HOJE NO
"i"
Seguro defende mudança de política,
mas recusa-se a falar de moção
de censura ao Governo
O secretário-geral do PS recusou-se hoje a falar numa moção de
censura ao Governo, apesar de defender uma mudança de política face ao
agravamento de indicadores económicos e sociais anunciado na sexta-feira
pelo executivo.
Questionado pelos jornalistas à margem de um encontro com
empresários em Castelo Branco sobre se vai apresentar uma moção de
censura ao Governo, António José Seguro refutou esse cenário.
"Faço oposição construtiva e séria: escuto os portugueses, os seus
problemas e apresento soluções", respondeu, considerando desempenhar o
papel "que se exige ao líder da oposição, que apresente alternativas", o
que o PS tem feito.
Seguro exemplificou com propostas para apoio à tesouraria de
pequenas e médias empresas que tinha apresentado minutos antes, num
encontro com empresários.
"Eu não gostaria que fosse este o Governo do país, não votei nele e
estou convencido que muitos dos que votaram querem uma mudança rápida",
referiu, mas recusa a instabilidade política: "A minha preocupação é
encontrar soluções e bater-me para que sejam aprovadas".
Seguro classificou como "notícias negras" os dados de sexta-feira da
apresentação do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, sobre a sétima
avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal.
O Governo anunciou que vai lançar um programa de rescisões por mútuo
acordo na Função Pública já em 2013, mas não adiantou ainda detalhes.
As metas para o défice orçamental deste ano foram novamente
revistas, sete meses depois, passando para os 5,5% do PIB, superior ao
objetivo para 2012.
O Governo também reviu em alta as projeções para o nível da dívida pública nos próximos anos.
"O que eu ouvi foram notícias negras, com aumento de desemprego:
quando é que isto para?", questionou, considerando que "um país que está
a caminho de mais de um milhão de desempregados precisa
desesperadamente de emprego".
O líder da oposição disse estar "concentrado" em apresentar
propostas para que Portugal "saia deste caminho: se o Governo não tem
soluções, que aceite as do PS".
"O que é que falta para a Governo e o primeiro-ministro perceberem
que é preciso mudar de caminho, apostar no crescimento económico e no
emprego", perguntou.
O secretário-geral do PS iniciou hoje em Castelo Branco a iniciativa
"As Pessoas Estão Primeiro", que vai passar também pelos distritos de
Viseu, Guarda e Bragança.
* O líder da oposição a dizer trivialidades como é hábito.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário