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Polícias
SEF está à beira do "colapso"
Alerta é do presidente do sindicato de inspectores, que acusa "outras forças policiais" de quererem absorver o serviço.
O SEF não admite inspectores há 12 anos e o
serviço está "envelhecido" e "à beira de entrar em colapso". O aviso foi
deixado esta sexta-feira pelo presidente do Sindicato da Carreira de
Investigação e Fiscalização (SCIF), na abertura do XVIII congresso da
estrutura sindical, em Lisboa.
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Segundo Acácio Pereira, o SEF conta
actualmente com 714 inspectores com uma média de idades de 42 anos. "São
estes poucos profissionais que, noite e dia, todos os dias do ano, têm
de controlar todos os portos marítimos, fronteiras terrestres e aéreas
em Portugal continental e ilhas, desenvolvendo ao mesmo tempo
actividades de investigação e prevenção", acrescentou.
O presidente do SCIF queixou-se do "desinvestimento" do governo no
serviço - uma política que, defendeu, ficou comprovada recentemente com a
suspensão da participação do SEF nas missões da agência europeia
Frontex por "absoluta e completa falta de meios humanos".
Acácio Pereira
atribui a falta de investimento à "vontade que outras forças policiais
têm de absorver um serviço de excelência como é o SEF". Um desejo que,
avisa, é "errado" do ponto de vista da eficácia. "Se o SEF, que é uma
força moderna, eficiente, tecnologicamente capaz e sustentável
financeiramente, gerando 60% das receitas para as suas despesas, for
absorvido por forças maiores, todas as suas qualidades se diluirão no
mar de ineficências que caracterizam as outras polícias", alertou.
Já ex-ministro da Administração Interna Rui Pereira, que participou
no congresso, admitiu que quando chegou ao governo havia a "intenção de
extinguir" o SEF. "Fui frontalmente contra. É uma má ideia e criaria
desordem no sistema de segurança interna", considerou o presidente do
Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo.
O XVIII congresso do sindicato dos inspectores do SEF decorreu esta
sexta feira no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.
* Muito preocupante.
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