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Confirmada decisão de absolver arguidos dos crimes de Elvas no processo Casa Pia
O Tribunal da Relação de Lisboa confirmou o acórdão da primeira instância que absolveu os arguidos do processo Casa Pia Carlos Cruz, Carlos Silvino, Hugo Marçal e Gertrudes Nunes dos crimes de abuso sexual de menores alegadamente cometidos em Elvas.
A decisão desta quinta-feira
refere-se aos recursos do Ministério Público e do advogado das vítimas
da Casa Pia, Miguel Matias, que surgiram depois de o coletivo de juízes
da 8.ª Vara Criminal de Lisboa, presidido pela juíza Ana Peres, ter
considerado que "não foram provados em audiência de julgamento os
factos" constantes da acusação relativamente aos crimes alegadamente
cometidos na casa de Elvas.
Este veredito dizia apenas respeito
aos crimes sexuais alegadamente praticados em Elvas, matéria factual que
foi separada do processo principal e que a Relação tinha decidido, em
sede de recurso, enviar de novo para julgamento em primeira instância.
Com
a absolvição dos factos de Elvas, Carlos Cruz e Carlos Silvino
evitaram, assim, ver agravadas as penas de seis anos e 15 anos de
prisão, respetivamente, a que haviam sido condenados no primeiro
julgamento do processo, enquanto Hugo Marçal e Gertrudes Nunes, a dona
da casa de Elvas, ficaram isentos de cumprir qualquer pena de prisão.
Além
de Carlos Cruz e Carlos Silvino, foram ainda condenados no primeiro
julgamento a penas de prisão efetiva o ex-embaixador Jorge Ritto (seis
anos e oito meses), Manuel Abrantes, antigo provedor adjunto da Casa Pia
(cinco anos e nove meses), e o médico Ferreira Dinis (sete anos de
prisão).
* Era um acordão esperado, continuamos a não perceber porque o libelo acusatório é tão mal fundamentado.
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