17/09/2012



 

HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Mexidas na TSU 
podem custar 68 mil empregos 

Estudo da Universidade do Minho conclui que as mudanças da TSU terão impacto negativo no emprego

Os professores da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho não acreditam que as alterações nas contribuições das empresas e dos trabalhadores para a Segurança Social tenham um efeito positivo na questão do desemprego. Muito pelo contrário. Estas mudanças não deverão ter impacto a curto-prazo, levando, no entanto, a uma redução mais de 30.000 empregos a longo-prazo. E, no desemprego de longa-duração, as perspectivas também não são animadoras.

As conclusões fazem parte do estudo "Emprego e TSU: O impacto no emprego das alterações nas contribuições dos trabalhadores e das empresas", onde os docentes e economistas contrariam a visão do Governo quanto ao impacto no mercado de trabalho decorrentes das mudanças da Taxa Social Única (TSU) para os trabalhadores e empresas no emprego, anunciada por Passos Coelho há pouco mais de uma semana.
"De acordo com o modelo empírico estimado, as alterações dos descontos para a Segurança Social levam a que se perca cerca de 33.000 empregos. Considerando um intervalo de confiança de 95%, os nossos resultados sugerem que a perda de empregos pode ser na ordem dos 68.000", aponta o estudo. Na melhor das hipóteses, estas alterações deverão conduzir à criação de 1.000 postos de trabalho.
Por outro lado, no desemprego de longa duração (55% do desemprego total em 2010), o impacto da descida das contribuições das empresas é "estatisticamente não significativo", enquanto o aumento da TSU para os trabalhadores irá "traduzir-se num aumento do peso dos desempregados de longa duração".
 Tudo isto num cenário de redução de emprego acompanhada por um abandono dos trabalhadores do mercado de trabalho. "A subida da TSU para os trabalhadores tem um impacto negativo assinalável na população activa. Tal efeito pode dever-se, por exemplo, à redução do salário líquido que leva ao abandono do mercado de trabalho (via emigração, por exemplo)", sublinham os especialistas.
O estudo foi realizado por Luis Aguiar-Conraria, Fernando Alexandre, Joao Cerejeira e Miguel Portela, da Universidade do Minho, e por Pedro Bação, da Universidade de Coimbra. 

 * Só os sabichões da toika que afinal erram que se fartam e os iluminados do governo é que marram neste desvario financeiro, já chega de incompetência e omissões.


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