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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
'Consumo em queda livre '
Segundo APED, quebras de vendas no retalho no primeiro trimestre não têm comparação. E devem agravar-se no segundo trimestre.
A diretora-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) assegurou, ontem, que as quebras de vendas no retalho no primeiro trimestre não têm histórico nos dados que a associação divulga, há mais de 15 anos.
Segundo o barómetro de vendas APED, do primeiro trimestre, as vendas totais dos segmentos alimentar e não alimentar caíram 3,7 por cento no primeiro trimestre, face a igual período de 2011, para 4.554 milhões de euros. No retalho alimentar, o volume de vendas ficou praticamente estagnado, ao crescer 0,2 por cento, para 2.640 milhões de euros, enquanto no não alimentar o valor foi de 1.914 milhões de euros, menos 8,6 por cento. 'Não há histórico de dados como estes', afirmou Ana Isabel Trigo Morais, em declarações aos jornalistas na apresentação do barómetro, assumindo: 'O consumo em Portugal está em queda livre. '
No retalho alimentar, o preço médio dos bens aumentou 5,8 por cento, os atos de compra cresceram 4,9 por cento, enquanto o gasto por ato de compra recuou 0,5 por cento. Segundo Ana Isabel Trigo Morais, isto revela que há uma nova mudança de hábitos no consumo dos portugueses. Anteriormente, o consumidor ia menos vezes às compras e gastava um pouco mais, mas agora os atos de compra aumentaram, ou seja, as pessoas vão mais vezes às compras e tentam gastar o menos possível.
Segundo os mesmos dados, as categorias de entretenimento e papelaria e de bens de equipamento foram as que sofreram maior quebra de vendas no segmento de retalho não alimentar. Segundo o barómetro de vendas da APED do primeiro trimestre, o volume de vendas de retalho não alimentar recuou 8,6 por cento no primeiro trimestre, face a igual período de 2011, para 1.914 milhões de euros.
A APED estima que no segundo trimestre do ano a quebra do consumo em Portugal se tenha complicado em relação aos três primeiros meses de 2012, considerando que 'o agravamento é inevitável',
Isto porque Portugal tem 'uma altíssima taxa de desemprego', acompanhada de 'uma quebra de rendimento das famílias', nomeadamente com a retirada dos subsídios aos funcionários do Estado, e com uma carga fiscal 'muito pesada', o que 'inevitavelmente vai ter impacto no consumo',
Para a diretora-geral, os dados do primeiro trimestre 'já refletem as medidas de austeridade, que chegaram em força às famílias portuguesas ': 'é importante que o Governo olhe para o que está a acontecer a este setor. '
* Em queda livre com o Governo a sabotar os pára-quedas.
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