20/02/2012




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Empresa de Coimbra constrói casas 
que podem ser mudadas de local

A Cool Haven, empresa com sede em Coimbra, criou um novo conceito de casa, "resistente, económica, ecológica", de construção rápida e com uma versatilidade que permite alterar a dimensão ou ser desconstruída e mudada de local.

A nova casa "distingue-se por um sistema modular versátil, seguro e rápido", disse à agência Lusa Joaquim Rodrigues, cofundador e administrador da empresa, criada em 2009.

"O novo modelo construtivo não é comparável a uma casa pré-fabricada", pois, além da resistência e longevidade, "tem uma versatilidade muito maior", podendo a sua dimensão variar com o acréscimo ou a redução de módulos.

Trata-se de um conceito que faz lembrar as construções Lego, admite Joaquim Rodrigues, explicitando que a Cool Haven permite responder, por exemplo, ao "aparecimento de um filho na família", com o acréscimo de divisões, "com a mesma facilidade com que pode ser dividida ao meio", perante uma situação de divórcio.

Uma parte da casa pode manter-se no local onde foi instalada e a outra parte ser reconstruída noutro sítio, explicita aquele responsável, referindo que os elementos mais pesados não ultrapassam os 120 quilos cada um e que "uma casa cabe num contentor de 40 pés" (cerca de 12 metros).

Destinada, essencialmente, à habitação, embora possa ter outros fins, este tipo de edifício "tem um tempo estimado de construção de 150 metros quadrados inferior a um mês".

A desconstrução "é tão fácil e tão simples como a construção", assegura aquele responsável, sublinhando que, "devido à sua conceção estrutural", a casa Cool Haven "é extremamente segura", designadamente, perante "atividade sísmicas ou tempestades ciclónicas".

Além da versatilidade, a Cool Haven "é também uma casa inteligente", podendo dispor das mais recentes tecnologias de domótica, desenvolvidas, tal como outras soluções, através de parcerias com empresas e estabelecimentos de ensino e investigação, portugueses e estrangeiros, como a Universidade de Coimbra, no seio da qual o projeto foi iniciado.

A casa pode aproveitar energias renováveis, desde a solar à geotérmica, e dispor de um sistema de recuperação das águas das chuvas.

"Pretendemos, não só na manutenção, mas também no fabrico, construção e instalação, produzir zero de CO2" (dióxido de carbono), salienta Joaquim Rodrigues.

No fundo, sintetiza o administrador da Cool Haven, está a ser criada "uma coisa que ainda não existe no mundo: uma marca de casas".

O preço da casa Cool Haven - "a partir de valores da ordem dos 700 euros por metro quadrado" - varia em função das suas dimensões, equipamentos e acabamentos.

França é, para já, o mercado prioritário da Cool Haven. "É um país equilibrado e com normas muito sólidas" e se as casas Cool Haven responderem às exigências ali impostas, ficarão "muito bem colocadas para enfrentar qualquer mercado", acredita Joaquim Rodrigues.

Instalada no parque tecnológico de Coimbra (iParque), na primeira casa Cool Haven, a empresa já tem "algumas encomendas para Portugal e França", mas a sua comercialização não significa, garante Joaquim Rodrigues, que a empresa abrande "a investigação e estudos de aperfeiçoamento deste novo sistema construtivo".


* GENIAL e façam contas, por exemplo, a uma casa com 100 m2. Acrescentem o preço do terreno e taxas comuns a qualquer andar padrão.

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