HOJE NO
"OBSERVADOR"
Compromissos de 185 países para reduzir
. emissões de gases são insuficientes
. emissões de gases são insuficientes
Cerca de 185 países apresentaram à Cimeira do Clima compromissos para reduzir emissões de gases em 2015-2030, mas são insuficientes para atingir a meta pretendida de menos de 2 graus.
Os planos de combate às alterações climáticas já submetidos a nível
nacional até 2030 não são suficientes para colocar o mundo na rota
necessária para limitar a dois graus a subida da temperatura, como hoje
ficou expresso na proposta final de acordo da Cimeira do Clima. Um dos
pontos incluídos no documento foi, por isso, o compromisso de revisão
dos contributos já apresentados para o horizonte de 2020.
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Para já,
os compromissos que 185 países apresentaram à Conferência das Nações
Unidas sobre Alterações Climáticas (COP21) para reduzir as emissões de
gases em 2015-2030 são insuficientes para manter o aquecimento global
dentro dos limites estipulados. De acordo com a AFP, se todos esses
compromissos forem alcançados o planeta atingirá um aquecimento global
de mais três graus Celsius em relação ao nível pré-industrial, e nada
será feito contra uma subida de quatro a cinco graus Celsius.
O que prometem os estados mais poluentes?
China
O
maior emissor mundial (cerca de um quarto das emissões) compromete-se,
pela primeira vez, a limitar as suas emissões, o mais tardar em 2030,
depois de durante muito tempo o ter recusado, em nome dos imperativos do
desenvolvimento.
A China é o maior consumidor mundial de carvão, a
energia mais prejudicial, e, ao mesmo tempo, o primeiro investidor nas
energias renováveis, Pequim quer reduzir entre 60 e 65 por cento a sua
“intensidade de carbono” (emissões de CO2 referenciados ao crescimento)
em 2030, relativamente a 2005.
Estados Unidos
O
segundo maior poluidor mundial promete reduzir entre 26 e 28% as suas
emissões até 2025 em relação a 2005. Esse objetivo fica abaixo dos
países europeus, mas acima das anteriores propostas de Washington. “Os
Estados Unidos agora, pelo menos, apresentam um plano credível”, disse
Jennifer Morgan, do Instituto de Recursos Mundiais, acrescentando que a
administração do Presidente Obama é “a primeira a enfrentar o problema.”
União Europeia
No
início de março, a União Europeia (emitindo cerca de 10% das emissões,
ocupava o 3.º lugar) foi a primeira potência a apresentar um plano:
reduzir em pelo menos 40% até 2030 as suas emissões em relação a 1990.
“Estes
compromissos visam incutir uma dinâmica positiva, mas estes países
poderão melhorar as suas contribuições”, a firmou a Fundação Hulot,
enquanto centro de investigação da Climate Action Tracker considera que
este nível de compromisso “médio”.
Índia
A
Índia promete reduzir a sua “intensidade de carbono” em 35% até 2030, em
relação aos níveis de 2005, mas sem fixar como objetivo a redução
global das emissões.
Nova Deli conta com as energias renováveis que produzirão 40%
da sua eletricidade até 2030, reconhecendo a sua dependência do carvão
(duplicando a prodição prevista até 2030)
Rússia
O quinto emissor mundial garante uma redução entre os 35 e os 30% entre 1990 e 2030.
Se
se retirar o impacto positivo gerado pelas suas vastas florestas, esta é
apenas uma redução das emissões de gases com efeito de estufa
industriais por seis a 11%, destacou a Climate Action Tracker, que
considera este esforço inadequado.
* Infelizmente uma grande hipocrisia, o dinheiro manda, o dinheiro polui.
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