ESTA SEMANA NO
"DINHEIRO VIVO"
Estatística ‘apaga’
metade dos pobres em todo o mundo
Banco Mundial quer elevar linha de pobreza para 1,75 dólares, para contornar distorções da paridade de poder de compra
O número de pessoas a viver abaixo do limiar da pobreza em todo o
mundo caiu para metade desde que o Banco Mundial começou a medir o nível
de pobreza em cada país.
Na década de 80, mais de 1,2 mil milhões de
pessoas viviam com menos de 1,25 dólares (pouco mais de 90 cêntimos)
por dia; hoje, há apenas 600 milhões de pessoas nesta situação.
Mas
não há motivo para festejar, já que o fenómeno se deve às novas
estimativas para a paridade de poder de compra, indicador que, para
calcular o volume de bens e serviços que o dinheiro adquire em cada
país, corrige as distorções refletidas nas taxas de câmbio. Os novos
números de PPP já permitem prever, aliás, que a China venha a ocupar o
lugar dos EUA como maior economia do mundo ainda este ano.
Para
fazer face a estas distorções, o Banco Mundial está a equacionar aquele
que será o maior aumento do limiar de pobreza em duas décadas - de 1,25
para 1,75 dólares.
O economista chefe da unidade de pobreza e
desigualdade do Banco Mundial, Peter Lanjouw, salienta que estes
cálculos são preliminares e que serão sujeitos a revisão. E acrescenta
que, apesar de este ser um aumento significativo, também terá de ser
feita uma revisão ao custo de vida.
* A inefável beleza da hipocrisia
.
Sem comentários:
Enviar um comentário