10/10/2011


HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Crédito malparado sobe 
e atinge novos máximos históricos
As famílias e as empresas continuam a denotar dificuldades em conseguir cumprir com as suas obrigações. O crédito malparado entre as famílias está em níveis nunca vistos e entre as empresas está no máximo desde Agosto de 1998, reflexo da crise económica e do elevado desemprego que assola o País.


Os bancos têm em carteira 10,99 mil milhões de euros de crédito malparado de empresas e famílias, de acordo com os dados preliminares de Agosto divulgados pelo Banco de Portugal.

No caso dos particulares, há dívidas de cobrança duvidosa de 4,5 mil milhões de euros, o que corresponde a 3,21% do total dos empréstimos concedidos. Este é o nível de malparado mais elevado desde que há histórico – Dezembro de 1997.

No segmento de crédito ao consumo, as cobranças duvidosas já superam mesmo os 9%, algo nunca visto. No financiamento para outros fins (que inclui educação e trabalhadores por conta própria) o crédito malparado fixou-se, em Agosto, nos 9%, o que também corresponde ao nível mais elevado desde Maio de 1998.

Só no crédito à habitação é que o nível do malparado é inferior (1,81%), o que ainda assim também representa o nível mais elevado desde que há histórico.

Entre as empresas o peso do malparado sobre o total dos empréstimos concedidos aumentou para 5,57%, o nível mais elevado desde Agosto de 1998.

A actual conjuntura económica está a levar a que muitas empresas tenham dificuldades em conseguir fazer frente às suas despesas. Ao mesmo tempo, o desemprego tem vindo a aumentar, deixando famílias sem alguns rendimentos que tinham. Tudo factores que têm provocado aumento do crédito malparado.


* Convém lembrar que em Portugal o maior caloteiro de todos é o Estado Português!

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