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Porém, um sólido caminho tem vindo a fazer-se nos últimos anos. Há mudanças de fundo em curso no Ensino Superior e a publicação do Decreto-Lei n.0º 65, em 16 de agosto, é um testemunho real deste facto, reforçando o papel social das instituições e o seu compromisso com o conhecimento, favorecendo a contextos de diversificação das IES (Instituições de Ensino Superior), definindo condições que promovem a estabilização e rejuvenescimento do pessoal docente, corrigindo, deste modo, a trajetória de desinvestimento do início da década.
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IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
24/08/18
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Capacitar e diversificar
o Ensino Superior
É consensual reconhecer-se o papel do
Ensino Superior no desenvolvimento do país e das pessoas. Mas, no geral,
trata-se de uma opinião epidérmica que diz a frase, mas não se implica
na sua adoção quando se discutem as opções estratégicas para o país e
envelope financeiro que as suporta.
Porém, um sólido caminho tem vindo a fazer-se nos últimos anos. Há mudanças de fundo em curso no Ensino Superior e a publicação do Decreto-Lei n.0º 65, em 16 de agosto, é um testemunho real deste facto, reforçando o papel social das instituições e o seu compromisso com o conhecimento, favorecendo a contextos de diversificação das IES (Instituições de Ensino Superior), definindo condições que promovem a estabilização e rejuvenescimento do pessoal docente, corrigindo, deste modo, a trajetória de desinvestimento do início da década.
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As
IES não são ilhas isoladas, mas atores capitais das economias e
democracias do conhecimento e o seu papel tem sofrido alterações
profundas a nível mundial. O conhecimento e a inovação conhecem hoje
novos espaços de criação e transmissão que não exclusivamente
académicos, novos players e desafios. A responsabilidade primeira das
IES é redimensionarem-se neste ecossistema, trabalhando em rede com
diferentes parceiros sem alienar o seu estatuto de liderança na defesa
da autonomia e da liberdade na criação cultural e científica. É este o
sentido que fundamenta a realização de doutoramentos em ambientes não
estritamente académicos (laboratórios do Estado, unidades de saúde ou
empresas com atividade relevante de I&D, etc.) ou de mestrados
profissionalizantes em parcerias com empresas, associações
socioprofissionais e outras organizações. Os doutoramentos nos
Politécnicos são a sequência natural da abertura aos desafios do
presente e o reconhecimento de uma competência demonstrada pelas IES.
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Diversificar
é estimular a identidade própria de cada IE, a sua capacidade de se
desenvolver e reverter para a sociedade o investimento que o país fez
nela. É especializar, fomentando a diferença numa cultura de qualidade e
mérito.
*PROFESSORA COORDENADORA DO POLITÉCNICO DO PORTO
IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
24/08/18
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