29/05/2015

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Polícias
SEF está à beira do "colapso"

Alerta é do presidente do sindicato de inspectores, que acusa "outras forças policiais" de quererem absorver o serviço.

O SEF não admite inspectores há 12 anos e o serviço está "envelhecido" e "à beira de entrar em colapso". O aviso foi deixado esta sexta-feira pelo presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização (SCIF), na abertura do XVIII congresso da estrutura sindical, em Lisboa. 
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Segundo Acácio Pereira, o SEF conta actualmente com 714 inspectores com uma média de idades de 42 anos. "São estes poucos profissionais que, noite e dia, todos os dias do ano, têm de controlar todos os portos marítimos, fronteiras terrestres e aéreas em Portugal continental e ilhas, desenvolvendo ao mesmo tempo actividades de investigação e prevenção", acrescentou.

O presidente do SCIF queixou-se do "desinvestimento" do governo no serviço - uma política que, defendeu, ficou comprovada recentemente com a suspensão da participação do SEF nas missões da agência europeia Frontex por "absoluta e completa falta de meios humanos". 

Acácio Pereira atribui a falta de investimento à "vontade que outras forças policiais têm de absorver um serviço de excelência como é o SEF". Um desejo que, avisa, é "errado" do ponto de vista da eficácia. "Se o SEF, que é uma força moderna, eficiente, tecnologicamente capaz e sustentável financeiramente, gerando 60% das receitas para as suas despesas, for absorvido por forças maiores, todas as suas qualidades se diluirão no mar de ineficências que caracterizam as outras polícias", alertou.

Já ex-ministro da Administração Interna Rui Pereira, que participou no congresso, admitiu que quando chegou ao governo havia a "intenção de extinguir" o SEF. "Fui frontalmente contra. É uma má ideia e criaria desordem no sistema de segurança interna", considerou o presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo.

O XVIII congresso do sindicato dos inspectores do SEF decorreu esta sexta feira no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.

* Muito preocupante.

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