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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Supercampeão Nelo investe 10 milhões para produzir caiaques na ex-Qimonda
A Nelo, que já conquistou 93 medalhas olímpicas, está a investir 10 milhões de euros na construção de uma nova fábrica. O maior produtor mundial de caiaques vai ocupar as antigas instalações da polémica Qimonda Solar, em Vila do Conde.
Sabe quem é o português mais medalhado dos Jogos Olímpicos? Chama-se
Manuel Ramos e é dono da Nelo, nome por que é conhecido e marca dos
caiaques que conquistaram 93 medalhas nas últimas seis edições dos Jogos
Olímpicos (JO). No ano passado, nos JO do Rio de Janeiro, quatro em
cada cinco atletas utilizaram embarcações produzidas em Vila do Conde.
Resultado: em 35 medalhas possíveis, 27 foram ganhas a bordo da Nelo. E
em cada taça do mundo soma mais umas largas dezenas.
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"Mais rápido, mais alto, mais forte" é o lema olímpico. Em Dezembro passado, mês em que completou 57 anos de idade, Manuel Ramos deu o tiro de partida para a sua provavelmente mais arriscada aventura empresarial: 10 milhões de euros de investimento na deslocalização da actual fábrica para uma nova unidade, revelou o próprio ao Negócios. "A mudança deverá acontecer em Maio, quando se prevê que as obras estejam concluídas", adiantou.
O maior produtor mundial de caiaques adquiriu as antigas instalações da Itarion Solar, nome de um mega-projecto internacional que não saiu do papel e que também fica situado em Vila do Conde, no perímetro industrial da ex-Qimonda (actual Nanium), em tempos a maior exportadora nacional. "Adquirimos o imóvel à Casais", confirmou Manuel Ramos.
1.º campeão em 1979
MAR Kayaks é a denominação social da empresa e corresponde às iniciais de Manuel Alberto Ramos, que começou a fabricar caiaques em 1978, quando a canoagem ainda não era uma actividade regulada em Portugal. No ano seguinte nascia a Federação Portuguesa de Canoagem. E Ramos foi o primeiro campeão da modalidade, logo em 1979. E com um caiaque feito por si.
Com um mercado nacional bastante residual, devido ao pequeno número de praticantes e baixo poder de compra, Nelo virou-se para o exterior. Começou pelo Reino Unido, hoje vende para mais de uma centena de países, que absorvem cerca de 98% da produção.
Qual é o segredo do sucesso mundial? Além da referida qualidade dos caiaques que fabrica, todos feitos com matéria plástica reforçada com fibra de carbono, Nelo aposta na troca de "feed back" com os clientes, fornecendo barcos personalizados.
* A NELO é um invulgar exemplo de excepcional empreendedorismo português.
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"Mais rápido, mais alto, mais forte" é o lema olímpico. Em Dezembro passado, mês em que completou 57 anos de idade, Manuel Ramos deu o tiro de partida para a sua provavelmente mais arriscada aventura empresarial: 10 milhões de euros de investimento na deslocalização da actual fábrica para uma nova unidade, revelou o próprio ao Negócios. "A mudança deverá acontecer em Maio, quando se prevê que as obras estejam concluídas", adiantou.
O maior produtor mundial de caiaques adquiriu as antigas instalações da Itarion Solar, nome de um mega-projecto internacional que não saiu do papel e que também fica situado em Vila do Conde, no perímetro industrial da ex-Qimonda (actual Nanium), em tempos a maior exportadora nacional. "Adquirimos o imóvel à Casais", confirmou Manuel Ramos.
A
construtora bracarense, que tinha ficado neste inacabado edifício ficou
com o valor da empreitada a haver, é também a responsável pela sua
conclusão, promovendo as devidas adaptações à actividade da Nelo. "O
edifício estava impecável, uma construção espectacular", sintetizou
Ramos, referindo que fechou o negócio com a Casais por 8,5 milhões de
euros. O investimento remanescente será aplicado em "novos equipamentos,
alterações do ‘lay-out’ e do sistema produtivo".
Com a mudança para as novas instalações industriais, tudo vai duplicar e até triplicar na Nelo: a área coberta será de 16 mil metros quadrados, três vezes mais do que a actual; a capacidade anual de produção irá duplicar para cerca de oito mil embarcações, meta que o empresário prevê atingir "dentro de dois anos".
Em vendas, é fazer as contas: dobrar a facturação de seis milhões de euros registada no ano passado. Para atingir este desempenho industrial, a Nelo, que emprega actualmente 120 pessoas, vai também quase duplicar o seu quadro de pessoal: "Vamos passar para 175 até ao final deste ano e chegar aos 200 durante o próximo", garantiu Manuel Ramos. Grande parte dos trabalhadores é praticante ou ex-praticante de canoagem.
Com a mudança para as novas instalações industriais, tudo vai duplicar e até triplicar na Nelo: a área coberta será de 16 mil metros quadrados, três vezes mais do que a actual; a capacidade anual de produção irá duplicar para cerca de oito mil embarcações, meta que o empresário prevê atingir "dentro de dois anos".
Em vendas, é fazer as contas: dobrar a facturação de seis milhões de euros registada no ano passado. Para atingir este desempenho industrial, a Nelo, que emprega actualmente 120 pessoas, vai também quase duplicar o seu quadro de pessoal: "Vamos passar para 175 até ao final deste ano e chegar aos 200 durante o próximo", garantiu Manuel Ramos. Grande parte dos trabalhadores é praticante ou ex-praticante de canoagem.
1.º campeão em 1979
MAR Kayaks é a denominação social da empresa e corresponde às iniciais de Manuel Alberto Ramos, que começou a fabricar caiaques em 1978, quando a canoagem ainda não era uma actividade regulada em Portugal. No ano seguinte nascia a Federação Portuguesa de Canoagem. E Ramos foi o primeiro campeão da modalidade, logo em 1979. E com um caiaque feito por si.
Com um mercado nacional bastante residual, devido ao pequeno número de praticantes e baixo poder de compra, Nelo virou-se para o exterior. Começou pelo Reino Unido, hoje vende para mais de uma centena de países, que absorvem cerca de 98% da produção.
Qual é o segredo do sucesso mundial? Além da referida qualidade dos caiaques que fabrica, todos feitos com matéria plástica reforçada com fibra de carbono, Nelo aposta na troca de "feed back" com os clientes, fornecendo barcos personalizados.
* A NELO é um invulgar exemplo de excepcional empreendedorismo português.
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