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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Joacine:
"Não podem exigir que deixe de
gaguejar de uma hora para outra"
A
deputada única do partido Livre, Joacine Katar Moreira, assegurou esta
terça-feira que vai manter-se em funções como deputada e que "a mensagem
irá ser compreendida", apesar das apreciações negativas às suas
primeiras prestações no parlamento devido à profunda gaguez.
"Irei
manter, naturalmente, todas as minhas funções, participar na Assembleia
da República, da maneira que eu necessito. Independentemente de
gaguejar ou não, a mensagem irá ser uma mensagem compreendida",
salientou, em declarações à agência Lusa.
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Sobre
a primeira semana de trabalho regular no Palácio de São Bento, a
ativista descreveu-a como uma "semana de adaptação, um tempo de conhecer
o regimento" e de instalação do seu gabinete.
"É óbvio que eu irei cumprir e corresponder a todas as necessidades e
exigências que qualquer deputado nacional tem ali. Mas, é óbvio, que
ninguém pode exigir que eu, de repente, passe a explicar-me com
objetividade para satisfazer o incómodo que origino a alguns. Da mesma
maneira, não podem exigir que eu deixe de gaguejar de uma hora para
outra com o objetivo de acalmar os espíritos mais revoltosos e que têm
imensa dificuldade em relacionar-se com igualdade", defendeu.
Os primeiros dias no parlamento tem sido
também ocupados a elaborar a primeira iniciativa legislativa do partido
que tem como símbolo uma papoila: um projeto de lei para dar honras de
Panteão Nacional ao antigo cônsul português em Bordéus Aristides de
Sousa Mendes, o qual, durante a Segunda Guerra Mundial, desobedeceu ao
então chefe do Governo, Oliveira Salazar, e deu milhares de vistos de
entrada em Portugal a refugiados, sobretudo judeus que fugiam da
Alemanha nazi.
"Obviamente que eu sou
uma deputada eleita pelos portugueses e, naturalmente, todas as pessoas
que, na altura, resolveram votar no meu partido sabiam exatamente que,
caso eu fosse eleita, eu era uma mulher e gaguejaria. Acho de uma ironia
enorme perguntarem-me hoje se faço intenção ou não de manter as minhas
intervenções na Assembleia da República pelo facto de eu gaguejar",
disse ainda Joacine Moreira.
* Entendemos que a senhora deputada deve continuar a expressar-se na A.R., tem esse direito porque foi eleita. Mas, são dispensáveis as frases de ódio que às vezes profere e também dispensáveis referências à cor da pele, no parlamento as palavras que se dizem devem ter a melhor dimensão.
* Entendemos que a senhora deputada deve continuar a expressar-se na A.R., tem esse direito porque foi eleita. Mas, são dispensáveis as frases de ódio que às vezes profere e também dispensáveis referências à cor da pele, no parlamento as palavras que se dizem devem ter a melhor dimensão.
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