ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"
"EXPRESSO"
Amnistia Internacional insiste
na libertação imediata
dos ativistas angolanos
Um ano após a
detenção dos ativistas angolanos, a Amnistia Internacional (AI) continua
a exigir a libertação "imediata e incondicional" dos 17 jovens,
considerando que todo o processo constitui "uma afronta à Justiça e aos
Direitos Humanos".
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Em declarações à agência Lusa, Pedro Neto,
presidente da secção portuguesa da AI, considerou que os 17 ativistas
angolanos "não estavam a fazer nada de mal", razão pela qual todo o
processo que decorreu desde então "não faz qualquer sentido".
"Imediata
e incondicional. Porque não estavam a fazer nada de mal. Todo este
processo de condenação foi uma afronta à Justiça, não faz qualquer
sentido a prisão destas 17 pessoas. O que defendemos é que sejam
libertados imediatamente, o mais rápido possível, para que se possa
repor, de algum modo, a justiça das coisas", disse.
A 20 de
junho de 2015, uma operação do Serviço de Investigação Criminal (SIC)
fez em Luanda as primeiras detenções deste processo, que mais tarde
ficaria conhecido como "15+2", em alusão aos 15 ativistas que ficaram
meio ano em prisão preventiva e duas jovens que aguardaram o julgamento
em liberdade, constituídas arguidas em setembro.
Todos foram condenados por rebelião e associação de malfeitores e encontram-se atualmente a cumprir penas de prisão efetiva.
Para Pedro Neto, um ano na prisão é "demasiado tempo", sobretudo
porque, sustentou, os jovens ativistas "estavam a ler um livro ("Da
Ditadura à Democracia", de Gene Sharp), facto que "não é razão para
terem sido presos, julgados e muito menos condenados".
"Todo
este processo foi uma afronta à Justiça. Tudo o que é direito de
reunião, de conversa e de opinião devia ser possível fazê-lo com
tranquilidade e sossego em Angola e em qualquer outra parte do mundo,
porque, assim, fica difícil considerarmos que Angola possa ser uma
democracia. Parece uma ditadura, em que ninguém tem liberdade para
pensar, conversar, falar e questionar ou a fazer perguntas", argumentou.
Nas declarações à Lusa, Pedro Neto apelou também "a todas as
pessoas que, de algum modo se sintam sensibilizadas por esta situação",
assinem não só a petição da Amnistia Internacional já enviada às
autoridades angolanas, mas também que participem numa manifestação no
Rossio, em Lisboa (marcada para as 19:00), para protestar "silenciosa e
pacificamente" contra a manutenção da detenção dos ativistas angolanos.
"Queremos
poder fazer aqui (em Lisboa) aquilo que (os jovens ativistas) não
puderam fazer há um ano", salientou Pedro Neto, realçando a ironia de a
Amnistia Internacional ter enviado uma petição a exigir justiça e
respeito pelos direitos humanos ao Ministério da Justiça e Direitos
Humanos de Angola.
Questionado pela Lusa sobre se acredita que
os 17 ativistas poderão ser libertados antes de cumprirem a totalidade
de cada uma das penas, Pedro Neto disse acreditar apenas no "bom senso
das pessoas".
"O sinal da libertação de Marcos Mavungo (ativista
de Cabinda libertado a 20 maio último) foi um bom gesto. A libertação
destas 17 pessoas seria um excelente sinal da justiça e das autoridades
angolanas em favor de um país melhor", concluiu.
* Só uma revolução total pode acabar com a ditadura de "zedu" e seus criminosos apaniguados.
Coitados dos vermes que vão digerir o cadáver do ditador quando morrer, oxalá seja breve, ao trincar a carne putrefacta não têm como evitar o vómito, de nojo.
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