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"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Mensagem póstuma de
Stephen Hawking é um alerta
O
cosmólogo britânico Stephen Hawking avisa, numa mensagem póstuma
transmitida esta segunda-feira no lançamento do seu último livro, em
Londres, que a ciência e a educação estão ameaçadas no mundo.
A
obra "Breves respostas a grandes perguntas", que compila as últimas
reflexões do cientista sobre o Universo, foi apresentada em Londres
pelos filhos Lucy e Tim.
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O físico teórico considerava que a educação e a ciência estavam "em perigo agora mais do que nunca", mencionando a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos e a saída do Reino Unido da União Europeia como parte de uma "revolta global contra especialistas, incluindo cientistas".
O físico teórico considerava que a educação e a ciência estavam "em perigo agora mais do que nunca", mencionando a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos e a saída do Reino Unido da União Europeia como parte de uma "revolta global contra especialistas, incluindo cientistas".
Na mensagem, Stephen Hawking voltou a exortar os jovens "a olharem para as estrelas e não para os pés",
assumindo que a ciência ainda necessita de superar grandes desafios,
como as alterações climáticas, a extinção de espécies, a desflorestação,
a degradação dos oceanos e o excesso de população.
Nas palavras da filha Lucy, emocionada por escutar novamente a voz do pai, "Breves respostas a grandes perguntas" resume-se a "um apelo à unidade e à humanidade" para "encontrar soluções" para os desafios do mundo.
Lucy Hawking contou que o pai, antes de morrer, em 14 de março,
se manifestava preocupado ao afirmar que "quando os desafios globais
requerem uma maior união e cooperação" as pessoas assumem um pensamento
"cada vez mais local, fragmentado e dividido".
O
livro, que foi concluído por colegas de Stephen Hawking e família,
procura responder a questões como se existe Deus, como começou tudo, se
se pode prever o futuro ou o que há dentro de um buraco negro.
Para o cosmólogo britânico, segundo a
filha, o mais importante era "responder às grandes perguntas de uma
maneira acessível, divertida e relevante para todo o mundo".
Tim
Hawking, o filho mais novo, preferiu realçar no lançamento mundial da
obra, no Museu da Ciência de Londres, um dos locais favoritos do físico,
a sua faceta mais humana, a de que também se preocupava com os assuntos
do dia-a-dia dos filhos.
Stephen
Hawking, que sofria de uma doença neurodegenerativa que o deixou numa
cadeira de rodas e a comunicar através de um sintetizador de voz, morreu
com 76 anos.
As suas cinzas estão
depositadas na Abadia de Westminster, em Londres, entre as sepulturas do
físico Isaac Newton (1643-1727), que formulou a lei da gravitação
universal, e do naturalista Charles Darwin (1809-1882), que postulou a
teoria da evolução das espécies por seleção natural.
* Um homem como poucos.
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