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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
"AÇORIANO ORIENTAL"
Parlamento aprova por unanimidade voto de pesar pela morte de Zuraida Soares
A Assembleia Legislativa dos Açores aprovou hoje, por unanimidade, um voto de pesar pela morte da deputada bloquista Zuraida Soares, “defensora da liberdade e da democracia” que “lutou intransigentemente contra todas as injustiças”
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O documento que foi hoje a votos, no primeiro
dia da sessão plenária de fevereiro, foi subscrito por todos os partidos
com assento parlamentar e deixa um voto de pesar pela morte, no sábado,
de Zuraida Soares, “feminista, defensora das minorias, dos direitos
individuais e da cultura”, que “lutou intransigentemente contra todas as
injustiças” e “defendeu sempre os Açores”.
O
plenário açoriano realizou um minuto de silêncio em memória de Zuraida
Soares, deputada que “enfrentava sempre o debate parlamentar com paixão,
acutilância, inteligência e tantas vezes com humor, e era
reconhecidamente uma parlamentar de exceção”.
“Dotada
de uma invulgar inteligência, a que se juntava uma grande alegria de
viver e uma combatividade e perseverança inigualáveis, marcou-nos a
todos de forma indelével e inspiradora”, segundo o voto lido pelo líder
parlamentar do BE/Açores, António Lima.
A
bloquista foi coordenadora do partido entre 2004 e 2014, e membro da
Mesa Nacional do Bloco de Esquerda até à X Convenção Nacional, em 2016.
Zuraida
Soares foi eleita deputada regional, pela primeira vez, em 19 de
outubro de 2008, tendo sido reeleita em 14 de outubro de 2012 e 16 de
outubro de 2016.
A antiga deputada regional
tinha deixado o parlamento dos Açores em 20 de setembro de 2018, tendo
na ocasião sido aplaudida de pé pelas demais bancadas.
Nascida
em Lisboa em 26 de julho de 1952, Zuraida Soares era licenciada em
Filosofia pela Universidade Católica Portuguesa, tendo-se formado
posteriormente em Ciências da Educação.
A bloquista tinha também uma pós-graduação em Filosofia Contemporânea e Filosofia Medieval.
Na
despedida do parlamento açoriano, em 2018, afirmou: “Não há nada que dê
mais colorido e força à vida do que lutar por uma sociedade mais digna,
mais democrática, mais humana, mais tolerante, mais decente e,
sobretudo, no fim, por uma sociedade e por uma terra sem amos”.
* Uma grande senhora que faz falta a Portugal.
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