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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Ângelo Correia.
“Uma sede violenta de poder
vai destruir o PSD”
Ângelo Correia, ex ministro e ex-dirigente do PSD, diz que avanço de Montenegro é "incompreensível" porque partido vai chegar às eleições em pé de guerra. E não antevê um futuro bom para o PSD.
Ângelo Correia não vê com bons olhos a intenção de Luís Montenegro desafiar, agora, a liderança de Rui Rio. Em declarações à TSF,
aquele foi foi uma espécie de mentor de Passos Coelho numa primeira
fase, diz que as movimentações internas vão debilitar o partido numa
altura em que devia estar concentrado para as eleições.
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“Tudo
isso vai ocupar o partido numa luta interior, interna, que vai ter um
grau de polarização extrema e que vai coincidir quase com as eleições
(legislativas).” Ou seja, nessa altura, o PSD “vai estar em convulsão,
pior do que está hoje em dia”, disse.
Por essa razão, Ângelo Correia considera que uma candidatura neste
momento é “incompreensível”. E não se poupa nas críticas para os
adversários internos de Rio: “Eles que andavam a acusar o Rui Rio de ser
muleta do PS estão a provar ser a própria muleta. É incompreensível, a
não ser por uma sede violenta e de poder que, na prática, vai destruir o
partido”.
É esse o desfecho que antevê para o PSD caso não mude
de lógica interna. Para Ângelo Correia, Montenegro (ou qualquer outro)
devia esperar pela ida às urnas, porque se Rio perdesse, o desafiador
teria “mais alguma legitimidade para atuar a seguir em congresso”. Assim
sendo, diz, Montenegro “está num processo de flagelação interna do
partido.”
* Assim vai a orgia do poder.
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