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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Costa diz que acordo do Brexit
é uma "prova extraordinária
da unidade europeia"
O
primeiro-ministro, António Costa, considerou que o processo negocial que
culminou este domingo com o aval dos 27 ao acordo do "Brexit" foi uma
das manifestações mais importantes da solidez e do futuro do projeto
europeu dos últimos anos.
Em
declarações aos jornalistas, após a conclusão de um Conselho Europeu
dedicado à validação do acordo de saída do Reino Unido da União e da
declaração política que estabelece os parâmetros para a relação futura
entre as partes, António Costa disse acreditar que a negociação do
"Brexit" foi "uma das manifestações mais importantes da solidez e do
futuro do projeto europeu" dos últimos anos.
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"Este
processo negocial foi uma prova extraordinária da unidade e da
solidariedade europeia. Ao longo destes meses, não houve uma única
fissura entre os 27 Estados-membros, e por outro lado houve total
solidariedade de todos os Estados-membros com cada um dos problemas
específicos que alguns Estados-Membros tinham nesta negociação",
observou.
O primeiro-ministro
referiu-se especificamente ao 'braço de ferro' entre o Governo espanhol e
Londres devido a Gibraltar, e à questão da fronteira irlandesa, um dos
grandes obstáculos com que as equipas de negociadores se depararam para
concluir o acordo de saída.
"Ninguém
deixou a Espanha isolada na negociação sobre Gibraltar, ninguém deixou o
Chipre isolado na negociação com o Reino Unido, ninguém deixou a
Irlanda isolada na negociação da sua fronteira. Significa isto que todos
podemos contar com a UE e todos, nos momentos difíceis, somos capazes
de nos unir", evidenciou.
A cimeira europeia de hoje chegou a estar em dúvida devido um braço de ferro entre Madrid e Londres por causa de Gibraltar.
O
suspense instalado em Bruxelas nos últimos dias dissipou-se na tarde de
sábado, quando Espanha recebeu as "garantias" que clamava para
ratificar o acordo do 'Brexit', e o primeiro-ministro espanhol anunciou
que iria endossar quer este texto, quer a declaração política da relação
futura.
Pedro Sánchez tinha ameaçado
votar contra, ou em última instância boicotar a cimeira europeia, se não
houvesse uma clarificação do artigo 184 do acordo de saída, que na
opinião do Governo espanhol estabelecia que, no futuro, os assuntos
relacionados com Gibraltar seriam abordados exclusivamente entre Londres
e Bruxelas.
Para Madrid, era
fundamental que ficasse escrito que nenhum acordo futuro entre a UE e
Londres fosse aplicado no território ultramarino britânico, cedido em
1713, mas ainda hoje reivindicado pelas autoridades espanholas, sem o
visto prévio espanhol, o que foi consumado com duas declarações anexadas
às conclusões do Conselho Europeu de hoje.
Costa
antecipou ainda a relação futura com o Reino Unido, esperando que esta
esteja à altura da ambição expressa pelos dois blocos.
"O
Reino Unido nunca será para a UE um terceiro estado igual a outros
terceiros estados. Será sempre o vizinho mais próximo, o aliado mais
importante, o parceiro económico mais relevante, e um amigo para
sempre... por isso a relação futura não pode ser meramente económica,
tem de cobrir a área da defesa, da segurança interna e da relação entre
os povos", concluiu.
* Até aqui os 28 da Europa viveram sob a ditadura do trio franco-germano-britânico, acham que a UE é um símbolo de extraordinária unidade?
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