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"JORNAL DE NOTÍCIAS"
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Jerónimo diz que PS, PSD e CDS
"quanto mais juram mais mentem"
O secretário-geral do PCP afirmou que PS, PSD e CDS-PP "quanto mais juram mais mentem" sobre alterações introduzidas no sistema da Segurança Social e as que pretendem fazer na Taxa Social Única.
"O
atual Governo anunciou um novo corte de 600 milhões de euros nas
pensões e reformas para 2016. Por seu turno, o PS prepara-se para
aprofundar a sua contrarreforma da SS de 2007, envolvendo agora também a
redução da TSU para as empresas, tal como PSD e CDS, e que, ao
contrário do que se vem propalando, a mantém no seu projeto de programa
eleitoral como uma medida a implementar a prazo. Aqui o recuo foi: 'não
sendo para já, será mais à frente'", disse Jerónimo de Sousa.
O líder comunista falava num hotel
lisboeta, em mais uma da série de audições públicas para elaboração do
programa eleitoral, previsto ser apresentado em 7 de julho, sob o tema
"melhor Segurança Social, um direito de todos".
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Pouco antes, o
vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, considerara que o programa do PS
em matéria de Segurança Social (SS) contém propostas "perigosas",
salientando a ideia de que o documento dos socialistas tem "sofrido
algum ziguezague".
Em causa está o projeto de programa eleitoral
socialista, divulgado na quarta-feira, com uma versão mais "cautelosa"
da proposta de descida da TSU para trabalhadores e empresas em quatro
pontos percentuais.
"Esta medida vai significar a ainda maior
fragilização do modelo de financiamento do regime previdencial e a
aposta na redução do valor das reformas", anteviu Jerónimo de Sousa,
continuando: "bem podem PS e PSD/CDS-PP alimentar artificiais
diferenças, juras de discordância de fundo, mas, como diz o nosso povo:
quanto mais juram mais mentem", pois "diferem no ritmo e no grau, mas o
objetivo é comum".
O secretário-geral do PCP recordou que foi o
executivo liderado pelo socialista José Sócrates, "em 2010, a dar o
sinal de partida para as profundas restrições ao acesso a prestações
sociais não contributivas e a outros apoios sociais dependentes da
verificação da condição de recursos e ainda quanto à proteção no
desemprego", algo "obviamente aprofundado pelo atual Governo PSD/CDS-PP,
que continuou a cruzada de redução de direitos sociais, substituindo-os
por medidas assistencialistas assentes no fornecimento de refeições em
cantinas, uma espécie de sopa dos pobres".
"E não se fique
descansado pelo facto de o PS afirmar a substituição desta fonte de
receitas da SS por outras "compensações financeiras" resultantes de
impostos, porque a redução da TSU significa desresponsabilizar as
empresas do financiamento da SS, reduzindo por esta via os custos do
trabalho", avisou ainda.
No programa esboçado pelo PS defende-se a
diversificação das fontes de financiamento da SS através da consignação
de parte do IRC, de um novo imposto sobre heranças de elevado valor e
da taxa de penalização de empresas pela rotação excessiva de
trabalhadores.
* Jerónimo de Sousa tem razão no que diz sobre o PS, PSD e CDS, "bem prega frei Tomás, olha o que ele diz, não olhes para o que faz", é assim a retórica do PCP, que continua a desenvolver amizades com os partidos chinês e norte coreano instalados no poder.
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