HOJE NO
"RECORD"
Michael Rasmussen assume
doping entre 1998 e 2010
O ciclista dinamarquês Michael Rasmussen, que foi despedido da
holandesa Rabobank quando estava perto de vencer a Volta a França de
2007, admitiu ter-se dopado durante 12 anos, entre 1998 e 2010, e
anunciou o abandono.
Em conferência de imprensa, Rasmussen,
de 38 anos, disse que contou às autoridades dinamarquesas e
internacionais todos os detalhes da sua experiência com o doping e que
aceitou uma suspensão de dois anos, mas recorreu a um acordo de
confidencialidade para agora não dar mais detalhes.
O
ciclista dinamarquês, que até hoje sempre negou ter recorrido ao doping,
foi suspenso por dois anos pela União Ciclista Internacional (UCI) por
mentir sobre o seu paradeiro antes da edição de 2007 da Volta a França
em bicicleta e assim escapar a controlos inopinados. No regresso à
competição, em 2009, Rasmussen venceu o prólogo da Volta a Chihuahua, no
México.
Em 26 de julho de 2007, uma etapa da "Grande Boucle"
iniciou-se pela primeira vez na história sem camisola amarela, na
sequência da retirada de Rasmussen, a pedido da Rabobank, quando, a
quatro tiradas do final, liderava a corrida com 3.10 minutos de vantagem
para o espanhol Alberto Contador e depois de ter vencido duas etapas de
alta montanha nessa edição da corrida, nos Alpes e nos Pirenéus.
Recentemente,
em dezembro de 2012, Rasmussen exigiu 5,8 milhões de euros [ME] à
equipa Rabobank por alegados danos morais e prejuízos de imagem na sua
carreira, alegando, num tribunal de Arnhem, na Holanda, que os
responsáveis da equipa tinham tido conhecimento de que o atleta estaria a
preparar a participação no Tour em Itália e não no México, como estava
anteriormente previsto.
Em outubro de 2012, o banco holandês
Rabobank anunciou o fim do acordo de patrocínio de 17 anos à equipa
masculina de ciclismo, porque a confiança na modalidade tinha
desaparecido no rescaldo da condenação da Agencia Antidopagem
Norte-Americana no caso do ciclista Lance Armstrong.
Entretanto,
vários ciclistas admitiram ter recorrido a substâncias dopantes quando
alinharam na Rabobank, entre os quais o holandês Thomas Dekker e o
norte-americano Levi Leipheimer.
* O desporto de rastos
.
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