HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"
"Actividade administrativa" da ASA levou
. 43% dos donativos de 2010/2011
É apenas um dos aspectos curiosos e, eventualmente,
criticáveis da vida da ASA - Associação para o Desenvolvimento da
Freguesia de Santo António – detectadas numa auditoria do Tribunal de
Contas. Observações que o TdC sintetiza em seis pontos.
“A actividade administrativa da ASA encontra-se, desde 2006, entregue
à empresa 'TSANGANO – Fiscalização, Apoio Administrativo e Informático,
Lda.', ao abrigo de um contrato de prestação de serviços que, em 2010 e
2011, absorveu cerca de 43% (201 600,00€) dos apoios financeiros
atribuídos pela CMF e por 4 juntas de freguesia do Concelho do Funchal
(466.750,00€) nesse período”, lê-se no ponto seis das referidas
observações.
Mas o auditor constatou que, no período analisado, desde 2002,
existiam seis membros da direcção que, em simultâneo, eram membros de
seis Juntas de Freguesia do Funchal, “evidenciando uma desconformidade
com o art.º 1.º do Estatuto das IPSS, aprovado pelo DL n.º 119/83, de
25.02., situação que pode gerar potenciais conflitos de interesses na
atribuição dos apoios [cfr. os pontos 2.6.1. e 3.1.]”.
De notar que o financiamento da ASA proveio maioritariamente de
protocolos celebrados com a CMF e com as Juntas de São Roque, São Pedro e
de Santa Luzia. Mas, em 2010, a ASA recebeu 669 mil euros de entidades
privadas.
Apesar de financiarem a ASA, as autarquias “não cuidaram de
regulamentar os critérios de atribuição e os procedimentos de
acompanhamento e de controlo dos apoios financeiros protocolados com a
ASA, nem fiscalizaram a sua execução nos termos acordados nos
protocolos”.
O Tribunal de Contas também detectou que “os processos das famílias
apoiadas pela ASA não se encontravam devidamente instruídos na medida em
que não permitiam identificar as quantidades e o custo dos materiais
atribuídos, as condições sócio-económicas das famílias apoiadas e os
seus beneficiários”.
Por fim. Mas não menos importante, o auditor constatou que “a ASA não
observou o regime da contratação pública a que se encontrava sujeita
(...) tendo adquirido, em 2010 e 2011, bens e serviços sem a precedência
de qualquer procedimento ou fundamentação legal”.
* O que há de sacos azuis pela região...
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