deste projecto
imobiliário, o banco liderado por Fernando Ulrich decidiu assinar por
entender que isso levará à recuperação desta unidade e também porque
ajudará a que "outras sociedades do Grupo Quinta da Marinha" possam
regularizar e reestruturar passivos perante o banco. A dívida ascendia a
mais de 18 milhões de euros.
O banco disse à Rádio Renascença que os activos desta empresa do
grupo são também garantias hipotecárias de outras sociedades da Quinta
da Marinha para com o BPI.
Esta instituição financeira atribuiu ao lote de 88 moradias - ainda
em fase de infraestruturação -, que a Quinta da Marinha acordou passar
para a propriedade do banco, no valor de quase 16 milhões de euros. Ou
seja, o BPI assume, à cabeça, uma perda de dois milhões de euros. Ainda
assim, as avaliações feitas em 2013 davam conta de que uma venda
imediata se faria por 17 milhões de euros.
A QMAT, liderada por Miguel Sommer Champalimaud, que acumula também a
presidência do grupo, nasceu com o objectivo de desenvolver dois
aldeamentos turísticos, divididos em dois lotes, um com 88 moradias e
outro com 60, ou seja, "148 moradias turísticas unifamiliares".
Em declarações escritas à Renascença, o advogado da Quinta da
Marinha, Paulo Neves Antunes diz que o acordo alcançado pelas partes é
positivo. Caso contrário, "não teria sido celebrado e muito menos
apresentado no âmbito de um PER como o que foi aprovado".
Os outros credores da QMTA eram a SGPS do grupo e o Estado, a quem a
empresa deve mais de dois milhões de euros, mas a quem contesta a
validade desta dívida.
À Quinta da Marinha Aldeamentos Turísticos resta agora o lote 7 como único activo, que se destina à construção de 60 moradias.
* Quando se tem mais olhos que barriga...
.
Sem comentários:
Enviar um comentário