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HOJE NO
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Famílias resgataram 90 milhões dos
. certificados de aforro em Setembro
As famílias continuam a retirar dinheiro dos certificados de aforro e
resgataram mais 90 milhões de euros em setembro, no primeiro mês em que
o instituto que gere a dívida pública suspendeu a subscrição de
certificados do tesouro.
De acordo com os dados hoje publicados pelo IGCP - agora chamado
Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública desde que foi
transformado em Entidade Pública Empresarial (EPE) -, o dinheiro
aplicado pelos privados em certificados de aforro no final de setembro
era de 9.714 milhões de euros, contra os 9.752 milhões registados no
final de agosto, ou seja menos 38 milhões de euros.
Em setembro, as famílias resgataram 90 milhões de euros dos
certificados de aforro, tendo subscrito 52 milhões, o que resulta numa
saída líquida de 38 milhões de euros. Desde o início do ano, o saldo
líquido dos certificados de aforro caiu em 1670 milhões de euros.
Já nos certificados do tesouro as amortizações foram de quatro
milhões de euros. Não houve qualquer emissão uma vez que o instituto que
gere a dívida pública portuguesa decidiu no final de agosto suspender
as subscrições de Certificados do Tesouro a partir de 01 de setembro.
Esta decisão aconteceu apenas dois anos depois de estes instrumentos
terem sido criados pelo então ministro das Finanças, Teixeira dos
Santos, para conter a sangria que se tem vindo a verificar nos
certificados de aforro. Agosto foi o último mês em que era possível
subscrever este instrumento.
A 30 de setembro, estavam 1.427 milhões de euros investidos pelos
particulares nestes instrumentos, menos precisamente quatro milhões do
que em agosto. Em virtude da inexistência de emissões, o saldo destes
caiu em setembro, contrariando a tendência que vinha a ser seguida,
ainda que os aumentos fossem pouco significativos.
Desde o início do ano os particulares aplicaram mais 119 milhões de euros em certificados do tesouro.
O presidente do IGCP, João Moreira Rato, disse recentemente que o
instituto que gere a dívida pública está a estudar o lançamento de novos
produtos de poupança destinados ao público em geral, os quais deverão
ser conhecidos ainda no primeiro semestre de 2013.
* Os certificados de aforro são pequenas poupanças na sua grande maioria, esses pequenos aforradores deparam-se com problemas graves na economia familiar e portanto recorrem aos certificados, nada que os iluminados do governo não contassem.
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