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Está na hora…
Sou da geração que lutou para acabar com os julgamentos de mulheres por terem feito um aborto. Sou da geração que aposta que esta nova geração de raparigas e rapazes vai prosseguir a luta, não só pela aplicação da lei, mas pelo seu alargamento.
Sou da geração em que as nossas mães não falavam em abortos.
Sou da geração em que a palavra aborto era tabu.
Sou da geração em que milhares de mulheres morriam todos os anos por abortos clandestinos.
Sou da geração que lutou para acabar com os julgamentos de mulheres por terem feito um aborto.
Sou da geração que viu finalmente o reconhecimento do direito à
escolha, de as mulheres poderem abortar em condições dignas, sem terem
de se sujeitar a explicações.
Sou da geração que viu os benefícios de uma lei que dava dignidade a um acto médico devidamente acompanhado pelo SNS.
Sou da geração que assistiu às investidas dos anti-escolha para dificultar a aplicação da lei.
Sou da geração dos que assistiram ao calvário de quem enfrentava o
labirinto burocrático, ao mesmo tempo que lutava contra o tempo que se
escoava impiedosamente.
Sou da geração que descobriu um país onde em muitas instituições só havia objectores de consciência.
Sou da geração que soube, desde o primeiro momento, que nada está garantido e que é preciso continuar na luta.
Sou da geração que está disposta a continuar a luta, porque há muito ainda a alcançar.
Sou da geração que aposta que esta nova geração de raparigas e
rapazes vai prosseguir a luta, não só pela aplicação da lei, mas pelo
seu alargamento.
Estamos firmemente dispostos/as a continuar esta luta por um direito fundamental de que não abrimos mão.
* Professora aposentada, feminista e sindicalista
Sou da geração em que as nossas mães não falavam em abortos.
Sou da geração em que a palavra aborto era tabu.
Sou da geração em que milhares de mulheres morriam todos os anos por abortos clandestinos.
Sou da geração que lutou para acabar com os julgamentos de mulheres por terem feito um aborto.
Sou da geração que viu finalmente o reconhecimento do direito à escolha, de as mulheres poderem abortar em condições dignas, sem terem de se sujeitar a explicações.
Sou da geração que viu os benefícios de uma lei que dava dignidade a um acto médico devidamente acompanhado pelo SNS.
Sou da geração que assistiu às investidas dos anti-escolha para dificultar a aplicação da lei.
Sou da geração dos que assistiram ao calvário de quem enfrentava o labirinto burocrático, ao mesmo tempo que lutava contra o tempo que se escoava impiedosamente.
Sou da geração que descobriu um país onde em muitas instituições só havia objectores de consciência.
Sou da geração que soube, desde o primeiro momento, que nada está garantido e que é preciso continuar na luta.
Sou da geração que está disposta a continuar a luta, porque há muito ainda a alcançar.
Sou da geração que aposta que esta nova geração de raparigas e rapazes vai prosseguir a luta, não só pela aplicação da lei, mas pelo seu alargamento.
Estamos firmemente dispostos/as a continuar esta luta por um direito fundamental de que não abrimos mão.
* Professora aposentada, feminista e sindicalista
IN "ESQUERDA" - 04/10/24.
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