Investigadora portuguesa publica artigo
sobre medicina regenerativa
sobre medicina regenerativa
A revista científica Nature publica, na sua próxima edição, um artigo que "abre portas" à utilização de células diferenciadas na medicina regenerativa, que conta com a participação de uma investigadora portuguesa.
Em comunicado enviado à Lusa, a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) revela que Joana Marques, investigadora daquela faculdade, é "coautora" desse artigo científico.
O trabalho em causa, desenvolvido na Universidade de Cambridge, "revela novas informações sobre a ação de uma determinada modificação epigenética (hidroximetilação) no processo de pluripotência e diferenciação das células estaminais embrionárias".
Acrescenta que esse conhecimento poderá ser útil para criar eficazmente células pluripotentes induzidas a partir de células comuns, sendo que "as células pluripotentes induzidas poderão ser alteradas de forma a integrar qualquer tipo de tecido humano, abrindo portas à sua utilização na medicina regenerativa".
O projeto que Joana Marques está a desenvolver tem por objetivo "avaliar a influência de vários genes na transformação de células comuns em células pluripotentes induzidas".
A investigadora explica que estas células poderão "entrar na formação de qualquer órgão", tal como as células embrionárias, "mas apresentam a vantagem de não levantarem os problemas éticos e deontológicos que as células estaminais embrionárias implicam".
Para além disso, acrescenta a FMUP, este tipo de células elimina também o risco de rejeição comparativamente às estaminais embrionárias, uma vez que se usam nos pacientes as suas próprias células.
A equipa responsável por esta investigação verificou que "esta nova marca epigenética (hidroximetilação) está associada a um aumento da expressão dos genes e, quando provocada a diminuição dos seus níveis em laboratório, verifica-se que as células adquirem uma propensão para a diferenciação, ou seja, deixam de ser pluripotentes".
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11/04/11
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